Revista Adultos 4° trimestre 2023

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Lição 05: Como ler as Escrituras

 TEXTO ÁUREO 


“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?” (At 8.30)


VERDADE PRÁTICA

As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Dn 9.2 Todos os leitores da Bíblia também a interpretam

Terça – Rm 15.4 Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino


 


Quarta – At 2.39 As Escrituras ensinam a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais

Quinta – 1 Jo 5.20 Necessitamos do Espírito Santo para discernir as verdades bíblicas

Sexta – Mc 16.20 As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja

Sábado – At 17.11 As experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 8.26-30

26 – E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.

27 – E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração,


 


28 – Regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías.

29 – E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.

30 – E, correndo Filipe, ouviu que lia 0 profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?


Hinos Sugeridos: 129, 368, 559 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Se é importante conhecer a estrutura da Bíblia para bem manejá-la, mais importante ainda é lê-la adequadamente. Não são poucos os erros e os enganos por causa da má interpretação das Escrituras Sagradas. Por isso temos de dar a devida importância ao assunto que impacta diretamente a qualidade da fé do leitor da Bíblia. Que tenhamos sabedoria para ler a Bíblia e compreendê-la adequadamente.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Expor que a Bíblia precisa ser interpretada;

II) Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia;

III) Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.

B) Motivação: Ler e interpretar a Bíblia de maneira adequada deve ser o objetivo de todo aluno da Escola Dominical. Como compreender os ensinos de Jesus nos Evangelhos? Como aplicar hoje a mensagem do apóstolo Paulo em suas epístolas? Sem dúvida essas questões nos motivam para a presente lição.

C) Sugestão de Método: Sugerimos que você pergunte aos alunos como eles leem a Bíblia. Permita que eles exponham as próprias experiências. Aproveite as respostas da classe para desenvolver o primeiro tópico (A Bíblia Precisa Ser Interpretada), principalmente o subponto que diz respeito às limitações dos leitores.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Desafie os alunos a lerem a Bíblia de maneira metódica e sistemática, de acordo com os pontos apresentados na lição. Se for o caso, proponha a classe um plano de leitura anual e estabeleça metas para cumpri-lo durante o ano.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “ O Autor como fator determinante do significado” aprofunda o tema da interpretação, no primeiro tópico, focando na importância da intenção do autor sagrado ao escrever um livro da Bíblia;

2) O texto “ Tipos de Autoridade Religiosa” aprofunda a importância da autoridade canônica e 0 valor da experiência espiritual como uns dos pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia.



EBD | 1° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: A Supremacia das Escrituras: A Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de Deus | Lição 05: Como ler as Escrituras | Escola Biblica Dominical


INTRODUÇÃO

A leitura e o estudo das Escrituras são um dever e um privilégio. Por isso, temos que zelar pelo conhecimento bíblico e estar conscientes da necessidade de aplicar o texto sagrado em nossas vidas. Tiago alerta que devemos ser cumpridores da Palavra e não apenas os ouvintes (Tg 1.22). Nesta lição, veremos a importância dos princípios basilares da interpretação bíblica.


Palavra-Chave: LEITURA


I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

1. A importância da exegese. O termo “exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora” , e agein com o sentido de “guiar”. Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto. Assim, o alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam o que o Espírito Santo pretendia no seu contexto original. Dessa forma, para não fazer o texto significar aquilo que Deus não pretendeu, é necessário um minucioso exame das Escrituras (2 Tm 2.15). Por exemplo, estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado cooperam na compreensão do real significado das palavras inspiradas (Ef 3.10-18).


2. As limitações dos leitores. Nesse aspecto é preciso reconhecer que toda a vez que lemos a Bíblia, estamos os interpretando. Isso porque todos os leitores são também intérpretes (Dn 9.2). O problema dessa constatação reside nas ideias que trazemos conosco antes mesmo de começarmos a leitura da Bíblia (Ef 4.22). Por conseguinte, nem sempre o “ entendimento” daquilo que lemos reproduz a verdadeira “intenção” do Espírito Santo (2 Pe 3.16). Em virtude de nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2). Essa é uma nobre tarefa atribuída a todo salvo em Cristo Jesus (1 Tm 4.13; Ap 1.3).



 

3. A natureza das Escrituras. Nesse ponto, ratificam os que a necessidade de a Bíblia ser interpretada acha-se na natureza da própria Palavra de Deus. Como já estudado, o texto bíblico foi escrito majoritariamente em duas línguas distintas (hebraico e grego), no período aproximado de 1600 anos, por cerca de 40 autores que viveram em épocas e culturas diferentes. Portanto, os textos canônicos possuem particularidades que não podem ser ignoradas. Dentre tantas, podemos citar as narrativas, as poesias, as crônicas, as profecias e as parábolas que precisam ser interpretadas, sob a orientação do Espírito Santo, observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário de quando foram redigidas (Mt 5.18).



SINÓPSE I

As Escrituras Sagradas precisam ser interpretadas para que todos conheçam o verdadeiro significado da mensagem .


AUXÍLIO TEOLÓGICO “

O Autor como fator determinante do significado

O método mais tradicional para o estudo da Bíblia, no entanto, tem sido o de analisar o significado como algo controlado pelo autor. De acordo com esse ponto de vista, o significado é aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. Dessa maneira, a epístola aos romanos deve ser interpretada à luz do que Paulo quis passar aos seus leitores quando escreveu – se estivesse vivo, bastaria que nos dissesse o que desejava transmitir. O significado, portanto, é exatamente o que o apóstolo considerava como tal. […] Negar que o autor determina o significado do texto também levanta uma questão ética – a de se estar roubando a criação de alguém. Analisar um texto à parte da intenção de quem o escreveu é como roubar uma patente de um inventor ou uma criança recém – nascida de sua mãe. Ao registrar-se um trabalho sob 0 nome de seu autor se está admitindo, pelo menos tacitamente, que essa obra a ele pertence. O uso do nosso significado para substituir o pretendido pelo autor é uma espécie de plágio. Um escrito assemelha-se ao testamento” (STEIN, Robert H. Guia Básico para a Interpretação da Bíblia: Interpretando conforme as regras. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.23,25).


EBD | 1° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: A Supremacia das Escrituras: A Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de Deus | Lição 05: Como ler as Escrituras | Escola Biblica Dominical


II – PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

1. Autoridade da Bíblia. Uma das marcas do Pentecostalismo é o seu compromisso inegociável com as Escrituras. Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Palavra de Deus, nossa autoridade final em questões de fé e prática (2 Tm 3.16). Portanto, ao ler o livro sagrado temos como pressuposto sua inerrância e infalibilidade. Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino (Rm 15.4). Nessa compreensão, refutamos a relativização e a desobediência aos preceitos bíblicos (Ap 22.19). Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais (At 2.39).


2. A iluminação do Espírito Santo. A doutrina da Iluminação se refere à atuação do Espírito Santo na vida do crente, que o capacita a discernir as verdades da Palavra de Deus (Ef 1.17,18; 1 Jo 5.20). Somente o estudo racional não é suficiente para o entendimento da revelação escrita de Deus. Contudo, a iluminação não é uma fonte paralela de revelação e nem substitui o exame das Escrituras; ao contrário, pois à medida que estudamos, o Espírito nos concede a compreensão. A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia, apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito. Assim , o conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10).



 

3. O valor da experiência. O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo perfeito (2 Tm 3.16,17). Essas declarações demonstram que a Bíblia deve ser aplicada ao nosso viver diário. As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja do Senhor (Mc 16.20). Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna válida para os nossos dias (At 2.1-4,38,39). Ressalta-se, porém, que nem a experiência nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica. Somente a Escritura é que pode autenticar, e até mesmo corrigir, a experiência ou a prática da Igreja, caso seja necessário (2 Tm 4.2).


SINÓPSE II

A Bíblia é a autoridade final, o Espírito Santo nos auxilia na sua compreensão e a experiência confirma as verdades bíblicas.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Tipos de Autoridade Religiosa Autoridade Canônica.

A autoridade canônica sustenta que as matérias bíblicas, contidas no cânon das Escrituras, são a revelação autorizada de Deus. A Bíblia tem uma mensagem clara e definitiva para as nossas crenças e para o nosso modo de vida. Os proponentes desta opinião afirmam que:

(1) a Bíblia é autoridade em virtude de sua autoria divina; e


 


(2) a Bíblia fala com clareza a respeito das verdades básicas que apresenta. Todas as questões de fé e conduta estão sujeitas à autoridade da Bíblia de modo que os itens da crença teológica devem, ou ter apoio bíblico (explícito ou implícito, ou ser repudiados. A experiência como autoridade. A primeira fonte interna da autoridade é a experiência. O indivíduo relaciona- -se com Deus no âmbito da mente, da vontade e das emoções. Considerando a pessoa com o unidade, os efeitos experimentados, nos demais, quer subsequente quer simultaneamente. De fato, a revelação de Deus tem o seu efeito na totalidade da pessoa humana. […] [Porém,] não é fidedigna a experiência isolada e que se arvora como fonte de autoridade para mediar a revelação de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.46,48).


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III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

1. A Escritura é sua própria intérprete. A “hermenêutica” tem origem no termo grego hermeneutikós que, na teologia, designa os princípios que regem a interpretação dos textos sagrados. Lutero desenvolveu a máxima de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria (Is 8.20). Significa que devemos estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na compreensão de outro texto. Essa afirmação é legítima porque a coesão da Escritura é o resultado de um único autor divino (Pv 30.5,6). Embora esse método seja legítimo, o estudante das Escrituras precisa do auxílio de regras básicas para uma correta interpretação.


2. Princípios de interpretação bíblica. Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizam que o texto bíblico tem sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente. Nesse aspecto, é preciso tomar cuidado com as expressões de uso simbólico/alegórico. Por exemplo, Cristo disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” (Mt 26.26). Esse texto mostra que “corpo” aqui não está no sentido literal, mas no figurado. Outro princípio refere-se ao contexto, isto é, analisar os versículos que precedem e seguem o texto que se estuda. Diz a máxima que “ texto fora do contexto é pretexto”. Desse modo, observando esses princípios, a Bíblia precisa ser interpretada no todo, nenhuma doutrina pode basear-se em um único texto ou em hipóteses particulares (2 Pe 1.20).



 

3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna. Nossa ortodoxia refuta todo e qualquer um que nega a inspiração verbal e plenária da Bíblia e sua consequente autoridade (2 Pe 1.21). Assim sendo, o intérprete não pode criar outro cânon dentro do cânon bíblico, ou seja, não cabe ao estudante fragmentar ou relativizar os textos inspirados. Não se pode empregar métodos subjetivos focados no leitor em prejuízo do texto e do autor bíblico. Ratificamos que as experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas (At 17.11). Por fim , reconhecemos que as técnicas hermenêuticas não são infalíveis. Durante o processo de aplicação dos métodos interpretativos necessitamos da iluminação do Espírito Santo (1 Co 2.12).


SINOPSE III

A Escritura é a sua principal interpretação. Assim sendo, o uso da hermenêutica e a iluminação do Espírito auxiliam na correta interpretação.


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CONCLUSÃO

A Bíblia Sagrada deve ser lida e interpretada. Nesse mister, somos auxiliados pela exegese e pela hermenêutica. Contudo, nenhuma das técnicas de interpretação estão acima da autoridade da Palavra de Deus. O que a igreja crê e professa deve ser interpretado à luz da própria Escritura.


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REVISANDO O CONTEÚDO

Qual é o significado do termo “Exegese”? R. O termo “ exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora”, e agein com o sentido de “guiar” . Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto.

Por que precisamos usar métodos sadios como auxílio na interpretação das Escrituras? R. Em virtude de nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2).

Segundo a lição, como podemos acatar a autoridade da Bíblia? R. Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e os Dons Espirituais (At 2.39).

Acerca do valor da experiência, como vemos o livro de Atos? R. Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja primitiva, como também a torna válida para os nossos dias (At 2.1-4, 3 8 , 39)

O que é enfatizado na interpretação bíblica dentre os princípios gramaticais, históricos e literários? R. Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizam os que o texto bíblico tem sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente


fonte: escolabiblicadominical.org

 TEXTO ÁUREO 


“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?” (At 8.30)


VERDADE PRÁTICA

As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Dn 9.2 Todos os leitores da Bíblia também a interpretam

Terça – Rm 15.4 Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino


 


Quarta – At 2.39 As Escrituras ensinam a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais

Quinta – 1 Jo 5.20 Necessitamos do Espírito Santo para discernir as verdades bíblicas

Sexta – Mc 16.20 As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja

Sábado – At 17.11 As experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 8.26-30

26 – E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.

27 – E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração,


 


28 – Regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías.

29 – E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.

30 – E, correndo Filipe, ouviu que lia 0 profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?


Hinos Sugeridos: 129, 368, 559 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Se é importante conhecer a estrutura da Bíblia para bem manejá-la, mais importante ainda é lê-la adequadamente. Não são poucos os erros e os enganos por causa da má interpretação das Escrituras Sagradas. Por isso temos de dar a devida importância ao assunto que impacta diretamente a qualidade da fé do leitor da Bíblia. Que tenhamos sabedoria para ler a Bíblia e compreendê-la adequadamente.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Expor que a Bíblia precisa ser interpretada;

II) Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia;

III) Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.

B) Motivação: Ler e interpretar a Bíblia de maneira adequada deve ser o objetivo de todo aluno da Escola Dominical. Como compreender os ensinos de Jesus nos Evangelhos? Como aplicar hoje a mensagem do apóstolo Paulo em suas epístolas? Sem dúvida essas questões nos motivam para a presente lição.

C) Sugestão de Método: Sugerimos que você pergunte aos alunos como eles leem a Bíblia. Permita que eles exponham as próprias experiências. Aproveite as respostas da classe para desenvolver o primeiro tópico (A Bíblia Precisa Ser Interpretada), principalmente o subponto que diz respeito às limitações dos leitores.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Desafie os alunos a lerem a Bíblia de maneira metódica e sistemática, de acordo com os pontos apresentados na lição. Se for o caso, proponha a classe um plano de leitura anual e estabeleça metas para cumpri-lo durante o ano.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “ O Autor como fator determinante do significado” aprofunda o tema da interpretação, no primeiro tópico, focando na importância da intenção do autor sagrado ao escrever um livro da Bíblia;

2) O texto “ Tipos de Autoridade Religiosa” aprofunda a importância da autoridade canônica e 0 valor da experiência espiritual como uns dos pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia.



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INTRODUÇÃO

A leitura e o estudo das Escrituras são um dever e um privilégio. Por isso, temos que zelar pelo conhecimento bíblico e estar conscientes da necessidade de aplicar o texto sagrado em nossas vidas. Tiago alerta que devemos ser cumpridores da Palavra e não apenas os ouvintes (Tg 1.22). Nesta lição, veremos a importância dos princípios basilares da interpretação bíblica.


Palavra-Chave: LEITURA


I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

1. A importância da exegese. O termo “exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora” , e agein com o sentido de “guiar”. Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto. Assim, o alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam o que o Espírito Santo pretendia no seu contexto original. Dessa forma, para não fazer o texto significar aquilo que Deus não pretendeu, é necessário um minucioso exame das Escrituras (2 Tm 2.15). Por exemplo, estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado cooperam na compreensão do real significado das palavras inspiradas (Ef 3.10-18).


2. As limitações dos leitores. Nesse aspecto é preciso reconhecer que toda a vez que lemos a Bíblia, estamos os interpretando. Isso porque todos os leitores são também intérpretes (Dn 9.2). O problema dessa constatação reside nas ideias que trazemos conosco antes mesmo de começarmos a leitura da Bíblia (Ef 4.22). Por conseguinte, nem sempre o “ entendimento” daquilo que lemos reproduz a verdadeira “intenção” do Espírito Santo (2 Pe 3.16). Em virtude de nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2). Essa é uma nobre tarefa atribuída a todo salvo em Cristo Jesus (1 Tm 4.13; Ap 1.3).



 

3. A natureza das Escrituras. Nesse ponto, ratificam os que a necessidade de a Bíblia ser interpretada acha-se na natureza da própria Palavra de Deus. Como já estudado, o texto bíblico foi escrito majoritariamente em duas línguas distintas (hebraico e grego), no período aproximado de 1600 anos, por cerca de 40 autores que viveram em épocas e culturas diferentes. Portanto, os textos canônicos possuem particularidades que não podem ser ignoradas. Dentre tantas, podemos citar as narrativas, as poesias, as crônicas, as profecias e as parábolas que precisam ser interpretadas, sob a orientação do Espírito Santo, observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário de quando foram redigidas (Mt 5.18).



SINÓPSE I

As Escrituras Sagradas precisam ser interpretadas para que todos conheçam o verdadeiro significado da mensagem .


AUXÍLIO TEOLÓGICO “

O Autor como fator determinante do significado

O método mais tradicional para o estudo da Bíblia, no entanto, tem sido o de analisar o significado como algo controlado pelo autor. De acordo com esse ponto de vista, o significado é aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. Dessa maneira, a epístola aos romanos deve ser interpretada à luz do que Paulo quis passar aos seus leitores quando escreveu – se estivesse vivo, bastaria que nos dissesse o que desejava transmitir. O significado, portanto, é exatamente o que o apóstolo considerava como tal. […] Negar que o autor determina o significado do texto também levanta uma questão ética – a de se estar roubando a criação de alguém. Analisar um texto à parte da intenção de quem o escreveu é como roubar uma patente de um inventor ou uma criança recém – nascida de sua mãe. Ao registrar-se um trabalho sob 0 nome de seu autor se está admitindo, pelo menos tacitamente, que essa obra a ele pertence. O uso do nosso significado para substituir o pretendido pelo autor é uma espécie de plágio. Um escrito assemelha-se ao testamento” (STEIN, Robert H. Guia Básico para a Interpretação da Bíblia: Interpretando conforme as regras. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.23,25).


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II – PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

1. Autoridade da Bíblia. Uma das marcas do Pentecostalismo é o seu compromisso inegociável com as Escrituras. Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Palavra de Deus, nossa autoridade final em questões de fé e prática (2 Tm 3.16). Portanto, ao ler o livro sagrado temos como pressuposto sua inerrância e infalibilidade. Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino (Rm 15.4). Nessa compreensão, refutamos a relativização e a desobediência aos preceitos bíblicos (Ap 22.19). Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais (At 2.39).


2. A iluminação do Espírito Santo. A doutrina da Iluminação se refere à atuação do Espírito Santo na vida do crente, que o capacita a discernir as verdades da Palavra de Deus (Ef 1.17,18; 1 Jo 5.20). Somente o estudo racional não é suficiente para o entendimento da revelação escrita de Deus. Contudo, a iluminação não é uma fonte paralela de revelação e nem substitui o exame das Escrituras; ao contrário, pois à medida que estudamos, o Espírito nos concede a compreensão. A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia, apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito. Assim , o conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10).



 

3. O valor da experiência. O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo perfeito (2 Tm 3.16,17). Essas declarações demonstram que a Bíblia deve ser aplicada ao nosso viver diário. As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja do Senhor (Mc 16.20). Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna válida para os nossos dias (At 2.1-4,38,39). Ressalta-se, porém, que nem a experiência nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica. Somente a Escritura é que pode autenticar, e até mesmo corrigir, a experiência ou a prática da Igreja, caso seja necessário (2 Tm 4.2).


SINÓPSE II

A Bíblia é a autoridade final, o Espírito Santo nos auxilia na sua compreensão e a experiência confirma as verdades bíblicas.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Tipos de Autoridade Religiosa Autoridade Canônica.

A autoridade canônica sustenta que as matérias bíblicas, contidas no cânon das Escrituras, são a revelação autorizada de Deus. A Bíblia tem uma mensagem clara e definitiva para as nossas crenças e para o nosso modo de vida. Os proponentes desta opinião afirmam que:

(1) a Bíblia é autoridade em virtude de sua autoria divina; e


 


(2) a Bíblia fala com clareza a respeito das verdades básicas que apresenta. Todas as questões de fé e conduta estão sujeitas à autoridade da Bíblia de modo que os itens da crença teológica devem, ou ter apoio bíblico (explícito ou implícito, ou ser repudiados. A experiência como autoridade. A primeira fonte interna da autoridade é a experiência. O indivíduo relaciona- -se com Deus no âmbito da mente, da vontade e das emoções. Considerando a pessoa com o unidade, os efeitos experimentados, nos demais, quer subsequente quer simultaneamente. De fato, a revelação de Deus tem o seu efeito na totalidade da pessoa humana. […] [Porém,] não é fidedigna a experiência isolada e que se arvora como fonte de autoridade para mediar a revelação de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.46,48).


EBD | 1° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: A Supremacia das Escrituras: A Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de Deus | Lição 05: Como ler as Escrituras | Escola Biblica Dominical


III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

1. A Escritura é sua própria intérprete. A “hermenêutica” tem origem no termo grego hermeneutikós que, na teologia, designa os princípios que regem a interpretação dos textos sagrados. Lutero desenvolveu a máxima de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria (Is 8.20). Significa que devemos estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na compreensão de outro texto. Essa afirmação é legítima porque a coesão da Escritura é o resultado de um único autor divino (Pv 30.5,6). Embora esse método seja legítimo, o estudante das Escrituras precisa do auxílio de regras básicas para uma correta interpretação.


2. Princípios de interpretação bíblica. Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizam que o texto bíblico tem sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente. Nesse aspecto, é preciso tomar cuidado com as expressões de uso simbólico/alegórico. Por exemplo, Cristo disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” (Mt 26.26). Esse texto mostra que “corpo” aqui não está no sentido literal, mas no figurado. Outro princípio refere-se ao contexto, isto é, analisar os versículos que precedem e seguem o texto que se estuda. Diz a máxima que “ texto fora do contexto é pretexto”. Desse modo, observando esses princípios, a Bíblia precisa ser interpretada no todo, nenhuma doutrina pode basear-se em um único texto ou em hipóteses particulares (2 Pe 1.20).



 

3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna. Nossa ortodoxia refuta todo e qualquer um que nega a inspiração verbal e plenária da Bíblia e sua consequente autoridade (2 Pe 1.21). Assim sendo, o intérprete não pode criar outro cânon dentro do cânon bíblico, ou seja, não cabe ao estudante fragmentar ou relativizar os textos inspirados. Não se pode empregar métodos subjetivos focados no leitor em prejuízo do texto e do autor bíblico. Ratificamos que as experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas (At 17.11). Por fim , reconhecemos que as técnicas hermenêuticas não são infalíveis. Durante o processo de aplicação dos métodos interpretativos necessitamos da iluminação do Espírito Santo (1 Co 2.12).


SINOPSE III

A Escritura é a sua principal interpretação. Assim sendo, o uso da hermenêutica e a iluminação do Espírito auxiliam na correta interpretação.


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CONCLUSÃO

A Bíblia Sagrada deve ser lida e interpretada. Nesse mister, somos auxiliados pela exegese e pela hermenêutica. Contudo, nenhuma das técnicas de interpretação estão acima da autoridade da Palavra de Deus. O que a igreja crê e professa deve ser interpretado à luz da própria Escritura.


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REVISANDO O CONTEÚDO

Qual é o significado do termo “Exegese”? R. O termo “ exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora”, e agein com o sentido de “guiar” . Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto.

Por que precisamos usar métodos sadios como auxílio na interpretação das Escrituras? R. Em virtude de nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2).

Segundo a lição, como podemos acatar a autoridade da Bíblia? R. Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e os Dons Espirituais (At 2.39).

Acerca do valor da experiência, como vemos o livro de Atos? R. Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja primitiva, como também a torna válida para os nossos dias (At 2.1-4, 3 8 , 39)

O que é enfatizado na interpretação bíblica dentre os princípios gramaticais, históricos e literários? R. Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizam os que o texto bíblico tem sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente


fonte: escolabiblicadominical.org

Lição 04: A Estrutura da Bíblia | 1° Trimestre De 2022 | EBD – Adultos

 TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: São estas as palavras que vo


s disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24.44)


VERDADE PRÁTICA

A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinamente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ap 22.18,19 Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas

Terça – Rm 1.2 Os textos inspirados são chamados de Santas Escrituras


 


Quarta – Jz 3.4 O Antigo Testamento é dotado de veracidade e de autoridade

Quinta – 1 Co 2.4,13 Os livros inspirados e autorizados são chamados de canônicos

Sexta – Ef 2.20 A Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos

Sábado – Mt 24.5 A Palavra de Deus é atemporal e imutável


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 24.44-49.

44 – E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.

45 – Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.


 


46 – E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;

47 – E, em seu nome, se pregasse o ar­rependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

48 – E destas coisas sois vós testemunhas.

49 – E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: ficai, porém, na cidade de

Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.


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Hinos Sugeridos: 185, 354, 603 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

INTRODUÇÃO

Conhecer a estrutura da Bíblia é importante para manejá-la bem. Memorizar as Escrituras e amá-las não são opções excludentes. Muito pelo contrário, os antigos decoravam as Escrituras porque a amavam. Inclusive, a etimologia da palavra “decorar” tem como fonte a palavra “coração”. Por isso, a importância de conhecer a estrutura do livro que amamos. Quem ama a Bíblia procura manejá-la muito bem.

APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testamentos;

II) Esclarecer como os livros do Antigo Testamento são classificados;

III) Expor a classificação dos livros do Novo Testamento.

B) Motivação: “ Passear” pela Bíblia com desenvoltura deve ser objetivo de todo estudante sério das Escrituras. Saber identificar os livros e encontrá-los sem dificuldades são habilidades que não podem ser desprezadas. Por isso é nosso papel encorajar os alunos a usar habilidosamente a Bíblia.

C) Sugestão de Método: Elabore um documento em que a estrutura da Bíblia, conforme consta na presente lição, esteja presente. Distribua para os alunos, instando-os a revisarem sistematicamente durante a semana e o mês. Motive-os a treinar a habilidade de manejar a Bíblia.

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ao final da lição, faça perguntas aos alunos sobre os livros da Bíblia e suas respectivas classificações. Dê oportunidade para eles classificarem os livros bíblicos em classe. É uma maneira motivadora de sedimentar o conhecimento.

SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia ” traz informações a respeito da estrutura moderna da Bíblia para expandir o primeiro tópico;

2) O texto “ Implicações para o Professor Cristão ”, localizado após o terceiro tópico, tem o propósito refletir a respeito da aplicação do ensino da Bíblia no dia a dia do(a) professor(a).


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INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada foi escrita majoritariamente em hebraico e grego, em um período aproximado de 1.600 anos, por cerca de 40 homens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamentos. Seus livros são divinamente inspirados e formam o cânon bíblico. Nesta lição, veremos como a Bíblia está organizada, a classificação de seus livros, a canonicidade e as particularidades dos Testamentos.


Palavra-Chave: ESTRUTURA


I – COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

1. Definição do termo Bíblia. A palavra “Bíblia” tem origem tanto no vocá­bulo grego como no latim. O termo grego biblos significa “ livro” e tem conotação de qualidade sagrada. A palavra bíblia no latim é um substantivo feminino singular que igualmente exprime a ideia de “ livro”. Por volta do ano 150 d.C., os cristãos passaram a usar o termo em grego a bíblia (os livros) para referir-se ao conjunto de livros inspirados por Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica que o singular bíblia em latim revela uma unidade de pensamento e uma pureza. Por isso, a coleção dos livros sagrados forma um único livro: a Bíblia Sagrada, chamada também por Paulo de “as Santas Escrituras” (Rm 1.2).


2 . O Cânon da Bíblia. A expressão “ cânon” procede do hebraico qãneh com o sentido de “ vara de medir”. O termo correspondente em grego é kanõn que significa “ régua” . Desse modo, na teologia o vocábulo “cânon” é empregado como “ norma” de avaliação para identificar os livros sagrados. Em vista disso, o termo “canônico” passou a designar os 66 livros aceitos como divinamente inspirados ­(39 livros no A.T., e 27 no N.T.). Isso quer dizer que o Espírito Santo guiou o seu povo a reconhecer a autoridade desses escritos como regra de fé e prática. Nesse sentido, o cânon bíblico está completo. Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19). ]



 

3. Os dois Testamentos bíblicos. O termo “ testamento” vem do latim testamentum que é tradução da palavra grega diatheke e da hebraica berith. Ambos os termos têm 0 sentido de “aliança”, “ pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade. A expressão “Antigo Testamento” foi inaugurada por Paulo (2 Co 3.14) e refere-se aos livros dos judeus reconhecidos por Jesus como “ as Escrituras” (Mt 22.29), “ a Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O termo “ Novo Testamento” foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1 Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmente reconhecidos como “ as Escrituras” (2 Pe 3.15,16).



SINÓPSE I

A Bíblia divide-se em dois testa­mentos divinamente inspirados: o Antigo e o Novo Testamentos.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia

Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão em versículos foi feita duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor em Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555 – O AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O NT tem 260 capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos. O nú­mero de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119, e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da chamada ‘Tradução Brasileira ’, onde o menor é Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os livros de Ester e Cantares não contêm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos, e 177 menções do Diabo, sob seus vários nomes” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e a formação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Janeiro : CPAD, 2019, pp.28-29).


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AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Estrutura

“Adotamos o Cânon Protestante e ensinamos, pois, que a Bíblia contém somente 66 livros inspirados por Deus, estando dividida em duas partes principais, Antigo e novo Testamento, ambos escritos por ordem de Deus num período de 1600 anos aproximadamente e por cerca de 40 homens […] os quais escreveram em lugares e em épocas diferentes […]” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p.26.


II – O ANTIGO TESTAMENTO

1. Os Livros do Antigo Testamento. A classificação dos livros do Antigo Testamento , tal qual a conhecemos hoje, se divide nos seguintes grupos:

a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio;

b) Históricos: formado por 12 livros de Josué a Ester;

c) Poéticos: composto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e,

d) Proféticos, que se subdividem em Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas Menores com 12 livros de Oséias a Malaquias.

A divisão utilizada pelos judeus era tripartida:

a) a Lei,

b) os Profetas, e,

c) os Salmos ou Escritos (Lc 24.44).

Apesar de a cultura judaica fazer uma categorização diferente, o conjunto do Antigo Testamento soma os mesmos 39 livros divinamente inspirados, tanto para os judeus como para os cristãos.


2. Canonicidade do Antigo Testa­mento. Existem três fatores basilares na avaliação de um livro canônico, a saber:

a) a inspiração divina, que atesta-se o livro é inspirado pelo Espírito Santo (Ne 9.30; Zc 7.12; 2 Pe 1.21);

b) reconhe­cimento do povo de Deus, que atesta se o livro era aceito como autêntico por seus primeiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); e

c) preservação pelo povo de Deus, que atesta se o livro era conservado como Palavra de Deus (Dt 31.24-26; Dn 9.2).

Por conseguinte, a confirmação desses elementos revela que, desde o início, os livros do Antigo Testamento foram recebidos e guardados como inspirados e autorizados por Deus, dotados de veracidade e de autoridade (Jz 3.4).



 

3. Particularidades do Antigo Testamento. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, chamado na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). Algumas porções foram inscritas em aramaico, uma espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf: Gn 31-47; Ed 4.7-6.8; 7.12-26; Dn 2.4 -7.28; Jr 10.11). O último livro canônico foi o do profeta Malaquias que o concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo Testamento . E, conforme o teólogo Norman Geisler, para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testamento foi dividido em versículos.


SINÓPSE II

Os livros inspirados que inte­gram o cânon do Antigo Testamento são classificados como “ Lei, Históricos, Poéticos e Pro­féticos”.


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III – O NOVO TESTAMENTO

1. Os livros do Novo Testamento. Es­ses livros foram reconhecidos pela Igreja após a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e estão classificadas em quatro grupos principais:

a) Evangelhos, que são os 4 livros de Mateus, Marcos, Lucas e João;

b) Histórico, formado pelo livro de Atos dos Apóstolos;

c) Epístolas, que se subdivide em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e

d) Revelação, constituída pelo livro de Apocalipse.

O conjunto totaliza 27 livros inspirados e autorizados que são chamados de canônicos (1 Co 2.4,13).


2. Canonicidade do Novo Testamento. Os critérios de avaliação do Novo Testamento são iguais aos que determinam o cânon do Antigo, isto é, a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. Nesse sentido, a Bíblia oferece indiscutíveis provas de inspiração do Novo Testamento (l Ts 2.13; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos livros como fidedignos, desde o início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2 Ts 2.15; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Em relação à conservação das Escrituras, os primeiros cristãos adotaram a prática de leitura dos livros autorizados em suas reuniões e cultos (1 Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3). Mediante tais fatos, atesta-se que desde o começo a Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canô­nicos, alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas (Ef 2.20).



 

3. Particularidades do Novo testamento. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, um dialeto com um e presente por toda a cultura de fala grega, e que muito auxiliou na propagação do Evan­gelho nos primórdios do Cristianismo (At 19.10). Algum as expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aramaico, dentre elas, citamos: Talita cumi – “Menina, levan­ta -te ” (Mc 5.41); Aba Pai – “ Lit.: Pai, pai; ‘Meu Pai’ ” (Mc 14.36); Eloí, Eloí, lamá sabactâni? – “ Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mc 15.34). O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do término do século I. O último livro é o Apocalipse de João datado por volta do ano 96 d.C. e desde o encerramento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados. Por fim , em torno de 1.555 d.C., 0 Novo Testamento também foi dividido em versículos.


SINOPSE III

Os livros inspirados que integram o cânon do Novo Testamento são classificados como “ Evangelhos, Histórico, Epístolas e Revelação”.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“Implicações para o Professor Cristão

Os professores comprometidos precisam não só do conteúdo da Bíblia, como também dos métodos criativos dos professores. A Bíblia fornece exemplos de ensino individual, em grupo pequeno ou em grupo grande. Ela apresenta várias formas de palestras, sermões, aná­lises e metodologias de perguntas e respostas. O ensino da Bíblia ocorre muitas vezes durante as refeições, em viagens de carro, ônibus, avião, em ambientes institucionais e em festas. Os que ensinam têm de estar preparados com a Palavra de Deus na ponta da língua em todas as circunstâncias. O ensino eficaz requer o domínio de um campo temático, aprimora das habilidades de apresentação, preocupação relacionada e o profundo desejo de ver os resultados do ensino dentro e fora de sala de aula. O caminho para dominar as lições de Deus é permanecer alegremente em Jesus, assim como João permaneceu; é almejar e m editar na Bíblia dia e noite, assim como Davi fez (Sl 67; 73; 119; 145); é receber humildemente a correção de Deus, assim como Moisés Recebeu (Dt 32- 33) e seguiu Jesus suficientemente de perto para ser coberto por seu sangue, assim como Simão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: o Guia Definitivo do Professor de Jovens, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.53).


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CONCLUSÃO

O conjunto dos 66 livros formam um único livro: a Bíblia Sagrada. Esses livros constituem o cânon bíblico do Antigo e do Novo Testamento. Os cri­térios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A comprovação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus.


REVISANDO O CONTEÚDO

Como o termo “ Cânon” é empregado em teologia? R. Na teologia o vocábulo “ cânon” é em pregado como “ norma” de avalia­ção para identificar os livros sagrados.

Qual é o sentido do termo “ testamento”? R. Tem o sentido de “ aliança” , “ pacto” ou “ concerto” de Deus com a hu­manidade.

Classifique os livros do Antigo Testamento. R. O Antigo Testamento está classificado em Pentateuco (Lei), Histórico, Poéticos e Proféticos.

Classifique os livros do Novo Testamento. R. O Novo Testamento está classificado em Evangelhos, Histórico, Epístolas (paulinas e gerais) e Revelação.

Em que língua o Novo Testamento foi escrito? R. Em grego koiné.


fonte: escolabiblicadominical.org

 TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: São estas as palavras que vo


s disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24.44)


VERDADE PRÁTICA

A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinamente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ap 22.18,19 Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas

Terça – Rm 1.2 Os textos inspirados são chamados de Santas Escrituras


 


Quarta – Jz 3.4 O Antigo Testamento é dotado de veracidade e de autoridade

Quinta – 1 Co 2.4,13 Os livros inspirados e autorizados são chamados de canônicos

Sexta – Ef 2.20 A Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos

Sábado – Mt 24.5 A Palavra de Deus é atemporal e imutável


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 24.44-49.

44 – E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.

45 – Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.


 


46 – E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;

47 – E, em seu nome, se pregasse o ar­rependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

48 – E destas coisas sois vós testemunhas.

49 – E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: ficai, porém, na cidade de

Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.


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Hinos Sugeridos: 185, 354, 603 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

INTRODUÇÃO

Conhecer a estrutura da Bíblia é importante para manejá-la bem. Memorizar as Escrituras e amá-las não são opções excludentes. Muito pelo contrário, os antigos decoravam as Escrituras porque a amavam. Inclusive, a etimologia da palavra “decorar” tem como fonte a palavra “coração”. Por isso, a importância de conhecer a estrutura do livro que amamos. Quem ama a Bíblia procura manejá-la muito bem.

APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Mostrar como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testamentos;

II) Esclarecer como os livros do Antigo Testamento são classificados;

III) Expor a classificação dos livros do Novo Testamento.

B) Motivação: “ Passear” pela Bíblia com desenvoltura deve ser objetivo de todo estudante sério das Escrituras. Saber identificar os livros e encontrá-los sem dificuldades são habilidades que não podem ser desprezadas. Por isso é nosso papel encorajar os alunos a usar habilidosamente a Bíblia.

C) Sugestão de Método: Elabore um documento em que a estrutura da Bíblia, conforme consta na presente lição, esteja presente. Distribua para os alunos, instando-os a revisarem sistematicamente durante a semana e o mês. Motive-os a treinar a habilidade de manejar a Bíblia.

CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ao final da lição, faça perguntas aos alunos sobre os livros da Bíblia e suas respectivas classificações. Dê oportunidade para eles classificarem os livros bíblicos em classe. É uma maneira motivadora de sedimentar o conhecimento.

SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia ” traz informações a respeito da estrutura moderna da Bíblia para expandir o primeiro tópico;

2) O texto “ Implicações para o Professor Cristão ”, localizado após o terceiro tópico, tem o propósito refletir a respeito da aplicação do ensino da Bíblia no dia a dia do(a) professor(a).


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INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada foi escrita majoritariamente em hebraico e grego, em um período aproximado de 1.600 anos, por cerca de 40 homens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamentos. Seus livros são divinamente inspirados e formam o cânon bíblico. Nesta lição, veremos como a Bíblia está organizada, a classificação de seus livros, a canonicidade e as particularidades dos Testamentos.


Palavra-Chave: ESTRUTURA


I – COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

1. Definição do termo Bíblia. A palavra “Bíblia” tem origem tanto no vocá­bulo grego como no latim. O termo grego biblos significa “ livro” e tem conotação de qualidade sagrada. A palavra bíblia no latim é um substantivo feminino singular que igualmente exprime a ideia de “ livro”. Por volta do ano 150 d.C., os cristãos passaram a usar o termo em grego a bíblia (os livros) para referir-se ao conjunto de livros inspirados por Deus. O Dicionário Bíblico Wycliffe explica que o singular bíblia em latim revela uma unidade de pensamento e uma pureza. Por isso, a coleção dos livros sagrados forma um único livro: a Bíblia Sagrada, chamada também por Paulo de “as Santas Escrituras” (Rm 1.2).


2 . O Cânon da Bíblia. A expressão “ cânon” procede do hebraico qãneh com o sentido de “ vara de medir”. O termo correspondente em grego é kanõn que significa “ régua” . Desse modo, na teologia o vocábulo “cânon” é empregado como “ norma” de avaliação para identificar os livros sagrados. Em vista disso, o termo “canônico” passou a designar os 66 livros aceitos como divinamente inspirados ­(39 livros no A.T., e 27 no N.T.). Isso quer dizer que o Espírito Santo guiou o seu povo a reconhecer a autoridade desses escritos como regra de fé e prática. Nesse sentido, o cânon bíblico está completo. Nada pode ser acrescentado ou retirado das Escrituras canônicas (Ap 22.18,19). ]



 

3. Os dois Testamentos bíblicos. O termo “ testamento” vem do latim testamentum que é tradução da palavra grega diatheke e da hebraica berith. Ambos os termos têm 0 sentido de “aliança”, “ pacto” ou “concerto” de Deus com a humanidade. A expressão “Antigo Testamento” foi inaugurada por Paulo (2 Co 3.14) e refere-se aos livros dos judeus reconhecidos por Jesus como “ as Escrituras” (Mt 22.29), “ a Lei, os Profetas e os Salmos” (Lc 24.44). O termo “ Novo Testamento” foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1 Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24). Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmente reconhecidos como “ as Escrituras” (2 Pe 3.15,16).



SINÓPSE I

A Bíblia divide-se em dois testa­mentos divinamente inspirados: o Antigo e o Novo Testamentos.


AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Alguns Fatos e Particularidades da Bíblia

Antes, a Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão em versículos foi feita duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor em Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555 – O AT tem 929 capítulos e 23.214 versículos. O NT tem 260 capítulos e 7.959 versículos. A Bíblia toda tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos. O nú­mero de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119, e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da chamada ‘Tradução Brasileira ’, onde o menor é Lucas 20.30). Em certas línguas, o menor é João 11.35. Os livros de Ester e Cantares não contêm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos, e 177 menções do Diabo, sob seus vários nomes” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e a formação do Livro dos livros. 2.ed. Rio de Janeiro : CPAD, 2019, pp.28-29).


EBD | 1° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: A Supremacia das Escrituras: A Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de Deus | Lição 04: A Estrutura da Bíblia | Escola Biblica Dominical


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Estrutura

“Adotamos o Cânon Protestante e ensinamos, pois, que a Bíblia contém somente 66 livros inspirados por Deus, estando dividida em duas partes principais, Antigo e novo Testamento, ambos escritos por ordem de Deus num período de 1600 anos aproximadamente e por cerca de 40 homens […] os quais escreveram em lugares e em épocas diferentes […]” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, p.26.


II – O ANTIGO TESTAMENTO

1. Os Livros do Antigo Testamento. A classificação dos livros do Antigo Testamento , tal qual a conhecemos hoje, se divide nos seguintes grupos:

a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio;

b) Históricos: formado por 12 livros de Josué a Ester;

c) Poéticos: composto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e,

d) Proféticos, que se subdividem em Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel; e, Profetas Menores com 12 livros de Oséias a Malaquias.

A divisão utilizada pelos judeus era tripartida:

a) a Lei,

b) os Profetas, e,

c) os Salmos ou Escritos (Lc 24.44).

Apesar de a cultura judaica fazer uma categorização diferente, o conjunto do Antigo Testamento soma os mesmos 39 livros divinamente inspirados, tanto para os judeus como para os cristãos.


2. Canonicidade do Antigo Testa­mento. Existem três fatores basilares na avaliação de um livro canônico, a saber:

a) a inspiração divina, que atesta-se o livro é inspirado pelo Espírito Santo (Ne 9.30; Zc 7.12; 2 Pe 1.21);

b) reconhe­cimento do povo de Deus, que atesta se o livro era aceito como autêntico por seus primeiros leitores (Êx 24.3,7; Dn 9.2); e

c) preservação pelo povo de Deus, que atesta se o livro era conservado como Palavra de Deus (Dt 31.24-26; Dn 9.2).

Por conseguinte, a confirmação desses elementos revela que, desde o início, os livros do Antigo Testamento foram recebidos e guardados como inspirados e autorizados por Deus, dotados de veracidade e de autoridade (Jz 3.4).



 

3. Particularidades do Antigo Testamento. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, chamado na Bíblia de língua de Canaã (Is 19.18). Algumas porções foram inscritas em aramaico, uma espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf: Gn 31-47; Ed 4.7-6.8; 7.12-26; Dn 2.4 -7.28; Jr 10.11). O último livro canônico foi o do profeta Malaquias que o concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo Testamento . E, conforme o teólogo Norman Geisler, para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o texto foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testamento foi dividido em versículos.


SINÓPSE II

Os livros inspirados que inte­gram o cânon do Antigo Testamento são classificados como “ Lei, Históricos, Poéticos e Pro­féticos”.


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III – O NOVO TESTAMENTO

1. Os livros do Novo Testamento. Es­ses livros foram reconhecidos pela Igreja após a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e estão classificadas em quatro grupos principais:

a) Evangelhos, que são os 4 livros de Mateus, Marcos, Lucas e João;

b) Histórico, formado pelo livro de Atos dos Apóstolos;

c) Epístolas, que se subdivide em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e

d) Revelação, constituída pelo livro de Apocalipse.

O conjunto totaliza 27 livros inspirados e autorizados que são chamados de canônicos (1 Co 2.4,13).


2. Canonicidade do Novo Testamento. Os critérios de avaliação do Novo Testamento são iguais aos que determinam o cânon do Antigo, isto é, a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. Nesse sentido, a Bíblia oferece indiscutíveis provas de inspiração do Novo Testamento (l Ts 2.13; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Quanto ao reconhecimento dos livros como fidedignos, desde o início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2 Ts 2.15; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Em relação à conservação das Escrituras, os primeiros cristãos adotaram a prática de leitura dos livros autorizados em suas reuniões e cultos (1 Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3). Mediante tais fatos, atesta-se que desde o começo a Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canô­nicos, alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas (Ef 2.20).



 

3. Particularidades do Novo testamento. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, um dialeto com um e presente por toda a cultura de fala grega, e que muito auxiliou na propagação do Evan­gelho nos primórdios do Cristianismo (At 19.10). Algum as expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aramaico, dentre elas, citamos: Talita cumi – “Menina, levan­ta -te ” (Mc 5.41); Aba Pai – “ Lit.: Pai, pai; ‘Meu Pai’ ” (Mc 14.36); Eloí, Eloí, lamá sabactâni? – “ Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mc 15.34). O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do término do século I. O último livro é o Apocalipse de João datado por volta do ano 96 d.C. e desde o encerramento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados. Por fim , em torno de 1.555 d.C., 0 Novo Testamento também foi dividido em versículos.


SINOPSE III

Os livros inspirados que integram o cânon do Novo Testamento são classificados como “ Evangelhos, Histórico, Epístolas e Revelação”.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“Implicações para o Professor Cristão

Os professores comprometidos precisam não só do conteúdo da Bíblia, como também dos métodos criativos dos professores. A Bíblia fornece exemplos de ensino individual, em grupo pequeno ou em grupo grande. Ela apresenta várias formas de palestras, sermões, aná­lises e metodologias de perguntas e respostas. O ensino da Bíblia ocorre muitas vezes durante as refeições, em viagens de carro, ônibus, avião, em ambientes institucionais e em festas. Os que ensinam têm de estar preparados com a Palavra de Deus na ponta da língua em todas as circunstâncias. O ensino eficaz requer o domínio de um campo temático, aprimora das habilidades de apresentação, preocupação relacionada e o profundo desejo de ver os resultados do ensino dentro e fora de sala de aula. O caminho para dominar as lições de Deus é permanecer alegremente em Jesus, assim como João permaneceu; é almejar e m editar na Bíblia dia e noite, assim como Davi fez (Sl 67; 73; 119; 145); é receber humildemente a correção de Deus, assim como Moisés Recebeu (Dt 32- 33) e seguiu Jesus suficientemente de perto para ser coberto por seu sangue, assim como Simão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: o Guia Definitivo do Professor de Jovens, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.53).


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CONCLUSÃO

O conjunto dos 66 livros formam um único livro: a Bíblia Sagrada. Esses livros constituem o cânon bíblico do Antigo e do Novo Testamento. Os cri­térios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A comprovação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus.


REVISANDO O CONTEÚDO

Como o termo “ Cânon” é empregado em teologia? R. Na teologia o vocábulo “ cânon” é em pregado como “ norma” de avalia­ção para identificar os livros sagrados.

Qual é o sentido do termo “ testamento”? R. Tem o sentido de “ aliança” , “ pacto” ou “ concerto” de Deus com a hu­manidade.

Classifique os livros do Antigo Testamento. R. O Antigo Testamento está classificado em Pentateuco (Lei), Histórico, Poéticos e Proféticos.

Classifique os livros do Novo Testamento. R. O Novo Testamento está classificado em Evangelhos, Histórico, Epístolas (paulinas e gerais) e Revelação.

Em que língua o Novo Testamento foi escrito? R. Em grego koiné.


fonte: escolabiblicadominical.org

 
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