Revista Adultos 4° trimestre 2023

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Naum - O Limite da Tolerância Divina - Lição 8


Estudo do livro de Naum
Deus esqueceu de fazer justiça?

O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso;
o Senhor não deixará impune o culpado.
O seu caminho está no vendaval e na tempestade,
e as nuvens são a poeira de seus pés. (Naum 1.3)

Naum significa Zeloso: Hebraico qanno’ – 1:2 – relaciona-se à palavra raiz que pode significar “ser ávido, zeloso por” (I Rs. 19:10, 14). Um dos nomes de Deus é Zeloso (Ex. 34:14). Quando a expressão “o Senhor vosso Deus é um Deus zeloso” é usada no Antigo Testamento, ela está geralmente associada com uma injunção contra adoração idólatra (Ex. 20:5; Dt. 4:24; 4:9; 6:15). O zelo de Deus por seu povo é uma reivindicação de fidelidade exclusiva fundamentada em sua santidade (Js. 24:19) e Seu papel como Criador e Redentor deles (Sl. 95:6, 7; 96:2-5). Tendemos a associar zeloso com uma emoção egoísta que geralmente resulta em sentimentos de fraqueza. O zelo de Deus, em contraste, procede de sua santidade. Porque Deus somente é o Santo (ver Is. 6:3; 40:25), Ele não tolerará rivais (Ex. 20:5) .

TÍTULO

O título do livro é tomado do oráculo do profeta de Deus contra Nínive, a capital da Assíria. Naum significa “conforto” ou “consolação” e é uma forma resumida de Neemias (“conforto de Jeová”). Naum não é citado no Novo Testamento, embora possa haver alusão a 1:15 em Romanos 10:15 ( Is. 52:7).

AUTOR E DATA

A importância dos escritos dos profetas não está na vida pessoal deles, mas sim em sua mensagem. Assim, informação de pano de fundo sobre o profeta, dentro da própria profecia, é algo raro. Ocasionalmente um dos livros históricos lançará luz adicional. No caso de Naum, nada é fornecido, exceto que ele era um elcosita (1:1), referindo-se ao lugar do seu nascimento ou ministério. Tentativas de identificar a localização de Elcos têm sido mal sucedidas. Sugestões incluem Al Qosh, situada ao norte do Iraque (assim, Naum teria sido um descendente dos exilados levados para a Assíria em 722 a.C.), Cafarnaum (“cidade de Naum”), ou uma localização ao sul de Judá (1:15). Sua terra natal não é importante para a interpretação do livro. Sem menção de qualquer rei na introdução, a data da profecia de Naum deve ser indicada pelo registro histórico. A mensagem de julgamento contra Nínive retrata uma nação forte, sugerindo um tempo não somente antes da sua queda em 612 a.C., mas também provavelmente após a morte de Assurbanípal em 626 a.C., após o que o poder da Assíria caiu rapidamente. A menção que Naum faz da queda de Nó-Amon, também chamada de Tebes (3:8-10), em 663 a.C. (nas mãos de Assurbanípal), parece estar recente na mente dos seus ouvintes e não há nenhuma menção da reascensão que ocorreu dez anos mais tarde, sugerindo uma data em meados do sétimo século a.C., durante o reinado de Manassés (cerca de 695-642 a.C.; cf. 2 Reis 21:1-18).

CRISTO EM… NAUM

O retrato dos atributos de Deus em Naum também descreve a pessoa de Cristo em Sua vinda futura. Cristo veio primeiro à Terra como o Messias prometido, atraindo para Si os fiéis. Naum retrata a proteção dos fiéis por Deus revelando o seguinte: “O SENHOR é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia” (1:7). Contudo, a segunda vinda de Cristo trará julgamento, visto que Cristo “toma vingança contra os seus adversários” (1:7).

PANO DE FUNDO E CENÁRIO

Um século após Nínive se arrepender mediante a pregação de Jonas, ela retornou à idolatria, violência e arrogância (3:1-4). A Assíria estava no auge do seu poder, tendo se recuperado da morte de Senaqueribe (701 a.C.) em Jerusalém (Is. 37:36-38). Suas fronteiras se estendiam por todo o Egito. Esar-Hadom tinha recentemente transportado o povo conquistado para Samaria e Galiléia em 670 a.C. (cf. 2 Reis 17:24; Esdras 4:2), deixando a Síria e Palestina muito fracas. Mas Deus colocou Nínive debaixo do poder ascendente de Nabopolasar, rei da Babilônia, e do seu filho, Nabucodonosor (cerca de 612 a.C.). A morte da Assíria se mostrou exatamente como Deus tinha profetizado.

POVO-CHAVE EM NAUM

O povo de Nínive – Os assírios que retornaram ao mal e estavam destinados à destruição (2:1 – 3:19).

TEMAS HISTÓRICOS E TEOLÓGICOS

Naum forma uma seqüência ao livro de Jonas, que profetizou aproximadamente um século antes. Jonas reconta a remissão do julgamento prometido para com Nínive, enquanto Naum descreve o último julgamento de Deus. Nínive estava orgulhosa de sua cidade invulnerável, com seus muros alcançando 30 metros de altura, 45 metros de largura e 18 metros de profundidade; mas Naum estabeleceu o fato que o Deus soberano (1:2-5) traria vingança sobre aqueles que violavam Sua lei (1:8,14; 3:5-7). A profecia trouxe conforto a Judá e a todos que temiam os cruéis assírios. Naum disse que Nínive terminaria “com uma inundação transbordante” (1:8); e isso aconteceu quando o Rio Tigre transbordou e destruiu o suficiente das paredes para deixar os babilônios entrar. Naum também predisse que a cidade seria escondida (3:11). Após sua destruição em 612 a.C., o lugar não foi descoberto até 1842 d.C.

DOUTRINAS-CHAVE EM NAUM

O julgamento de Deus – o Deus soberano traria vingança sobre aqueles que violavam Sua lei (1:8, 14; 3:5-7; Ex. 20:5; Dt. 28:41; Jó 12:23; Ez. 39:23; Joel 3:19; Amós 3:6; Atos 17:31; Rm. 2:16; Ap. 6:17)

A bondade amorosa de Deus para com os fiéis (1:7, 12, 13, 15, 2:2; Nm. 6:22-27; Sl. 46:1; Is. 33:2-4; 37:3-7, 29-38; Mt. 11:28, 29; 19:13, 14; 2Tm. 2:24; Tito 3:4; 1 João 4:11)

O CARÁTER DE DEUS EM NAUM

 Deus é bom – 1:7
 Deus é zeloso – 1:2
 Deus é poderoso – 1:3
 Deus é providente – 1:4
 Deus é soberano – 1:2-5
 Deus se ira – 1:2, 3, 6



DESAFIOS DE INTERPRETAÇÃO

À parte da identidade incerta de Elcos (cf. Autor e Data), a profecia não apresenta nenhuma dificuldade de interpretação. O livro é um anúncio profético direto de julgamento contra a Assíria e sua capital Nínive, pelas suas atrocidades cruéis e práticas idólatras.

ESBOÇO

I. Sobrescrito (1:1)

II. Destruição de Nínive Declarada (1:2-15)

A. O Poder de Deus Ilustrado (1:2-8)
B. O Castigo de Deus Declarado (1:9-15)

III. Destruição de Nínive Detalhada (2:1-13)

A. A Cidade é Assaltada (2:1-10)
B. A Cidade é Arruinada (2:11-13)

IV. Destruição de Nínive Demandada (3:1-19)

A. A Primeira Acusação (3:1-3)
B. A Segunda Acusação (3:4-7)
C. A Terceira Acusação (3:8-19)
http://ronaldsiqueiracardoso.blogspot.com.br

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