Muito abalados, amigos e parentes não quiseram
falar com a imprensa.
Funcionária da clínica, detida nesta terça, será indiciada.
Funcionária da clínica, detida nesta terça, será indiciada.
A funcionária da clínica, localizada no bairro
Sapê, será indiciada pelo crime de aborto,
segundo informou a Polícia Civil. Ela foi detida na manhã desta terça-feira
(23) durante operação da Divisão de Homicídios (DH) de Niterói. Os agentes
localizaram a casa, na Rua Silvino Pinto, onde funcionaria a clínica. De
acordo com o delegado Adilson Palácio, há indícios de que o aborto tenha sido
realizado lá.
No local, os policiais recolheram medicamentos
(alguns de uso veterinário), ataduras, material para desinfecção, além de um
computador. Os remédios serão encaminhados à perícia. Foi apreendida
ainda uma agenda que, segundo o delegado, continha informações
que podem ajudar na investigação.
As duas mulheres suspeitas, que teriam participado
do aborto e seriam mãe e filha, não foram encontradas no local. Elas não
são consideradas foragidas pois não há mandado de prisão expedido pela Justiça.
De acordo com a polícia, o nome de uma delas é Lígia. A casa foi lacrada pela
polícia e, segundo agentes, vizinhos não relataram movimentação
"estranha" no imóvel.
Elizângela, de 32 anos, tinha três filhos. Meses
antes de se submeter à cirurgia, a vítima teria ingerido remédios abortivos,
segundo o delegado Adilson Palácio, da DH de Niterói. A polícia informou ainda
que já tem os nomes de pessoas que teriam envolvimento na morte de
Elizângela.
"Ela tentou realizar o aborto através de
medicações, mas não teve sucesso. A gravidez teve progressão e ela quis fazer o
procedimento médico", afirmou o delegado. Este é o segundo caso em
menos de um mês que a polícia investiga sobre crimes praticados em clínicas
clandestinas na Região Metropolitana do Rio. No dia 26 de julho, Jandira Magalena dos Santos desapareceu após se submeter
a um aborto em uma clínica clandestina em Campo
Grande, na Zona Oeste da capital.
Mulher foi
deixada em hospital
A DH de Niterói investiga se é verdadeira a informação de que pessoas, não identificadas, pararam o motorista do carro que transportava Elizângela na Estrada de Ititioca, que é cercada por favelas. Na delegacia, o motorista contou que foi obrigado a deixar a mulher no Hospital Estadual Azevedo Lima. Duas mulheres também teriam entrado no carro. A dona de casa morreu minutos depois de chegar ao hospital. Na necropsia, legistas encontraram um tubo plástico no útero dela.
A DH de Niterói investiga se é verdadeira a informação de que pessoas, não identificadas, pararam o motorista do carro que transportava Elizângela na Estrada de Ititioca, que é cercada por favelas. Na delegacia, o motorista contou que foi obrigado a deixar a mulher no Hospital Estadual Azevedo Lima. Duas mulheres também teriam entrado no carro. A dona de casa morreu minutos depois de chegar ao hospital. Na necropsia, legistas encontraram um tubo plástico no útero dela.
Elizângela foi vista pela última vez na manhã de
sábado (20), quando o marido a deixou na Estrada da Tenda, no bairro Engenho
Pequeno, na periferia de São Gonçalo. Segundo o marido, nesse local, ela se
encontrou com um homem que a levaria a uma clínica de aborto. Na bolsa, ela
levava R$ 2,8 mil para pagar o procedimento.
Elizângela estava grávida de cinco meses e não
queria a criança. Ela e o marido trocaram quatro mensagens pelo celular entre
sábado e domingo.
Fonte-G1
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