Revista Adultos 4° trimestre 2023

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Gideões Internacionais entregam exemplares do Novo Testamento em Miguel Alves



Gideões Internacionais entregam exemplares do Novo Testamento em Miguel AlvesNovo Testamento (Foto divulgação)
Associação Gideões Internacionais realizaram durante o dia de hoje (26) entrega de Novos Testamentos nas escolas e repartições publicas do município de Miguel Alves – PI. ja foram centenas de exemplares distribuídos nas escolas do ensino fundamental e médio.
Os GIDEÕES INTERNACIONAIS são uma associação de homens de negócios e profissionais de diversas categorias, cristãos unidos para o serviço e companheirismo, em mais de 185 países. A finalidade da Associação é tornar conhecido o Evangelho de Cristo em todo o mundo, a fim de que todos cheguem a conhecer o Senhor Jesus com seu Salvador pessoal.
Com a ajuda de muitos amigos cristãos de deferentes igrejas, os Gideões têm distribuído mais de 1,5 bilhão de Bíblias e Novos Testamentos em hotéis, motéis, hospitais, instituições penais, entre as forças armadas, estudantes e pessoal da área médica.
visite o site www.gideoes.com.br e seja um cooperador .


Gideões Internacionais entregam exemplares do Novo Testamento em Miguel AlvesNovo Testamento (Foto divulgação)
Associação Gideões Internacionais realizaram durante o dia de hoje (26) entrega de Novos Testamentos nas escolas e repartições publicas do município de Miguel Alves – PI. ja foram centenas de exemplares distribuídos nas escolas do ensino fundamental e médio.
Os GIDEÕES INTERNACIONAIS são uma associação de homens de negócios e profissionais de diversas categorias, cristãos unidos para o serviço e companheirismo, em mais de 185 países. A finalidade da Associação é tornar conhecido o Evangelho de Cristo em todo o mundo, a fim de que todos cheguem a conhecer o Senhor Jesus com seu Salvador pessoal.
Com a ajuda de muitos amigos cristãos de deferentes igrejas, os Gideões têm distribuído mais de 1,5 bilhão de Bíblias e Novos Testamentos em hotéis, motéis, hospitais, instituições penais, entre as forças armadas, estudantes e pessoal da área médica.
visite o site www.gideoes.com.br e seja um cooperador .

A importância de um pastor



De uns tempos para cá, muito tem se falado sobre como pastores são desnecessários. Que com o sacerdócio universal dos santos o ministério pastoral tornou-se um desvio, um anacronismo descartável. Pastor de tempo integral? Não precisa, dizem. Basta ter um “irmão mais experiente na fé” que nos ajude na caminhada e está tudo certo. Entendo as causas desse fenômeno, típico do século 21, mas sou obrigado a discordar dele. A verdade é que escândalos públicos envolvendo pastores fizeram essa “categoria” cair em descrédito. Quem antes era reverendo hoje é suspeito até que se prove o contrário. E, para muitos, é melhor matar o corpo todo do que amputar um dedo gangrenado. Então, na dúvida, cortem a cabeça do ministério pastoral institucional. Só que isso é pecar pela generalização e descartar o que Deus não descartou.
Tomo como parâmetro meus três pastores. São homens tementes a Deus, comedidos com dinheiro, que tratam as ovelhas de modo extremamente amoroso – seja disciplinando, seja restaurando. São pessoas verdadeiramente vocacionadas, homens de Deus visivelmente preparados para desempenhar suas funções eclesiásticas. Sacerdotes que, mais do que julgar o erro alheio e punir pecadores, como verdadeiros cristãos que são se preocupam com o que Jesus de fato se preocupou: não condenar pessoas,  mas conduzi-las ao Céu.
Recentemente, enfrentei um processo pessoal muito difícil. E meu pastor foi essencial para que eu me mantivesse de pé. Testemunhei da primeira fila a diferença que alguém que exerce o ministério por um real chamado divino é capaz de fazer na vida de uma pessoa. Devido a esse processo tinha perdido o ânimo de escrever no APENAS, como já relatei aqui. Abandonei o blog, por crer ter pouco a oferecer e muito a aprender. Mas foi meu pastor quem me incentivou a prosseguir. Sei que vou escrever menos, pois, hoje, minhas atenções estão bem mais distantes da Internet. Mas voltar a escrever aqui  é a cereja do bolo daquilo que devo a meu pastor.
Nesse período da minha vida, vi amor em quem poderia adotar aquela postura carrasca que vemos em muitos pastores com mais notoriedade. Sim, meus pastores são anônimos, você possivelmente nunca ouviu falar deles. Mas, de dentro de seu anonimato, fizeram mais pela minha alma do que todos os pastores famosos juntos. Vi compaixão e um interesse legítimo de cuidar das ovelhas. Vi meu pastor ligar de outro país para saber como eu estava. Vi esperança para o tão criticado ministério pastoral. E que ninguém fale mal de meus pastores ou de sua atividade tão claramente estabelecida por Deus quando eu estiver por perto, pois serei sempre um defensor ferrenho. Por pura gratidão e por reconhecimento daquilo que é feito por tão visível chamado divino.
Esse processo pelo qual passei me fez repensar muitas, muitas coisas. Entre elas, notei, para minha surpresa, que me sinto mais tolerante. Percebi que não me chateio mais com quem critica a figura do “pastor institucional”. Depois de tudo o que enfrentei e de ter visto a diferença que um pastor de verdade faz em nossa vida espiritual, o que sinto por quem abdica do privilégio de ser pastoreado é, confesso, um pouco de pena – e espero que ninguém se ofenda com isso. Possivelmente o crítico é alguém que teve experiências ruins com maus pastores, que foi magoado por sacerdotes mal preparados, foi ferido ou ignorado por ministros do Evangelho sem entendimento do amor de Deus. Se é o seu caso, meu irmão, minha irmã, minha oração é que encontre bons pastores. Aqueles que deixam as 99 ovelhas no aprisco em busca da única perdida. Que cumprem com modéstia seu chamado. Que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.  Efésios 4.11 menciona que “Deus deu uns para pastores”, logo, existem os verdadeiramente chamados para isso. E menosprezá-los seria culpar quem Deus não culpa.  Meus pastores, afirmo, não são “irmãos mais experientes na fé”. São PASTORES, no sentido mais estrito e bíblico da palavra.
Vivi na pele a importância de ter um bom pastor. Que, mais do que um juiz ou um déspota, é um pai. E, como tal, disciplina quem ama, se for o caso. Oferece o abraço, se for o caso. Dá orientações bíblicas e aponta caminhos, se for o caso. E – em todos os casos – tem sempre uma única preocupação em mente: conduzir cada ovelha que lhe foi confiada por desígnio divino no caminho do Céu.
Saiba que seu pastor é seu aliado. Se ele não é perfeito… e daí? Você é? Pastores têm o direito de errar, dê um desconto. São humanos. E não super-humanos. Pastores pecam tanto quanto você e são perdoados por Deus tanto quanto você. O que não faz deles menos pastores. Portanto, não menospreze um bom sacerdote. Se o seu não é “bom” e você não reconhece nele autoridade, busque outra igreja e outro pastor, isso não é pecado. O importante é você ter um homem vocacionado por Deus para zelar por sua alma.
Hoje, mais do que nunca, sei o quanto um pastor é importante em nossa vida. Se deixarmos de lado a puerilidade ou o senso de rebeldia característico da era pós-moderna e reconhecermos nos homens verdadeiramente chamados pelo Senhor para o sacerdócio pessoas confiáveis, teremos à disposição instrumentos maravilhosos de Deus para nos auxiliar em nossa pedregosa caminhada nesta terra.
Sou grato a Cristo pelos pastores que tenho. Homens que me abençoaram e me abençoam enormemente. E oro a Deus todos os dias por eles, em gratidão. Pois só o Senhor sabe como foram importantes nas minhas crises passadas, na minha vida hoje e no futuro da minha jornada. Muitas vezes sem que eles nem ao menos soubessem: por uma palavra, uma orientação em gabinete, uma visita ao hospital (no meu caso, mais de uma), uma pregação, longas conversas, um abraço dado no momento certo.
Ame o seu pastor. Pois o fato de você ter um pastor é uma das provas de que Deus te ama.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício
Fonte Blog de Mauricio Zagari
www.apenas1.wordepress.com



De uns tempos para cá, muito tem se falado sobre como pastores são desnecessários. Que com o sacerdócio universal dos santos o ministério pastoral tornou-se um desvio, um anacronismo descartável. Pastor de tempo integral? Não precisa, dizem. Basta ter um “irmão mais experiente na fé” que nos ajude na caminhada e está tudo certo. Entendo as causas desse fenômeno, típico do século 21, mas sou obrigado a discordar dele. A verdade é que escândalos públicos envolvendo pastores fizeram essa “categoria” cair em descrédito. Quem antes era reverendo hoje é suspeito até que se prove o contrário. E, para muitos, é melhor matar o corpo todo do que amputar um dedo gangrenado. Então, na dúvida, cortem a cabeça do ministério pastoral institucional. Só que isso é pecar pela generalização e descartar o que Deus não descartou.
Tomo como parâmetro meus três pastores. São homens tementes a Deus, comedidos com dinheiro, que tratam as ovelhas de modo extremamente amoroso – seja disciplinando, seja restaurando. São pessoas verdadeiramente vocacionadas, homens de Deus visivelmente preparados para desempenhar suas funções eclesiásticas. Sacerdotes que, mais do que julgar o erro alheio e punir pecadores, como verdadeiros cristãos que são se preocupam com o que Jesus de fato se preocupou: não condenar pessoas,  mas conduzi-las ao Céu.
Recentemente, enfrentei um processo pessoal muito difícil. E meu pastor foi essencial para que eu me mantivesse de pé. Testemunhei da primeira fila a diferença que alguém que exerce o ministério por um real chamado divino é capaz de fazer na vida de uma pessoa. Devido a esse processo tinha perdido o ânimo de escrever no APENAS, como já relatei aqui. Abandonei o blog, por crer ter pouco a oferecer e muito a aprender. Mas foi meu pastor quem me incentivou a prosseguir. Sei que vou escrever menos, pois, hoje, minhas atenções estão bem mais distantes da Internet. Mas voltar a escrever aqui  é a cereja do bolo daquilo que devo a meu pastor.
Nesse período da minha vida, vi amor em quem poderia adotar aquela postura carrasca que vemos em muitos pastores com mais notoriedade. Sim, meus pastores são anônimos, você possivelmente nunca ouviu falar deles. Mas, de dentro de seu anonimato, fizeram mais pela minha alma do que todos os pastores famosos juntos. Vi compaixão e um interesse legítimo de cuidar das ovelhas. Vi meu pastor ligar de outro país para saber como eu estava. Vi esperança para o tão criticado ministério pastoral. E que ninguém fale mal de meus pastores ou de sua atividade tão claramente estabelecida por Deus quando eu estiver por perto, pois serei sempre um defensor ferrenho. Por pura gratidão e por reconhecimento daquilo que é feito por tão visível chamado divino.
Esse processo pelo qual passei me fez repensar muitas, muitas coisas. Entre elas, notei, para minha surpresa, que me sinto mais tolerante. Percebi que não me chateio mais com quem critica a figura do “pastor institucional”. Depois de tudo o que enfrentei e de ter visto a diferença que um pastor de verdade faz em nossa vida espiritual, o que sinto por quem abdica do privilégio de ser pastoreado é, confesso, um pouco de pena – e espero que ninguém se ofenda com isso. Possivelmente o crítico é alguém que teve experiências ruins com maus pastores, que foi magoado por sacerdotes mal preparados, foi ferido ou ignorado por ministros do Evangelho sem entendimento do amor de Deus. Se é o seu caso, meu irmão, minha irmã, minha oração é que encontre bons pastores. Aqueles que deixam as 99 ovelhas no aprisco em busca da única perdida. Que cumprem com modéstia seu chamado. Que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.  Efésios 4.11 menciona que “Deus deu uns para pastores”, logo, existem os verdadeiramente chamados para isso. E menosprezá-los seria culpar quem Deus não culpa.  Meus pastores, afirmo, não são “irmãos mais experientes na fé”. São PASTORES, no sentido mais estrito e bíblico da palavra.
Vivi na pele a importância de ter um bom pastor. Que, mais do que um juiz ou um déspota, é um pai. E, como tal, disciplina quem ama, se for o caso. Oferece o abraço, se for o caso. Dá orientações bíblicas e aponta caminhos, se for o caso. E – em todos os casos – tem sempre uma única preocupação em mente: conduzir cada ovelha que lhe foi confiada por desígnio divino no caminho do Céu.
Saiba que seu pastor é seu aliado. Se ele não é perfeito… e daí? Você é? Pastores têm o direito de errar, dê um desconto. São humanos. E não super-humanos. Pastores pecam tanto quanto você e são perdoados por Deus tanto quanto você. O que não faz deles menos pastores. Portanto, não menospreze um bom sacerdote. Se o seu não é “bom” e você não reconhece nele autoridade, busque outra igreja e outro pastor, isso não é pecado. O importante é você ter um homem vocacionado por Deus para zelar por sua alma.
Hoje, mais do que nunca, sei o quanto um pastor é importante em nossa vida. Se deixarmos de lado a puerilidade ou o senso de rebeldia característico da era pós-moderna e reconhecermos nos homens verdadeiramente chamados pelo Senhor para o sacerdócio pessoas confiáveis, teremos à disposição instrumentos maravilhosos de Deus para nos auxiliar em nossa pedregosa caminhada nesta terra.
Sou grato a Cristo pelos pastores que tenho. Homens que me abençoaram e me abençoam enormemente. E oro a Deus todos os dias por eles, em gratidão. Pois só o Senhor sabe como foram importantes nas minhas crises passadas, na minha vida hoje e no futuro da minha jornada. Muitas vezes sem que eles nem ao menos soubessem: por uma palavra, uma orientação em gabinete, uma visita ao hospital (no meu caso, mais de uma), uma pregação, longas conversas, um abraço dado no momento certo.
Ame o seu pastor. Pois o fato de você ter um pastor é uma das provas de que Deus te ama.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício
Fonte Blog de Mauricio Zagari
www.apenas1.wordepress.com

Preparas-me uma Mesa na Presença de Meus Inimigos






A expressão que dá título a esta crônica não é minha, mas do Rei Davi, no extraordinário Salmo 23.

É difícil fazer uma interpretação precisa de um versículo num contexto como este. Já tentei discernir o texto por vários ângulos, utilizei traduções diferentes, visitei o original hebraico, analisei interpretações de especialistas...

Mas para ser honesto, o que aqui lhe trago é apenas a minha forma de percebê-lo. E não apenas isso, mas também o meu desejo de encarná-lo na vida, existencializar a poesia transformando letra em carne, mesmo sabendo que, muito provavelmente, não era isso que Davi tinha em mente quando o escreveu.

Minha escrita eu construí a partir de um sem número de observações... fui ouvindo as pessoas, anos seguidos, e de tanto ser exposto aos seus medos, dramas e dores, formatei esta imagem alegórica que hoje carrego em mim, não me sai da cabeça...

A sensação que tenho é de que há gente que mais se parece com postes por onde passam imagens, sons, palavras, ações e sentimentos. Elas possuem centenas de “fios emaranhados”, muitos dos quais desencapados, em flagrante perigo. Creia-me, há pessoas que se especializaram em construir “gambiarras” na alma; é tanto “liga” aqui, “desliga” ali, que, ao depois, não se sabe mais o que leva ao que...

Essas “interseções de fios” nada mais são do que os relacionamentos que travamos, sejam afetivos, familiares, profissionais ou de amizade, os quais, por vezes, entram em “curto circuito” por motivos dos mais diversos. É triste, mas me parece que à medida que o tempo avança e “devora” a vida, tanto mais as pessoas vão se tornando solitárias, muitas de suas relações, literalmente, acabam se “incendiando”, terminam em cinzas e silêncio. 

Por isso, no meu “Salmo 23”, peço a Deus para por na minha presença uma mesa onde estejam todos os meus desafetos. Sim, digo isto porque você não senta com inimigos a mesa, você os enfrenta no campo de batalha. Pedir uma mesa na presença de adversários é algo, provavelmente, impensável, eu sei, mas é esse o meu desejo.

O motivo é bem simples: essa mesa pode ser a única possibilidade de reatar laços partidos, resgatar amigos perdidos, reaver momentos que seriam bons mas que foram desperdiçados para sempre... Nessa mesa eu poderia usufruir de gargalhadas que nunca serão dadas, e de alegrias não experimentadas, abraços que foram esquecidos, mãos que não mais se tocaram e até lágrimas de solidariedade que, com absoluta convicção, me teriam serventia como consolo e abrigo nos dias cinzentos, dias de sombras e solidão.

No meu “Salmo 23”, a mesa se põe na presença dos inimigos para que eles possam novamente se sentar ao meu lado, para que seja possível haver perdão, cura e libertação. Na minha mesa, o óleo que desce sobre a cabeça sara a consciência e produz saúde que pacifica a alma, e o cálice está sempre transbordando o vinho da alegria, deixando vazar o regozijo que há quando na vida torna-se possível o reencontro, a reconciliação.

Quão bom seria poder sentar nesta mesa, fosse eu convidado de outrem, fosse o anfitrião da festa do perdão. Pena que a realidade nos revele um cenário tão diferente, pois nele é a intolerância e o rancor que são servidos como prato principal, nunca a paz e o perdão.

Por isso, se te for possível, reconcilia-te ainda hoje com o teu semelhante, ponha perante ti e ele uma mesa, e conclame a Deus como tua testemunha deste ato de grandeza. Sim, amigo, faça isso enquanto ainda há tempo, pois talvez chegue o dia em que a tua mesa seja apenas feita de lonjuras e distâncias e nela tu estejas completamente só... 



fonte:  http://anovacristandade.blogspot.com.br
Carlos Moreira





A expressão que dá título a esta crônica não é minha, mas do Rei Davi, no extraordinário Salmo 23.

É difícil fazer uma interpretação precisa de um versículo num contexto como este. Já tentei discernir o texto por vários ângulos, utilizei traduções diferentes, visitei o original hebraico, analisei interpretações de especialistas...

Mas para ser honesto, o que aqui lhe trago é apenas a minha forma de percebê-lo. E não apenas isso, mas também o meu desejo de encarná-lo na vida, existencializar a poesia transformando letra em carne, mesmo sabendo que, muito provavelmente, não era isso que Davi tinha em mente quando o escreveu.

Minha escrita eu construí a partir de um sem número de observações... fui ouvindo as pessoas, anos seguidos, e de tanto ser exposto aos seus medos, dramas e dores, formatei esta imagem alegórica que hoje carrego em mim, não me sai da cabeça...

A sensação que tenho é de que há gente que mais se parece com postes por onde passam imagens, sons, palavras, ações e sentimentos. Elas possuem centenas de “fios emaranhados”, muitos dos quais desencapados, em flagrante perigo. Creia-me, há pessoas que se especializaram em construir “gambiarras” na alma; é tanto “liga” aqui, “desliga” ali, que, ao depois, não se sabe mais o que leva ao que...

Essas “interseções de fios” nada mais são do que os relacionamentos que travamos, sejam afetivos, familiares, profissionais ou de amizade, os quais, por vezes, entram em “curto circuito” por motivos dos mais diversos. É triste, mas me parece que à medida que o tempo avança e “devora” a vida, tanto mais as pessoas vão se tornando solitárias, muitas de suas relações, literalmente, acabam se “incendiando”, terminam em cinzas e silêncio. 

Por isso, no meu “Salmo 23”, peço a Deus para por na minha presença uma mesa onde estejam todos os meus desafetos. Sim, digo isto porque você não senta com inimigos a mesa, você os enfrenta no campo de batalha. Pedir uma mesa na presença de adversários é algo, provavelmente, impensável, eu sei, mas é esse o meu desejo.

O motivo é bem simples: essa mesa pode ser a única possibilidade de reatar laços partidos, resgatar amigos perdidos, reaver momentos que seriam bons mas que foram desperdiçados para sempre... Nessa mesa eu poderia usufruir de gargalhadas que nunca serão dadas, e de alegrias não experimentadas, abraços que foram esquecidos, mãos que não mais se tocaram e até lágrimas de solidariedade que, com absoluta convicção, me teriam serventia como consolo e abrigo nos dias cinzentos, dias de sombras e solidão.

No meu “Salmo 23”, a mesa se põe na presença dos inimigos para que eles possam novamente se sentar ao meu lado, para que seja possível haver perdão, cura e libertação. Na minha mesa, o óleo que desce sobre a cabeça sara a consciência e produz saúde que pacifica a alma, e o cálice está sempre transbordando o vinho da alegria, deixando vazar o regozijo que há quando na vida torna-se possível o reencontro, a reconciliação.

Quão bom seria poder sentar nesta mesa, fosse eu convidado de outrem, fosse o anfitrião da festa do perdão. Pena que a realidade nos revele um cenário tão diferente, pois nele é a intolerância e o rancor que são servidos como prato principal, nunca a paz e o perdão.

Por isso, se te for possível, reconcilia-te ainda hoje com o teu semelhante, ponha perante ti e ele uma mesa, e conclame a Deus como tua testemunha deste ato de grandeza. Sim, amigo, faça isso enquanto ainda há tempo, pois talvez chegue o dia em que a tua mesa seja apenas feita de lonjuras e distâncias e nela tu estejas completamente só... 



fonte:  http://anovacristandade.blogspot.com.br
Carlos Moreira

A possessão demoníaca pode atingir um cristão?


 Silas Malafaia comenta

O pastor acredita que se o Espírito Santo habita em uma pessoa não há lugar para espíritos malignos
por Leiliane Roberta Lopes

A possessão demoníaca pode atingir um cristão? Silas Malafaia comentaA possessão demoníaca pode atingir um cristão? Silas Malafaia comenta
É possível que um cristão seja possesso por demônios? Essa questão é bastante comentada e discutida entre os evangélicos brasileiros. Para tentar esclarecer esse caso o pastor Silas Malafaia falou sobre o tema em sua coluna no site Verdade Gospel.
A primeira coisa feita pelo pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi separar o que é possessão demoníaca e opressão e daí sim mostrar o seu ponto de vista a respeito desse assunto tão polêmico.
Na visão de Silas Malafaia um cristão pode ser suscetível à opressão maligna que seria uma forma encontrada pelo diabo para roubar, matar e destruir as pessoas. “Se as pessoas não estiverem armadas nos caminhos do Senhor e atentas às investidas do inimigo, poderão ser levadas à preguiça, ao desânimo, às incertezas, à desobediência, à exaustão física e até à depressão”, explica.
Um exemplo dado pelo pastor assembleiano sobre opressão foi a história de Jó. Malafaia ainda dá um dica para quem quer vencer essas investidas de Satanás: ” é preciso estar em constante oração, jejum e leitura da Palavra”.
A possessão demoníaca seria quando os demônios passam a morar no corpo da pessoa, algo que acontece sem que haja uma razão para isto, mas Malafaia acredita que um cristão que tenha o Espírito de Deus não terá um espírito maligno habitando dentro de si.
“Qualquer pessoa pode ser oprimida pelo diabo, mas só os que não são templo do Espírito Santo podem ser possuídos. Afinal, onde o Espírito de Deus habita o inimigo não pode entrar”.

fonte Gospel Prime

 Silas Malafaia comenta

O pastor acredita que se o Espírito Santo habita em uma pessoa não há lugar para espíritos malignos
por Leiliane Roberta Lopes

A possessão demoníaca pode atingir um cristão? Silas Malafaia comentaA possessão demoníaca pode atingir um cristão? Silas Malafaia comenta
É possível que um cristão seja possesso por demônios? Essa questão é bastante comentada e discutida entre os evangélicos brasileiros. Para tentar esclarecer esse caso o pastor Silas Malafaia falou sobre o tema em sua coluna no site Verdade Gospel.
A primeira coisa feita pelo pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi separar o que é possessão demoníaca e opressão e daí sim mostrar o seu ponto de vista a respeito desse assunto tão polêmico.
Na visão de Silas Malafaia um cristão pode ser suscetível à opressão maligna que seria uma forma encontrada pelo diabo para roubar, matar e destruir as pessoas. “Se as pessoas não estiverem armadas nos caminhos do Senhor e atentas às investidas do inimigo, poderão ser levadas à preguiça, ao desânimo, às incertezas, à desobediência, à exaustão física e até à depressão”, explica.
Um exemplo dado pelo pastor assembleiano sobre opressão foi a história de Jó. Malafaia ainda dá um dica para quem quer vencer essas investidas de Satanás: ” é preciso estar em constante oração, jejum e leitura da Palavra”.
A possessão demoníaca seria quando os demônios passam a morar no corpo da pessoa, algo que acontece sem que haja uma razão para isto, mas Malafaia acredita que um cristão que tenha o Espírito de Deus não terá um espírito maligno habitando dentro de si.
“Qualquer pessoa pode ser oprimida pelo diabo, mas só os que não são templo do Espírito Santo podem ser possuídos. Afinal, onde o Espírito de Deus habita o inimigo não pode entrar”.

fonte Gospel Prime

Sony Music divulga capa do novo CD da banda Resgate



De acordo com o diretor da gravadora, o resultado final deste trabalho é um rock gospel de qualidade.
por Leiliane Roberta Lopes

Sony Music divulga capa do novo CD da banda ResgateSony Music divulga capa do novo CD da banda Resgate
O título e capa do novo CD da banda Resgate já foram divulgados pela Sony Music. “Este Lado para Cima” será lançado durante a Expocristã que acontece entre os dias 25 e 30 de setembro.
A capa desenvolvida por Carlos André Gomes faz uma brincadeira visual com o título do álbum e a imagem de fundo aparece de ponta cabeça. Apenas uma fotografia dos quatro integrantes da banda parece estar no lugar.
Poucas informações sobre este álbum foram passadas pela gravadora, mas através do Twitter o diretor da Sony Music, Mauricio Soares, adianta a qualidade deste trabalho. “Pra quem curte ROCK, letras inteligentes, música de qualidade… preparem-se para curtir ‘Este Lado Para Cima’ novo CD Banda Resgate!”.
Soares fez a audição do CD no dia 5 de setembro e fez algumas considerações através do microblog, ao ouvir as três primeiras faixas o diretor já garantiu que o resultado é surpreendente. “Tudo muito TOP!”
Em breve mais informações.
Confira:

fonte Gospel Prime


De acordo com o diretor da gravadora, o resultado final deste trabalho é um rock gospel de qualidade.
por Leiliane Roberta Lopes

Sony Music divulga capa do novo CD da banda ResgateSony Music divulga capa do novo CD da banda Resgate
O título e capa do novo CD da banda Resgate já foram divulgados pela Sony Music. “Este Lado para Cima” será lançado durante a Expocristã que acontece entre os dias 25 e 30 de setembro.
A capa desenvolvida por Carlos André Gomes faz uma brincadeira visual com o título do álbum e a imagem de fundo aparece de ponta cabeça. Apenas uma fotografia dos quatro integrantes da banda parece estar no lugar.
Poucas informações sobre este álbum foram passadas pela gravadora, mas através do Twitter o diretor da Sony Music, Mauricio Soares, adianta a qualidade deste trabalho. “Pra quem curte ROCK, letras inteligentes, música de qualidade… preparem-se para curtir ‘Este Lado Para Cima’ novo CD Banda Resgate!”.
Soares fez a audição do CD no dia 5 de setembro e fez algumas considerações através do microblog, ao ouvir as três primeiras faixas o diretor já garantiu que o resultado é surpreendente. “Tudo muito TOP!”
Em breve mais informações.
Confira:

fonte Gospel Prime

Malaquias - A Sacralidade da Família - Lição 13


Malaquias  
conclama à sinceridade
e à santidade
Malaquias 2: 1-9


A tarefa dos pregadores não é outra senão
a de transmitir a justa vontade de Deus aos homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e santidade,
por ser a nação que Ele separou
entre todas para que as bênçãos prometidas fossem derramadas sobre o seu povo.


Desta forma, tanto as colheitas como o bem-estar econômico da nação haveriam de ser prósperos. Neste estudo, abordaremos algumas
das atualíssimas mensagens desse profeta.
I - O PROBLEMA DA INGRATIDÃO, 1: 1-5
O amor de Deus por Israel é o ponto de partida da mensagem profética de Malaquias. Deus deu muitas e infalíveis provas de seu amor por Israel. Todo o A.T. é prova disso, mas o povo parecia não perceber  e questionava:  “Em que nos amaste? 1: 2.
a) A ingratidão e a insensibilidade reinantes em Israel eram causadas pela falta de consciência da grande distância que estavam da vontade e do caminho do Senhor. Faltava também reverência. Sentiam-se povo do Senhor, mas o desprezavam. Estavam tão cegos que, quando seus horrores eram desmascarados, não viam neles mal algum, e ainda questionavam quando acusados de pecado: “Em quê?", 1: 6, 7. Ingratidão ou inconsciência, esse era o seu pecado! Infelizmente, é ainda o que ocorre hoje. Esquecemos facilmente os livramentos, as bênçãos e o cuidado diário. Muitos são tão incrédulos que nem percebem o grande milagre que é a salvação, a transformação de vidas, que está acontecendo a todo momento.
b) O período pós-exílico - Os dias de Malaquias não eram fáceis. O povo sofria aflições. Mas seria isso motivo para duvidar do amor divino? Ou, como fizeram, chegar ao ponto de acusar Deus de ser infiel às promessas da Aliança? Então, através do profeta, Deus vai dialogando com seu povo, mostrando um contraste que eles bem conheciam: o que havia acontecido com seu vizinho Edom que eram descendentes de Esaú, v. 3.
O fato de Israel ter sido resgatado do exílio, embora não merecesse, mostra a graça, a bondade de Deus em seu favor, o que não acontecera com Esaú, que fora destruído, 1: 3. Mas, Malaquias diz que Israel não compreendia isso.

II - PECADOS DENUNCIADOS, 1: 6-3: 15
Não foi nada fácil para o profeta Malaquias entregar a mensagem de Deus, começando por aqueles que eram responsáveis pelo altar, indo até ao povo, apontando severamente toda ordem de pecados que estavam corrompendo o povo que fora vocacionado para ser uma nação separada.
a) Negligência na vida espiritual, 1: 6-14 -  “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o teu nome? 1: 6; Em que te havemos profanados? 1: 7. Será que nós não temos sido igualmente negligentes com o culto, a EBD e a obra missionária?
b) Ensino corrupto, 2: 1-9 - O verdadeiro dever dos sacerdotes era ensinar a Lei de Deus ao povo, 2: 5-7. Mas eles haviam corrompido o ministério. Esse perigo existe sempre que a Bíblia é deixada de lado em nossa vida.
c) Jugo desigual, 2: 10-12 - Israel havia profanado a santidade do Senhor e o pacto que Ele fizera com os seus pais, 2: 10. Não se pode fazer acordo com o mundo, Rm 12: 2.
d) Divórcio, 2:  13, 16 - O divórcio aborrece o Senhor. Muitos eram infiéis com a esposa (“com a qual foste desleal”, 14) e divorciavam por motivos egoístas, 2: 14. Para o estudo do divórcio hoje veja o que Jesus esclareceu em Mt 5: 32; 19: 9 e ainda Rm 7: 2-3.
e) Roubo - 3: 7-12 - A situação espiritual era tão ruim que tentavam enganar a Deus até nos dízimos. As condenação é dura e na mesma linha das demais. Ela mostra como Deus classifica os infiéis no dízimo: desviados. O verso 7 diz:  “vos desviastes”, e chama-os a voltar, porém o povo faz de conta que não sabia de nada e pergunta: “Em que havemos de tornar? Então, no v. 8, Deus diz que o povo estava roubando-o nos dízimos e nas ofertas. Veja Dt 14: 22-29 e 26: 12-15.
 f) A incredulidade, 3: 13-15, dos sacerdotes era tal, 2: 17, que suas palavras se tornaram insuportáveis a Deus. Chegaram ao ponto de dizer ser “inútil servir a Deus”, 3: 14. Pessoas agem assim quando pensam que são mais que Deus. O nome certo para esse pecado é presunção, insolência. Um coração assim precisa de arrependimento.
 
III - UM REMANESCENTE FIEL, 3: 16-18
Sempre, em todo tempo, em todo lugar, Deus pôde contar com um povo que louva seu nome e glorifica seus atos poderosos, permanecendo fiel aos princípios da Palavra, vivenciando seus ensinamentos.
a) Sinceridade no temor a Deus - O profeta deixa claro que há um memorial escrito diante de Deus, Ml 3: 16, onde estão registrados palavras e atos daqueles que são tementes e se lembram do nome do Senhor.
b) Sinceridade na submissão - A falência espiritual de alguns é contrabalançada pela dedicação piedosa dos que se aproximam mais e mais dele. “Serão meus, diz o Senhor dos Exércitos”, 3: 17. 
c) A sinceridade na fé - A diferença entre o “justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve”, 3: 18, será verificada naquele dia. Ninguém se iluda porque haverá um julgamento para todos. Nele os justos serão poupados, como um filho é poupado por seu pai amoroso, pois age seu “particular tesouro”, 3: 17. Há um abismo estabelecido entre os que pertencem a Deus e os que não são dEle, Lc 16: 26. Vale a pena ser fiel.

Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia

Malaquias  
conclama à sinceridade
e à santidade
Malaquias 2: 1-9


A tarefa dos pregadores não é outra senão
a de transmitir a justa vontade de Deus aos homens. Através de Malaquias, Deus estava exigindo de Israel sinceridade e santidade,
por ser a nação que Ele separou
entre todas para que as bênçãos prometidas fossem derramadas sobre o seu povo.


Desta forma, tanto as colheitas como o bem-estar econômico da nação haveriam de ser prósperos. Neste estudo, abordaremos algumas
das atualíssimas mensagens desse profeta.
I - O PROBLEMA DA INGRATIDÃO, 1: 1-5
O amor de Deus por Israel é o ponto de partida da mensagem profética de Malaquias. Deus deu muitas e infalíveis provas de seu amor por Israel. Todo o A.T. é prova disso, mas o povo parecia não perceber  e questionava:  “Em que nos amaste? 1: 2.
a) A ingratidão e a insensibilidade reinantes em Israel eram causadas pela falta de consciência da grande distância que estavam da vontade e do caminho do Senhor. Faltava também reverência. Sentiam-se povo do Senhor, mas o desprezavam. Estavam tão cegos que, quando seus horrores eram desmascarados, não viam neles mal algum, e ainda questionavam quando acusados de pecado: “Em quê?", 1: 6, 7. Ingratidão ou inconsciência, esse era o seu pecado! Infelizmente, é ainda o que ocorre hoje. Esquecemos facilmente os livramentos, as bênçãos e o cuidado diário. Muitos são tão incrédulos que nem percebem o grande milagre que é a salvação, a transformação de vidas, que está acontecendo a todo momento.
b) O período pós-exílico - Os dias de Malaquias não eram fáceis. O povo sofria aflições. Mas seria isso motivo para duvidar do amor divino? Ou, como fizeram, chegar ao ponto de acusar Deus de ser infiel às promessas da Aliança? Então, através do profeta, Deus vai dialogando com seu povo, mostrando um contraste que eles bem conheciam: o que havia acontecido com seu vizinho Edom que eram descendentes de Esaú, v. 3.
O fato de Israel ter sido resgatado do exílio, embora não merecesse, mostra a graça, a bondade de Deus em seu favor, o que não acontecera com Esaú, que fora destruído, 1: 3. Mas, Malaquias diz que Israel não compreendia isso.

II - PECADOS DENUNCIADOS, 1: 6-3: 15
Não foi nada fácil para o profeta Malaquias entregar a mensagem de Deus, começando por aqueles que eram responsáveis pelo altar, indo até ao povo, apontando severamente toda ordem de pecados que estavam corrompendo o povo que fora vocacionado para ser uma nação separada.
a) Negligência na vida espiritual, 1: 6-14 -  “Ofereceis sobre meu altar pão imundo”; e, pior que isso, nem percebendo que estavam falhando, indagam: “Em que desprezamos nós o teu nome? 1: 6; Em que te havemos profanados? 1: 7. Será que nós não temos sido igualmente negligentes com o culto, a EBD e a obra missionária?
b) Ensino corrupto, 2: 1-9 - O verdadeiro dever dos sacerdotes era ensinar a Lei de Deus ao povo, 2: 5-7. Mas eles haviam corrompido o ministério. Esse perigo existe sempre que a Bíblia é deixada de lado em nossa vida.
c) Jugo desigual, 2: 10-12 - Israel havia profanado a santidade do Senhor e o pacto que Ele fizera com os seus pais, 2: 10. Não se pode fazer acordo com o mundo, Rm 12: 2.
d) Divórcio, 2:  13, 16 - O divórcio aborrece o Senhor. Muitos eram infiéis com a esposa (“com a qual foste desleal”, 14) e divorciavam por motivos egoístas, 2: 14. Para o estudo do divórcio hoje veja o que Jesus esclareceu em Mt 5: 32; 19: 9 e ainda Rm 7: 2-3.
e) Roubo - 3: 7-12 - A situação espiritual era tão ruim que tentavam enganar a Deus até nos dízimos. As condenação é dura e na mesma linha das demais. Ela mostra como Deus classifica os infiéis no dízimo: desviados. O verso 7 diz:  “vos desviastes”, e chama-os a voltar, porém o povo faz de conta que não sabia de nada e pergunta: “Em que havemos de tornar? Então, no v. 8, Deus diz que o povo estava roubando-o nos dízimos e nas ofertas. Veja Dt 14: 22-29 e 26: 12-15.
 f) A incredulidade, 3: 13-15, dos sacerdotes era tal, 2: 17, que suas palavras se tornaram insuportáveis a Deus. Chegaram ao ponto de dizer ser “inútil servir a Deus”, 3: 14. Pessoas agem assim quando pensam que são mais que Deus. O nome certo para esse pecado é presunção, insolência. Um coração assim precisa de arrependimento.
 
III - UM REMANESCENTE FIEL, 3: 16-18
Sempre, em todo tempo, em todo lugar, Deus pôde contar com um povo que louva seu nome e glorifica seus atos poderosos, permanecendo fiel aos princípios da Palavra, vivenciando seus ensinamentos.
a) Sinceridade no temor a Deus - O profeta deixa claro que há um memorial escrito diante de Deus, Ml 3: 16, onde estão registrados palavras e atos daqueles que são tementes e se lembram do nome do Senhor.
b) Sinceridade na submissão - A falência espiritual de alguns é contrabalançada pela dedicação piedosa dos que se aproximam mais e mais dele. “Serão meus, diz o Senhor dos Exércitos”, 3: 17. 
c) A sinceridade na fé - A diferença entre o “justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve”, 3: 18, será verificada naquele dia. Ninguém se iluda porque haverá um julgamento para todos. Nele os justos serão poupados, como um filho é poupado por seu pai amoroso, pois age seu “particular tesouro”, 3: 17. Há um abismo estabelecido entre os que pertencem a Deus e os que não são dEle, Lc 16: 26. Vale a pena ser fiel.

Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia

Zacarias - O Reinado Messiânico - Lição 12


AS OITO VISÕES DE ZACARIAS – BREVE ANÁLISE
Luciano R. Peterlevitz

Resumo
As oito visões narradas em Zacarias 1-6 têm como mediação hermenêutica o Império Persa. O
texto zacariano vale-se de relatos visionários  que dialogam com  o  dito profético,
prenunciando assim o gênero apocalíptico. Tais visões encenam a chegada de um novo tempo
que se iniciaria com a reconstrução da cidade de Jerusalém e do templo. Mas tal esperança só
é possível mediante a queda do imperialismo persa. Evidencia-se, portanto, que a escatologia
de Zacarias afirma uma intervenção de Deus contra o imperialismo opressor vigente no pósexílio.

Vários comentaristas classificam  o texto de  Zacarias  como apocalíptico.  Mas  as
pesquisas recentes tem demonstrado que  o livro de Daniel é o único texto apocalíptico do
Antigo Testamento. Evidenciarei neste estudo que o texto de Zacarias, pelo menos em suas
visões narradas nos capítulos 1-6, se aproxima do gênero dos demais livros proféticos. Pois os
relatos visionários de Zacarias são permeados  por  ditos proféticos,  bem característicos na
literatura profética, e ausentam-se na literatura apocalíptica de Daniel.
Evitarei uma leitura futurista do texto, que menospreze a possibilidade de lermos as
visões tendo como referencial hermenêutico o império persa. Demonstrarei a expectativa do
profeta por um cumprimento imediato das promessas sugeridas pelas visões. Pela leitura das
visões de Zacarias perceberemos que o escathon não era a esperança pela interrupção de Deus
na história num futuro  longínquo, mas sim a possibilidade da ação de Deus a partir da
situação vivencial na qual o profeta estava inserido. Por isso, a esperança messiânica em Zc 1-
6 está intrinsecamente relacionada à situação histórica do pós-exílio.

O contexto das visões
As oito visões de Zacarias são muito bem datadas, em 1.7: “vinte e quatro dias do
décimo primeiro mês, o mês de sebate, no segundo ano de Dario”. Trata-se de meados de
fevereiro de 519 a.C. Algumas décadas antes, em 539 a.C., o rei dos medo-persas, Ciro,
assenhorou-se da Babilônia. Os persas eram, a partir de então, os novos donos do mundo
antigo. O filho de Ciro, Cambises, ampliou o Império Persa, em 525 a.C., quando anexou o
Egito à Pérsia. Assim, todo o Antigo Oriente Médio estava submetido à soberania de um
grande rei.
Neste cenário, Judá passou a ser somente mais um dos pequenos Estados anexados ao
grande Império Persa.
Os persas instituíram uma forma de governo diferente daquela dos seus antecessores
(Assíria e Babilônia). Ciro instalou uma nova maneira de governar, caracterizada pela
arrecadação de tributos e pela autonomia das regiões dominadas. Por isso ele permitiu a volta
dos judeus exilados para Judá e a reconstrução do Templo de Jerusalém. 3
Mas essa tolerância religiosa  do Império Persa  para com os povos dominados era
apenas uma camuflagem de sua opressão.
1
“Ao patrocinar o culto local, esperava conseguir
algum consenso, pelo menos dos sacerdotes, para a sua administração.”
2
Dessa forma, o
império poderia ser administrado de maneira melhor e mais duradoura. Havia um poder
central que administrava o sistema de tributos recolhidos mediante os sátrapas instalados em
cada região do Império Persa. “Ações autônomas das partes que formavam o império não
eram permitidas e, onde aparecessem, eram duramente reprimidas.”
3
Quando Cambises morreu sem deixar filhos, eclodiu-se uma crise no Império Persa.
“Seguiram-se dois anos (522-521) de lutas internas pela sucessão. Digladiaram-se diversos
pretendentes. O Império tendia ao esfacelamento. Impôs-se Dario I (522-486) que organizou e
consolidou a dominação persa.”
4
Será que as visões de Zacarias respirariam ainda o ar das desavenças que se instalaram
em meio ao Império Persa, dois anos antes de Zacarias, encontrando nisso uma possibilidade
de revolta contra esse imperialismo?
5
Ou a consolidação do Império Persa gerou uma grande
crise no povo judaíta dominado, de modo que Zacarias visa reanimá-los? A meu ver,  essa
última pergunta deve ser respondida positivamente.
Assim, o pano de funda das oito visões de Zacarias são os pós-distúrbios principiados
depois da morte de Cambises (522 a.C.), e a recente reorganização do Império por Dario, em
520-519 a.C.
Portanto, o texto de Zacarias tem o contexto persa como mediação hermenêutica.
6
A
profecia zacariana  localiza-se  no contexto do pós-exílio. Há atualmente um grande debate
sobre esse período.
7
Entendê-lo é fundamental para compreendermos as visões de Zacarias.
                                               
1
Veja TÜNNERMANN, Rudi. As reformas de Neemias: A reconstrução de Jerusalém e reorganização de Judá
por Neemias no período persa. São Leopoldo/São Paulo: Sinodal /Paulus, 2001, p.13-30 (Teses e Dissertações;
17).
2
SOLANO ROSSI, Luiz Alexandre.  Como ler o livro de Zacarias:  O profeta da reconstrução. São Paulo:
Paulus, 2000, p.8 (Série “Como Ler a Bíblia”).
3
SOLANO ROSSI, Luiz Alexandre. Como ler o livro de Zacarias, p.9.
4
SCHWANTES, Milton. Ageu. Petrópolis/São Bernardo do Campo/São Leopoldo: Vozes/Imprensa
Metodista/Sinodal, 1986, p.10.
5
Milton Schwantes responde afirmativamente a essa questão, a partir de uma análise de Ageu. Veja
SCHWANTES, Milton. Ageu, p.12-13.
6
Portanto, vejo com reservas a opinião de Gehard von Groningen, que chama de “críticos” aqueles que pensam
que Ageu e Zacarias anunciaram um futuro de esperança para os remanescentes judaítas do pós-exílio frente ao
império persa. Veja GRONINGEN, Gerhard van.  Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A origem
divina do conceito messiânico e o seu desdobramento progressivo. 2ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã,
2003, p.829.  4
As visões - O gênero literário e as delimitações do texto
Por uma simples leitura de Zc 1- 6 nota-se que o texto é perpassado por oito visões. As
narrativas visionárias formam um tipo de literatura veterotestamentária. Há um grande debate
sobre esse gênero literário.
8
Faremos aqui algumas considerações literárias sobre as visões de
Zacarias.
A primeira visão (1.7-17) é antecipada pela fórmula profética “a palavra de Javé foi
dirigida ao profeta Zacarias” (v.7). Esta expressão é bem comum nos livros proféticos. Aqui
em Zacarias ela funciona como uma introdução geral às visões. O gênero visionário inicia-se
em 1.8, com o verbo hebraico ra’ah “ver”. É comum os relatos visionários principiarem-se
por esse verbo, sendo este seguido pela palavra vehineh “eis”, que aponta à visão.
9
A primeira visão inicia-se com o verbo ra’iti “vi”, qal perfeito de ra’ah “ver”. A
segunda e terceira visões iniciam-se de forma parecida: “Levantei os olhos e vi” (2.1,5), e o
verbo ra’ah está no qal imperfeito. Mas, na segunda visão, o mesmo verbo aparece no hifil
(2.3), “(ele) me fez ver”. Essa mesma forma verbal aparece na quarta visão (3.1). Na quinta
visão o profeta é persuadido pelo anjo a ver (4.1), e, à semelhança da primeira visão, o verbo
ra’ah aparece no qal perfeito (4.2). Por fim, a sexta, sétima e oitava visões iniciam-se de
forma parecida com a segunda e com a terceira, “levantei meus olhos e vi” (5.1; 6.1), sendo
que a sétima é também parecida, em seu início, com a quinta (5.5; cf.4.1).  
Percebe-se, portanto, que a narrativa de Zacarias é visionária. Mas, no caso do nosso
profeta, o relato visionário tem por objetivo legitimar a mensagem profética, como notaremos
nas oito visões de Zacarias. Há uma interação literária entre as visões e os ditos proféticos.
Vejamos:
A oitava visão (6.1-8)  relaciona-se à  cena relatada nos  v.9-15, e com a declaração
profética ali promulgada, pois  a temática do  v.8 é reencontrada no v.15! Ambos os versos
tratam da volta da comunidade dispersa.
A quinta visão (4.1-6a, 10b-11, 13-14) é intercalada por dois ditos (4.6b-7 + v.8-10a).
Muitos estudiosos afirmam que os ditos  proféticos nos v.6b-10a, 12 são interpolações
                                                                                                                                                       
7
Veja GRABBE, Lester L. (editor). Leading Captivity Captive. 'The Exile' as History and Ideology. Sheffield:
Sheffield Academic Press, 1998, 161p.
8
BEHRENS, Achim. Prophetische Visionsschilderungen im Alten Testament: Sprachliche Eigenarten,
Funktionen und Geschichte einer Gattung. Ugarit-Verlag, 2000, 413p. (AOAT 292). A resenha desse texto se
encontra em MCLAUGHLIN, John L. “Recensiones”. In: Bíblica – A Quarterly Review. Roma: Pontifical
Biblical Institude Rome, volume 17, fascículo 04, 2004, p.565-569.
9
LONG, Burke O. “Narrativas visionárias entre os profetas”. In: Profetismo – Coletânea de Estudos. São
Leopoldo: Sinodal, 1985, p.48-49. 5
posteriores. Entretanto,  parece-me que precisamos interpretá-los à luz do relato visionário,
pois  tais ditos  aludem  à reconstrução do templo por Zorobabel, e o templo é o espaço do
sacerdócio de Josué. Sendo assim, há um diálogo entre a função do governador davídico
(Zorobabel) e a função sacerdotal (Josué), conforme o relato visionário (4.1-6a, 10b-11, 13-
14).
Na quarta visão (3.1-10) encontramos alguns ditos proféticos, principalmente nos
v.7+v.8-9+v.10. Há  uma inter-relação entre os v.1-10. A purificação aludida no relato
visionário (v.1-6) resulta na retomada da função sacerdotal, exposta condicionalmente no v.7.
O fim do v.7 (“estar de pé”) remete-nos aos v.3-4, e também ao v.8, onde se diz que alguns
“estavam assentados” diante de Josué, dando a entender que Josué já estava de pé! A última
frase do v.8, em seu início, é bem parecida com o início da primeira frase do v.9 (“Porque
eis...”).
10
E o v.10 deve ser interpretado à luz da última frase do v.9, pois a purificação
exposta aqui resulta na tranqüilidade aludida lá.
Da mesma forma, a terceira visão (2.1-4 – Texto Massorético: 5-8) é seguida por um
oráculo (v.5) que, a meu ver, explica o sentido da visão. Pois a reconstrução de Jerusalém
aludida na visão (v.1-4) manifesta a glória de Javé (v.5)! Seguem-se os v.6-13 (Texto
Massorético: 10-17), que mantêm certa relação com os v.1-5. Essa relação evidencia-se entre
o v.5 e v.8 (a “glória”). Os v.10-12 dizem respeito à visão, pois, à semelhança do relato
visionário, esses versos tematizam Jerusalém.
Por fim, chegamos à primeira visão (v.8-11).  O v.7 é uma introdução histórica às oito
visões. A visão propriamente dita é relatada nos v.8-11. Na sequência observa-se uma série de
ditos proféticos (v.13 +v.14-16+v.17). A partir do v.12 a visão não mais é mencionada. Nesse
v.12 encontramos uma pergunta, que parece ter sido suscitada por causa da ação dos cavalos,
no v.11. Essa pergunta também suscita a resposta de Javé no v.13. O v.12, pois, marca a
virada entre a visão e os ditos. O v.13 é um resumo da resposta de Javé, que será explanada no
conjunto de ditos nos v.14-15+v.16+v.17. Esse conjunto deve ser interpretado à luz do relato
visionário. Isso porque a tranquilidade evidenciada na visão (v.11) é objeto da ira do Senhor
(v.15)! Assim, as “palavras boas, consoladoras” (v.13),relatadas nos v.13-17, surgem como
um contraponto/questionamento à visão!  
Evidenciamos,  assim,  que as visões zacarianas são permeadas  por  ditos proféticos.
Visões e ditos aglutinam-se. Tentei delimitar literariamente os relatos visionários e os ditos
                                               
10
Por isso questiono a Bíblia de Jerusalém, que separou os v.8, 9b e 10 dos v.1-7, 9a. 6
proféticos. Os relatos visionários formam um gênero literário que objetiva conferir sentido
aos ditos. Portanto, o gênero literário de Zacarias 1-6 não é o apocalíptico, ainda que tenha
algumas características  apocalípticas.
11
Pois  o texto de Zacarias  apresenta uma das grandes
características dos profetas clássicos: o dito profético.
12
Outras serão as características da
apocalíptica.
13
Então, parece-nos correto afirmar que o texto  zacariano não é ainda um
apocalipse, sendo mais bem conceituado como  parte da  gênese apocalíptica.  O  ambiente
literário zacariano situa-se no embrião da apocalíptica.
Antes de passarmos aos conteúdos teológicos das visões, preciso fazer outra
consideração. Para muitos estudiosos, Zc 1-6, originalmente, contém sete visões: 1.8-15; 2.1-
4(1.18-21); 2.5-9(2.1-5); 4.1-6a,10b-14; 5.1-4; 5.5-11 e 6.1-8.  Assim,  Zc 3.1-17 seria uma
interpolação, pois é diferente no estilo e no vocabulário, e enfatiza o papel do sumo-sacerdote
Josué, depois do desaparecimento de Zorobabel.
14
Entretanto, como mostrarei abaixo, as oito visões, inclusive a quarta (3.1-17), são
parecidas em seus conteúdos teológicos, devendo, pois, ser analisadas conjuntamente.
Passemos agora a tais conteúdos.
Conteúdos teológicos
As visões de Zacarias têm como mediação hermenêutica a época do profeta, de acordo
com 1.7. Elas respondem à crise suscitada pelo exílio babilônico (1.12). Mas, no contexto de
Zacarias, a crise não é  provocada pela Babilônia, mas pela presença do Império Persa nas
terras de Judá.
Na primeira visão (1.8-11) o profeta contempla a andança de três cavalos, que prestam
contas ao anjo do Senhor (v.8, 11). Eles percorreram toda a terra (10). A meu ver, esses
cavalos não são anjos, como interpretam alguns comentaristas. A fala do anjo, no v.12, surge
                                               
11
Veja uma discussão sobre isso em NOTH, Robert. “Da profecia à apocalíptica via Zacarias”. In: Profetismo:
Coletânea de Estudos. São Leopoldo: Sinodal, 1985, p.203-231.
12
Sobre a coleção de ditos, e para uma definição de ditos/perícopes, veja SCHWANTES, Milton. A terra não
pode suportar suas palavras:  reflexão e estudo sobre Amós. São Paulo: Paulinas, 2004, p.144-160 (Coleção
Bíblia e história).
13
Sobre a apocalíptica no AT, veja STORNIOLO, Ivo.  Como ler o livro de Daniel: Reino de Deus e
imperialismo. São Paulo: Paulus, 3ª edição, 2003, p.9-11 (Série “Como Ler a Bíblia”); DINGERMANN,
Friedrich. “O anúncio da caducidade deste mundo e dos mistérios do fim. Os inícios da apocalíptica no Antigo
Testamento”. In: SCHREINER, Josef (organizador). Palavra e Mensagem do Antigo Testamento. São Paulo:
Editora Teológica, 2
a
ed., 2004, p.419-433; BALDWIN, Joyce G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo:
Edições Vida Nova/Mundo Cristão,  1983, p.50-64; DAVIES, Philip R. “O mundo social dos escritos
apocalípticos”.  In: CLEMENTS, R. E. (organizador.). O Mundo do Antigo Israel. São Paulo: Paulus, 1995,
p.243-263; NOTH, Robert. “Da profecia à apocalíptica via Zacarias”, p.203-231.
14
MCLAUGHLIN, John L. “Recensiones”, p.567; GORGULHO, Gilberto. Zacarias: a vinda do Messias pobre,
p.19. 7
a partir da fala dos cavalos no v.11. A terra está estabelecida e tranquila, mas Javé ainda não
teve “compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá”. Deste modo, há um nítido contraponto
entre a fala dos cavalos no v.11 e a do anjo/homem no v.12! Por que isso?
Ora, os três cavalos  simbolizam  o Império Persa, que contava com um forte
vasculhamento de mensageiros sobre cavalos, mantenedores do sistema imperialista. Havia
uma densa rede de correios imperiais, permitindo “que as ordens o governo central chegassem
rapidamente até os confins do império. Haviam sido nomeados nas diversas províncias
governadores que exerciam o poder em nome da autoridade central e informavam
periodicamente sobre o desencadear dos acontecimentos.”
15
Assim, o v.10b parece refletir a
estrutura do Império Persa; trata-se do “envio” (xlh) dos mensageiros para percorrerem a
terra! Para esses “cavalos”, a “terra” estava “habitada e tranquila”. Tudo estava sob controle e
em ordem. Mas não é assim que vê o anjo do Senhor!
Então, como resposta ao clamor do anjo, Javé responde com “palavras boas,
consoladoras” (v.13). Os ditos nos v.13-17 tematizam a reurbanização de Jerusalém e das
cidades de Judá. Javé  está indignado contra  ha-goim ha-xa’ananim, “as nações tranquilas”
(v.15).  Estas, a meu ver, precisam ser  identificadas com a terra “estabelecida e tranquila”
(v.11), a saber, o Império Persa.
Nessa perspectiva está a segunda visão (1.18-21). O profeta vê “quatro chifres” (v.19).
O termo hebraico qeranot “chifres” no AT simboliza o poder das nações. Os chifres são “o
orgulho do touro jovem”
16
. Eles representam, pois, a força militar de um povo (1Rs 22.11; cf.
Mq 4.13). O número quatro é um símbolo de sua universalidade. Portanto, os quatro chifres
aludem a todos os inimigos do povo de Javé. Mas os ferreiros vêm para serrar os chifres! As
nações, incluindo o Império Persa, ruirão.
A terceira visão tematiza a reconstrução de Jerusalém (2.1-5 – Texto Massorético: 2.5-
9). Assim, esta visão mantém relação com os ditos que seguiram a primeira visão (1.13-17).
Mas, essa terceira visão nos alerta sobre as perspectivas da reconstrução de Jerusalém. Pois
“um homem” (v.1) almeja reconstruir a cidade com muralhas. No Antigo Oriente Médio, os
muros simbolizam a força defensiva de uma cidade. Mas outra é a perspectiva do “anjo”:
Jerusalém será   perazot teshev, “campos habitados” (v.4b). “Campos” parece ser a melhor
tradução para  perazot, palavra hebraica que se refere ao mundo camponês! Precisamos
                                               
15
BOGGIO, Giovanni. Joel, Baruc, Abdias, Ageu, Zacarias, Malaquias –  Os últimos profetas. São Paulo:
Paulus, 1995, p.74-75 (Coleção Pequeno Comentário Bíblico. Antigo Testamento).
16
BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São
Paulo: Edições Vida Nova/Mundo Cristão, 1991, p.82. 8
entender que, a partir de 587 a.C., Judá foi desurbanizada. “Para a compreensão da história de
Israel e dos textos bíblicos, elaborados nesta época, é decisivo tomar em conta que de 587 até
450 Jerusalém não era uma cidade e que, a rigor, a vida urbana inexistia.”
17
O v.4b, portanto,
aludi a uma proposta: o mundo camponês habitaria no mundo citadino! A divisão entre cidade
e campo, as rixas entre esses dois setores,  eram muito  comuns no mundo do Antigo
Testamento.
18
A meu ver, o texto zacariano defende o fim dessas dissensões.
A glória do Senhor estaria no “meio” de Jerusalém (v.5), exatamente onde estavam os
“homens” e “animais” (v.4). A glória do Senhor se manifestaria quando Jerusalém não fosse
mais uma cidade caracterizada pela exploração ao campo! Por isso, os muros, que favoreciam
o processo de pauperização
19
, não poderiam ser reconstruídos.
A quarta visão (3.1-10) tematiza a purificação do sacerdócio, apesar da acusação de
Satan. Para alguns comentaristas, a acusação ao sacerdócio de Josué parece provir de grupos
sacerdotais que almejam conquistar o monopólio religioso em Jerusalém no período do pósexílio.
20
De qualquer forma, o texto alude à purificação do sacerdócio no contexto do pósexílio. Apesar de o sacerdócio ter se corrompido (Am 7.10s.), há uma esperança de que ele
seja restaurado e pautado nos valores do profetismo. Nesse contexto surge a promessa da
vinda de um “servo”, no fim do v.8: “Porque eis que farei vir o meu servo rebento”.  O
“servo”, ‘ebed, é cognominado de semah “rebento”, “broto”, “renovo”, “germe”. É um termo
messiânico (cf. Jr 23.5). O v.8 está relacionado com 6.12, onde lemos uma afirmação sobre
Zorababel. O v.9 menciona a “pedra”, e nela uma “inscrição”. Há uma grande discussão sobre
o significado da pedra. Seria um símbolo do Messias?
21
Seria pedra de arremate (4.7,9)? A
Bíblia de Jerusalém comenta: “Esta pedra única designa, sem dúvida, o templo. Os sete olhos
simbolizam a presença vigilante de Iahweh (4.10). A inscrição („consagrada a Iahweh) não foi
ainda gravada: a construção do Templo não foi concluída.”
22
Parece-me que a pedra simboliza
a  vigilância de Javé, por intermédio dos seus servos. Isso se explicitará na quinta visão
(compare 3.9 com 4.10, “sete olhos”).
                                               
17
SCHWANTES, Milton. Sofrimento e esperança no exílio: história e teologia do povo de Deus no século VI
a.C. São Paulo/São Leopoldo:  Paulinas/Sinodal, 1987, p.27-28 (Coleção Temas Bíblicos).
18
GOTTWALD, Norman Karl.  As tribos de Iahweh – Uma sociologia da religião de Israel liberto 1250-1050
a.C. São Paulo, Edições Paulinas, 1986, 932p. (Bíblia e Sociologia, 2).
19
CROATTO, José Severino. “A dívida na reforma social de Neemias – Um estudo de Neemias 5,1-19”. In:
Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla. Petrópolis: Vozes, nº 5-6, 1990, p.25-34.
20
AUNEAU, Joseph. O sacerdócio na Bíblia. Tradução Maria Cecília M. Duprat. São Paulo: Paulus, 1994,
p.43-44 (Cadernos Bíblicos, 61).  
21
Veja GRONINGEN, Gerhard van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento, p.831-832.
22
A Bíblia de Jerusalém, em nota de rodapé. 9
Fundamental nessa quarta visão são  o v.9b e o v.10. Alude-se  aí à remoção da
“iniquidade”. Na perspectiva de Zacarias, tempos de tranquilidade virão (v.10). Mas tal
tranquilidade não pode ser efetivada com os persas no controle. Portanto, à luz da primeira e
da segunda visões, parece-me que a remoção da “iniqüidade” é uma referência à queda do
imperialismo persa.
A quinta visão (4.1-14) mantém relação com a anterior. Pois a quarta visão terminou
com uma promessa à “terra” (3.9). A quinta visão também alude à “terra”, ou melhor, ao
“Senhor” da terra (4.10b, 14)! Ambas referem-se à reconstrução do templo (3.7, 9; cf.  4.8-
10). O verbo ‘md “estar de pé” foi decisivo na quarta visão. Da mesma forma a quinta visão
afirmará que Josué e Zorobabel “estão de pé diante do Senhor” (v.14). Mas, noutro aspecto, a
quarta visão é complementada pela quinta: aquela aludia a Josué; essa aludirá principalmente
a Zorobabel (v.6-10a). Portanto, o que há de inovador nessa quinta visão é a junção de dois
poderes: o sacerdotal e o real.
O centro da quinta visão são as duas oliveiras (4.3), que são identificadas com o
sacerdote Josué e com o governador Zorobabel (v.14). Ressalta-se que a pergunta do profeta,
no v.4, somente é respondida a partir do v.10b, após a palavra dirigida a Zorobabel (v.6-10a).
As duas oliveiras são identificadas com os “sete olhos de Javé, que percorrem toda a terra”.
Vejo aqui um contraponto à andança dos cavalos da primeira visão, os quais também andaram
por “toda terra”  (1.11). Aqueles simbolizavam o Império Persa. Aqui, na quinta visão, os
“olhos” simbolizam a presença de Javé, através dos seus “dois ungidos”.
O ponto culminante da quinta visão é  o v.14.  Lemos aí a superação definitiva do
império persa. O Senhor (’adon) de toda a terra não é o imperador persa, mas  é o Deus de
Judá! Na primeira visão quem percorria a terra eram os cavalos (1.7-11). Agora, não eles, mas
os “olhos de Javé” percorrem a terra (4.10b)! A presença de Javé suplanta  e substitui  a
presença persa! Ademais, parece que, à luz do v.12, essa presença de Javé seria mantida pelas
duas oliveiras. Através de Josué e Zorobabel, Deus está presente!
A sexta e a sétima visões (5.1-4 e 5.5-11) tratam de um mesmo assunto: a purificação
da terra (v.3, 6). Assim, elas mantêm a temática das visões anteriores (3.9; 4.14). Na sexta
visão o “rolo” parece ter certa relação com o livro de Ezequiel (Ez 2.10). Ele contém o
julgamento divino. O seu tamanho é igual a do pórtico do templo de Salomão (1Rs 6.3). O v.2
parece até comparar o “rolo” com o pórtico do templo. O v.3 explica o significado do rolo, e
também aponta para onde ele vai: “esta é a maldição que avança contra a superfície de toda a 10
terra”. Deste modo, o rolo é a maldição. Ele parece provir do templo, mas sai dele, e “avança”
contra “toda a terra”. A palavra  ’alâ, “maldição”,  é usada  no AT  em relação  à quebra da
aliança (Gn 24.41; Dt 28; 29.11). Sim, a aliança foi quebrada pelo “ladrão” e por “aquele que
jura falsamente”. Assim, a visão sinaliza a situação de injustiça da época de Zacarias: o roubo
(Ex 20.15) e o julgamento mentiroso (Ex 20.7).
A sexta visão afirma a destruição da “casa” daqueles que violam a aliança. A sétima
(5.5-11), por sua vez, aludi à construção de uma “casa”, local de habitação da iniquidade
(5.11). Mas há relação entre essas visões. A sexta referiu-se à expulsão daqueles que quebram
a aliança. A maldade seria extinta da terra. A sétima visão parece continuar essa temática,
pois anuncia a saída da maldade (a mulher na efa) da terra de Judá para a “terra de Senaar”
(v.11  – Babilônia). Portanto, à semelhança das visões anteriores, a sétima visão  continua a
aludir à “terra”. Em 5.8 lemos que a mulher no cesto simboliza a “iniquidade”. Mas na última
frase de 5.6 também lemos uma designação a ela: “isto
23
é o olho deles
24
em toda a terra.”  A
palavra hebraica  ‘enam “seus olhos” foi traduzida pelo grego como “sua iniquidade”,
propondo então o hebraico ‘azonam.
25
Mas a frase hebraica no Texto Massorético parece ser
uma referência à forte inspeção persa “sobre terra”. A meu ver, “seus olhos” é uma referência
aos inspetores persas, os sátrapas. Eles eram o “olho” do imperador persa!  Assim, essa sétima
visão alude ao livramento da terra de Judá dos olhos dos persas.
A oitava visão (6.1-8) alude a uma nova inspeção, diferente  daquela referida na
primeira visão (1.8-11). Os carros desta última visão vão resgatar aqueles que foram dispersos
pelo imperialismo. Na primeira visão, os três cavalos simbolizavam a manutenção do império
persa através dos sátrapas. Nessa última visão, a andança dos carros visa buscar a comunidade
que foi dispersa pelo imperialismo das nações poderosas. Em 6.7 lemos sobre o domínio do
Senhor Deus sobre a terra. O Império Persa é superado. Assim, a  andança dos carros nesta
última visão (6.7) contrapõe-se à andança dos cavalos da primeira visão (1.10). Portanto, essa
oitava visão não é paralela à primeira, como querem ver alguns comentaristas.
A reconstrução do templo é novamente tematizada em 6.9-15, após a última visão.
Muitos estudiosos interpretaram esses versos como uma evidência de que havia uma grande
tensão entre grupos reais (adeptos à monarquia judaíta) e sacerdotais no período Persa. Nesta
                                               
23
O hebraico zo’th (adjetivo feminino) e ‘ayin são singulares, respectivamente “esta” e “olho”.
24
Para uma melhor tradução em português,  a palavra “olho” deveria estar no plural, para concordar com o
pronome plural “deles”. Entretanto, mantive uma tradução literal do hebraico: ‘ayin (“olho”), no singular, com o
sufixo no plural, “deles”.
25
Bíblia Hebraica Stuttgartensia, Stuttgart, Deutsche Bibelgesellschalft, 1997, in loc. 11
perspectiva, o sacerdócio supera o davidismo real, sobretudo devido ao desaparecimento de
Zorobabel (descendente de Davi) da história judaíta no pós-exílio. Então, em Zc 6.11, onde
lemos uma alusão à coroação do sumo-sacerdote Josué, na verdade seria originalmente uma
alusão a Zorobabel.
26
No entanto, isso é questionável. Como demonstrou recentemente Mark
J. Boda, Zacarias dialoga com as grandes tradições da história de Judá, a tradição sacerdotal e
real; o texto zacariano dialoga também com a tradição profética.
27
Portanto, mesmo que  o
v.11 aluda a Josué, o v.12 não se refere mais a ele. Se a fala do v.11 foi dirigida a Josué, a fala
do v.12 começa com as palavras “Eis aqui um homem". Quando esta frase aparece na Bíblia
Hebraica, ela não se dirige ao que foi aludido anteriormente, mas a um terceiro que pode estar
se aproximando de longe (2Sm 18:26), ou que pode estar presente na cena (1 Sam 9:17), ou
ainda que pode estar ausente, mas acessível (1Sam 9.6).
28
Assim,  o  semah  (“renovo”
“rebento”, “broto”, “germe”) não pode ser Josué. O semah é alguém que está em cena (“Eis
aqui um homem”). Em 3.8 já lemos uma referência ao “renovo”. Joyce G. Baldwin afirma
que essas palavras de Zacarias aplicam-se Zorobabel, pois “seu nome significa „Renovo da
Babilônia”, e não há dúvida de que ele edificou o templo (4.9)”
29
.
Mas, a última frase de Zc 3.8 alude ao futuro! Assim, ainda que a concepção
messiânica tenha uma aplicação histórica à pessoa  de Zorobabel, ela ultrapassa o horizonte
histórico de Zacarias.    Concordando com isso,  Alonso Schökel  afirma: “Num horizonte
histórico, o Germe é Zorobabel (6.12). Num horizonte escatológico, o Germe será o Messias.
Assim o chefe histórico é reduzido a elo de uma corrente secular, e a profecia se projeta para
um futuro definitivo.”
30
Baldwin afirma que os ouvintes de Zacarias “estavam preparados
para as funções sacerdotais e reais do Renovo, vendo que Josué e Zorobabel contribuíam para
a vinda do Renovo, já que nenhum dos dois o representava completamente, sozinho.”
31
E, para que tudo isso acontecesse, o povo de Deus deveria fugir da “terra do norte”
(Babilônia, cf. 2.6; 6-1-15). Essa perspectiva da volta imediata da comunidade judaíta deve
ter um grande peso na afirmação de nossa pesquisa: as oito visões de Zacarias pronunciam
acontecimentos que teriam seus inícios na época do profeta. Nessa perspectiva está o
messianismo em Zacarias 1-6.
                                               
26
Veja a nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém.
27
BODA, Mark J. “Oil, Crowns and Thrones: Prophet, Priest and King in Zechariah 1:7-6:15”. In: Journal of
Hebrew Scriptures. National Library of Canada, volume 3, article 10, 2001, p.1-36. www.purl.org/jhs, acessado
em 10.05.08.
28
BODA, Mark J. “Oil, Crowns and Thrones: Prophet, Priest and King in Zechariah 1:7-6:15”, p.16.
29
Veja BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias, p.109.
30
Bíblia do Peregrino, em nota de rodapé.
31
BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias, p.109-110. 12
Conclusão
As oito visões aludem à época pós-exílica. A partir daí, começaria uma nova era, que
claramente não se restringia somente à era do profeta. Lembremos: a igreja é a comunidade
do pós-exílio. Assim os profetas tinham razão em relacionar o advento do novo Davi com o
exílio babilônico (Jr 23.5-6, 7-8)! Dessa forma, Zacarias prevê um tempo que começaria em
sua época, mas que seria cumprido plenamente num outro momento. E, nas palavras de Jesus,
sabemos sobre esse cumprimento: “O tempo está cumprido” (Mc 1.15). De fato, a promessa
de  Zc 2.10, da morada de  Deus  com o seu povo, se cumpre em Cristo (Jo 1.14).  Nisso
concordo com Calvino:  “o livramento do exílio babilônico era uma espécie de prelúdio à
gloriosa redenção que foi trazida a nós e a nossos pais pelas mãos de Cristo”
32
Mas, a meu
ver, de acordo com as visões zacarianas, a  „redenção‟ é o livramento da opressão de um
império opressor. É justamente na perspectiva da queda do imperialismo persa que Zacarias
anuncia a vinda do Messias.
As implicações da mensagem de Zacarias se estendem à era da Igreja, a comunidade
do Messias pobre que viveu com os pobres. Sem dúvida, uma simples leitura nos Evangelhos
demonstra que Cristo se marginalizou com os marginalizados, questionou os ícones religiosos
e políticos de sua época, que contribuíam para a injustiça e à opressão. Esse questionamento
deve ecoar nos lábios na Igreja atual, também.

FONTE: http://www.revistaancora.com.br

AS OITO VISÕES DE ZACARIAS – BREVE ANÁLISE
Luciano R. Peterlevitz

Resumo
As oito visões narradas em Zacarias 1-6 têm como mediação hermenêutica o Império Persa. O
texto zacariano vale-se de relatos visionários  que dialogam com  o  dito profético,
prenunciando assim o gênero apocalíptico. Tais visões encenam a chegada de um novo tempo
que se iniciaria com a reconstrução da cidade de Jerusalém e do templo. Mas tal esperança só
é possível mediante a queda do imperialismo persa. Evidencia-se, portanto, que a escatologia
de Zacarias afirma uma intervenção de Deus contra o imperialismo opressor vigente no pósexílio.

Vários comentaristas classificam  o texto de  Zacarias  como apocalíptico.  Mas  as
pesquisas recentes tem demonstrado que  o livro de Daniel é o único texto apocalíptico do
Antigo Testamento. Evidenciarei neste estudo que o texto de Zacarias, pelo menos em suas
visões narradas nos capítulos 1-6, se aproxima do gênero dos demais livros proféticos. Pois os
relatos visionários de Zacarias são permeados  por  ditos proféticos,  bem característicos na
literatura profética, e ausentam-se na literatura apocalíptica de Daniel.
Evitarei uma leitura futurista do texto, que menospreze a possibilidade de lermos as
visões tendo como referencial hermenêutico o império persa. Demonstrarei a expectativa do
profeta por um cumprimento imediato das promessas sugeridas pelas visões. Pela leitura das
visões de Zacarias perceberemos que o escathon não era a esperança pela interrupção de Deus
na história num futuro  longínquo, mas sim a possibilidade da ação de Deus a partir da
situação vivencial na qual o profeta estava inserido. Por isso, a esperança messiânica em Zc 1-
6 está intrinsecamente relacionada à situação histórica do pós-exílio.

O contexto das visões
As oito visões de Zacarias são muito bem datadas, em 1.7: “vinte e quatro dias do
décimo primeiro mês, o mês de sebate, no segundo ano de Dario”. Trata-se de meados de
fevereiro de 519 a.C. Algumas décadas antes, em 539 a.C., o rei dos medo-persas, Ciro,
assenhorou-se da Babilônia. Os persas eram, a partir de então, os novos donos do mundo
antigo. O filho de Ciro, Cambises, ampliou o Império Persa, em 525 a.C., quando anexou o
Egito à Pérsia. Assim, todo o Antigo Oriente Médio estava submetido à soberania de um
grande rei.
Neste cenário, Judá passou a ser somente mais um dos pequenos Estados anexados ao
grande Império Persa.
Os persas instituíram uma forma de governo diferente daquela dos seus antecessores
(Assíria e Babilônia). Ciro instalou uma nova maneira de governar, caracterizada pela
arrecadação de tributos e pela autonomia das regiões dominadas. Por isso ele permitiu a volta
dos judeus exilados para Judá e a reconstrução do Templo de Jerusalém. 3
Mas essa tolerância religiosa  do Império Persa  para com os povos dominados era
apenas uma camuflagem de sua opressão.
1
“Ao patrocinar o culto local, esperava conseguir
algum consenso, pelo menos dos sacerdotes, para a sua administração.”
2
Dessa forma, o
império poderia ser administrado de maneira melhor e mais duradoura. Havia um poder
central que administrava o sistema de tributos recolhidos mediante os sátrapas instalados em
cada região do Império Persa. “Ações autônomas das partes que formavam o império não
eram permitidas e, onde aparecessem, eram duramente reprimidas.”
3
Quando Cambises morreu sem deixar filhos, eclodiu-se uma crise no Império Persa.
“Seguiram-se dois anos (522-521) de lutas internas pela sucessão. Digladiaram-se diversos
pretendentes. O Império tendia ao esfacelamento. Impôs-se Dario I (522-486) que organizou e
consolidou a dominação persa.”
4
Será que as visões de Zacarias respirariam ainda o ar das desavenças que se instalaram
em meio ao Império Persa, dois anos antes de Zacarias, encontrando nisso uma possibilidade
de revolta contra esse imperialismo?
5
Ou a consolidação do Império Persa gerou uma grande
crise no povo judaíta dominado, de modo que Zacarias visa reanimá-los? A meu ver,  essa
última pergunta deve ser respondida positivamente.
Assim, o pano de funda das oito visões de Zacarias são os pós-distúrbios principiados
depois da morte de Cambises (522 a.C.), e a recente reorganização do Império por Dario, em
520-519 a.C.
Portanto, o texto de Zacarias tem o contexto persa como mediação hermenêutica.
6
A
profecia zacariana  localiza-se  no contexto do pós-exílio. Há atualmente um grande debate
sobre esse período.
7
Entendê-lo é fundamental para compreendermos as visões de Zacarias.
                                               
1
Veja TÜNNERMANN, Rudi. As reformas de Neemias: A reconstrução de Jerusalém e reorganização de Judá
por Neemias no período persa. São Leopoldo/São Paulo: Sinodal /Paulus, 2001, p.13-30 (Teses e Dissertações;
17).
2
SOLANO ROSSI, Luiz Alexandre.  Como ler o livro de Zacarias:  O profeta da reconstrução. São Paulo:
Paulus, 2000, p.8 (Série “Como Ler a Bíblia”).
3
SOLANO ROSSI, Luiz Alexandre. Como ler o livro de Zacarias, p.9.
4
SCHWANTES, Milton. Ageu. Petrópolis/São Bernardo do Campo/São Leopoldo: Vozes/Imprensa
Metodista/Sinodal, 1986, p.10.
5
Milton Schwantes responde afirmativamente a essa questão, a partir de uma análise de Ageu. Veja
SCHWANTES, Milton. Ageu, p.12-13.
6
Portanto, vejo com reservas a opinião de Gehard von Groningen, que chama de “críticos” aqueles que pensam
que Ageu e Zacarias anunciaram um futuro de esperança para os remanescentes judaítas do pós-exílio frente ao
império persa. Veja GRONINGEN, Gerhard van.  Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A origem
divina do conceito messiânico e o seu desdobramento progressivo. 2ª edição. São Paulo: Editora Cultura Cristã,
2003, p.829.  4
As visões - O gênero literário e as delimitações do texto
Por uma simples leitura de Zc 1- 6 nota-se que o texto é perpassado por oito visões. As
narrativas visionárias formam um tipo de literatura veterotestamentária. Há um grande debate
sobre esse gênero literário.
8
Faremos aqui algumas considerações literárias sobre as visões de
Zacarias.
A primeira visão (1.7-17) é antecipada pela fórmula profética “a palavra de Javé foi
dirigida ao profeta Zacarias” (v.7). Esta expressão é bem comum nos livros proféticos. Aqui
em Zacarias ela funciona como uma introdução geral às visões. O gênero visionário inicia-se
em 1.8, com o verbo hebraico ra’ah “ver”. É comum os relatos visionários principiarem-se
por esse verbo, sendo este seguido pela palavra vehineh “eis”, que aponta à visão.
9
A primeira visão inicia-se com o verbo ra’iti “vi”, qal perfeito de ra’ah “ver”. A
segunda e terceira visões iniciam-se de forma parecida: “Levantei os olhos e vi” (2.1,5), e o
verbo ra’ah está no qal imperfeito. Mas, na segunda visão, o mesmo verbo aparece no hifil
(2.3), “(ele) me fez ver”. Essa mesma forma verbal aparece na quarta visão (3.1). Na quinta
visão o profeta é persuadido pelo anjo a ver (4.1), e, à semelhança da primeira visão, o verbo
ra’ah aparece no qal perfeito (4.2). Por fim, a sexta, sétima e oitava visões iniciam-se de
forma parecida com a segunda e com a terceira, “levantei meus olhos e vi” (5.1; 6.1), sendo
que a sétima é também parecida, em seu início, com a quinta (5.5; cf.4.1).  
Percebe-se, portanto, que a narrativa de Zacarias é visionária. Mas, no caso do nosso
profeta, o relato visionário tem por objetivo legitimar a mensagem profética, como notaremos
nas oito visões de Zacarias. Há uma interação literária entre as visões e os ditos proféticos.
Vejamos:
A oitava visão (6.1-8)  relaciona-se à  cena relatada nos  v.9-15, e com a declaração
profética ali promulgada, pois  a temática do  v.8 é reencontrada no v.15! Ambos os versos
tratam da volta da comunidade dispersa.
A quinta visão (4.1-6a, 10b-11, 13-14) é intercalada por dois ditos (4.6b-7 + v.8-10a).
Muitos estudiosos afirmam que os ditos  proféticos nos v.6b-10a, 12 são interpolações
                                                                                                                                                       
7
Veja GRABBE, Lester L. (editor). Leading Captivity Captive. 'The Exile' as History and Ideology. Sheffield:
Sheffield Academic Press, 1998, 161p.
8
BEHRENS, Achim. Prophetische Visionsschilderungen im Alten Testament: Sprachliche Eigenarten,
Funktionen und Geschichte einer Gattung. Ugarit-Verlag, 2000, 413p. (AOAT 292). A resenha desse texto se
encontra em MCLAUGHLIN, John L. “Recensiones”. In: Bíblica – A Quarterly Review. Roma: Pontifical
Biblical Institude Rome, volume 17, fascículo 04, 2004, p.565-569.
9
LONG, Burke O. “Narrativas visionárias entre os profetas”. In: Profetismo – Coletânea de Estudos. São
Leopoldo: Sinodal, 1985, p.48-49. 5
posteriores. Entretanto,  parece-me que precisamos interpretá-los à luz do relato visionário,
pois  tais ditos  aludem  à reconstrução do templo por Zorobabel, e o templo é o espaço do
sacerdócio de Josué. Sendo assim, há um diálogo entre a função do governador davídico
(Zorobabel) e a função sacerdotal (Josué), conforme o relato visionário (4.1-6a, 10b-11, 13-
14).
Na quarta visão (3.1-10) encontramos alguns ditos proféticos, principalmente nos
v.7+v.8-9+v.10. Há  uma inter-relação entre os v.1-10. A purificação aludida no relato
visionário (v.1-6) resulta na retomada da função sacerdotal, exposta condicionalmente no v.7.
O fim do v.7 (“estar de pé”) remete-nos aos v.3-4, e também ao v.8, onde se diz que alguns
“estavam assentados” diante de Josué, dando a entender que Josué já estava de pé! A última
frase do v.8, em seu início, é bem parecida com o início da primeira frase do v.9 (“Porque
eis...”).
10
E o v.10 deve ser interpretado à luz da última frase do v.9, pois a purificação
exposta aqui resulta na tranqüilidade aludida lá.
Da mesma forma, a terceira visão (2.1-4 – Texto Massorético: 5-8) é seguida por um
oráculo (v.5) que, a meu ver, explica o sentido da visão. Pois a reconstrução de Jerusalém
aludida na visão (v.1-4) manifesta a glória de Javé (v.5)! Seguem-se os v.6-13 (Texto
Massorético: 10-17), que mantêm certa relação com os v.1-5. Essa relação evidencia-se entre
o v.5 e v.8 (a “glória”). Os v.10-12 dizem respeito à visão, pois, à semelhança do relato
visionário, esses versos tematizam Jerusalém.
Por fim, chegamos à primeira visão (v.8-11).  O v.7 é uma introdução histórica às oito
visões. A visão propriamente dita é relatada nos v.8-11. Na sequência observa-se uma série de
ditos proféticos (v.13 +v.14-16+v.17). A partir do v.12 a visão não mais é mencionada. Nesse
v.12 encontramos uma pergunta, que parece ter sido suscitada por causa da ação dos cavalos,
no v.11. Essa pergunta também suscita a resposta de Javé no v.13. O v.12, pois, marca a
virada entre a visão e os ditos. O v.13 é um resumo da resposta de Javé, que será explanada no
conjunto de ditos nos v.14-15+v.16+v.17. Esse conjunto deve ser interpretado à luz do relato
visionário. Isso porque a tranquilidade evidenciada na visão (v.11) é objeto da ira do Senhor
(v.15)! Assim, as “palavras boas, consoladoras” (v.13),relatadas nos v.13-17, surgem como
um contraponto/questionamento à visão!  
Evidenciamos,  assim,  que as visões zacarianas são permeadas  por  ditos proféticos.
Visões e ditos aglutinam-se. Tentei delimitar literariamente os relatos visionários e os ditos
                                               
10
Por isso questiono a Bíblia de Jerusalém, que separou os v.8, 9b e 10 dos v.1-7, 9a. 6
proféticos. Os relatos visionários formam um gênero literário que objetiva conferir sentido
aos ditos. Portanto, o gênero literário de Zacarias 1-6 não é o apocalíptico, ainda que tenha
algumas características  apocalípticas.
11
Pois  o texto de Zacarias  apresenta uma das grandes
características dos profetas clássicos: o dito profético.
12
Outras serão as características da
apocalíptica.
13
Então, parece-nos correto afirmar que o texto  zacariano não é ainda um
apocalipse, sendo mais bem conceituado como  parte da  gênese apocalíptica.  O  ambiente
literário zacariano situa-se no embrião da apocalíptica.
Antes de passarmos aos conteúdos teológicos das visões, preciso fazer outra
consideração. Para muitos estudiosos, Zc 1-6, originalmente, contém sete visões: 1.8-15; 2.1-
4(1.18-21); 2.5-9(2.1-5); 4.1-6a,10b-14; 5.1-4; 5.5-11 e 6.1-8.  Assim,  Zc 3.1-17 seria uma
interpolação, pois é diferente no estilo e no vocabulário, e enfatiza o papel do sumo-sacerdote
Josué, depois do desaparecimento de Zorobabel.
14
Entretanto, como mostrarei abaixo, as oito visões, inclusive a quarta (3.1-17), são
parecidas em seus conteúdos teológicos, devendo, pois, ser analisadas conjuntamente.
Passemos agora a tais conteúdos.
Conteúdos teológicos
As visões de Zacarias têm como mediação hermenêutica a época do profeta, de acordo
com 1.7. Elas respondem à crise suscitada pelo exílio babilônico (1.12). Mas, no contexto de
Zacarias, a crise não é  provocada pela Babilônia, mas pela presença do Império Persa nas
terras de Judá.
Na primeira visão (1.8-11) o profeta contempla a andança de três cavalos, que prestam
contas ao anjo do Senhor (v.8, 11). Eles percorreram toda a terra (10). A meu ver, esses
cavalos não são anjos, como interpretam alguns comentaristas. A fala do anjo, no v.12, surge
                                               
11
Veja uma discussão sobre isso em NOTH, Robert. “Da profecia à apocalíptica via Zacarias”. In: Profetismo:
Coletânea de Estudos. São Leopoldo: Sinodal, 1985, p.203-231.
12
Sobre a coleção de ditos, e para uma definição de ditos/perícopes, veja SCHWANTES, Milton. A terra não
pode suportar suas palavras:  reflexão e estudo sobre Amós. São Paulo: Paulinas, 2004, p.144-160 (Coleção
Bíblia e história).
13
Sobre a apocalíptica no AT, veja STORNIOLO, Ivo.  Como ler o livro de Daniel: Reino de Deus e
imperialismo. São Paulo: Paulus, 3ª edição, 2003, p.9-11 (Série “Como Ler a Bíblia”); DINGERMANN,
Friedrich. “O anúncio da caducidade deste mundo e dos mistérios do fim. Os inícios da apocalíptica no Antigo
Testamento”. In: SCHREINER, Josef (organizador). Palavra e Mensagem do Antigo Testamento. São Paulo:
Editora Teológica, 2
a
ed., 2004, p.419-433; BALDWIN, Joyce G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo:
Edições Vida Nova/Mundo Cristão,  1983, p.50-64; DAVIES, Philip R. “O mundo social dos escritos
apocalípticos”.  In: CLEMENTS, R. E. (organizador.). O Mundo do Antigo Israel. São Paulo: Paulus, 1995,
p.243-263; NOTH, Robert. “Da profecia à apocalíptica via Zacarias”, p.203-231.
14
MCLAUGHLIN, John L. “Recensiones”, p.567; GORGULHO, Gilberto. Zacarias: a vinda do Messias pobre,
p.19. 7
a partir da fala dos cavalos no v.11. A terra está estabelecida e tranquila, mas Javé ainda não
teve “compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá”. Deste modo, há um nítido contraponto
entre a fala dos cavalos no v.11 e a do anjo/homem no v.12! Por que isso?
Ora, os três cavalos  simbolizam  o Império Persa, que contava com um forte
vasculhamento de mensageiros sobre cavalos, mantenedores do sistema imperialista. Havia
uma densa rede de correios imperiais, permitindo “que as ordens o governo central chegassem
rapidamente até os confins do império. Haviam sido nomeados nas diversas províncias
governadores que exerciam o poder em nome da autoridade central e informavam
periodicamente sobre o desencadear dos acontecimentos.”
15
Assim, o v.10b parece refletir a
estrutura do Império Persa; trata-se do “envio” (xlh) dos mensageiros para percorrerem a
terra! Para esses “cavalos”, a “terra” estava “habitada e tranquila”. Tudo estava sob controle e
em ordem. Mas não é assim que vê o anjo do Senhor!
Então, como resposta ao clamor do anjo, Javé responde com “palavras boas,
consoladoras” (v.13). Os ditos nos v.13-17 tematizam a reurbanização de Jerusalém e das
cidades de Judá. Javé  está indignado contra  ha-goim ha-xa’ananim, “as nações tranquilas”
(v.15).  Estas, a meu ver, precisam ser  identificadas com a terra “estabelecida e tranquila”
(v.11), a saber, o Império Persa.
Nessa perspectiva está a segunda visão (1.18-21). O profeta vê “quatro chifres” (v.19).
O termo hebraico qeranot “chifres” no AT simboliza o poder das nações. Os chifres são “o
orgulho do touro jovem”
16
. Eles representam, pois, a força militar de um povo (1Rs 22.11; cf.
Mq 4.13). O número quatro é um símbolo de sua universalidade. Portanto, os quatro chifres
aludem a todos os inimigos do povo de Javé. Mas os ferreiros vêm para serrar os chifres! As
nações, incluindo o Império Persa, ruirão.
A terceira visão tematiza a reconstrução de Jerusalém (2.1-5 – Texto Massorético: 2.5-
9). Assim, esta visão mantém relação com os ditos que seguiram a primeira visão (1.13-17).
Mas, essa terceira visão nos alerta sobre as perspectivas da reconstrução de Jerusalém. Pois
“um homem” (v.1) almeja reconstruir a cidade com muralhas. No Antigo Oriente Médio, os
muros simbolizam a força defensiva de uma cidade. Mas outra é a perspectiva do “anjo”:
Jerusalém será   perazot teshev, “campos habitados” (v.4b). “Campos” parece ser a melhor
tradução para  perazot, palavra hebraica que se refere ao mundo camponês! Precisamos
                                               
15
BOGGIO, Giovanni. Joel, Baruc, Abdias, Ageu, Zacarias, Malaquias –  Os últimos profetas. São Paulo:
Paulus, 1995, p.74-75 (Coleção Pequeno Comentário Bíblico. Antigo Testamento).
16
BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São
Paulo: Edições Vida Nova/Mundo Cristão, 1991, p.82. 8
entender que, a partir de 587 a.C., Judá foi desurbanizada. “Para a compreensão da história de
Israel e dos textos bíblicos, elaborados nesta época, é decisivo tomar em conta que de 587 até
450 Jerusalém não era uma cidade e que, a rigor, a vida urbana inexistia.”
17
O v.4b, portanto,
aludi a uma proposta: o mundo camponês habitaria no mundo citadino! A divisão entre cidade
e campo, as rixas entre esses dois setores,  eram muito  comuns no mundo do Antigo
Testamento.
18
A meu ver, o texto zacariano defende o fim dessas dissensões.
A glória do Senhor estaria no “meio” de Jerusalém (v.5), exatamente onde estavam os
“homens” e “animais” (v.4). A glória do Senhor se manifestaria quando Jerusalém não fosse
mais uma cidade caracterizada pela exploração ao campo! Por isso, os muros, que favoreciam
o processo de pauperização
19
, não poderiam ser reconstruídos.
A quarta visão (3.1-10) tematiza a purificação do sacerdócio, apesar da acusação de
Satan. Para alguns comentaristas, a acusação ao sacerdócio de Josué parece provir de grupos
sacerdotais que almejam conquistar o monopólio religioso em Jerusalém no período do pósexílio.
20
De qualquer forma, o texto alude à purificação do sacerdócio no contexto do pósexílio. Apesar de o sacerdócio ter se corrompido (Am 7.10s.), há uma esperança de que ele
seja restaurado e pautado nos valores do profetismo. Nesse contexto surge a promessa da
vinda de um “servo”, no fim do v.8: “Porque eis que farei vir o meu servo rebento”.  O
“servo”, ‘ebed, é cognominado de semah “rebento”, “broto”, “renovo”, “germe”. É um termo
messiânico (cf. Jr 23.5). O v.8 está relacionado com 6.12, onde lemos uma afirmação sobre
Zorababel. O v.9 menciona a “pedra”, e nela uma “inscrição”. Há uma grande discussão sobre
o significado da pedra. Seria um símbolo do Messias?
21
Seria pedra de arremate (4.7,9)? A
Bíblia de Jerusalém comenta: “Esta pedra única designa, sem dúvida, o templo. Os sete olhos
simbolizam a presença vigilante de Iahweh (4.10). A inscrição („consagrada a Iahweh) não foi
ainda gravada: a construção do Templo não foi concluída.”
22
Parece-me que a pedra simboliza
a  vigilância de Javé, por intermédio dos seus servos. Isso se explicitará na quinta visão
(compare 3.9 com 4.10, “sete olhos”).
                                               
17
SCHWANTES, Milton. Sofrimento e esperança no exílio: história e teologia do povo de Deus no século VI
a.C. São Paulo/São Leopoldo:  Paulinas/Sinodal, 1987, p.27-28 (Coleção Temas Bíblicos).
18
GOTTWALD, Norman Karl.  As tribos de Iahweh – Uma sociologia da religião de Israel liberto 1250-1050
a.C. São Paulo, Edições Paulinas, 1986, 932p. (Bíblia e Sociologia, 2).
19
CROATTO, José Severino. “A dívida na reforma social de Neemias – Um estudo de Neemias 5,1-19”. In:
Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla. Petrópolis: Vozes, nº 5-6, 1990, p.25-34.
20
AUNEAU, Joseph. O sacerdócio na Bíblia. Tradução Maria Cecília M. Duprat. São Paulo: Paulus, 1994,
p.43-44 (Cadernos Bíblicos, 61).  
21
Veja GRONINGEN, Gerhard van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento, p.831-832.
22
A Bíblia de Jerusalém, em nota de rodapé. 9
Fundamental nessa quarta visão são  o v.9b e o v.10. Alude-se  aí à remoção da
“iniquidade”. Na perspectiva de Zacarias, tempos de tranquilidade virão (v.10). Mas tal
tranquilidade não pode ser efetivada com os persas no controle. Portanto, à luz da primeira e
da segunda visões, parece-me que a remoção da “iniqüidade” é uma referência à queda do
imperialismo persa.
A quinta visão (4.1-14) mantém relação com a anterior. Pois a quarta visão terminou
com uma promessa à “terra” (3.9). A quinta visão também alude à “terra”, ou melhor, ao
“Senhor” da terra (4.10b, 14)! Ambas referem-se à reconstrução do templo (3.7, 9; cf.  4.8-
10). O verbo ‘md “estar de pé” foi decisivo na quarta visão. Da mesma forma a quinta visão
afirmará que Josué e Zorobabel “estão de pé diante do Senhor” (v.14). Mas, noutro aspecto, a
quarta visão é complementada pela quinta: aquela aludia a Josué; essa aludirá principalmente
a Zorobabel (v.6-10a). Portanto, o que há de inovador nessa quinta visão é a junção de dois
poderes: o sacerdotal e o real.
O centro da quinta visão são as duas oliveiras (4.3), que são identificadas com o
sacerdote Josué e com o governador Zorobabel (v.14). Ressalta-se que a pergunta do profeta,
no v.4, somente é respondida a partir do v.10b, após a palavra dirigida a Zorobabel (v.6-10a).
As duas oliveiras são identificadas com os “sete olhos de Javé, que percorrem toda a terra”.
Vejo aqui um contraponto à andança dos cavalos da primeira visão, os quais também andaram
por “toda terra”  (1.11). Aqueles simbolizavam o Império Persa. Aqui, na quinta visão, os
“olhos” simbolizam a presença de Javé, através dos seus “dois ungidos”.
O ponto culminante da quinta visão é  o v.14.  Lemos aí a superação definitiva do
império persa. O Senhor (’adon) de toda a terra não é o imperador persa, mas  é o Deus de
Judá! Na primeira visão quem percorria a terra eram os cavalos (1.7-11). Agora, não eles, mas
os “olhos de Javé” percorrem a terra (4.10b)! A presença de Javé suplanta  e substitui  a
presença persa! Ademais, parece que, à luz do v.12, essa presença de Javé seria mantida pelas
duas oliveiras. Através de Josué e Zorobabel, Deus está presente!
A sexta e a sétima visões (5.1-4 e 5.5-11) tratam de um mesmo assunto: a purificação
da terra (v.3, 6). Assim, elas mantêm a temática das visões anteriores (3.9; 4.14). Na sexta
visão o “rolo” parece ter certa relação com o livro de Ezequiel (Ez 2.10). Ele contém o
julgamento divino. O seu tamanho é igual a do pórtico do templo de Salomão (1Rs 6.3). O v.2
parece até comparar o “rolo” com o pórtico do templo. O v.3 explica o significado do rolo, e
também aponta para onde ele vai: “esta é a maldição que avança contra a superfície de toda a 10
terra”. Deste modo, o rolo é a maldição. Ele parece provir do templo, mas sai dele, e “avança”
contra “toda a terra”. A palavra  ’alâ, “maldição”,  é usada  no AT  em relação  à quebra da
aliança (Gn 24.41; Dt 28; 29.11). Sim, a aliança foi quebrada pelo “ladrão” e por “aquele que
jura falsamente”. Assim, a visão sinaliza a situação de injustiça da época de Zacarias: o roubo
(Ex 20.15) e o julgamento mentiroso (Ex 20.7).
A sexta visão afirma a destruição da “casa” daqueles que violam a aliança. A sétima
(5.5-11), por sua vez, aludi à construção de uma “casa”, local de habitação da iniquidade
(5.11). Mas há relação entre essas visões. A sexta referiu-se à expulsão daqueles que quebram
a aliança. A maldade seria extinta da terra. A sétima visão parece continuar essa temática,
pois anuncia a saída da maldade (a mulher na efa) da terra de Judá para a “terra de Senaar”
(v.11  – Babilônia). Portanto, à semelhança das visões anteriores, a sétima visão  continua a
aludir à “terra”. Em 5.8 lemos que a mulher no cesto simboliza a “iniquidade”. Mas na última
frase de 5.6 também lemos uma designação a ela: “isto
23
é o olho deles
24
em toda a terra.”  A
palavra hebraica  ‘enam “seus olhos” foi traduzida pelo grego como “sua iniquidade”,
propondo então o hebraico ‘azonam.
25
Mas a frase hebraica no Texto Massorético parece ser
uma referência à forte inspeção persa “sobre terra”. A meu ver, “seus olhos” é uma referência
aos inspetores persas, os sátrapas. Eles eram o “olho” do imperador persa!  Assim, essa sétima
visão alude ao livramento da terra de Judá dos olhos dos persas.
A oitava visão (6.1-8) alude a uma nova inspeção, diferente  daquela referida na
primeira visão (1.8-11). Os carros desta última visão vão resgatar aqueles que foram dispersos
pelo imperialismo. Na primeira visão, os três cavalos simbolizavam a manutenção do império
persa através dos sátrapas. Nessa última visão, a andança dos carros visa buscar a comunidade
que foi dispersa pelo imperialismo das nações poderosas. Em 6.7 lemos sobre o domínio do
Senhor Deus sobre a terra. O Império Persa é superado. Assim, a  andança dos carros nesta
última visão (6.7) contrapõe-se à andança dos cavalos da primeira visão (1.10). Portanto, essa
oitava visão não é paralela à primeira, como querem ver alguns comentaristas.
A reconstrução do templo é novamente tematizada em 6.9-15, após a última visão.
Muitos estudiosos interpretaram esses versos como uma evidência de que havia uma grande
tensão entre grupos reais (adeptos à monarquia judaíta) e sacerdotais no período Persa. Nesta
                                               
23
O hebraico zo’th (adjetivo feminino) e ‘ayin são singulares, respectivamente “esta” e “olho”.
24
Para uma melhor tradução em português,  a palavra “olho” deveria estar no plural, para concordar com o
pronome plural “deles”. Entretanto, mantive uma tradução literal do hebraico: ‘ayin (“olho”), no singular, com o
sufixo no plural, “deles”.
25
Bíblia Hebraica Stuttgartensia, Stuttgart, Deutsche Bibelgesellschalft, 1997, in loc. 11
perspectiva, o sacerdócio supera o davidismo real, sobretudo devido ao desaparecimento de
Zorobabel (descendente de Davi) da história judaíta no pós-exílio. Então, em Zc 6.11, onde
lemos uma alusão à coroação do sumo-sacerdote Josué, na verdade seria originalmente uma
alusão a Zorobabel.
26
No entanto, isso é questionável. Como demonstrou recentemente Mark
J. Boda, Zacarias dialoga com as grandes tradições da história de Judá, a tradição sacerdotal e
real; o texto zacariano dialoga também com a tradição profética.
27
Portanto, mesmo que  o
v.11 aluda a Josué, o v.12 não se refere mais a ele. Se a fala do v.11 foi dirigida a Josué, a fala
do v.12 começa com as palavras “Eis aqui um homem". Quando esta frase aparece na Bíblia
Hebraica, ela não se dirige ao que foi aludido anteriormente, mas a um terceiro que pode estar
se aproximando de longe (2Sm 18:26), ou que pode estar presente na cena (1 Sam 9:17), ou
ainda que pode estar ausente, mas acessível (1Sam 9.6).
28
Assim,  o  semah  (“renovo”
“rebento”, “broto”, “germe”) não pode ser Josué. O semah é alguém que está em cena (“Eis
aqui um homem”). Em 3.8 já lemos uma referência ao “renovo”. Joyce G. Baldwin afirma
que essas palavras de Zacarias aplicam-se Zorobabel, pois “seu nome significa „Renovo da
Babilônia”, e não há dúvida de que ele edificou o templo (4.9)”
29
.
Mas, a última frase de Zc 3.8 alude ao futuro! Assim, ainda que a concepção
messiânica tenha uma aplicação histórica à pessoa  de Zorobabel, ela ultrapassa o horizonte
histórico de Zacarias.    Concordando com isso,  Alonso Schökel  afirma: “Num horizonte
histórico, o Germe é Zorobabel (6.12). Num horizonte escatológico, o Germe será o Messias.
Assim o chefe histórico é reduzido a elo de uma corrente secular, e a profecia se projeta para
um futuro definitivo.”
30
Baldwin afirma que os ouvintes de Zacarias “estavam preparados
para as funções sacerdotais e reais do Renovo, vendo que Josué e Zorobabel contribuíam para
a vinda do Renovo, já que nenhum dos dois o representava completamente, sozinho.”
31
E, para que tudo isso acontecesse, o povo de Deus deveria fugir da “terra do norte”
(Babilônia, cf. 2.6; 6-1-15). Essa perspectiva da volta imediata da comunidade judaíta deve
ter um grande peso na afirmação de nossa pesquisa: as oito visões de Zacarias pronunciam
acontecimentos que teriam seus inícios na época do profeta. Nessa perspectiva está o
messianismo em Zacarias 1-6.
                                               
26
Veja a nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém.
27
BODA, Mark J. “Oil, Crowns and Thrones: Prophet, Priest and King in Zechariah 1:7-6:15”. In: Journal of
Hebrew Scriptures. National Library of Canada, volume 3, article 10, 2001, p.1-36. www.purl.org/jhs, acessado
em 10.05.08.
28
BODA, Mark J. “Oil, Crowns and Thrones: Prophet, Priest and King in Zechariah 1:7-6:15”, p.16.
29
Veja BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias, p.109.
30
Bíblia do Peregrino, em nota de rodapé.
31
BALDWIN, J. G. Ageu, Zacarias e Malaquias, p.109-110. 12
Conclusão
As oito visões aludem à época pós-exílica. A partir daí, começaria uma nova era, que
claramente não se restringia somente à era do profeta. Lembremos: a igreja é a comunidade
do pós-exílio. Assim os profetas tinham razão em relacionar o advento do novo Davi com o
exílio babilônico (Jr 23.5-6, 7-8)! Dessa forma, Zacarias prevê um tempo que começaria em
sua época, mas que seria cumprido plenamente num outro momento. E, nas palavras de Jesus,
sabemos sobre esse cumprimento: “O tempo está cumprido” (Mc 1.15). De fato, a promessa
de  Zc 2.10, da morada de  Deus  com o seu povo, se cumpre em Cristo (Jo 1.14).  Nisso
concordo com Calvino:  “o livramento do exílio babilônico era uma espécie de prelúdio à
gloriosa redenção que foi trazida a nós e a nossos pais pelas mãos de Cristo”
32
Mas, a meu
ver, de acordo com as visões zacarianas, a  „redenção‟ é o livramento da opressão de um
império opressor. É justamente na perspectiva da queda do imperialismo persa que Zacarias
anuncia a vinda do Messias.
As implicações da mensagem de Zacarias se estendem à era da Igreja, a comunidade
do Messias pobre que viveu com os pobres. Sem dúvida, uma simples leitura nos Evangelhos
demonstra que Cristo se marginalizou com os marginalizados, questionou os ícones religiosos
e políticos de sua época, que contribuíam para a injustiça e à opressão. Esse questionamento
deve ecoar nos lábios na Igreja atual, também.

FONTE: http://www.revistaancora.com.br

O Compromisso do Povo da Aliança - Lição 11 - Ageu


Ageu [[Nascido Numa] Festividade].

Profeta hebreu, que estava em Judá e Jerusalém durante a governança de Zorobabel, no reino do rei persa Dario Histaspes. — Ag 1:1; 2:1, 10, 20; Esd 5:1, 2.
A tradição judaica sustenta que Ageu era membro da Grande Sinagoga. À base de Ageu 2:10-19, sugeriu-se que ele talvez tenha sido sacerdote. Seu nome aparece junto com o do profeta Zacarias nos cabeçalhos do Salmo 111 (112) na Vulgata latina, dos Salmos 125 e 126 na Pesito siríaca; do 145 na Septuaginta grega, na Pesito e na Vulgata; e 146, 147 e 148 na Septuaginta e na Pesito. É provável que Ageu tenha nascido em Babilônia e que se tenha juntado a Zorobabel e ao restante judaico no retorno destes a Jerusalém, em 537 AEC. Mas pouco se sabe realmente sobre Ageu, pois as Escrituras não revelam a ascendência, a tribo, e assim por diante, do profeta.
Ageu tornou-se o primeiro profeta pós-exílico, e a ele se juntou Zacarias cerca de dois meses depois. (Ag 1:1; Za 1:1) A interrupção da construção do templo havia sido precipitada pela oposição inimiga, mas se estendeu por alguns anos por causa da apatia dos judeus e do seu empenho egoísta por interesses pessoais. Ageu avivou o zelo dos exilados judeus repatriados para que reiniciassem a construção do templo. (Esd 3:10-13; 4:1-24; Ag 1:4) Quatro mensagens dadas por Deus, proferidas por Ageu durante um período de cerca de quatro meses, no segundo ano de Dario Histaspes (520 AEC), e registradas pelo profeta no livro bíblico de Ageu, foram especialmente eficazes em inicialmente mover os judeus a reiniciar a obra de construção do templo. (Ag 1:1; 2:1, 10, 20) Ageu e Zacarias continuaram a instar com eles para que executassem tal obra até o templo ser concluído no sexto ano de Dario, em 515 AEC. — Esd 5:1, 2; 6:14, 15.


Ageu [[Nascido Numa] Festividade].

Profeta hebreu, que estava em Judá e Jerusalém durante a governança de Zorobabel, no reino do rei persa Dario Histaspes. — Ag 1:1; 2:1, 10, 20; Esd 5:1, 2.
A tradição judaica sustenta que Ageu era membro da Grande Sinagoga. À base de Ageu 2:10-19, sugeriu-se que ele talvez tenha sido sacerdote. Seu nome aparece junto com o do profeta Zacarias nos cabeçalhos do Salmo 111 (112) na Vulgata latina, dos Salmos 125 e 126 na Pesito siríaca; do 145 na Septuaginta grega, na Pesito e na Vulgata; e 146, 147 e 148 na Septuaginta e na Pesito. É provável que Ageu tenha nascido em Babilônia e que se tenha juntado a Zorobabel e ao restante judaico no retorno destes a Jerusalém, em 537 AEC. Mas pouco se sabe realmente sobre Ageu, pois as Escrituras não revelam a ascendência, a tribo, e assim por diante, do profeta.
Ageu tornou-se o primeiro profeta pós-exílico, e a ele se juntou Zacarias cerca de dois meses depois. (Ag 1:1; Za 1:1) A interrupção da construção do templo havia sido precipitada pela oposição inimiga, mas se estendeu por alguns anos por causa da apatia dos judeus e do seu empenho egoísta por interesses pessoais. Ageu avivou o zelo dos exilados judeus repatriados para que reiniciassem a construção do templo. (Esd 3:10-13; 4:1-24; Ag 1:4) Quatro mensagens dadas por Deus, proferidas por Ageu durante um período de cerca de quatro meses, no segundo ano de Dario Histaspes (520 AEC), e registradas pelo profeta no livro bíblico de Ageu, foram especialmente eficazes em inicialmente mover os judeus a reiniciar a obra de construção do templo. (Ag 1:1; 2:1, 10, 20) Ageu e Zacarias continuaram a instar com eles para que executassem tal obra até o templo ser concluído no sexto ano de Dario, em 515 AEC. — Esd 5:1, 2; 6:14, 15.

Sofonias - O Juízo Vindouro - Lição 10


LIVRO DE SOFONIAS
AUTOR. Foi evidentemente um descendente direto do rei Ezequias, 1:1.
Profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá, 1:1.
Crê-se que pronunciou sua profecia por volta do início do reinado de Josias, antes do avivamento religioso que se estendeu sobre o reino nesse período.
A tradição diz que Sofonias estava associado com Hulda, a profetisa, e com Jeremias no início da reforma do reino.
TEMA PRINCIPAL. Os perscrutadores juízos de Deus.
TEXTO CHAVE, 1:12.
CONTEÚDO. O livro é extremamente sombrio em sua linguagem, e está cheio de ameaças e denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens no último capítulo, e o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus se converterão em um louvor entre todas as nações da terra.
SINOPSE
(1) O anúncio dos juízos vindouros sobre Judá, cap. 1.
(2) O chamado ao arrependimento, 2:1-3.
(3) Ameaças de juízo sobre as nações vizinhas, 2:4-15.
(4) O profeta pronuncia um ai sobre os pecadores de Jerusalém devido à sua corrupção e à cegueira espiritual ao continuar em sua maldade, apesar de todos os juízos executados nas nações pagãs, 3:1-8.
(5) Prediz-se um juízo universal, do qual só escapa um remanescente piedoso, 3:8-13.
(6) A futura glória de Israel, quando o Senhor libertar o seu povo e o fizer famoso em toda a terra, 3:14-20.





LIVRO DE SOFONIAS
AUTOR. Foi evidentemente um descendente direto do rei Ezequias, 1:1.
Profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá, 1:1.
Crê-se que pronunciou sua profecia por volta do início do reinado de Josias, antes do avivamento religioso que se estendeu sobre o reino nesse período.
A tradição diz que Sofonias estava associado com Hulda, a profetisa, e com Jeremias no início da reforma do reino.
TEMA PRINCIPAL. Os perscrutadores juízos de Deus.
TEXTO CHAVE, 1:12.
CONTEÚDO. O livro é extremamente sombrio em sua linguagem, e está cheio de ameaças e denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens no último capítulo, e o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus se converterão em um louvor entre todas as nações da terra.
SINOPSE
(1) O anúncio dos juízos vindouros sobre Judá, cap. 1.
(2) O chamado ao arrependimento, 2:1-3.
(3) Ameaças de juízo sobre as nações vizinhas, 2:4-15.
(4) O profeta pronuncia um ai sobre os pecadores de Jerusalém devido à sua corrupção e à cegueira espiritual ao continuar em sua maldade, apesar de todos os juízos executados nas nações pagãs, 3:1-8.
(5) Prediz-se um juízo universal, do qual só escapa um remanescente piedoso, 3:8-13.
(6) A futura glória de Israel, quando o Senhor libertar o seu povo e o fizer famoso em toda a terra, 3:14-20.




 
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