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A FORMAÇÃO DO CARATER CRISTÃO - LIÇÃO 1 - 2º TRIMESTRE 2017
AUXILIO PARA LIÇÃO 1
FORMAÇÃO CARÁTER CRISTÃO
TEXTO BIBLICO:Lc 6.43-45
ENFOQUE BIBLICO:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede às saídas da vida” (Pv 4.23).
OBJETIVOS
Definir o que é caráter.
Descrever os tipos de temperamento.
Explicar a obra do Espírito Santo no caráter cristão.
INTRODUÇÃO
“Portanto ,se foste ressuscitados com Cristo , buscai as coisas que sã de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3.1 – EC)
O QUE É CARATER?
Caráter é a qualidade inerente a uma pessoa que a distingue da outra, em 1958 o psiquiatra Eric Berne de origem Canadense e residente nos EEUU, desenvolveu o método chamado Analise Transacional, conhecida como AT. O objetivo foi estudar e analisar as trocas de estímulos e respostas, ou transação entre os indivíduos, Berne concluiu o seguinte:
1 – Todos nós nascemos isto é temos potencial para viver, pensar e desfrutar.
2 – Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada.
Isso leva a crer que a AT, diferencia o caráter e a personalidade, caráter são tendências que trazemos como, por exemplo: tendência para lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia etc. Já a personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provem do meio externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. A teoria básica de Berne, que são: estado de ego, transações, posição existencial e roteiro de vida. O caráter é tudo da genética gestação, parto – desenvolvimento neuromotor , não invalida a autonomia possível em suas escolhas.
Os Analistas Transacionais acreditam que o ser humano carrega em si a capacidade criativa, e fazendo-se uma metáfora, comparado a uma arvore, teria a seiva que passa pelo seu interior construtiva, a forma de seu tronco seria a personalidade e a madeira seria o caráter. Isso se traduz que a essência boa se se refere à capacidade de viver feliz independente de suas limitações biológicas, culturais e de educação. Caráter + Personalidade = formação do ser. Berne era de corrente do existencialismo, corrente filosófica e literária que surgiu no meado do século XIX, com o pensador dinamarquês Kierkigaard e teve seu apogeu após a segunda grande guerra nos anos cinqüenta e sessenta, com Heidegger e Jean – Paul Sartre, este ultimo proclamava a liberdade total do ser humano.
O existencialismo tem por base a liberdade, o homem tem livre arbítrio e deve utilizar a razão para fazer as melhores escolhas, tem como essência analisar o homem como individuo, sendo que esse faz sua própria existência. Analisar o caráter do ser humano assim termina no que Nietzsche pensava: “faça o que você quiser, procure escapar-te dos homens, você é livre, Deus não existe”. Uma vez que Deus não me existe não tenho com que me preocupar se sou bom ou mau, desde que eu não seja apanhado por outro ser posso agir como penso.
Caráter é um conjunto das qualidades boas ou más de um individuo, a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)
IDENTIFICANDO OS TEMPERAMENTOS
Teoricamente Hipocrates (460 – 370 a.C), conhecido como pai da medicina, se interessou em estudar as diferenças de temperamentos das pessoas e apresentou tais diferenças. De acordo com Hipocrates o temperamento depende dos “humores” do corpo: sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Hipocrates a partir de observações finalmente formulou uma teoria que explica essas diferenças. A teoria de Hipocrates era bioquímica e essa substancia desapareceu, ficando apenas a sua forma, hoje falamos em hormônios e não em humores.
Emmanuel Kant foi quem mais influenciou na divulgação da idéia de quatro temperamentos na Europa. Isso foi feito de forma incompleta, mas foi bem interessante: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; é bem intencionada, porem não consegues cumprir com seus compromissos. O sanguíneo é um mau devedor pede sempre mais prazo para efetuar seus pagamentos, é muito sociável e brincalhão, contenta se facilmente, não leva as coisas muito sérias, e vive rodeado de amigos. Ele não é mau, mas vive em dificuldades de deixar de cometer seus pecados, ele se arrepende, mas logo se esquece de tudo. O sanguíneo é instável, porem persistente.
Quanto ao melancólico descobrem que em tudo há uma razão para a ansiedade e em qualquer circunstancia a primeira coisa que lhes vem à mente é a dificuldade. São contrários aos sanguíneos não fazem promessas com facilidades, uma das suas insistências é o cumprimento da palavra, primeiro fazem analise se podem cumprir com o que vai falar e depois falam. Não agem assim por uma ordem moral, mas pelo fato de viver preocupado demasiadamente com os outros, e isso o faz cauteloso e desconfiado. Estão sempre infelizes.
Já os coléricos são cabeças quentes, se agitam com facilidade, mas se acalma assim que o adversário se de por vencido. A reação do colérico é instantânea, ele se aborrece, mas logo passa, ele é persistente, não desiste nunca, vive sempre ocupado, embora não goste disso, não sabe receber ordens, prefere ser o chefe e gosta de elogios públicos ao seu respeito. Gosta muito de valorizar as aparências, da formalidade, é orgulhoso e cheio de amor próprio, avarento, polido e cerimonioso; o que mais lhe aborrece é quando alguém desacata as suas ordens. Esse temperamento é o mais infeliz, pois é o que mais atrai a oposição.
O fleumático não é preguiçoso, mas desmotivado, não se emociona com facilidade e nem se move com facilidade, em tudo há moderação e persistência. Ele se aquece com mais lentidão, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por principio e não por instinto; aparentemente ele parece estar cedendo quando na verdade esta conseguindo o que quer, por ser persistente em seus objetivos é astucioso.
Com o surgimento da psicologia esses temperamentos receberam impulsos que tendem a melhorar os nossos conhecimentos sobre o assunto.
Sanguíneo – pessoa de temperamento superextrovertido
O apostolo Pedro é o mais conhecido na Bíblia com esse temperamento, seus defeitos são visíveis, num momento era alegre, amável, no seguinte assustava a todos com suas atitudes.
Impulsivo
Desinibido
Falante
Egoísta
Colérico – extrovertido
Esse é o líder natural, obstinado e muito otimista, ninguém melhor que Paulo para representá-lo.
- Cruel
- Compaixão é uma das coisas mais difícil de aprender com um colérico, ele é rude, sarcástico e de língua ferina. Saulo lidera uma perseguição aos cristãos em Jerusalém, um ódio que lhe era próprio agia de forma desumana em nome da religião. Ananias demorou acreditar em sua conversão (At 9.1,2)
- Força de vontade - O colérico não conhece fraqueza ou desanimo, sempre alcançam o sucesso, procuram sempre atingir o alvo (1Co 9.24-27), Paulo se dominava em tudo, não corria sem meta. Muitas vezes consideramos o colérico como um grande homem de fé quando devemos também analisar a forma exagerada de autoconfiança.
- Agressivo
- Ira e agressividade são coisas do colérico, não aparece muito na vida de Paulo depois da conversão, mas em Atos 15, ele discute com Barnabé e não aceita João Marcos por ter desistido essa atitude para um colérico é inaceitável. Em outra ocasião Paulo esta preso e em uma explosão chamou o sumo sacerdote de tampa de sepulcro (At 23).
- Auto-suficiente - Quanto mais sucesso o colérico procura ser independente (At 20.34), não há nada errado é o colérico agindo, ele não gosta de receber auxilio desemprego, aposentadoria. Ele gosta de trabalhar. Dificilmente um deficiente físico que seja colérico, ser encontrado na rua pedindo esmolas ele faz qualquer coisa para trabalhar e se sustentar.
O apostolo Paulo era dinâmico, ele sai de Antioquia sendo liderado e daí a pouco esta na liderança, (At13; 16.18; 27.21-25). Um homem prático, o colérico não é estético, muito difícil ver um colérico passeando com a família. Uma pessoa otimista, não existe explicação humana, um homem apedrejado, que se levanta do monte de pedras e volta a fazer a mesma coisa (At 14.19-21), cantar quando deveria estar chorando (At 16.25,26).
Melancólico – introvertido
O melancólico é perfeccionista por natureza, é um exagero na organização. Gosta de apreciar as belezas naturais, mas de vez em quando tem vontade de morrer. Os maiores gênios do mundo foram melancólicos, há na Bíblia uma lista de melancólicos, mas o maior deles é Moises.
- Talentoso
Instruído em toda a ciência do Egito, poderoso em palavras e obras (At 7.22), o melancólico tem uma capacidade incrível de dramatizar, quando pressionado ultrapassa as expectativas ele não se emociona facilmente. De um lado um rei poderoso e incrédulo do outro Moises que não conhece o que é se desesperar em situações adversas. O melancólico quando pressionado faz desafios incríveis, lembre-se de Elias no monte Carmelo.
- Abnegado
O melancólico é capaz de sacrificar a si próprio, gostam de se dedicar as causas que exigem sacrifícios e às vezes usam isso para obter vantagens.
- Complexo de inferioridade
Não gostam de aparecer, são perfeccionistas geralmente nunca se satisfazem com o que os outros fazem, sempre lembrarão mais dos erros que dos acertos. (Ex 3)
Depressivo
Vários deles pediram a morte Elias, Jonas, Moises também quis morrer (Nm 11.10-15).
Moises era perfeccionista, leal, um dos maiores amigos de Deus (Ex 24.9-18).
Fleumático – superintrovertido
Geralmente atencioso, não esquenta a cabeça, não gosta de briguinhas, confusões, gosta de ficar em silencio nas reuniões, mas gosta muito da realidade é egocêntrico, dificilmente se descobre que ele esta com problemas, pois não conta para ninguém. Abaraão se destaca na Bíblia é ele o Sr simpatia.
Cauteloso
Devido a indecisão e o medo os fleumáticos são cautelosos, ele se preocupa com tudo, as vezes até perde as oportunidades.
Pacifico
Uma das características admiráveis dos fleumáticos (Gn 13.8,9)
Leal
Esse temperamento é o que suporta melhor a pressão (Gn 14.14-16)
Temeroso
A fome levou Abraão ao Egito e la ele por medo arranjou vários problemas (Gn 20)
O ESPÍRITO SANTO AGINDO NO CARATER CRISTÃO.
Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a ser uma nova criatura, o apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância, mas como pode um sangüíneo como ele se tronar constante? Pedro se tornou corajoso e cheio de fé, dormia em uma prisão sabendo que seria morto, somente Deus pode mudar uma pessoa com temperamento impulsivo dando lhe calma, um homem controlado (At 4.19,20), estranho num sanguíneo. Com tudo vemos um Pedro humilde, amoroso e com maturidade.
Ao ver o apostolo Paulo falando em paz, mansidão, amabilidade ou bondade, da para imaginar um colérico, cabeça dura, obstinado, falar em bondade ou agradecendo seus cooperadores pelos serviços prestados? Um melancólico a busca de perfeição que nunca se contenta com nada? Geralmente eles desistem quando não conseguem e Moises faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão ser considerado o pai na fé, quando na verdade eles já se parecem crentes?
O Espírito Santo com seu poder transformador transforma o caráter doentio, a insensibilidade moral no que concerne aos princípios e valores morais, onde até alguns denominados evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e consciências cauterizadas entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites da Palavra de Deus e vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a permissividade, a mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e outras coisa semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)
CONCLUSÃO
“Só o poder do evangelho de Cristo é capaz de transformar e aperfeiçoar o caráter humano”
BIBLIOGRAFIA
LAHAYE Tim – Temperamentos Transformados – Editora Mundo Cristão
SILVA, Eliezer Lira – lição n. 1, 3º trimestre de 2007 – CPAD
WIKIPEDIA - PESQUISAS
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Pr Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
ENFOQUE BIBLICO:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede às saídas da vida” (Pv 4.23).
OBJETIVOS
Definir o que é caráter.
Descrever os tipos de temperamento.
Explicar a obra do Espírito Santo no caráter cristão.
INTRODUÇÃO
“Portanto ,se foste ressuscitados com Cristo , buscai as coisas que sã de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3.1 – EC)
O QUE É CARATER?
Caráter é a qualidade inerente a uma pessoa que a distingue da outra, em 1958 o psiquiatra Eric Berne de origem Canadense e residente nos EEUU, desenvolveu o método chamado Analise Transacional, conhecida como AT. O objetivo foi estudar e analisar as trocas de estímulos e respostas, ou transação entre os indivíduos, Berne concluiu o seguinte:
1 – Todos nós nascemos isto é temos potencial para viver, pensar e desfrutar.
2 – Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada.
Isso leva a crer que a AT, diferencia o caráter e a personalidade, caráter são tendências que trazemos como, por exemplo: tendência para lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia etc. Já a personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provem do meio externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. A teoria básica de Berne, que são: estado de ego, transações, posição existencial e roteiro de vida. O caráter é tudo da genética gestação, parto – desenvolvimento neuromotor , não invalida a autonomia possível em suas escolhas.
Os Analistas Transacionais acreditam que o ser humano carrega em si a capacidade criativa, e fazendo-se uma metáfora, comparado a uma arvore, teria a seiva que passa pelo seu interior construtiva, a forma de seu tronco seria a personalidade e a madeira seria o caráter. Isso se traduz que a essência boa se se refere à capacidade de viver feliz independente de suas limitações biológicas, culturais e de educação. Caráter + Personalidade = formação do ser. Berne era de corrente do existencialismo, corrente filosófica e literária que surgiu no meado do século XIX, com o pensador dinamarquês Kierkigaard e teve seu apogeu após a segunda grande guerra nos anos cinqüenta e sessenta, com Heidegger e Jean – Paul Sartre, este ultimo proclamava a liberdade total do ser humano.
O existencialismo tem por base a liberdade, o homem tem livre arbítrio e deve utilizar a razão para fazer as melhores escolhas, tem como essência analisar o homem como individuo, sendo que esse faz sua própria existência. Analisar o caráter do ser humano assim termina no que Nietzsche pensava: “faça o que você quiser, procure escapar-te dos homens, você é livre, Deus não existe”. Uma vez que Deus não me existe não tenho com que me preocupar se sou bom ou mau, desde que eu não seja apanhado por outro ser posso agir como penso.
Caráter é um conjunto das qualidades boas ou más de um individuo, a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)
IDENTIFICANDO OS TEMPERAMENTOS
Teoricamente Hipocrates (460 – 370 a.C), conhecido como pai da medicina, se interessou em estudar as diferenças de temperamentos das pessoas e apresentou tais diferenças. De acordo com Hipocrates o temperamento depende dos “humores” do corpo: sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Hipocrates a partir de observações finalmente formulou uma teoria que explica essas diferenças. A teoria de Hipocrates era bioquímica e essa substancia desapareceu, ficando apenas a sua forma, hoje falamos em hormônios e não em humores.
Emmanuel Kant foi quem mais influenciou na divulgação da idéia de quatro temperamentos na Europa. Isso foi feito de forma incompleta, mas foi bem interessante: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; é bem intencionada, porem não consegues cumprir com seus compromissos. O sanguíneo é um mau devedor pede sempre mais prazo para efetuar seus pagamentos, é muito sociável e brincalhão, contenta se facilmente, não leva as coisas muito sérias, e vive rodeado de amigos. Ele não é mau, mas vive em dificuldades de deixar de cometer seus pecados, ele se arrepende, mas logo se esquece de tudo. O sanguíneo é instável, porem persistente.
Quanto ao melancólico descobrem que em tudo há uma razão para a ansiedade e em qualquer circunstancia a primeira coisa que lhes vem à mente é a dificuldade. São contrários aos sanguíneos não fazem promessas com facilidades, uma das suas insistências é o cumprimento da palavra, primeiro fazem analise se podem cumprir com o que vai falar e depois falam. Não agem assim por uma ordem moral, mas pelo fato de viver preocupado demasiadamente com os outros, e isso o faz cauteloso e desconfiado. Estão sempre infelizes.
Já os coléricos são cabeças quentes, se agitam com facilidade, mas se acalma assim que o adversário se de por vencido. A reação do colérico é instantânea, ele se aborrece, mas logo passa, ele é persistente, não desiste nunca, vive sempre ocupado, embora não goste disso, não sabe receber ordens, prefere ser o chefe e gosta de elogios públicos ao seu respeito. Gosta muito de valorizar as aparências, da formalidade, é orgulhoso e cheio de amor próprio, avarento, polido e cerimonioso; o que mais lhe aborrece é quando alguém desacata as suas ordens. Esse temperamento é o mais infeliz, pois é o que mais atrai a oposição.
O fleumático não é preguiçoso, mas desmotivado, não se emociona com facilidade e nem se move com facilidade, em tudo há moderação e persistência. Ele se aquece com mais lentidão, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por principio e não por instinto; aparentemente ele parece estar cedendo quando na verdade esta conseguindo o que quer, por ser persistente em seus objetivos é astucioso.
Com o surgimento da psicologia esses temperamentos receberam impulsos que tendem a melhorar os nossos conhecimentos sobre o assunto.
Sanguíneo – pessoa de temperamento superextrovertido
O apostolo Pedro é o mais conhecido na Bíblia com esse temperamento, seus defeitos são visíveis, num momento era alegre, amável, no seguinte assustava a todos com suas atitudes.
Impulsivo
Ø Mt 4.20 – “imediatamente deixou as redes”
Ø Mc 1.29 – “Convidou a todos para comer em sua casa, quando a sogra estava doente”
Ø Mt 14.28,29 – “andou sobre as águas” – entrou e depois pensou
Ø Mt 17. 1-13 – fala quando devia ouvir o que fazer
Ø Jo 18.10 – age sem pensar
Desinibido
Ø Lc 5.1-11 – na hora em que está mais irritado por falta de consideração alheia, ele faz algo de afeto (v8), só o sanguíneo pode fazer isso sem bajulação.
Falante
Ø Mt 16.13-20 – positivo
Ø Jo 6.66-69 – palavras imortais, nunca em dois séculos alguém conseguiu quebrar o silencio e superar a essa declaração clássica.
Egoísta
Ø Mt 16.17-23 – recebe um elogio e depois quis reprovar Jesus
Ø Pedro era um fanfarrão inconstante, Jesus não omitiu isso quando o chamou de Pedro – pequena rocha que precisa ser trabalhada, rocha de lenta formação.
Colérico – extrovertido
Esse é o líder natural, obstinado e muito otimista, ninguém melhor que Paulo para representá-lo.
- Cruel
- Compaixão é uma das coisas mais difícil de aprender com um colérico, ele é rude, sarcástico e de língua ferina. Saulo lidera uma perseguição aos cristãos em Jerusalém, um ódio que lhe era próprio agia de forma desumana em nome da religião. Ananias demorou acreditar em sua conversão (At 9.1,2)
- Força de vontade - O colérico não conhece fraqueza ou desanimo, sempre alcançam o sucesso, procuram sempre atingir o alvo (1Co 9.24-27), Paulo se dominava em tudo, não corria sem meta. Muitas vezes consideramos o colérico como um grande homem de fé quando devemos também analisar a forma exagerada de autoconfiança.
- Agressivo
- Ira e agressividade são coisas do colérico, não aparece muito na vida de Paulo depois da conversão, mas em Atos 15, ele discute com Barnabé e não aceita João Marcos por ter desistido essa atitude para um colérico é inaceitável. Em outra ocasião Paulo esta preso e em uma explosão chamou o sumo sacerdote de tampa de sepulcro (At 23).
- Auto-suficiente - Quanto mais sucesso o colérico procura ser independente (At 20.34), não há nada errado é o colérico agindo, ele não gosta de receber auxilio desemprego, aposentadoria. Ele gosta de trabalhar. Dificilmente um deficiente físico que seja colérico, ser encontrado na rua pedindo esmolas ele faz qualquer coisa para trabalhar e se sustentar.
O apostolo Paulo era dinâmico, ele sai de Antioquia sendo liderado e daí a pouco esta na liderança, (At13; 16.18; 27.21-25). Um homem prático, o colérico não é estético, muito difícil ver um colérico passeando com a família. Uma pessoa otimista, não existe explicação humana, um homem apedrejado, que se levanta do monte de pedras e volta a fazer a mesma coisa (At 14.19-21), cantar quando deveria estar chorando (At 16.25,26).
Melancólico – introvertido
O melancólico é perfeccionista por natureza, é um exagero na organização. Gosta de apreciar as belezas naturais, mas de vez em quando tem vontade de morrer. Os maiores gênios do mundo foram melancólicos, há na Bíblia uma lista de melancólicos, mas o maior deles é Moises.
- Talentoso
Instruído em toda a ciência do Egito, poderoso em palavras e obras (At 7.22), o melancólico tem uma capacidade incrível de dramatizar, quando pressionado ultrapassa as expectativas ele não se emociona facilmente. De um lado um rei poderoso e incrédulo do outro Moises que não conhece o que é se desesperar em situações adversas. O melancólico quando pressionado faz desafios incríveis, lembre-se de Elias no monte Carmelo.
- Abnegado
O melancólico é capaz de sacrificar a si próprio, gostam de se dedicar as causas que exigem sacrifícios e às vezes usam isso para obter vantagens.
- Complexo de inferioridade
Não gostam de aparecer, são perfeccionistas geralmente nunca se satisfazem com o que os outros fazem, sempre lembrarão mais dos erros que dos acertos. (Ex 3)
Depressivo
Vários deles pediram a morte Elias, Jonas, Moises também quis morrer (Nm 11.10-15).
Moises era perfeccionista, leal, um dos maiores amigos de Deus (Ex 24.9-18).
Fleumático – superintrovertido
Geralmente atencioso, não esquenta a cabeça, não gosta de briguinhas, confusões, gosta de ficar em silencio nas reuniões, mas gosta muito da realidade é egocêntrico, dificilmente se descobre que ele esta com problemas, pois não conta para ninguém. Abaraão se destaca na Bíblia é ele o Sr simpatia.
Cauteloso
Devido a indecisão e o medo os fleumáticos são cautelosos, ele se preocupa com tudo, as vezes até perde as oportunidades.
Pacifico
Uma das características admiráveis dos fleumáticos (Gn 13.8,9)
Leal
Esse temperamento é o que suporta melhor a pressão (Gn 14.14-16)
Temeroso
A fome levou Abraão ao Egito e la ele por medo arranjou vários problemas (Gn 20)
O ESPÍRITO SANTO AGINDO NO CARATER CRISTÃO.
Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a ser uma nova criatura, o apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância, mas como pode um sangüíneo como ele se tronar constante? Pedro se tornou corajoso e cheio de fé, dormia em uma prisão sabendo que seria morto, somente Deus pode mudar uma pessoa com temperamento impulsivo dando lhe calma, um homem controlado (At 4.19,20), estranho num sanguíneo. Com tudo vemos um Pedro humilde, amoroso e com maturidade.
Ao ver o apostolo Paulo falando em paz, mansidão, amabilidade ou bondade, da para imaginar um colérico, cabeça dura, obstinado, falar em bondade ou agradecendo seus cooperadores pelos serviços prestados? Um melancólico a busca de perfeição que nunca se contenta com nada? Geralmente eles desistem quando não conseguem e Moises faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão ser considerado o pai na fé, quando na verdade eles já se parecem crentes?
O Espírito Santo com seu poder transformador transforma o caráter doentio, a insensibilidade moral no que concerne aos princípios e valores morais, onde até alguns denominados evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e consciências cauterizadas entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites da Palavra de Deus e vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a permissividade, a mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e outras coisa semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)
CONCLUSÃO
“Só o poder do evangelho de Cristo é capaz de transformar e aperfeiçoar o caráter humano”
BIBLIOGRAFIA
LAHAYE Tim – Temperamentos Transformados – Editora Mundo Cristão
SILVA, Eliezer Lira – lição n. 1, 3º trimestre de 2007 – CPAD
WIKIPEDIA - PESQUISAS
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Pr Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
AUXILIO PARA LIÇÃO 1
FORMAÇÃO CARÁTER CRISTÃO
TEXTO BIBLICO:Lc 6.43-45
ENFOQUE BIBLICO:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede às saídas da vida” (Pv 4.23).
OBJETIVOS
Definir o que é caráter.
Descrever os tipos de temperamento.
Explicar a obra do Espírito Santo no caráter cristão.
INTRODUÇÃO
“Portanto ,se foste ressuscitados com Cristo , buscai as coisas que sã de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3.1 – EC)
O QUE É CARATER?
Caráter é a qualidade inerente a uma pessoa que a distingue da outra, em 1958 o psiquiatra Eric Berne de origem Canadense e residente nos EEUU, desenvolveu o método chamado Analise Transacional, conhecida como AT. O objetivo foi estudar e analisar as trocas de estímulos e respostas, ou transação entre os indivíduos, Berne concluiu o seguinte:
1 – Todos nós nascemos isto é temos potencial para viver, pensar e desfrutar.
2 – Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada.
Isso leva a crer que a AT, diferencia o caráter e a personalidade, caráter são tendências que trazemos como, por exemplo: tendência para lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia etc. Já a personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provem do meio externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. A teoria básica de Berne, que são: estado de ego, transações, posição existencial e roteiro de vida. O caráter é tudo da genética gestação, parto – desenvolvimento neuromotor , não invalida a autonomia possível em suas escolhas.
Os Analistas Transacionais acreditam que o ser humano carrega em si a capacidade criativa, e fazendo-se uma metáfora, comparado a uma arvore, teria a seiva que passa pelo seu interior construtiva, a forma de seu tronco seria a personalidade e a madeira seria o caráter. Isso se traduz que a essência boa se se refere à capacidade de viver feliz independente de suas limitações biológicas, culturais e de educação. Caráter + Personalidade = formação do ser. Berne era de corrente do existencialismo, corrente filosófica e literária que surgiu no meado do século XIX, com o pensador dinamarquês Kierkigaard e teve seu apogeu após a segunda grande guerra nos anos cinqüenta e sessenta, com Heidegger e Jean – Paul Sartre, este ultimo proclamava a liberdade total do ser humano.
O existencialismo tem por base a liberdade, o homem tem livre arbítrio e deve utilizar a razão para fazer as melhores escolhas, tem como essência analisar o homem como individuo, sendo que esse faz sua própria existência. Analisar o caráter do ser humano assim termina no que Nietzsche pensava: “faça o que você quiser, procure escapar-te dos homens, você é livre, Deus não existe”. Uma vez que Deus não me existe não tenho com que me preocupar se sou bom ou mau, desde que eu não seja apanhado por outro ser posso agir como penso.
Caráter é um conjunto das qualidades boas ou más de um individuo, a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)
IDENTIFICANDO OS TEMPERAMENTOS
Teoricamente Hipocrates (460 – 370 a.C), conhecido como pai da medicina, se interessou em estudar as diferenças de temperamentos das pessoas e apresentou tais diferenças. De acordo com Hipocrates o temperamento depende dos “humores” do corpo: sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Hipocrates a partir de observações finalmente formulou uma teoria que explica essas diferenças. A teoria de Hipocrates era bioquímica e essa substancia desapareceu, ficando apenas a sua forma, hoje falamos em hormônios e não em humores.
Emmanuel Kant foi quem mais influenciou na divulgação da idéia de quatro temperamentos na Europa. Isso foi feito de forma incompleta, mas foi bem interessante: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; é bem intencionada, porem não consegues cumprir com seus compromissos. O sanguíneo é um mau devedor pede sempre mais prazo para efetuar seus pagamentos, é muito sociável e brincalhão, contenta se facilmente, não leva as coisas muito sérias, e vive rodeado de amigos. Ele não é mau, mas vive em dificuldades de deixar de cometer seus pecados, ele se arrepende, mas logo se esquece de tudo. O sanguíneo é instável, porem persistente.
Quanto ao melancólico descobrem que em tudo há uma razão para a ansiedade e em qualquer circunstancia a primeira coisa que lhes vem à mente é a dificuldade. São contrários aos sanguíneos não fazem promessas com facilidades, uma das suas insistências é o cumprimento da palavra, primeiro fazem analise se podem cumprir com o que vai falar e depois falam. Não agem assim por uma ordem moral, mas pelo fato de viver preocupado demasiadamente com os outros, e isso o faz cauteloso e desconfiado. Estão sempre infelizes.
Já os coléricos são cabeças quentes, se agitam com facilidade, mas se acalma assim que o adversário se de por vencido. A reação do colérico é instantânea, ele se aborrece, mas logo passa, ele é persistente, não desiste nunca, vive sempre ocupado, embora não goste disso, não sabe receber ordens, prefere ser o chefe e gosta de elogios públicos ao seu respeito. Gosta muito de valorizar as aparências, da formalidade, é orgulhoso e cheio de amor próprio, avarento, polido e cerimonioso; o que mais lhe aborrece é quando alguém desacata as suas ordens. Esse temperamento é o mais infeliz, pois é o que mais atrai a oposição.
O fleumático não é preguiçoso, mas desmotivado, não se emociona com facilidade e nem se move com facilidade, em tudo há moderação e persistência. Ele se aquece com mais lentidão, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por principio e não por instinto; aparentemente ele parece estar cedendo quando na verdade esta conseguindo o que quer, por ser persistente em seus objetivos é astucioso.
Com o surgimento da psicologia esses temperamentos receberam impulsos que tendem a melhorar os nossos conhecimentos sobre o assunto.
Sanguíneo – pessoa de temperamento superextrovertido
O apostolo Pedro é o mais conhecido na Bíblia com esse temperamento, seus defeitos são visíveis, num momento era alegre, amável, no seguinte assustava a todos com suas atitudes.
Impulsivo
Desinibido
Falante
Egoísta
Colérico – extrovertido
Esse é o líder natural, obstinado e muito otimista, ninguém melhor que Paulo para representá-lo.
- Cruel
- Compaixão é uma das coisas mais difícil de aprender com um colérico, ele é rude, sarcástico e de língua ferina. Saulo lidera uma perseguição aos cristãos em Jerusalém, um ódio que lhe era próprio agia de forma desumana em nome da religião. Ananias demorou acreditar em sua conversão (At 9.1,2)
- Força de vontade - O colérico não conhece fraqueza ou desanimo, sempre alcançam o sucesso, procuram sempre atingir o alvo (1Co 9.24-27), Paulo se dominava em tudo, não corria sem meta. Muitas vezes consideramos o colérico como um grande homem de fé quando devemos também analisar a forma exagerada de autoconfiança.
- Agressivo
- Ira e agressividade são coisas do colérico, não aparece muito na vida de Paulo depois da conversão, mas em Atos 15, ele discute com Barnabé e não aceita João Marcos por ter desistido essa atitude para um colérico é inaceitável. Em outra ocasião Paulo esta preso e em uma explosão chamou o sumo sacerdote de tampa de sepulcro (At 23).
- Auto-suficiente - Quanto mais sucesso o colérico procura ser independente (At 20.34), não há nada errado é o colérico agindo, ele não gosta de receber auxilio desemprego, aposentadoria. Ele gosta de trabalhar. Dificilmente um deficiente físico que seja colérico, ser encontrado na rua pedindo esmolas ele faz qualquer coisa para trabalhar e se sustentar.
O apostolo Paulo era dinâmico, ele sai de Antioquia sendo liderado e daí a pouco esta na liderança, (At13; 16.18; 27.21-25). Um homem prático, o colérico não é estético, muito difícil ver um colérico passeando com a família. Uma pessoa otimista, não existe explicação humana, um homem apedrejado, que se levanta do monte de pedras e volta a fazer a mesma coisa (At 14.19-21), cantar quando deveria estar chorando (At 16.25,26).
Melancólico – introvertido
O melancólico é perfeccionista por natureza, é um exagero na organização. Gosta de apreciar as belezas naturais, mas de vez em quando tem vontade de morrer. Os maiores gênios do mundo foram melancólicos, há na Bíblia uma lista de melancólicos, mas o maior deles é Moises.
- Talentoso
Instruído em toda a ciência do Egito, poderoso em palavras e obras (At 7.22), o melancólico tem uma capacidade incrível de dramatizar, quando pressionado ultrapassa as expectativas ele não se emociona facilmente. De um lado um rei poderoso e incrédulo do outro Moises que não conhece o que é se desesperar em situações adversas. O melancólico quando pressionado faz desafios incríveis, lembre-se de Elias no monte Carmelo.
- Abnegado
O melancólico é capaz de sacrificar a si próprio, gostam de se dedicar as causas que exigem sacrifícios e às vezes usam isso para obter vantagens.
- Complexo de inferioridade
Não gostam de aparecer, são perfeccionistas geralmente nunca se satisfazem com o que os outros fazem, sempre lembrarão mais dos erros que dos acertos. (Ex 3)
Depressivo
Vários deles pediram a morte Elias, Jonas, Moises também quis morrer (Nm 11.10-15).
Moises era perfeccionista, leal, um dos maiores amigos de Deus (Ex 24.9-18).
Fleumático – superintrovertido
Geralmente atencioso, não esquenta a cabeça, não gosta de briguinhas, confusões, gosta de ficar em silencio nas reuniões, mas gosta muito da realidade é egocêntrico, dificilmente se descobre que ele esta com problemas, pois não conta para ninguém. Abaraão se destaca na Bíblia é ele o Sr simpatia.
Cauteloso
Devido a indecisão e o medo os fleumáticos são cautelosos, ele se preocupa com tudo, as vezes até perde as oportunidades.
Pacifico
Uma das características admiráveis dos fleumáticos (Gn 13.8,9)
Leal
Esse temperamento é o que suporta melhor a pressão (Gn 14.14-16)
Temeroso
A fome levou Abraão ao Egito e la ele por medo arranjou vários problemas (Gn 20)
O ESPÍRITO SANTO AGINDO NO CARATER CRISTÃO.
Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a ser uma nova criatura, o apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância, mas como pode um sangüíneo como ele se tronar constante? Pedro se tornou corajoso e cheio de fé, dormia em uma prisão sabendo que seria morto, somente Deus pode mudar uma pessoa com temperamento impulsivo dando lhe calma, um homem controlado (At 4.19,20), estranho num sanguíneo. Com tudo vemos um Pedro humilde, amoroso e com maturidade.
Ao ver o apostolo Paulo falando em paz, mansidão, amabilidade ou bondade, da para imaginar um colérico, cabeça dura, obstinado, falar em bondade ou agradecendo seus cooperadores pelos serviços prestados? Um melancólico a busca de perfeição que nunca se contenta com nada? Geralmente eles desistem quando não conseguem e Moises faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão ser considerado o pai na fé, quando na verdade eles já se parecem crentes?
O Espírito Santo com seu poder transformador transforma o caráter doentio, a insensibilidade moral no que concerne aos princípios e valores morais, onde até alguns denominados evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e consciências cauterizadas entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites da Palavra de Deus e vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a permissividade, a mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e outras coisa semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)
CONCLUSÃO
“Só o poder do evangelho de Cristo é capaz de transformar e aperfeiçoar o caráter humano”
BIBLIOGRAFIA
LAHAYE Tim – Temperamentos Transformados – Editora Mundo Cristão
SILVA, Eliezer Lira – lição n. 1, 3º trimestre de 2007 – CPAD
WIKIPEDIA - PESQUISAS
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Pr Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
ENFOQUE BIBLICO:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procede às saídas da vida” (Pv 4.23).
OBJETIVOS
Definir o que é caráter.
Descrever os tipos de temperamento.
Explicar a obra do Espírito Santo no caráter cristão.
INTRODUÇÃO
“Portanto ,se foste ressuscitados com Cristo , buscai as coisas que sã de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” (Cl 3.1 – EC)
O QUE É CARATER?
Caráter é a qualidade inerente a uma pessoa que a distingue da outra, em 1958 o psiquiatra Eric Berne de origem Canadense e residente nos EEUU, desenvolveu o método chamado Analise Transacional, conhecida como AT. O objetivo foi estudar e analisar as trocas de estímulos e respostas, ou transação entre os indivíduos, Berne concluiu o seguinte:
1 – Todos nós nascemos isto é temos potencial para viver, pensar e desfrutar.
2 – Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada.
Isso leva a crer que a AT, diferencia o caráter e a personalidade, caráter são tendências que trazemos como, por exemplo: tendência para lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia etc. Já a personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provem do meio externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. A teoria básica de Berne, que são: estado de ego, transações, posição existencial e roteiro de vida. O caráter é tudo da genética gestação, parto – desenvolvimento neuromotor , não invalida a autonomia possível em suas escolhas.
Os Analistas Transacionais acreditam que o ser humano carrega em si a capacidade criativa, e fazendo-se uma metáfora, comparado a uma arvore, teria a seiva que passa pelo seu interior construtiva, a forma de seu tronco seria a personalidade e a madeira seria o caráter. Isso se traduz que a essência boa se se refere à capacidade de viver feliz independente de suas limitações biológicas, culturais e de educação. Caráter + Personalidade = formação do ser. Berne era de corrente do existencialismo, corrente filosófica e literária que surgiu no meado do século XIX, com o pensador dinamarquês Kierkigaard e teve seu apogeu após a segunda grande guerra nos anos cinqüenta e sessenta, com Heidegger e Jean – Paul Sartre, este ultimo proclamava a liberdade total do ser humano.
O existencialismo tem por base a liberdade, o homem tem livre arbítrio e deve utilizar a razão para fazer as melhores escolhas, tem como essência analisar o homem como individuo, sendo que esse faz sua própria existência. Analisar o caráter do ser humano assim termina no que Nietzsche pensava: “faça o que você quiser, procure escapar-te dos homens, você é livre, Deus não existe”. Uma vez que Deus não me existe não tenho com que me preocupar se sou bom ou mau, desde que eu não seja apanhado por outro ser posso agir como penso.
Caráter é um conjunto das qualidades boas ou más de um individuo, a ética do juiz é a lei e a de Deus é a bíblica, a Biblia nos ensina a não ser conivente com o erro, mesmo que ele esteja protegido por leis. O caráter determina a conduta do ser humano com relação a Deus e a ele mesmo e também com o próximo. A pessoa não é apenas definida por aquilo que ela é, mas também pelo seu estado moral que a distingue em seu grupo (Pv 11.17;12.2;14.14;20.27)
IDENTIFICANDO OS TEMPERAMENTOS
Teoricamente Hipocrates (460 – 370 a.C), conhecido como pai da medicina, se interessou em estudar as diferenças de temperamentos das pessoas e apresentou tais diferenças. De acordo com Hipocrates o temperamento depende dos “humores” do corpo: sangue, bílis preta, bílis amarela e fleuma. Hipocrates a partir de observações finalmente formulou uma teoria que explica essas diferenças. A teoria de Hipocrates era bioquímica e essa substancia desapareceu, ficando apenas a sua forma, hoje falamos em hormônios e não em humores.
Emmanuel Kant foi quem mais influenciou na divulgação da idéia de quatro temperamentos na Europa. Isso foi feito de forma incompleta, mas foi bem interessante: A pessoa sanguínea é alegre e esperançosa; é bem intencionada, porem não consegues cumprir com seus compromissos. O sanguíneo é um mau devedor pede sempre mais prazo para efetuar seus pagamentos, é muito sociável e brincalhão, contenta se facilmente, não leva as coisas muito sérias, e vive rodeado de amigos. Ele não é mau, mas vive em dificuldades de deixar de cometer seus pecados, ele se arrepende, mas logo se esquece de tudo. O sanguíneo é instável, porem persistente.
Quanto ao melancólico descobrem que em tudo há uma razão para a ansiedade e em qualquer circunstancia a primeira coisa que lhes vem à mente é a dificuldade. São contrários aos sanguíneos não fazem promessas com facilidades, uma das suas insistências é o cumprimento da palavra, primeiro fazem analise se podem cumprir com o que vai falar e depois falam. Não agem assim por uma ordem moral, mas pelo fato de viver preocupado demasiadamente com os outros, e isso o faz cauteloso e desconfiado. Estão sempre infelizes.
Já os coléricos são cabeças quentes, se agitam com facilidade, mas se acalma assim que o adversário se de por vencido. A reação do colérico é instantânea, ele se aborrece, mas logo passa, ele é persistente, não desiste nunca, vive sempre ocupado, embora não goste disso, não sabe receber ordens, prefere ser o chefe e gosta de elogios públicos ao seu respeito. Gosta muito de valorizar as aparências, da formalidade, é orgulhoso e cheio de amor próprio, avarento, polido e cerimonioso; o que mais lhe aborrece é quando alguém desacata as suas ordens. Esse temperamento é o mais infeliz, pois é o que mais atrai a oposição.
O fleumático não é preguiçoso, mas desmotivado, não se emociona com facilidade e nem se move com facilidade, em tudo há moderação e persistência. Ele se aquece com mais lentidão, mas retém por mais tempo o calor humano. Age por principio e não por instinto; aparentemente ele parece estar cedendo quando na verdade esta conseguindo o que quer, por ser persistente em seus objetivos é astucioso.
Com o surgimento da psicologia esses temperamentos receberam impulsos que tendem a melhorar os nossos conhecimentos sobre o assunto.
Sanguíneo – pessoa de temperamento superextrovertido
O apostolo Pedro é o mais conhecido na Bíblia com esse temperamento, seus defeitos são visíveis, num momento era alegre, amável, no seguinte assustava a todos com suas atitudes.
Impulsivo
Ø Mt 4.20 – “imediatamente deixou as redes”
Ø Mc 1.29 – “Convidou a todos para comer em sua casa, quando a sogra estava doente”
Ø Mt 14.28,29 – “andou sobre as águas” – entrou e depois pensou
Ø Mt 17. 1-13 – fala quando devia ouvir o que fazer
Ø Jo 18.10 – age sem pensar
Desinibido
Ø Lc 5.1-11 – na hora em que está mais irritado por falta de consideração alheia, ele faz algo de afeto (v8), só o sanguíneo pode fazer isso sem bajulação.
Falante
Ø Mt 16.13-20 – positivo
Ø Jo 6.66-69 – palavras imortais, nunca em dois séculos alguém conseguiu quebrar o silencio e superar a essa declaração clássica.
Egoísta
Ø Mt 16.17-23 – recebe um elogio e depois quis reprovar Jesus
Ø Pedro era um fanfarrão inconstante, Jesus não omitiu isso quando o chamou de Pedro – pequena rocha que precisa ser trabalhada, rocha de lenta formação.
Colérico – extrovertido
Esse é o líder natural, obstinado e muito otimista, ninguém melhor que Paulo para representá-lo.
- Cruel
- Compaixão é uma das coisas mais difícil de aprender com um colérico, ele é rude, sarcástico e de língua ferina. Saulo lidera uma perseguição aos cristãos em Jerusalém, um ódio que lhe era próprio agia de forma desumana em nome da religião. Ananias demorou acreditar em sua conversão (At 9.1,2)
- Força de vontade - O colérico não conhece fraqueza ou desanimo, sempre alcançam o sucesso, procuram sempre atingir o alvo (1Co 9.24-27), Paulo se dominava em tudo, não corria sem meta. Muitas vezes consideramos o colérico como um grande homem de fé quando devemos também analisar a forma exagerada de autoconfiança.
- Agressivo
- Ira e agressividade são coisas do colérico, não aparece muito na vida de Paulo depois da conversão, mas em Atos 15, ele discute com Barnabé e não aceita João Marcos por ter desistido essa atitude para um colérico é inaceitável. Em outra ocasião Paulo esta preso e em uma explosão chamou o sumo sacerdote de tampa de sepulcro (At 23).
- Auto-suficiente - Quanto mais sucesso o colérico procura ser independente (At 20.34), não há nada errado é o colérico agindo, ele não gosta de receber auxilio desemprego, aposentadoria. Ele gosta de trabalhar. Dificilmente um deficiente físico que seja colérico, ser encontrado na rua pedindo esmolas ele faz qualquer coisa para trabalhar e se sustentar.
O apostolo Paulo era dinâmico, ele sai de Antioquia sendo liderado e daí a pouco esta na liderança, (At13; 16.18; 27.21-25). Um homem prático, o colérico não é estético, muito difícil ver um colérico passeando com a família. Uma pessoa otimista, não existe explicação humana, um homem apedrejado, que se levanta do monte de pedras e volta a fazer a mesma coisa (At 14.19-21), cantar quando deveria estar chorando (At 16.25,26).
Melancólico – introvertido
O melancólico é perfeccionista por natureza, é um exagero na organização. Gosta de apreciar as belezas naturais, mas de vez em quando tem vontade de morrer. Os maiores gênios do mundo foram melancólicos, há na Bíblia uma lista de melancólicos, mas o maior deles é Moises.
- Talentoso
Instruído em toda a ciência do Egito, poderoso em palavras e obras (At 7.22), o melancólico tem uma capacidade incrível de dramatizar, quando pressionado ultrapassa as expectativas ele não se emociona facilmente. De um lado um rei poderoso e incrédulo do outro Moises que não conhece o que é se desesperar em situações adversas. O melancólico quando pressionado faz desafios incríveis, lembre-se de Elias no monte Carmelo.
- Abnegado
O melancólico é capaz de sacrificar a si próprio, gostam de se dedicar as causas que exigem sacrifícios e às vezes usam isso para obter vantagens.
- Complexo de inferioridade
Não gostam de aparecer, são perfeccionistas geralmente nunca se satisfazem com o que os outros fazem, sempre lembrarão mais dos erros que dos acertos. (Ex 3)
Depressivo
Vários deles pediram a morte Elias, Jonas, Moises também quis morrer (Nm 11.10-15).
Moises era perfeccionista, leal, um dos maiores amigos de Deus (Ex 24.9-18).
Fleumático – superintrovertido
Geralmente atencioso, não esquenta a cabeça, não gosta de briguinhas, confusões, gosta de ficar em silencio nas reuniões, mas gosta muito da realidade é egocêntrico, dificilmente se descobre que ele esta com problemas, pois não conta para ninguém. Abaraão se destaca na Bíblia é ele o Sr simpatia.
Cauteloso
Devido a indecisão e o medo os fleumáticos são cautelosos, ele se preocupa com tudo, as vezes até perde as oportunidades.
Pacifico
Uma das características admiráveis dos fleumáticos (Gn 13.8,9)
Leal
Esse temperamento é o que suporta melhor a pressão (Gn 14.14-16)
Temeroso
A fome levou Abraão ao Egito e la ele por medo arranjou vários problemas (Gn 20)
O ESPÍRITO SANTO AGINDO NO CARATER CRISTÃO.
Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, o ser humano passa a ser uma nova criatura, o apostolo Pedro negou a Jesus pela sua inconstância, mas como pode um sangüíneo como ele se tronar constante? Pedro se tornou corajoso e cheio de fé, dormia em uma prisão sabendo que seria morto, somente Deus pode mudar uma pessoa com temperamento impulsivo dando lhe calma, um homem controlado (At 4.19,20), estranho num sanguíneo. Com tudo vemos um Pedro humilde, amoroso e com maturidade.
Ao ver o apostolo Paulo falando em paz, mansidão, amabilidade ou bondade, da para imaginar um colérico, cabeça dura, obstinado, falar em bondade ou agradecendo seus cooperadores pelos serviços prestados? Um melancólico a busca de perfeição que nunca se contenta com nada? Geralmente eles desistem quando não conseguem e Moises faz exatamente o contrario? O fleumático Abraão ser considerado o pai na fé, quando na verdade eles já se parecem crentes?
O Espírito Santo com seu poder transformador transforma o caráter doentio, a insensibilidade moral no que concerne aos princípios e valores morais, onde até alguns denominados evangélicos estão corrompidos em suas naturezas e consciências cauterizadas entristecendo a Deus o Criador. Observemos os limites da Palavra de Deus e vivamos de modo digno da fé que professamos. Sem que a permissividade, a mentira, a malicia, a concupiscências, a cobiça, a ambição e outras coisa semelhantes encontrem em nós guarida. Que sejamos transformados e consigamos viver a nova vida em Cristo. (1Co 5.17)
CONCLUSÃO
“Só o poder do evangelho de Cristo é capaz de transformar e aperfeiçoar o caráter humano”
BIBLIOGRAFIA
LAHAYE Tim – Temperamentos Transformados – Editora Mundo Cristão
SILVA, Eliezer Lira – lição n. 1, 3º trimestre de 2007 – CPAD
WIKIPEDIA - PESQUISAS
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Pr Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
2º TRIMESTRE DE 2017 TEMA: O CARÁTER DO CRISTÃO - Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato
Título: O Caráter Cristão
Subtítulo: Moldado pela Palavra de Deus e Provado como ouro
Sumário:,
Lição: 1- A Formação do Caráter Cristão,
Lição: 2- Abel, exemplo de Caráter que Agrada a Deus,
Lição: 3- Melquisedeque, o Rei de Justiça,
Lição: 4- Isaque, um Caráter Pacífico,
Lição: 5- Jacó, Um Exemplo de um Caráter Restaurado,
Lição: 6- Jônatas, um Exemplo de Lealdade,
Lição: 7- Rute, Uma Mulher digna de Confiança,
Lição: 8- Abigail, Um Caráter Conciliador,
Lição: 9- Hulda, a Mulher que Estava no Lugar Certo,
Lição: 10- Maria, a Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa,
Lição: 11- Maria, mãe de Jesus – Uma Serva Humilde,
Lição: 12- José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter,
Lição: 13- Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato
Título: O Caráter Cristão
Subtítulo: Moldado pela Palavra de Deus e Provado como ouro
Sumário:,
Lição: 1- A Formação do Caráter Cristão,
Lição: 2- Abel, exemplo de Caráter que Agrada a Deus,
Lição: 3- Melquisedeque, o Rei de Justiça,
Lição: 4- Isaque, um Caráter Pacífico,
Lição: 5- Jacó, Um Exemplo de um Caráter Restaurado,
Lição: 6- Jônatas, um Exemplo de Lealdade,
Lição: 7- Rute, Uma Mulher digna de Confiança,
Lição: 8- Abigail, Um Caráter Conciliador,
Lição: 9- Hulda, a Mulher que Estava no Lugar Certo,
Lição: 10- Maria, a Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa,
Lição: 11- Maria, mãe de Jesus – Uma Serva Humilde,
Lição: 12- José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter,
Lição: 13- Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter
LIÇÃO 1- Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas - EBD I TRIMESTRE 2016
(FONTE- LIÇÃO EBD - 3º Trimestre de 1998)
Título: Escatologia — O estudo das últimas coisas
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 1: A importância da Escatologia Bíblica
Data: 5 de Julho de 1998
TEXTO ÁUREO
“Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Hc 2.3).
VERDADE PRÁTICA
A escatologia é uma realidade que envolve tanto o presente como o futuro e, para entendê-la, devemos estudá-la com cuidado e apoio bíblico.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 3.15; Ap 12.9; 20.2
A primeira profecia escatológica
Terça — Gn 3.15; 22.18; 26.4; 28.14; 49.10; 2Sm 7.12,13
A promessa do Redentor vindouro
Quarta — Is 7.14; 9.6; 42.1-4; 49.5-7; 52.13-15
A predição do futuro Rei e Redentor
Quinta — Is 53
A predição dos sofrimentos de Jesus
Sexta — Dn 2.44,45; 7.13,14
A predição do Reino vindouro do Senhor
Sábado — Jr 23.3; Is 11.11; Ez 37.1-11; Jl 2.28,29
A restauração de Israel
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.18-25,28.
18 — Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.
19 — Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
20 — E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
21 — Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
22 — Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? E o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
23 — Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.
24 — Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
25 — E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
28 — E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.
PONTO DE CONTATO
Os crentes nutrem um desejo profundo para conhecer os eventos futuros. Contudo, quando em contato com as profecias bíblicas encontram dificuldade para interpretá-las. Muitos por desconhecerem os princípios de interpretação têm feito uso de métodos inadequados chegando a formular teorias incorretas, trazendo, assim, prejuízo à sua vida cristã e à Igreja. O estudo de escatologia, neste trimestre, conduzirá, sem dúvida, os alunos de nossa Escola Dominical a uma compreensão clara das profecias bíblicas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir o sentido de escatologia.
Estabelecer as diferenças entre a profecia bíblica e a profecia como dom na Igreja.
Reconhecer o estudo da escatologia como matéria necessária à fé cristã.
Enumerar os métodos de interpretação da escatologia.
Aplicar as verdades proféticas ao desenvolvimento da fé cristã.
SÍNTESE TEXTUAL
Veremos nesta lição a importância da escatologia e como o seu uso com cuidado e respaldo bíblico contribui para a boa interpretação das profecias bíblicas. Estudaremos os seus métodos e princípios básicos de interpretação, bem como a sua relação com os aspectos presentes e futuros da profecia bíblica.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Os acontecimentos do futuro têm sido assunto do interesse da humanidade, principalmente neste século. A Igreja de Cristo aguarda um futuro glorioso como conseqüência de sua comunhão com Deus. Apesar de estarmos tratando de um tema que, se não houver cuidado, entra no terreno da especulação, precisamos introduzir os tópicos da lição buscando levar os alunos a refletirem idéias preconcebidas e quais as suas bases. Para isso, objetivando a edificação da classe, sugerimos que inicie cada tópico perguntando, e induzindo os alunos à reflexão e a dar respostas.
• Qual a preocupação principal da escatologia?
• Como deve ser interpretada a profecia bíblica?
• Quais os métodos de interpretação da escatologia bíblica?
• Qual a diferença entre profecia bíblica e dom de profecia?
Estas e outras questões poderão ser usadas para um estudo prazeroso e com resultados mais eficazes.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Escatologia é um termo constituído de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “tratado” ou “estudo”. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia. Nas primeiras palavras do texto de Ap 1.1 podemos entender o sentido da escatologia para a Igreja: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. Em resumo, significa para os cristãos “o estudo ou a doutrina das últimas coisas”.
I. O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA
1. A escatologia tem sua base na revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como “peregrina e forasteira”, 1Pe 2.11. Ela existe por causa da esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro. O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.
2. A escatologia pertence ao campo da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpretá-las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário. O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2Pe 1.19. Na verdade, o apóstolo procura contrastar as ideias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia. Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo (2Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus. Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2Pe 1.20,21.
II. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA
Na história da Igreja têm sido adotados vários métodos de interpretação no que concerne às escrituras proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa atenção.
1. O método alegórico ou figurado. Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos perderem o significado para alguns cristãos.
Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais profundo ou espiritual. Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, além de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.
Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das especulações do intérprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temor a Deus. Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.
2. O método literal e textual. Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.
Ambos os métodos são válidos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, Jo 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.
III. A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA
Não entenderemos a profecia bíblica se a confundirmos com “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter inerrável, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de Cristo na Terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento (1Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o ensino geral das Escrituras.
1. A profecia cumprida e a futura. Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia contém predições. Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com as profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.
2. A profecia e o ministério da Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a história da raça humana é a história da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade declarada, mas como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a história do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.
CONCLUSÃO
As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as várias escolas de interpretação. Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas. E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas têm valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.
VOCABULÁRIO
Denotar: Fazer notar; fazer ver; manifestar, indicar, mostrar.
Dogmática: Estudo ordenado e sistemático de doutrinas.
Fatalismo: Atitude ou doutrina que admite que o curso da vida humana está, em graus e sentidos diversos, previamente fixado, sendo a vontade ou a inteligência impotentes para dirigi-lo ou alterá-lo.
Pagão: Pessoa que adora a deuses falsos.
Utopia: Projeto irrealizável, quimera, fantasia.
EXERCÍCIOS
1. Defina o que é escatologia.
R. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia.
2. Qual a preocupação principal da escatologia?
R. Interpretar os textos proféticos das Escrituras.
3. Quais os dois métodos de interpretação da escatologia?
R. Alegórico ou figurado, e literal e textual.
4. Qual a diferença entre o dom de profecia e a profecia bíblica?
R. A profecia, como dom do Espírito, depende de quem transmite e é sujeita a julgamento, e a profecia bíblica tem caráter inerrável porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo.
5. Qual a única forma para podermos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação?
R. Recorrer à Palavra de Deus.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
Além de ser um dos capítulos da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o Dicionário Teológico (CPAD):
“Escatologia consistente. Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a doutrina de Cristo tinham um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois, de que o Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele também jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele, cada conselho de Deus teve o seu devido lugar”.
“Escatologia idealista. Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica à verdades infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito prático sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as que estão por se cumprirem? Não nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.
“Escatologia individual. Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja”.
“Escatologia realizada. Ponto de vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, já não nos resta nenhuma expectativa profética, de acordo com o que ensina Dodd.
Gostaríamos, porém, que ele nos respondesse as seguintes perguntas:
• A Segunda vinda de Cristo já foi realizada?
• A grande tribulação já é história?
• O julgamento final já foi consumado?”.
Subsídio Doutrinário
A escatologia tem profunda relação com a profecia. Não podemos evitar nem negligenciar a profecia. Se trouxermos o estudo da Bíblia apenas para a esfera presente, como trataremos das profecias que nos estimulam a vigiar acerca da vinda de Cristo? Há um outro fator importante nessa relação entre a escatologia e a profecia que é o seu cumprimento passado. São profecias que foram faladas ou registradas bem antes dos eventos profetizados, principalmente, aquelas relativas a Cristo. As profecias quanto à sua primeira vinda se tomaram históricas pelo seu cumprimento literal (Is 7.14; Mq 5.2; Is 11.2; Zc 9.9; Sl 41.9; Zc 11.12; Sl 50.6; Sl 34.20; Is 53.4-6). Portanto, a relação da escatologia com a profecia não é teórica, porque tem o testemunho das Escrituras.
Subsídio Bibliológico
Compreender a linguagem da mensagem profética no estudo da escatologia é de fundamental importância. Toda e qualquer declaração profética depende da linguagem. Expressões simples do conhecimento humano foram usadas e inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas, para que, na apresentação da mensagem profética, não houvesse confusão na sua compreensão. A linguagem da profecia bíblica é singela e clara, mesmo quando ela vem em forma alegórica. Seu objetivo primordial é apresentar as verdades divinas. Todo aquele que ministra a Bíblia é chamado por Deus para declarar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Não há como escapar da responsabilidade de conhecer e interpretar corretamente os textos bíblicos proféticos.
FONTE : ESTUDANTES DA BIBLIA
(FONTE- LIÇÃO EBD - 3º Trimestre de 1998)
Título: Escatologia — O estudo das últimas coisas
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 1: A importância da Escatologia Bíblica
Data: 5 de Julho de 1998
TEXTO ÁUREO
“Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Hc 2.3).
VERDADE PRÁTICA
A escatologia é uma realidade que envolve tanto o presente como o futuro e, para entendê-la, devemos estudá-la com cuidado e apoio bíblico.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 3.15; Ap 12.9; 20.2
A primeira profecia escatológica
Terça — Gn 3.15; 22.18; 26.4; 28.14; 49.10; 2Sm 7.12,13
A promessa do Redentor vindouro
Quarta — Is 7.14; 9.6; 42.1-4; 49.5-7; 52.13-15
A predição do futuro Rei e Redentor
Quinta — Is 53
A predição dos sofrimentos de Jesus
Sexta — Dn 2.44,45; 7.13,14
A predição do Reino vindouro do Senhor
Sábado — Jr 23.3; Is 11.11; Ez 37.1-11; Jl 2.28,29
A restauração de Israel
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.18-25,28.
18 — Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.
19 — Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
20 — E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
21 — Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
22 — Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? E o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
23 — Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.
24 — Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
25 — E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
28 — E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.
PONTO DE CONTATO
Os crentes nutrem um desejo profundo para conhecer os eventos futuros. Contudo, quando em contato com as profecias bíblicas encontram dificuldade para interpretá-las. Muitos por desconhecerem os princípios de interpretação têm feito uso de métodos inadequados chegando a formular teorias incorretas, trazendo, assim, prejuízo à sua vida cristã e à Igreja. O estudo de escatologia, neste trimestre, conduzirá, sem dúvida, os alunos de nossa Escola Dominical a uma compreensão clara das profecias bíblicas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir o sentido de escatologia.
Estabelecer as diferenças entre a profecia bíblica e a profecia como dom na Igreja.
Reconhecer o estudo da escatologia como matéria necessária à fé cristã.
Enumerar os métodos de interpretação da escatologia.
Aplicar as verdades proféticas ao desenvolvimento da fé cristã.
SÍNTESE TEXTUAL
Veremos nesta lição a importância da escatologia e como o seu uso com cuidado e respaldo bíblico contribui para a boa interpretação das profecias bíblicas. Estudaremos os seus métodos e princípios básicos de interpretação, bem como a sua relação com os aspectos presentes e futuros da profecia bíblica.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Os acontecimentos do futuro têm sido assunto do interesse da humanidade, principalmente neste século. A Igreja de Cristo aguarda um futuro glorioso como conseqüência de sua comunhão com Deus. Apesar de estarmos tratando de um tema que, se não houver cuidado, entra no terreno da especulação, precisamos introduzir os tópicos da lição buscando levar os alunos a refletirem idéias preconcebidas e quais as suas bases. Para isso, objetivando a edificação da classe, sugerimos que inicie cada tópico perguntando, e induzindo os alunos à reflexão e a dar respostas.
• Qual a preocupação principal da escatologia?
• Como deve ser interpretada a profecia bíblica?
• Quais os métodos de interpretação da escatologia bíblica?
• Qual a diferença entre profecia bíblica e dom de profecia?
Estas e outras questões poderão ser usadas para um estudo prazeroso e com resultados mais eficazes.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Escatologia é um termo constituído de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “tratado” ou “estudo”. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia. Nas primeiras palavras do texto de Ap 1.1 podemos entender o sentido da escatologia para a Igreja: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. Em resumo, significa para os cristãos “o estudo ou a doutrina das últimas coisas”.
I. O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA
1. A escatologia tem sua base na revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como “peregrina e forasteira”, 1Pe 2.11. Ela existe por causa da esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro. O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.
2. A escatologia pertence ao campo da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpretá-las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário. O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2Pe 1.19. Na verdade, o apóstolo procura contrastar as ideias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia. Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo (2Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus. Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2Pe 1.20,21.
II. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA
Na história da Igreja têm sido adotados vários métodos de interpretação no que concerne às escrituras proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa atenção.
1. O método alegórico ou figurado. Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos perderem o significado para alguns cristãos.
Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais profundo ou espiritual. Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, além de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.
Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das especulações do intérprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temor a Deus. Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.
2. O método literal e textual. Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.
Ambos os métodos são válidos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, Jo 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.
III. A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA
Não entenderemos a profecia bíblica se a confundirmos com “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter inerrável, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de Cristo na Terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento (1Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o ensino geral das Escrituras.
1. A profecia cumprida e a futura. Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia contém predições. Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com as profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.
2. A profecia e o ministério da Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a história da raça humana é a história da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade declarada, mas como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a história do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.
CONCLUSÃO
As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as várias escolas de interpretação. Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas. E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas têm valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.
VOCABULÁRIO
Denotar: Fazer notar; fazer ver; manifestar, indicar, mostrar.
Dogmática: Estudo ordenado e sistemático de doutrinas.
Fatalismo: Atitude ou doutrina que admite que o curso da vida humana está, em graus e sentidos diversos, previamente fixado, sendo a vontade ou a inteligência impotentes para dirigi-lo ou alterá-lo.
Pagão: Pessoa que adora a deuses falsos.
Utopia: Projeto irrealizável, quimera, fantasia.
EXERCÍCIOS
1. Defina o que é escatologia.
R. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia.
2. Qual a preocupação principal da escatologia?
R. Interpretar os textos proféticos das Escrituras.
3. Quais os dois métodos de interpretação da escatologia?
R. Alegórico ou figurado, e literal e textual.
4. Qual a diferença entre o dom de profecia e a profecia bíblica?
R. A profecia, como dom do Espírito, depende de quem transmite e é sujeita a julgamento, e a profecia bíblica tem caráter inerrável porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo.
5. Qual a única forma para podermos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação?
R. Recorrer à Palavra de Deus.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
Além de ser um dos capítulos da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o Dicionário Teológico (CPAD):
“Escatologia consistente. Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a doutrina de Cristo tinham um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois, de que o Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele também jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele, cada conselho de Deus teve o seu devido lugar”.
“Escatologia idealista. Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica à verdades infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito prático sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as que estão por se cumprirem? Não nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.
“Escatologia individual. Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja”.
“Escatologia realizada. Ponto de vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, já não nos resta nenhuma expectativa profética, de acordo com o que ensina Dodd.
Gostaríamos, porém, que ele nos respondesse as seguintes perguntas:
• A Segunda vinda de Cristo já foi realizada?
• A grande tribulação já é história?
• O julgamento final já foi consumado?”.
Subsídio Doutrinário
A escatologia tem profunda relação com a profecia. Não podemos evitar nem negligenciar a profecia. Se trouxermos o estudo da Bíblia apenas para a esfera presente, como trataremos das profecias que nos estimulam a vigiar acerca da vinda de Cristo? Há um outro fator importante nessa relação entre a escatologia e a profecia que é o seu cumprimento passado. São profecias que foram faladas ou registradas bem antes dos eventos profetizados, principalmente, aquelas relativas a Cristo. As profecias quanto à sua primeira vinda se tomaram históricas pelo seu cumprimento literal (Is 7.14; Mq 5.2; Is 11.2; Zc 9.9; Sl 41.9; Zc 11.12; Sl 50.6; Sl 34.20; Is 53.4-6). Portanto, a relação da escatologia com a profecia não é teórica, porque tem o testemunho das Escrituras.
Subsídio Bibliológico
Compreender a linguagem da mensagem profética no estudo da escatologia é de fundamental importância. Toda e qualquer declaração profética depende da linguagem. Expressões simples do conhecimento humano foram usadas e inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas, para que, na apresentação da mensagem profética, não houvesse confusão na sua compreensão. A linguagem da profecia bíblica é singela e clara, mesmo quando ela vem em forma alegórica. Seu objetivo primordial é apresentar as verdades divinas. Todo aquele que ministra a Bíblia é chamado por Deus para declarar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Não há como escapar da responsabilidade de conhecer e interpretar corretamente os textos bíblicos proféticos.
FONTE : ESTUDANTES DA BIBLIA
Gênesis, o Livro da Criação Divina. LIÇÃO 1 - 4°TRI 2015
Gênesis, o Livro da Criação Divina
INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos Gênesis, o livro dos princípios. Nessa
primeira aula nos voltaremos para os aspectos contextuais do texto.
Inicialmente abordaremos o tema central, a data em que foi escrito, e quem foi
seu autor. Em seguida, trataremos a respeito dos objetivos, temas principais e
estrutura do livro. Ao final, destacaremos o conteúdo, e principalmente, a
relevância desse livro para os dias atuais.
1. TEMA,
DATA, AUTORIA E LOCAL
O tema central do livro de Gênesis se encontra em
Gn. 1.1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Esse livro trata,
portanto, dos começos, o próprio título do livro vem de genesis que em grego
significa origem. Em hebraico, é o livro do bereshit, do princípio de todas as
coisas, exceto de Deus, que não tem início, muito menos fim. A data provável de
escrita é 1500 a. C., sendo esse um dos textos mais antigos da Bíblia. Para os
estudiosos esse livro foi escrito durante a peregrinação dos filhos de Israel
rumo à Terra Prometida, entre o Egito e o Deserto do Sinai (Ex; 24.4). Um dos
temas bastante controvertidos do Gênesis diz respeito a sua autoria Mas A
maioria dos estudiosos concorda que Moisés foi o escritor. Essa posição é
confirmada no Novo Testamento por Jesus (Mt. 19.4-6; Lc. 11.51; Lc. 24.44). Há
quem defenda que esse livro não é factual, isto é, não pode ser interpretado
como verdade, mas apenas como mitologia. No entanto, a mensagem de Gênesis é
revelação divina, somente podemos saber o que aconteceu no princípio porque
Deus decidiu comunicar. Por outro lado, o livro, como as demais Escrituras, não
se propõe a ser científico. O relato de Gênesis objetiva a edificação dos
leitores (II Tm. 3.16,17), não a constatação cosmológica, a fim de sustentar a
ciência. Ler Gênesis como um livro de ciência é um desserviço à fé cristã, pois
esse não é seu primeiro objetivo. Precisamos ler Gênesis como Palavra de Deus,
a revelação expressa do Deus que se manifesta, não apenas na criação, mas
também na Palavra. Isso porque Ele não é apenas o Elohim, Deus Criador de todas
as coisas, mas também o Yahweh, o Deus que se identifica com a humanidade.
2. OBJETIVOS,
PERSONAGENS E ESTRUTURA
O livro de Gênesis revela um Deus criador, por isso céus e terra não
são obras do acaso, como pressupõe a filosofia materialista. O livro identifica
Deus como O Todo Poderoso, que vai além do entendimento humano. Os principais
personagens do livro são: o próprio Deus - como Criador e Senhor; Adão e Eva -
os primeiros humanos, criados por Deus, a serpente – que tentou Adão e Eva para
pecarem; Caim e Abel – os primeiros filhos de Adão e Eva, tendo o primeiro
assassinado o segundo; Noé – um homem justo, que construiu um arca, em
obediência ao Senhor; Abraão – escolhido por Deus para ser pai de uma grande
nação; Sara – a esposa infértil de Abraão, que se tornou a mãe de Isaque; Jacó
– também chamado de Israel, pai de doze filhos, que compôs as tribos da nação
escolhida; e José – o filho favorito de Jacó, que foi vendido como escravo para
o Egito. O livro de Gênesis tem seu início no Crescente Fértil, que nos dias
atuais é o Iraque, e se desenrola até a terra de Canãa, Israel atualmente, e
finda no Egito. Esse livro não se propõe a explicar Deus, nem mesmo provar Sua
existência, pois essa é pressuposta, já no primeiro versículo (Gn. 1.1). Os
capitulo 1 e 2 descrevem como Deus criou o universo e tudo que nele há,
simplesmente por meio da palavra (Gn. 1.6-15). A criação do homem teve um
tratamento diferenciado, pois Deus o formou do pó da terra, e soprou em suas
narinas, dando-lhe o fôlego da vida (Gn. 2.7), sendo a mulher retirada da
costela do homem. Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, viviam em
harmonia no Jardim do Éden, mas caíram em pecado, por desobedecerem ao Senhor.
A serpente, figura de Satanás, conduziu o primeiro país à ruina (Gn. 3). O
pecado levou a humanidade à Queda, isso é demonstrado no assassinado de Caim,
que matou seu irmão Abel. Ao optar pelo pecado o ser humano decidiu viver
distanciado do Seu Criador, trazendo sobre si as consequências da desobediência.
3. CONTEÚDO E RELEVÂNCIA
O livro de Gênesis trata com propriedade a respeito do problema do
mal, declara que inicialmente a humidade foi criada em perfeição, mas se voltou
contra Deus em pecado. Essa rebelião desestruturou as condições favoráveis para
a existência humana na terra. A morte foi o resultado espiritual da maldade.
Quando o pecado se alastrou pela terra, fez-se necessário que Deus enviasse um
dilúvio, sendo salvo Noé e sua família. Após o dilúvio, o Senhor escolheu um
homem, chamado Abrão que se tornaria o patriarca da nação escolhida, que viria
a ser reconhecida como Israel. O livro de Gênesis termina com Jacó, e José, seu
filho, que através de uma sucessão de eventos miraculosos, tornou-se um dos
regentes do Egito. Além da problemática do mal, o livro de Gênesis aborda
vários outros temas, relevantes para os dias atuais, dentre eles destacamos: 1)
a origem do universo – ao contrário do que postula o materialismo, o universo
não é obra do acaso, mas criação de um Deus poderoso, que também manifesta seu
amor pela humanidade; 2) a criação da humanidade – o ser humano foi
especialmente criado por Deus, que soprou em suas narinas o fôlego da vida,
sendo assim, a dignidade humana se fundamenta na relação com a divindade; 3) a
rebelião da humanidade – os homens se revoltam contra o Criador, resultando em consequências
trágicas, que afetam a condição humana, tanto individual quanto coletiva, abrangendo
o meio ambiente; 4) a redenção divina – apesar da Queda, e do mal residente na
humanidade, Deus preparou um plano para a salvação, Cristo é aquele que pisou a
cabeça da serpente, o Salvador do mundo; e 5) a providência divina – Deus está
no comando da situação, às vezes não compreendemos o desenrolar da história,
mas ao Seu tempo, o Senhor cumprirá seus desígnios.
CONCLUSÃO
Paulo destaca em Rm. 15.4 que tudo que dantes foi
escrito, o foi para nosso ensino, para que mantenhamos o ânimo, através da
leitura das Escrituras, principalmente para que tenhamos esperança. A leitura
de Gênesis, ao longo deste trimestre, fundamentará nossa fé em Deus, alicerçará
nossa esperança em Cristo, e a convicção de que o Senhor está no comando de
todas as situações. O Deus do Gênesis não é apenas o Criador dos céus e a da
terra, mas também Aquele que se relaciona, e busca alcançar a humanidade caída,
em amor e misericórdia.
BIBLIOGRAFIA
GREIDANUS, S. Pregando Cristo a
partir de Genesis. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
LONGMAN III, T. Como ler Gênesis.
São Paulo: Vida Nova, 2009.
LIÇÃO 01 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA – 4º TRIMESTRE DE 2015(Gn 1.1-10,14,26)
INTRODUÇÃO
A lição do último trimestre de 2015 tem como título: O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas no Gênesis – o primeiro livro da Bíblia. Nesta primeira lição, destacaremos informações importantes acerca deste livro, tais como: nome, autoria, data, estrutura, propósito, dentre outras coisas; veremos ainda qual a sua importância do ponto de vista: teológico, literário e histórico; e, por fim, pontuaremos a perfeita harmonia dos seus assuntos com o último livro da Bíblia – o Apocalipse.
I – INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DO GÊNESIS
1.1 Nome. “No AT, a primeira palavra do texto, “bereshit”, “no princípio”, serve de título para o livro de Gênesis. Tomar a primeira frase ou palavra de uma obra literária para denominá-la era prática comum no antigo Oriente Próximo. A tradução grega chamada Septuaginta (Tradução do Antigo Testamento para o grego) igualou este termo de abertura com a palavra “gênesis”, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em nossas versões bíblicas, porque descreve notavelmente bem o conteúdo do livro. É o livro dos começos: o começo do universo, do homem, do pecado, da salvação, da nação hebraica, da aliança com os homens” (BEACON, 2006, vol. 01, p. 25 – acréscimo nosso).
1.2 Autoria. “O AT afirma que o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) é de autoria de Moisés, o grande libertador no Êxodo que comunicou aos israelitas a revelação de Deus concernente a si mesmo e aos propósitos para o povo recentemente resgatado (Êx 17.14; 24.4; Nm 33.1,2; Dt 31.9; Js 1.8; 2 Rs 21.8). Embora não haja dúvida de que houvera uma tradição oral (e talvez escrita) contínua acerca das suas origens, história e propósito, foi Moisés que reuniu estas tradições e as integrou ao corpo conhecido por Torá, desta forma surgindo uma síntese abrangente e oficial” (ZUCK, p. 20 – acréscimo nosso). Sobre a autoria mosaica podemos acrescentar ainda que os escritores do NT estão de pleno acordo com os do AT. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (At 13.39; 15.5; Hb 10.28). Para eles, “ler Moisés” equivale a ler o Pentateuco (II Co 3.15). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor (Jo 5.46; Mt 8.4; 19.8; Mc 7.10; Lc 16.31; 24.27,44).
1.3 Data e Estrutura. O livro do Gênesis foi escrito provavelmente por volta de 1445-1405 a.C. Ele se divide em duas partes: a primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe, incluindo a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel. A segunda parte, do capítulo 12 ao 50, conta a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos que foram o começo das doze tribos de Israel. E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez com que os seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito.
1.4 Assunto. “O assunto geral é “o princípio de todas as coisas”. Porém à luz do tema da Bíblia toda, seu tema é: “Deus começa a redenção escolhendo um povo”. O livro do Gênesis abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas até ao estabelecimento de Israel no Egito. O esquema do livro é o seguinte: (a) a criação (1-2); (b) a queda e suas consequências (3-4); (c) o dilúvio (5-9); (d) a dispersão das nações (10-11); e, (e) história patriarcal (12-50)” (HOFF, 1995, p. 13).
1.5 Propósitos. “O livro do Gênesis é a introdução à Bíblia toda. É o livro dos princípios, pois narra os começos da criação, do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. Conquanto o Gênesis esteja estreitamente ligado aos demais livros do Antigo Testamento, relaciona-se mais ainda, em certo sentido, com o Novo Testamento. Alguns temas do Gênesis mal voltam a aparecer até que sejam tratados e interpretados no Novo Testamento. Incluem-se aí a queda do homem, a instituição do casamento, o juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao crente, o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos” (HOFF, 1995, p. 13).
1.6 Cristologia em Gênesis. Esse livro dos princípios também anuncia a vinda de Cristo. Mesmo veladas a mente secular, essas referências sutis alertam os crentes para aquele que cumprirá a promessa final. Essas referências cristológicas aparecem na forma de profecias ou de tipos velados, tais como: (a) A semente da mulher (Gn 3.15). Um Filho de Eva (ou Maria) viria fatalmente ferir e ser temporariamente ferido pela “serpente” ou Satanás (Gl 4.4); (b) A semente de Abraão (Gn 12.3). Um descendente de Abraão viria abençoar todas as nações com a oferta da justificação pela fé (At 3.25; Gl 3.7-9); e, (c) O descendente de Judá (Gn 49.9,10). Um “Leão” da tribo de Judá seria levantado como o Soberano do mundo (Gn 49.9-10; Ap 5.5).
II – A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO GÊNESIS
2.1 Do ponto de vista Teológico. “O livro de Gênesis contém grande teologia e deve ser considerado o “começo de toda teologia”. Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente e extremamente sábio são introduzidos neste livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do mundo, do homem, do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do julgamento e da providência divina. O livro narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e preparado de maneira tal para permitir o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a humanidade” (CHAMPLIN, 2004, p. 05 – acréscimo nosso). Abaixo destacaremos algumas doutrinas que podemos encontrar neste livro:
ASSUNTOS TEOLÓGICOS | DEFINIÇÃO | REFERÊNCIAS |
Teologia ou Teontologia | Doutrina de Deus | Gn 1.1; 1.11; 14-24 |
Antropologia | Doutrina do Homem | Gn 1.26,27 |
Hamartiologia | Doutrina do Pecado | Gn 3.6; 12-13; 23-24 |
Soteriologia | Doutrina da Salvação | Gn 3.15; 6.17-22; 19.17-21 |
Cristologia | Doutrina de Cristo | Gn 3.15; 12.3; 49.9-10 |
Escatologia | Doutrina das Últimas Coisas | Gn 3.15; 6.7; 19.13-26 |
2.2 Do ponto de vista Literário. “O livro de Gênesis é considerado uma das grandes obras literárias de todas as épocas. Seu autor descreve de maneira vigorosa as atividades de Deus como guia da criação e da história. As histórias individuais, verdadeiras obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados inteligentemente, não prejudicando assim a unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes desnecessários. Seus personagens são apresentadas não como figuras mitológicas, mas como seres humanos reais, passíveis de faltas e de virtudes. Quem escreveu Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado exterior considerou as coisas materiais; do lado interior considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas, o amor e o ódio” (CHAMPLIN, 2004, p. 05).
2.3 Do ponto de vista Histórico. A história jamais poderá ter sentido no seu meio e fim senão tiver um começo, uma gênese. Partindo dessa premissa podemos calcular a importância do livro do Gênesis para compreensão de toda a Bíblia. Negar a literalidade e a historicidade do que está escrito neste livro, desencadeará na completa demolição de todo o restante das Escrituras. Disse certo teólogo: “A maneira mais rápida de demolir um edifício é atingir sua fundação. Se esta pode ser destruída a estrutura cairá. Não é surpreendente que alguns dos ataques mais acirrados que a Bíblia já, sofreu tenham sido contra os seus primeiros capítulos. Se alguém pode ser persuadido a tirar páginas da Bíblia, pode-se dizer que, não demorará muito, o mesmo sucederá em relação as últimas” (HALLEY, 1998, p. 560). As referências no NT aos personagens e eventos do Gênesis autenticam a sua veracidade. Por exemplo: Adão foi um pessoa real (Gn 1.26; Mc 10.6; At 17.26; Rm 5.12); como também: Enoque (Jd 1.14); e, Noé (Mt 24.37; Hb 11.7; I Pe 3.20). O dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra também são fatos confirmados (Mt 24.38,38; II Pe 2.5; 3.6; Lc 17.28; II Pe 2.8).
III – A PERFEITA HARMONIA ENTRE O LIVRO DE GÊNESIS E O DE APOCALIPSE
No livro do Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) encontramos o início de muitos assuntos e no livro do Apocalipse (o último livro da Bíblia), em particular, narra o cumprimento destes. Abaixo destacaremos alguns destes assuntos:
GÊNESIS | APOCALIPSE |
A serpente enganou o homem (Gn 3.13) | A serpente será condenada (Ap 20.2,10) |
A terra foi amaldiçoada (Gn 3.17) | A terra será restaurada (Ap 21.1) |
O caminho da árvore da vida foi vedado (Gn 3.24) | Será aberto o caminho a árvore da vida (Ap 2.7; 22.14) |
CONCLUSÃO
O Senhor Deus, em sua excelente e inescrutável sabedoria, nos forneceu através de Moisés, o registro do início de todas as coisas a fim de nos revelar que Ele é o Criador e que tudo o que foi feito, se constitui numa amostra da Sua grande bondade e incompreensível amor.
REFERÊNCIAS
- CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números.
- HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. VIDA NOVA.
- HOFF, Paul. O Pentateuco.
- ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.
Gênesis, o Livro da Criação Divina
INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos Gênesis, o livro dos princípios. Nessa
primeira aula nos voltaremos para os aspectos contextuais do texto.
Inicialmente abordaremos o tema central, a data em que foi escrito, e quem foi
seu autor. Em seguida, trataremos a respeito dos objetivos, temas principais e
estrutura do livro. Ao final, destacaremos o conteúdo, e principalmente, a
relevância desse livro para os dias atuais.
1. TEMA,
DATA, AUTORIA E LOCAL
O tema central do livro de Gênesis se encontra em
Gn. 1.1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Esse livro trata,
portanto, dos começos, o próprio título do livro vem de genesis que em grego
significa origem. Em hebraico, é o livro do bereshit, do princípio de todas as
coisas, exceto de Deus, que não tem início, muito menos fim. A data provável de
escrita é 1500 a. C., sendo esse um dos textos mais antigos da Bíblia. Para os
estudiosos esse livro foi escrito durante a peregrinação dos filhos de Israel
rumo à Terra Prometida, entre o Egito e o Deserto do Sinai (Ex; 24.4). Um dos
temas bastante controvertidos do Gênesis diz respeito a sua autoria Mas A
maioria dos estudiosos concorda que Moisés foi o escritor. Essa posição é
confirmada no Novo Testamento por Jesus (Mt. 19.4-6; Lc. 11.51; Lc. 24.44). Há
quem defenda que esse livro não é factual, isto é, não pode ser interpretado
como verdade, mas apenas como mitologia. No entanto, a mensagem de Gênesis é
revelação divina, somente podemos saber o que aconteceu no princípio porque
Deus decidiu comunicar. Por outro lado, o livro, como as demais Escrituras, não
se propõe a ser científico. O relato de Gênesis objetiva a edificação dos
leitores (II Tm. 3.16,17), não a constatação cosmológica, a fim de sustentar a
ciência. Ler Gênesis como um livro de ciência é um desserviço à fé cristã, pois
esse não é seu primeiro objetivo. Precisamos ler Gênesis como Palavra de Deus,
a revelação expressa do Deus que se manifesta, não apenas na criação, mas
também na Palavra. Isso porque Ele não é apenas o Elohim, Deus Criador de todas
as coisas, mas também o Yahweh, o Deus que se identifica com a humanidade.
2. OBJETIVOS,
PERSONAGENS E ESTRUTURA
O livro de Gênesis revela um Deus criador, por isso céus e terra não
são obras do acaso, como pressupõe a filosofia materialista. O livro identifica
Deus como O Todo Poderoso, que vai além do entendimento humano. Os principais
personagens do livro são: o próprio Deus - como Criador e Senhor; Adão e Eva -
os primeiros humanos, criados por Deus, a serpente – que tentou Adão e Eva para
pecarem; Caim e Abel – os primeiros filhos de Adão e Eva, tendo o primeiro
assassinado o segundo; Noé – um homem justo, que construiu um arca, em
obediência ao Senhor; Abraão – escolhido por Deus para ser pai de uma grande
nação; Sara – a esposa infértil de Abraão, que se tornou a mãe de Isaque; Jacó
– também chamado de Israel, pai de doze filhos, que compôs as tribos da nação
escolhida; e José – o filho favorito de Jacó, que foi vendido como escravo para
o Egito. O livro de Gênesis tem seu início no Crescente Fértil, que nos dias
atuais é o Iraque, e se desenrola até a terra de Canãa, Israel atualmente, e
finda no Egito. Esse livro não se propõe a explicar Deus, nem mesmo provar Sua
existência, pois essa é pressuposta, já no primeiro versículo (Gn. 1.1). Os
capitulo 1 e 2 descrevem como Deus criou o universo e tudo que nele há,
simplesmente por meio da palavra (Gn. 1.6-15). A criação do homem teve um
tratamento diferenciado, pois Deus o formou do pó da terra, e soprou em suas
narinas, dando-lhe o fôlego da vida (Gn. 2.7), sendo a mulher retirada da
costela do homem. Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, viviam em
harmonia no Jardim do Éden, mas caíram em pecado, por desobedecerem ao Senhor.
A serpente, figura de Satanás, conduziu o primeiro país à ruina (Gn. 3). O
pecado levou a humanidade à Queda, isso é demonstrado no assassinado de Caim,
que matou seu irmão Abel. Ao optar pelo pecado o ser humano decidiu viver
distanciado do Seu Criador, trazendo sobre si as consequências da desobediência.
3. CONTEÚDO E RELEVÂNCIA
O livro de Gênesis trata com propriedade a respeito do problema do
mal, declara que inicialmente a humidade foi criada em perfeição, mas se voltou
contra Deus em pecado. Essa rebelião desestruturou as condições favoráveis para
a existência humana na terra. A morte foi o resultado espiritual da maldade.
Quando o pecado se alastrou pela terra, fez-se necessário que Deus enviasse um
dilúvio, sendo salvo Noé e sua família. Após o dilúvio, o Senhor escolheu um
homem, chamado Abrão que se tornaria o patriarca da nação escolhida, que viria
a ser reconhecida como Israel. O livro de Gênesis termina com Jacó, e José, seu
filho, que através de uma sucessão de eventos miraculosos, tornou-se um dos
regentes do Egito. Além da problemática do mal, o livro de Gênesis aborda
vários outros temas, relevantes para os dias atuais, dentre eles destacamos: 1)
a origem do universo – ao contrário do que postula o materialismo, o universo
não é obra do acaso, mas criação de um Deus poderoso, que também manifesta seu
amor pela humanidade; 2) a criação da humanidade – o ser humano foi
especialmente criado por Deus, que soprou em suas narinas o fôlego da vida,
sendo assim, a dignidade humana se fundamenta na relação com a divindade; 3) a
rebelião da humanidade – os homens se revoltam contra o Criador, resultando em consequências
trágicas, que afetam a condição humana, tanto individual quanto coletiva, abrangendo
o meio ambiente; 4) a redenção divina – apesar da Queda, e do mal residente na
humanidade, Deus preparou um plano para a salvação, Cristo é aquele que pisou a
cabeça da serpente, o Salvador do mundo; e 5) a providência divina – Deus está
no comando da situação, às vezes não compreendemos o desenrolar da história,
mas ao Seu tempo, o Senhor cumprirá seus desígnios.
CONCLUSÃO
Paulo destaca em Rm. 15.4 que tudo que dantes foi
escrito, o foi para nosso ensino, para que mantenhamos o ânimo, através da
leitura das Escrituras, principalmente para que tenhamos esperança. A leitura
de Gênesis, ao longo deste trimestre, fundamentará nossa fé em Deus, alicerçará
nossa esperança em Cristo, e a convicção de que o Senhor está no comando de
todas as situações. O Deus do Gênesis não é apenas o Criador dos céus e a da
terra, mas também Aquele que se relaciona, e busca alcançar a humanidade caída,
em amor e misericórdia.
BIBLIOGRAFIA
GREIDANUS, S. Pregando Cristo a
partir de Genesis. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
LONGMAN III, T. Como ler Gênesis.
São Paulo: Vida Nova, 2009.
LIÇÃO 01 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA – 4º TRIMESTRE DE 2015(Gn 1.1-10,14,26)
INTRODUÇÃO
A lição do último trimestre de 2015 tem como título: O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas no Gênesis – o primeiro livro da Bíblia. Nesta primeira lição, destacaremos informações importantes acerca deste livro, tais como: nome, autoria, data, estrutura, propósito, dentre outras coisas; veremos ainda qual a sua importância do ponto de vista: teológico, literário e histórico; e, por fim, pontuaremos a perfeita harmonia dos seus assuntos com o último livro da Bíblia – o Apocalipse.
I – INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DO GÊNESIS
1.1 Nome. “No AT, a primeira palavra do texto, “bereshit”, “no princípio”, serve de título para o livro de Gênesis. Tomar a primeira frase ou palavra de uma obra literária para denominá-la era prática comum no antigo Oriente Próximo. A tradução grega chamada Septuaginta (Tradução do Antigo Testamento para o grego) igualou este termo de abertura com a palavra “gênesis”, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em nossas versões bíblicas, porque descreve notavelmente bem o conteúdo do livro. É o livro dos começos: o começo do universo, do homem, do pecado, da salvação, da nação hebraica, da aliança com os homens” (BEACON, 2006, vol. 01, p. 25 – acréscimo nosso).
1.2 Autoria. “O AT afirma que o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) é de autoria de Moisés, o grande libertador no Êxodo que comunicou aos israelitas a revelação de Deus concernente a si mesmo e aos propósitos para o povo recentemente resgatado (Êx 17.14; 24.4; Nm 33.1,2; Dt 31.9; Js 1.8; 2 Rs 21.8). Embora não haja dúvida de que houvera uma tradição oral (e talvez escrita) contínua acerca das suas origens, história e propósito, foi Moisés que reuniu estas tradições e as integrou ao corpo conhecido por Torá, desta forma surgindo uma síntese abrangente e oficial” (ZUCK, p. 20 – acréscimo nosso). Sobre a autoria mosaica podemos acrescentar ainda que os escritores do NT estão de pleno acordo com os do AT. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (At 13.39; 15.5; Hb 10.28). Para eles, “ler Moisés” equivale a ler o Pentateuco (II Co 3.15). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor (Jo 5.46; Mt 8.4; 19.8; Mc 7.10; Lc 16.31; 24.27,44).
1.3 Data e Estrutura. O livro do Gênesis foi escrito provavelmente por volta de 1445-1405 a.C. Ele se divide em duas partes: a primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe, incluindo a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel. A segunda parte, do capítulo 12 ao 50, conta a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos que foram o começo das doze tribos de Israel. E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez com que os seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito.
1.4 Assunto. “O assunto geral é “o princípio de todas as coisas”. Porém à luz do tema da Bíblia toda, seu tema é: “Deus começa a redenção escolhendo um povo”. O livro do Gênesis abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas até ao estabelecimento de Israel no Egito. O esquema do livro é o seguinte: (a) a criação (1-2); (b) a queda e suas consequências (3-4); (c) o dilúvio (5-9); (d) a dispersão das nações (10-11); e, (e) história patriarcal (12-50)” (HOFF, 1995, p. 13).
1.5 Propósitos. “O livro do Gênesis é a introdução à Bíblia toda. É o livro dos princípios, pois narra os começos da criação, do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. Conquanto o Gênesis esteja estreitamente ligado aos demais livros do Antigo Testamento, relaciona-se mais ainda, em certo sentido, com o Novo Testamento. Alguns temas do Gênesis mal voltam a aparecer até que sejam tratados e interpretados no Novo Testamento. Incluem-se aí a queda do homem, a instituição do casamento, o juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao crente, o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos” (HOFF, 1995, p. 13).
1.6 Cristologia em Gênesis. Esse livro dos princípios também anuncia a vinda de Cristo. Mesmo veladas a mente secular, essas referências sutis alertam os crentes para aquele que cumprirá a promessa final. Essas referências cristológicas aparecem na forma de profecias ou de tipos velados, tais como: (a) A semente da mulher (Gn 3.15). Um Filho de Eva (ou Maria) viria fatalmente ferir e ser temporariamente ferido pela “serpente” ou Satanás (Gl 4.4); (b) A semente de Abraão (Gn 12.3). Um descendente de Abraão viria abençoar todas as nações com a oferta da justificação pela fé (At 3.25; Gl 3.7-9); e, (c) O descendente de Judá (Gn 49.9,10). Um “Leão” da tribo de Judá seria levantado como o Soberano do mundo (Gn 49.9-10; Ap 5.5).
II – A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO GÊNESIS
2.1 Do ponto de vista Teológico. “O livro de Gênesis contém grande teologia e deve ser considerado o “começo de toda teologia”. Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente e extremamente sábio são introduzidos neste livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do mundo, do homem, do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do julgamento e da providência divina. O livro narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e preparado de maneira tal para permitir o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a humanidade” (CHAMPLIN, 2004, p. 05 – acréscimo nosso). Abaixo destacaremos algumas doutrinas que podemos encontrar neste livro:
ASSUNTOS TEOLÓGICOS | DEFINIÇÃO | REFERÊNCIAS |
Teologia ou Teontologia | Doutrina de Deus | Gn 1.1; 1.11; 14-24 |
Antropologia | Doutrina do Homem | Gn 1.26,27 |
Hamartiologia | Doutrina do Pecado | Gn 3.6; 12-13; 23-24 |
Soteriologia | Doutrina da Salvação | Gn 3.15; 6.17-22; 19.17-21 |
Cristologia | Doutrina de Cristo | Gn 3.15; 12.3; 49.9-10 |
Escatologia | Doutrina das Últimas Coisas | Gn 3.15; 6.7; 19.13-26 |
2.2 Do ponto de vista Literário. “O livro de Gênesis é considerado uma das grandes obras literárias de todas as épocas. Seu autor descreve de maneira vigorosa as atividades de Deus como guia da criação e da história. As histórias individuais, verdadeiras obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados inteligentemente, não prejudicando assim a unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes desnecessários. Seus personagens são apresentadas não como figuras mitológicas, mas como seres humanos reais, passíveis de faltas e de virtudes. Quem escreveu Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado exterior considerou as coisas materiais; do lado interior considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas, o amor e o ódio” (CHAMPLIN, 2004, p. 05).
2.3 Do ponto de vista Histórico. A história jamais poderá ter sentido no seu meio e fim senão tiver um começo, uma gênese. Partindo dessa premissa podemos calcular a importância do livro do Gênesis para compreensão de toda a Bíblia. Negar a literalidade e a historicidade do que está escrito neste livro, desencadeará na completa demolição de todo o restante das Escrituras. Disse certo teólogo: “A maneira mais rápida de demolir um edifício é atingir sua fundação. Se esta pode ser destruída a estrutura cairá. Não é surpreendente que alguns dos ataques mais acirrados que a Bíblia já, sofreu tenham sido contra os seus primeiros capítulos. Se alguém pode ser persuadido a tirar páginas da Bíblia, pode-se dizer que, não demorará muito, o mesmo sucederá em relação as últimas” (HALLEY, 1998, p. 560). As referências no NT aos personagens e eventos do Gênesis autenticam a sua veracidade. Por exemplo: Adão foi um pessoa real (Gn 1.26; Mc 10.6; At 17.26; Rm 5.12); como também: Enoque (Jd 1.14); e, Noé (Mt 24.37; Hb 11.7; I Pe 3.20). O dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra também são fatos confirmados (Mt 24.38,38; II Pe 2.5; 3.6; Lc 17.28; II Pe 2.8).
III – A PERFEITA HARMONIA ENTRE O LIVRO DE GÊNESIS E O DE APOCALIPSE
No livro do Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) encontramos o início de muitos assuntos e no livro do Apocalipse (o último livro da Bíblia), em particular, narra o cumprimento destes. Abaixo destacaremos alguns destes assuntos:
GÊNESIS | APOCALIPSE |
A serpente enganou o homem (Gn 3.13) | A serpente será condenada (Ap 20.2,10) |
A terra foi amaldiçoada (Gn 3.17) | A terra será restaurada (Ap 21.1) |
O caminho da árvore da vida foi vedado (Gn 3.24) | Será aberto o caminho a árvore da vida (Ap 2.7; 22.14) |
CONCLUSÃO
O Senhor Deus, em sua excelente e inescrutável sabedoria, nos forneceu através de Moisés, o registro do início de todas as coisas a fim de nos revelar que Ele é o Criador e que tudo o que foi feito, se constitui numa amostra da Sua grande bondade e incompreensível amor.
REFERÊNCIAS
- CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números.
- HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. VIDA NOVA.
- HOFF, Paul. O Pentateuco.
- ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.
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