
Salmos 116.15 afirma que “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos“. Que coisa estupenda! Já parou para pensar no sentido dessa frase? Quando um salvo deixa seu corpo e dá o passo dentro da eternidade, Deus considera isso algo precioso. O que é sinônimo de “valioso”, talvez “importante”. Então o ser humano que viveu com Cristo morrerá em Cristo. E Deus verá isso como algo de grande valor. Uma preciosidade. Fico imaginando uma morte daquelas que consideramos das mais trágicas – para usar o exemplo, um acidente de avião. Todos choramos, nos entristecemos, nos abatemos. Que morte horrível! Trágica! Mas já parou para pensar como isso funciona para o cristão que morreu dessa maneira?
Bem, eu admito: nunca morri antes. Então o que vou dizer agora não é fruto de experiência. Mas a Palavra de Deus dá tantas informações sobre como se processa esse fenômeno que podemos imaginar com uma certa razoabilidade. Então acredito que seja mais ou menos assim: estamos sentados na poltrona do avião quando, de repente, algo ocorre. Seja lá o que for, qualquer rasguinho na fuselagem causa uma despressurização que, em alguns segundos, no máximo, lhe leva a desmaiar. Vamos supor que o avião caia. Seu corpo deixa de ter as funções necessárias para a vida terrena e seu espírito é ejetado dele para a dimensão da eternidade.

Que promessa! Que espetáculo! É enfim a concretização da esperança que nos acompanhou por toda nossa vida cristã! Deixamos de ver por espelho e contemplamos face a face o que é perfeito! Entramos na dimensão da presença palpável de Pai, Filho e Espírito Santo! Imagino que poderemos abraçar os anjos, conhecer enfim aqueles dentre eles que durante nosso bom combate acamparam ao nosso redor e nos protegeram, como diz Salmos 91.11: “Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos“. Sim, conheceremos enfim esses amigos invisíveis que tanto nos ajudaram sem que nem soubéssemos! E mais: reencontraremos os nossos parentes e amigos mortos em Cristo e de quem sentimos saudade por tanto tempo! Que grande festa! Que alegria! Passados os primeiros momentos de celebração e novidade dessa nova realidade nos incorporaremos na rotina das esferas celestiais.

E estaríamos presentes quando ocorresse o descrito em Apocalipse 7.9: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!“. E nós estaremos ali, como testemunhas oculares de tudo isso. Que extraordinário…

Incomparavelmente melhor. Você consegue alcançar a amplidão dessa expressão? Significa que aquele passo que daremos para fora do corpo não tem nível de comparação com o que vivemos hoje. E o mais fantástico: para melhor. Ou seja: o que o homem que Deus permitiu ver o que existe naquele estado que chamamos de “morte” afirma é: o que existe ali é tão, mas tão melhor do que aquilo que vivemos nesta terra que é impossível comparar. E as promessas para o porvir dos salvos não param por aí: “Todavia, como está escrito: ‘Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam’.” (1 Coríntios 2.9)

Se existir um pingo de dúvida acerca do que a Bíblia afirma existir na vida após a morte, temeremos. Já ouvi cristãos dizerem “não tenho medo da morte, mas de sofrer na hora da morte”. Bem, mas nossa vida não é um oceano de sofrimentos? Acordar de manhã não é garantia de que vamos sofrer muitas vezes até nos deitarmos para dormir à noite? Sofremos dores físicas, psicológicas, emocionais, inseguranças, medos, dúvidas… viver é sofrer. Então… medo de morrer por causa do sofrimento que pode haver no instante de dar esse passo para “o tabernáculo de Deus com os homens“, onde, segundo Apocalipse 21, “Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram“? É preferível permanecer?
Sim, medo de sofrer. Mas é um medo que ocorre em quem nunca leu com atenção Romanos 8.18 e introjetou a ferro e fogo em sua alma o que essa passagem nos promete claramente: “Os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós“. Como temer o além-vida se cremos nisso?
A morte para o salvo não é nossa inimiga. É nossa libertadora. É uma amiga que nos tomará pela mão e nos conduzirá até o descanso. Até a meta. Até o porto seguro. Até Jesus Cristo, nosso amigo. Ao lado de quem viveremos pelos séculos dos séculos – em paz.
E é essa paz que desejo a todos vocês que estão em Cristo. A paz eterna.
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fonte : http://apenas1.wordpress.com/
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