Revista Adultos 4° trimestre 2023

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'Irmã Zuleide' é detida em Santos



DJ utilizava foto de professora de Campinas para satirizar evangélicos.
Perfil da 'Irmã Zuleide' possui 2,1 milhões de fãs em rede social.

Do G1 Santos

Irmã Zuleide (Foto: Reprodução / Facebook)Ilustração da Irmã Zuleide utilizada no Facebook
(Foto: Reprodução / Facebook)
O DJ Álvaro Oliveira Rodrigues, de 30 anos, responsável pelo famoso perfil 'Irmã Zuleide' nas redes sociais, foi detido durante a madrugada do último domingo (27) emSantos, no litoral de São Paulo. Rodrigues assinou um termo circunstanciado e foi liberado em seguida, mas responderá por constrangimento, injúria e difamação.
Com cerca de 2,1 milhões de seguidores no Facebook, o perfil da Irmã Zuleide, que utiliza um tom cômico para tratar assuntos do cotidiano, é uma febre na internet há quase dois anos. A polícia começou a investigar o DJ porque a foto utilizado no perfil é, na verdade, de uma professora de Campinas, que afirma sofrer vários transtornos com a situação.
Ainda em 2011, a professora, que preferiu não se identificar, não conhecia o perfil que utilizava sua foto, até que uma colega da escola mostrou a página para ela. Assim que soube da situação, a vítima mandou algumas fotos para a polícia com o objetivo de remover todo o conteúdo da internet. Segundo a professora, o constrangimento causado pelo perfil fez com que ela virasse motivo de chacota na cidade onde mora.

Segundo a polícia, quando os policiais entraram na boate, Rodrigues não estava caracterizado como 'Irmã Zuleide', mas foi encontrado e detido. O DJ é natural do Rio Grande do Norte e confessou ser o autor do personagem. Em depoimento, ele disse que sua intenção era satirizar uma igreja evangélica e ironizar seus seguidores. Segundo ele, a foto da professora foi achada em uma pesquisa aleatória feita por um buscador.
Após vários meses de investigação, um advogado da vítima descobriu que o dono da página faria um show em uma casa noturna do Centro de Santos. Sabendo disso, a professora seguiu para a Baixada Santista, acompanhada do advogado, e procurou o 1º Distrito Policial da Cidade, que começou a investigar o caso.
fonte G1


DJ utilizava foto de professora de Campinas para satirizar evangélicos.
Perfil da 'Irmã Zuleide' possui 2,1 milhões de fãs em rede social.

Do G1 Santos

Irmã Zuleide (Foto: Reprodução / Facebook)Ilustração da Irmã Zuleide utilizada no Facebook
(Foto: Reprodução / Facebook)
O DJ Álvaro Oliveira Rodrigues, de 30 anos, responsável pelo famoso perfil 'Irmã Zuleide' nas redes sociais, foi detido durante a madrugada do último domingo (27) emSantos, no litoral de São Paulo. Rodrigues assinou um termo circunstanciado e foi liberado em seguida, mas responderá por constrangimento, injúria e difamação.
Com cerca de 2,1 milhões de seguidores no Facebook, o perfil da Irmã Zuleide, que utiliza um tom cômico para tratar assuntos do cotidiano, é uma febre na internet há quase dois anos. A polícia começou a investigar o DJ porque a foto utilizado no perfil é, na verdade, de uma professora de Campinas, que afirma sofrer vários transtornos com a situação.
Ainda em 2011, a professora, que preferiu não se identificar, não conhecia o perfil que utilizava sua foto, até que uma colega da escola mostrou a página para ela. Assim que soube da situação, a vítima mandou algumas fotos para a polícia com o objetivo de remover todo o conteúdo da internet. Segundo a professora, o constrangimento causado pelo perfil fez com que ela virasse motivo de chacota na cidade onde mora.

Segundo a polícia, quando os policiais entraram na boate, Rodrigues não estava caracterizado como 'Irmã Zuleide', mas foi encontrado e detido. O DJ é natural do Rio Grande do Norte e confessou ser o autor do personagem. Em depoimento, ele disse que sua intenção era satirizar uma igreja evangélica e ironizar seus seguidores. Segundo ele, a foto da professora foi achada em uma pesquisa aleatória feita por um buscador.
Após vários meses de investigação, um advogado da vítima descobriu que o dono da página faria um show em uma casa noturna do Centro de Santos. Sabendo disso, a professora seguiu para a Baixada Santista, acompanhada do advogado, e procurou o 1º Distrito Policial da Cidade, que começou a investigar o caso.
fonte G1

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Foto: ENCOMENDAS AQUI PELO FACE.
ENVIAMOS PELOS CORREIOS


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Se Deus sabe de tudo, porque orar?


Continuação das perguntas feitas no livro 'The necessity of atheism', de Percy Bysshe Shelley. 
Primeira parte está aqui.

Pergunta: Se ele sabe de tudo, por que precisamos informá-lo de nossas necessidades
 e aborrecê-lo com orações?

Deus nos criou originalmente para mantermos uma comunhão especial com Ele e entre nós mesmos.
 Esta comunhão era plena antes do pecado do primeiro homem, Adão, ainda lá no Jardim do Éden.
 Depois da queda, o homem a perdeu contato com o Criador, e somente se Ele viesse ao nosso 
encontro, tal religação seria possível.

Deus Pai se aproximou do homem através de visões, de sonhos, de manifestações físicas de Sua
 presença, através de anjos, através dos profetas, através da Palavra escrita e através de Jesus.
 Em todas estas manifestações, Deus quis criar um novo relacionamento conosco; e o homem 
convertido, então, se comunicou com Deus. Toda e qualquer comunicação com Deus é uma 
forma de oração. Orar não é, como alguns pensam, 'bajular' Deus para conseguir alguma coisa.
 É se relacionar com o Pai Celestial. Eu não consigo imaginar como manter uma comunhão com
 meus pais terrenos, ou com minha esposa, por exemplo, sem conversar com eles. Eles até 
poderiam saber o que eu quero e o que eu gosto, mas creio que isto não substituiria um diálogo 
com eles sobre as minhas expectativas.

A oração, portanto, é uma forma de manter o nosso relacionamento com o Senhor ativo; Deus
 fala através da Palavra, sinais, sonhos, visões. A medida que nossa vida espiritual se desenvolve,
 mais oramos. Orar não é um peso; a não ser que você se considere tão autosuficiente para achar
 chato qualquer necessidade de diálogo. Nós não 'aborrecemos' a Deus quando oramos; é uma 
ordem dEle que façamos isto, segundo Filipenses 4:6-7. Ela até mesmo é uma forma de servir
 (Lucas 2:36-38). Orar é uma forma de dizer ao Pai que confiamos nas Suas palavras, pois muito
 do que pedimos está baseado naquilo que Ele mesmo nos prometeu. Mesmo Jesus orou; e se o
 Filho de Deus o fez, é porque é o certo a ser feito. Deus sabe o que vamos pedir. Ele concede
 muito mais do que pedimos segundo a vontade dEle (1 João 5.15). Mas se não oramos,
 demonstramos, acima de tudo, falta de fé. Até mesmo aquela fé que crê que o Senhor 
estará ouvindo (1 João 5.14). E sem fé, é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6).

fonte: liberdadeepensar.blogspot.com

Continuação das perguntas feitas no livro 'The necessity of atheism', de Percy Bysshe Shelley. 
Primeira parte está aqui.

Pergunta: Se ele sabe de tudo, por que precisamos informá-lo de nossas necessidades
 e aborrecê-lo com orações?

Deus nos criou originalmente para mantermos uma comunhão especial com Ele e entre nós mesmos.
 Esta comunhão era plena antes do pecado do primeiro homem, Adão, ainda lá no Jardim do Éden.
 Depois da queda, o homem a perdeu contato com o Criador, e somente se Ele viesse ao nosso 
encontro, tal religação seria possível.

Deus Pai se aproximou do homem através de visões, de sonhos, de manifestações físicas de Sua
 presença, através de anjos, através dos profetas, através da Palavra escrita e através de Jesus.
 Em todas estas manifestações, Deus quis criar um novo relacionamento conosco; e o homem 
convertido, então, se comunicou com Deus. Toda e qualquer comunicação com Deus é uma 
forma de oração. Orar não é, como alguns pensam, 'bajular' Deus para conseguir alguma coisa.
 É se relacionar com o Pai Celestial. Eu não consigo imaginar como manter uma comunhão com
 meus pais terrenos, ou com minha esposa, por exemplo, sem conversar com eles. Eles até 
poderiam saber o que eu quero e o que eu gosto, mas creio que isto não substituiria um diálogo 
com eles sobre as minhas expectativas.

A oração, portanto, é uma forma de manter o nosso relacionamento com o Senhor ativo; Deus
 fala através da Palavra, sinais, sonhos, visões. A medida que nossa vida espiritual se desenvolve,
 mais oramos. Orar não é um peso; a não ser que você se considere tão autosuficiente para achar
 chato qualquer necessidade de diálogo. Nós não 'aborrecemos' a Deus quando oramos; é uma 
ordem dEle que façamos isto, segundo Filipenses 4:6-7. Ela até mesmo é uma forma de servir
 (Lucas 2:36-38). Orar é uma forma de dizer ao Pai que confiamos nas Suas palavras, pois muito
 do que pedimos está baseado naquilo que Ele mesmo nos prometeu. Mesmo Jesus orou; e se o
 Filho de Deus o fez, é porque é o certo a ser feito. Deus sabe o que vamos pedir. Ele concede
 muito mais do que pedimos segundo a vontade dEle (1 João 5.15). Mas se não oramos,
 demonstramos, acima de tudo, falta de fé. Até mesmo aquela fé que crê que o Senhor 
estará ouvindo (1 João 5.14). E sem fé, é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6).

fonte: liberdadeepensar.blogspot.com

Lição 05 – CENRAL GOSPEL -Autoridade das Escrituras


A Autoridade da Bíblia

As EscriturasJesus confirmou a autoridade da Bíblia. Ele confirmou a inspiração do Antigo Testamento. Muitas vezes, ao referir-se às Escrituras, disse: "não lestes . . .?" ou "está escrito". Ele disse que a Escritura não podia falhar (João 10:35), e nem mesmo um i ou um til jamais passaria da lei até que tudo se cumprisse (Mateus 5:18).
Jesus afirmou a autoridade dos apóstolos. Ele prometeu enviar o Espírito Santo, o qual os guiaria para revelar toda a verdade (João 14:26; 15:26,27; 16:12,13). Enviou os apóstolos com a missão de lhe servirem como porta-vozes e representantes (João 20:21; Mateus 28:19,20; Atos 1:8). Os próprios apóstolos afirmaram ter recebido a sua mensagem por revelação de Deus (Efésios 3:3-5; 1 Tessalonicenses 4:2; 1 Coríntios 2:10-13).
A mensagem dos apóstolos é registrada na Bíblia. Isso significa que as palavras das Escrituras são os mandamentos de Deus (1 Coríntios 14:37). A Bíblia é a revelação de Deus para o homem; é a nossa autoridade. As suas palavras são as palavras de vida eterna, as quais nos julgarão no último dia (João 6:68; 12:48).

   Falar da autoridade da Bíblia é pisar em terreno acidentado. Está coberto de pedras de tropeço, desníveis, buracos. Pode causar tombos. Pois o assunto é polêmico. Não que a autoridade da Bíblia seja questionada. Na cristandade, ou seja, no conjunto das Igrejas e das pessoas cristãs em todo o mundo, exerce a indiscutível função de Sagrada Escritura. Nisto há unanimidade. O dissenso aparece tão logo se pede explicação sobre o significado e as implicações dessa autoridade. As maneiras de entender variam. Não raro conflitam e produzem divisões. Exigem a discussão e a busca de consenso. 
Bíblias vendida na Editora Sinodal 
   A tarefa é impostergável. Pois a Bíblia esta sendo usada. Não pode haver moratória bíblica na cristandade. Cabe a Igreja de Jesus Cristo a responsabilidade para uso condizente desse livro e a resistência contra o abuso. A Bíblia é dom a ser administrado com o devido zelo. Para tanto importa conhecer a Bíblia e auscultar-lhe os propósitos. Em que consiste sua natureza sagrada? É ou não é a palavra de Deus? Como ler a Bíblia corretamente? A cristandade deve dar resposta e justificar seu discurso. 
  A Bíblia é um livro fantástico. Por isto, o objetivo último deste estudo não pode consistir na mera apresentação de uma visão panorâmica. A meta consiste na motivação para a leitura e a exploração da riqueza desse livro. A Bíblia não se satisfaz em ser simples objeto de estudo. Quer ser parceira ativa num processo de aprendizagem em que Deus e o mundo estão em jogo. É nosso desejo termos contribuído para tanto. 
Arquivo Editora Sinodal
    Antes da reforma do século XVI poucas foram às tentativas de traduzir a Bíblia para o vernáculo. Em teologia e culto prevalecia o latim como língua oficial e sagrada. Somente após a invenção da imprensa, no século XV, oportunizaria a “popularização”. Da mesma forma que ser superada certa resistência à educação do povo em assuntos religiosos por parte do clero. Consequentemente, a tradução da Bíblia por Martim Lutero significou um passo pragmático em direção a “educação popular”. O exemplo de Lutero inspirou imitadores em todos os países da Europa, e muito além deles.   
     Existe hoje um número relativamente alto de traduções portuguesas da Bíblia. A despeito de tantos textos à escolha, o esforço por atualização não deve parar, para que cada vez mais pessoas tenham acesso as Escrituras Sagradas, sonho esse potencializado em Martim Lutero.




A autoridade da Bíblia, 3ª edição de Gottfried Brakemeier,
p.5-11


Gostou do artigo?
Mais informações de como adquirir o livro, clique
FONTE - http://editorasinodal.com.br

A Autoridade da Bíblia

As EscriturasJesus confirmou a autoridade da Bíblia. Ele confirmou a inspiração do Antigo Testamento. Muitas vezes, ao referir-se às Escrituras, disse: "não lestes . . .?" ou "está escrito". Ele disse que a Escritura não podia falhar (João 10:35), e nem mesmo um i ou um til jamais passaria da lei até que tudo se cumprisse (Mateus 5:18).
Jesus afirmou a autoridade dos apóstolos. Ele prometeu enviar o Espírito Santo, o qual os guiaria para revelar toda a verdade (João 14:26; 15:26,27; 16:12,13). Enviou os apóstolos com a missão de lhe servirem como porta-vozes e representantes (João 20:21; Mateus 28:19,20; Atos 1:8). Os próprios apóstolos afirmaram ter recebido a sua mensagem por revelação de Deus (Efésios 3:3-5; 1 Tessalonicenses 4:2; 1 Coríntios 2:10-13).
A mensagem dos apóstolos é registrada na Bíblia. Isso significa que as palavras das Escrituras são os mandamentos de Deus (1 Coríntios 14:37). A Bíblia é a revelação de Deus para o homem; é a nossa autoridade. As suas palavras são as palavras de vida eterna, as quais nos julgarão no último dia (João 6:68; 12:48).

   Falar da autoridade da Bíblia é pisar em terreno acidentado. Está coberto de pedras de tropeço, desníveis, buracos. Pode causar tombos. Pois o assunto é polêmico. Não que a autoridade da Bíblia seja questionada. Na cristandade, ou seja, no conjunto das Igrejas e das pessoas cristãs em todo o mundo, exerce a indiscutível função de Sagrada Escritura. Nisto há unanimidade. O dissenso aparece tão logo se pede explicação sobre o significado e as implicações dessa autoridade. As maneiras de entender variam. Não raro conflitam e produzem divisões. Exigem a discussão e a busca de consenso. 
Bíblias vendida na Editora Sinodal 
   A tarefa é impostergável. Pois a Bíblia esta sendo usada. Não pode haver moratória bíblica na cristandade. Cabe a Igreja de Jesus Cristo a responsabilidade para uso condizente desse livro e a resistência contra o abuso. A Bíblia é dom a ser administrado com o devido zelo. Para tanto importa conhecer a Bíblia e auscultar-lhe os propósitos. Em que consiste sua natureza sagrada? É ou não é a palavra de Deus? Como ler a Bíblia corretamente? A cristandade deve dar resposta e justificar seu discurso. 
  A Bíblia é um livro fantástico. Por isto, o objetivo último deste estudo não pode consistir na mera apresentação de uma visão panorâmica. A meta consiste na motivação para a leitura e a exploração da riqueza desse livro. A Bíblia não se satisfaz em ser simples objeto de estudo. Quer ser parceira ativa num processo de aprendizagem em que Deus e o mundo estão em jogo. É nosso desejo termos contribuído para tanto. 
Arquivo Editora Sinodal
    Antes da reforma do século XVI poucas foram às tentativas de traduzir a Bíblia para o vernáculo. Em teologia e culto prevalecia o latim como língua oficial e sagrada. Somente após a invenção da imprensa, no século XV, oportunizaria a “popularização”. Da mesma forma que ser superada certa resistência à educação do povo em assuntos religiosos por parte do clero. Consequentemente, a tradução da Bíblia por Martim Lutero significou um passo pragmático em direção a “educação popular”. O exemplo de Lutero inspirou imitadores em todos os países da Europa, e muito além deles.   
     Existe hoje um número relativamente alto de traduções portuguesas da Bíblia. A despeito de tantos textos à escolha, o esforço por atualização não deve parar, para que cada vez mais pessoas tenham acesso as Escrituras Sagradas, sonho esse potencializado em Martim Lutero.




A autoridade da Bíblia, 3ª edição de Gottfried Brakemeier,
p.5-11


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Lição 04 – CENTRAL GOSPEL -Autoridade do Espírito Santo


O poder transformador do Espírito Santo

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f2
Uma vida cheia do Espírito Santo faz real diferença neste mundo! Há um mandamento básico para os filhos de Deus: "Enchei-vos do Espírito Santo". (Efésios 5.18). E isto é para nossos dias atuais.

Os discípulos de Jesus foram transformados em homens ousados e provaram do poder de Deus após o batismo no Espírito Santo. Apesar dos discípulos andarem com Jesus, eles tinham suas fraquezas, inseguranças de que falharam muitas vezes com Jesus. Vamos ver algumas dessas falhas:

- Havia competição entre eles (Mateus 9.46 ao 48)
- Quandos desafiados a orar, dormiam (Mateus 26. 38-40)
- Falta de discernimento (Mateus 26.20-23)
- Na prisão de Jesus se esconderam (Lucas 22.54)
- Pedro prometeu seguí-lo, mas o negou (Lucas 22.30-34-56-60)
- Não procuraram resgatar o corpo de Jesus, o que fez José de Arimatéia (Lucas 22.52-53)

Mas após a Ressurreição e Exaltação de Jesus, conforme Deus havia prometido, derramou o Espírito Santo. (João 14.16-17; Atos 1.5 e 8)

O batismo ocorrido mudou a vida daqueles discípulos (Atos 2.4). Suas vidas foram transformadas e tornaram-se ousados para pregar o evangelho, e cheios de poder e autoridade para curar, libertar os cativos e ainda cheios do amor de Deus para servir e abençoar.

Podemos ver isto em toda vida dos apóstolos, como exemplo:

- A intrepidez na pregação de Pedro onde mais de três mil pessoas foram alcançadas
- A cura de coxo por Pedro e João (Atos 3.2-10)

O batismo no Espírito Santo é também para nós. É para os dias atuais. (Atos 2.39)

Devemos com diligência e perseverança pedir ao Senhor que nos batize no Espírito Santo. A mesma ousadia, poder, autoridade e amor virá para nossas vidas e seremos instrumentos úteis nas mãos do Senhor. Certamente como aconteceu com os discípulos, a ação do Espírito Santo em nossas vidas vai ocasionar milagres em nossa família, Igreja, bairro e nação.

Certamente as pessoas dirão ao nosso respeito o mesmo que disseram sobre Paulo e Silas pelos milagres que presenciavam: "aqueles que tem transtornado o mundo chegaram até aqui" (Atos 17.6b).

Nós podemos pelo poder do Espírito Santo ser instrumento para a expansão e edificação do Reino de Deus, pois isto Ele espera de nós. 

Por isto nos encoraja sempre: "Enchei-vos do Espírito Santo". FONTE http://www.intercessoras.com.br

O poder transformador do Espírito Santo

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Uma vida cheia do Espírito Santo faz real diferença neste mundo! Há um mandamento básico para os filhos de Deus: "Enchei-vos do Espírito Santo". (Efésios 5.18). E isto é para nossos dias atuais.

Os discípulos de Jesus foram transformados em homens ousados e provaram do poder de Deus após o batismo no Espírito Santo. Apesar dos discípulos andarem com Jesus, eles tinham suas fraquezas, inseguranças de que falharam muitas vezes com Jesus. Vamos ver algumas dessas falhas:

- Havia competição entre eles (Mateus 9.46 ao 48)
- Quandos desafiados a orar, dormiam (Mateus 26. 38-40)
- Falta de discernimento (Mateus 26.20-23)
- Na prisão de Jesus se esconderam (Lucas 22.54)
- Pedro prometeu seguí-lo, mas o negou (Lucas 22.30-34-56-60)
- Não procuraram resgatar o corpo de Jesus, o que fez José de Arimatéia (Lucas 22.52-53)

Mas após a Ressurreição e Exaltação de Jesus, conforme Deus havia prometido, derramou o Espírito Santo. (João 14.16-17; Atos 1.5 e 8)

O batismo ocorrido mudou a vida daqueles discípulos (Atos 2.4). Suas vidas foram transformadas e tornaram-se ousados para pregar o evangelho, e cheios de poder e autoridade para curar, libertar os cativos e ainda cheios do amor de Deus para servir e abençoar.

Podemos ver isto em toda vida dos apóstolos, como exemplo:

- A intrepidez na pregação de Pedro onde mais de três mil pessoas foram alcançadas
- A cura de coxo por Pedro e João (Atos 3.2-10)

O batismo no Espírito Santo é também para nós. É para os dias atuais. (Atos 2.39)

Devemos com diligência e perseverança pedir ao Senhor que nos batize no Espírito Santo. A mesma ousadia, poder, autoridade e amor virá para nossas vidas e seremos instrumentos úteis nas mãos do Senhor. Certamente como aconteceu com os discípulos, a ação do Espírito Santo em nossas vidas vai ocasionar milagres em nossa família, Igreja, bairro e nação.

Certamente as pessoas dirão ao nosso respeito o mesmo que disseram sobre Paulo e Silas pelos milagres que presenciavam: "aqueles que tem transtornado o mundo chegaram até aqui" (Atos 17.6b).

Nós podemos pelo poder do Espírito Santo ser instrumento para a expansão e edificação do Reino de Deus, pois isto Ele espera de nós. 

Por isto nos encoraja sempre: "Enchei-vos do Espírito Santo". FONTE http://www.intercessoras.com.br

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Lição 03 –CENTRAL GOSPEL- Autoridade Redentora de Cristo

A Obra de Cristo — Redenção
Pela graça de Deus, vimos nos capítulos anteriores  deste livro, o que é a salvação de
Deus. Este é o sexto capítulo. Espero fazer uma breve revisão do que tratamos nos cinco capítulos
anteriores e, então, continuaremos. Vimos o pecado, a lei, o amor de Deus, Sua graça e Sua
justiça. Vimos como o homem se tornou pecador e como a lei veio expor os pecados do homem.
Vimos também que embora esteja provado que o homem é pecador, Deus ainda o ama. Deus não
somente nos amou, mas Ele também nos mostrou misericórdia e graça. Vimos também que a
graça de Deus se manifestou, qual é a natureza dessa graça, como ela ocorreu e que ela nunca
pode ser misturada com esforço humano. No capítulo A Justiça de Deus, vimos que, apesar do
amor de Deus e de Seu desejo de nos dar graça, havia um obstáculo para a vinda da graça até
nós. Se uma única coisa ficasse sem ser tratada, a graça de Deus não poderia ter vindo até nós.
Embora a graça esteja, agora aqui, para prevalecer, ela predomina apenas pela justiça (Rm 5:21).
A graça não pode prevalecer por si só. Assim, o Senhor nos mostrou como a justiça foi
manifestada. Sua justiça lidou com nossos pecados. Ao mesmo tempo, ela nos capacita a receber
graça de Deus. Vimos isso nos capítulos anteriores. Agora, prosseguiremos com o evangelho de
Deus e Sua salvação.
Mencionamos como a salvação realizada por Deus por  intermédio do Senhor Jesus
manifestou a graça de Deus. Ao mesmo tempo, ela satisfez as justas exigências de Deus. Agora,
enfocaremos a obra do Senhor Jesus. Esse assunto é excelente e doce. Ele trata da maneira pela
qual o Senhor Jesus cumpriu a salvação de Deus. Vimos como o Senhor Jesus satisfez a
exigência de Deus e como Ele manifestou a graça de Deus. Ao mesmo tempo, precisamos ver
como o Senhor Jesus satisfaz o coração do cristão a fim de que também possamos ser satisfeitos
com Sua obra. Como diz um hino que cantamos: “O coração de Deus está satisfeito com a obra do
Senhor Jesus, e nosso coração também descansa com Sua obra”. Deus está satisfeito e nós
estamos satisfeitos. Se o tempo permitir, espero poder tratar desses dois aspectos.
O Senhor Jesus é Deus e Homem para o Cumprimento da Redenção
A primeira coisa que temos de ver é que o Senhor Jesus é Deus. Podemos dizer que
somente Deus pode levar o pecado do homem. Nunca considere o Senhor Jesus como uma
terceira pessoa vindo para sofrer uma morte substituta. Não pense que Deus seja uma parte, nós
outra parte e o Senhor Jesus a terceira parte. A Bíblia nunca considera o Senhor Jesus como uma
terceira parte. Pelo contrário, ela O considera como a primeira parte. Podem ter-lhe dito que o
evangelho é comparado a um devedor, um credor e o filho do credor. O devedor não tem dinheiro
para quitar seu débito; o credor, sendo muito severo, insiste no pagamento. Mas o filho do credor
se prontifica a pagar o débito em lugar do devedor e o devedor fica livre.
Esse é o evangelho que o homem prega hoje. Mas não é o verdadeiro evangelho. Se esse
fosse o caso, pelo menos dois pontos não seriam corretos e seriam contrários à Bíblia. Primeiro,
esse tipo de entendimento mostra Deus como o malvado, e o Senhor Jesus o bondoso. Em tal
ilustração, não vemos Deus amando o mundo. Antes, vemos apenas Sua justa exigência e a
exigência da lei. Vemos um Deus severo, Alguém sem a graça e cujas palavras para o homem são
sempre ásperas; e vemos que é o Senhor Jesus quem nos ama e nos dá graça. Esse evangelho
está errado. Contudo, embora seja um evangelho errado, Deus ainda o usa. Na verdade, eu
mesmo fui salvo por esse tipo de ilustração. Mas embora fosse salvo, nos três primeiros anos,
nunca consegui louvar a Deus. Eu sempre sentia que  o Senhor Jesus era bom, que deveria
agradecer-Lhe e louvá-Lo, que sem Ele tudo era sem esperança e que foi uma felicidade Ele ter
vindo. Mas eu sentia que Deus era muito severo, bravo e mau. Ele não era tão amável. Parecia
que todas as coisas boas estavam com o Senhor Jesus e todas as ruins estavam com Deus,
parecia que Deus era terrível e o Senhor Jesus, amável.
Mas isso não é a Bíblia. A Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu
Seu Filho (Jo 3:16). Deus enviou Seu Filho porque nos amou. Eis por que fomos levados de volta a
Deus após o Senhor Jesus ter cumprido Sua obra na cruz. Se Deus não nos tivesse amado e não
nos tivesse enviado o Senhor Jesus, o máximo que o Senhor Jesus poderia ter feito era levar as
pessoas de volta a Si mesmo; Ele não poderia levar  as pessoas de volta a Deus. Graças aoSenhor porque quem nos amou foi Deus. Agradecemos-Lhe porque foi o próprio Deus quem
enviou Seu Filho a nós. O Pai é quem foi movido por compaixão. O Pai é quem nos amou. Foi o
Pai quem planejou a salvação. Foi o Pai quem teve uma vontade na eternidade passada.
Primeiramente, o Pai propôs todas as coisas e, então, o Filho veio. Assim, é errado o homem
pensar que há três partes. Há somente duas partes: Deus e o homem. O Senhor Jesus é a dádiva
de Deus ao homem. Contudo, essa dádiva é algo vivo e com uma vontade, não sem vida e sem
vontade. Graças a Deus porque a salvação é algo entre Deus e o homem. O Senhor Jesus é uma
dádiva. Hoje, é a Deus que devemos voltar-nos. Nós nos achegamos a Deus por meio do Senhor
Jesus. Essa é a primeira coisa que temos de perceber.
Segundo, se houvesse três partes, o Senhor Jesus não teria sido qualificado a morrer por
nós. É verdade que quando o Senhor Jesus morreu por nós, a justiça de Deus foi cumprida e os
pecados humanos foram perdoados. Mas foi justo para o Senhor Jesus? Suponha que tenhamos
dois irmãos aqui. Suponha que um dos irmãos tenha cometido um crime capital e tenha sido
condenado à morte. O outro irmão quis muito morrer  por ele e, por isso, foi executado em seu
lugar. Ele é inocente, e também uma terceira parte. Agora, ele morre em lugar do outro. A Bíblia
nunca nos mostra que o Senhor Jesus morreu por nós  deste modo. Ela nunca nos mostra que
Deus tinha uma exigência, que Sua lei tinha de ser satisfeita e que para que o homem cumprisse a
exigência da lei, o Senhor Jesus veio para cumprir a lei de Deus. Não há tal coisa. Que posição o
Senhor Jesus tomou quando Ele veio cumprir a redenção? Temos de considerar essa questão
cuidadosa e precisamente conforme a Bíblia.
Gostaria que vocês estivessem cientes de uma coisa. O mundo pensa que há apenas um
modo de lidar com o problema do pecado. Os pregadores que pregam ensinamentos errados
dizem que há três maneiras de lidar com o pecado. Mas para Deus há somente dois modos de
lidar com o pecado. Alguma explicação se faz necessária aqui. Antes de ler a Palavra de Deus,
alguém pode pensar que um desses três modos pode resolver o problema: o homem pode resolvê-
lo, Deus pode resolvê-lo ou uma terceira parte também pode resolvê-lo por substituição. Os que
não são salvos, que não conhecem a Deus, consideram que há apenas uma solução: que é o
homem quem deve resolver o problema por si mesmo. Mas a justiça de Deus mostra-nos que há
somente dois modos de resolver o problema: Um é pelo próprio Deus e o outro é pelo próprio
homem. Que quero dizer com isso? Vamos primeiro considerar o que o homem pensa. Ele pensa
que é pecador e deve, portanto, sofrer o julgamento do pecado e da ira de Deus. Ele pensa que
deveria perecer e ir para a perdição. A única maneira é ele resolver o problema por si mesmo, indo
para o inferno. Ele se responsabilizará pelo que fez. Se alguém peca, vai para o inferno e sofre
julgamento do pecado. Essa é uma maneira de resolver o problema. Quando alguém deve
dinheiro, ele vende tudo o que tem. Ele pode até mesmo ter de vender sua esposa, filhos, casa e
terra, se isso for necessário para resolver o problema. Isso é justo. Então, há outro conceito errado.
Para os que ouviram o evangelho, há a consideração de que o Senhor Jesus é a terceira parte
vindo tomar nosso lugar e resolver o problema do nosso pecado. O homem pecou e incorreu no
julgamento do pecado. Agora, todo o julgamento está sobre o Senhor Jesus; Ele sofre todo o
julgamento. Tal ensinamento parece correto. Mas vocês verão resumidamente que ele não é
exato.
Primeiramente direi uma palavra para os que têm conceitos obscuros. Na Bíblia, há duas
importantes doutrinas, que são: levar os pecados e  o resgate pelos pecados. Por favor, não
pensem que não creio na substituição. Mas a substituição sobre a qual alguns falam não é a
substituição na Bíblia, porque é um tipo de substituição que envolve injustiça. Se o Jesus
imaculado deve ser um substituto para nós, homens pecadores, é claro que isso nos é um bom
negócio. Mas é justo tratar o Senhor Jesus dessa maneira? Ele não pecou. Por que Ele deveria ser
morto? Esse não é o tipo de substituição que a Bíblia fala. Se o Senhor Jesus veio morrer em lugar
de todos os pecadores do mundo, então os que crêem em Jesus, assim como os que não crêem
Nele, serão igualmente salvos. O Senhor morreu por  ambos, quer creiam ou não. Não se pode
voltar atrás e revogar a morte do Senhor apenas porque alguns não crêem. Pode-se voltar atrás
em outras coisas. Mas isso não é algo reversível. Por que a Bíblia diz que os que não crêem foram
julgados e perecerão? (Jo 3:16,18). A razão é que o Filho de Deus teve apenas uma morte
substitutiva por nós os que cremos. Ele não é um substituto para os que não crêem.
Qual, então, é a maneira de resolver o problema do pecado de acordo com a Bíblia? Há
somente duas maneiras justas para resolver o problema. Uma é tratar com quem pecou e a outra étratar com aquele contra quem se pecou. Há apenas duas partes que são qualificadas para lidar
com esse problema. Há apenas duas pessoas no mundo  que têm o direito de tratar com o
problema do pecado. Uma é aquela que pecou contra outra. A outra é aquela contra quem se
pecou. Quando uma pessoa processa outra num tribunal, nenhuma outra parte tem o direito de
dizer coisa alguma. No proceder do tribunal, somente os dois envolvidos têm o direito de falar. A
respeito da salvação do pecador, se ele mesmo não cuida disso, então Deus o faz por ele. O
pecador é a parte pecaminosa e Deus é a parte contra quem se pecou. Ambos podem lidar com o
problema do pecado da maneira mais justa. Do lado do pecador, é justo que ele sofra o julgamento
e a punição, pereça e vá para a perdição. Mas há uma outra maneira que é igualmente justa: a
parte contra quem se pecou pode assumir a punição. Isso pode ser totalmente inconcebível para
nós, mas é um fato. É a parte contra quem se pecou que suporta os pecados. Não é uma terceira
parte que leva nossos pecados. Uma terceira pessoa não tem autoridade ou direito de intervir. Se
uma terceira pessoa intervier, é injustiça. Somente quando a parte contra quem se pecou está
disposta a sofrer a perda, é que o problema pode ser solucionado. Visto que Deus tem amor e
também tem justiça, Ele não permitiria que um pecador carregasse os próprios pecados, pois isso
significaria que Deus é justo, mas sem amor. A única alternativa é a parte contra quem se pecou
carregá-los. Somente por Deus suportar nossos pecados é que a justiça será mantida.
Você sabe o que significa o perdão? No mundo, nós temos perdão. Entre pessoas, há
perdão. Entre um governo e seu povo também há perdão. Até entre nações há perdão. Entre Deus
e o homem também há perdão. O perdão é algo universalmente reconhecido como um fato.
Ninguém pode dizer que o perdão seja algo injusto. É algo que alguém concede alegremente ao
outro. Mas a questão é: quem tem o direito de perdoar? Se um irmão me roubou dez dólares, e eu
o perdôo, isso significa que eu tenho de suportar a conseqüência do seu pecado. Eu assumi a
perda desses dez dólares. Também como outro exemplo, digamos que você me bateu no rosto. A
força foi tanta que sangrou. Se eu disser que o perdôo, significa que você comete o pecado de
bater e eu sofro a conseqüência do golpe. O pecado  foi cometido por você, mas eu sofro a
conseqüência dele. Isso é perdão. Perdoar significa que alguém peca e outro sofre a conseqüência
desse pecado. Perdão é assumir a responsabilidade da parte pecadora pela parte contra quem se
pecou. Uma terceira parte não tem o direito de intervir para perdoar. Ela não pode interferir na
retribuição. Se uma terceira parte intervém para perdoar e para retribuir, isso é injustiça. Se o
Senhor Jesus interferisse como uma terceira parte para substituir o pecador, poderia ser bom para
o pecador e Deus também poderia não ter problemas com isso, mas haveria um problema com o
Senhor Jesus. Ele não tem pecado. Por que Ele teve de sofrer o julgamento? Somente o pecador
pode suportar a conseqüência do pecado; ele tem o direito de assumir a responsabilidade e sofrer
o julgamento pelo seu pecado. E há somente um que pode levar os pecados do pecador — aquele
contra quem se pecou. Somente aquele contra quem se pecou pode assumir o pecado do pecador.
Isso é justiça. Esse é o princípio do perdão. Tanto a lei de Deus como a lei do homem reconhecem
que isso é justo. O homem tem a obrigação de sofrer a perda. Visto que o homem tem livre arbítrio,
Deus também tem livre arbítrio. Uma pessoa com livre arbítrio tem o direito de escolher sofrer a
perda.
Então, que é a redenção de Cristo? A obra redentora de Cristo é o próprio Deus vindo para
levar o pecado do homem cometido contra Si. Esta palavra é mais amável de se ouvir do que
todas as músicas do mundo. Que é a obra redentora de Cristo? É Deus suportando o que o
homem pecou contra Si. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria
qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio
Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados.
Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa.
Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças
a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor
Jesus na cruz.
Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem? Já é suficiente que Deus ame ao
mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito? É preciso perceber que o homem pecou
contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O
salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz  e age, ele acaba em morte. A morte é a
cobrança justa do pecado (Rm 5:12). Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a
conseqüência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumissenossa responsabilidade e sofresse a conseqüência do nosso pecado, Ele teria de morrer. Mas em
1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir
ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A
morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto,
para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si, Ele teve de tomar o corpo de um
homem. Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me
formaste”. Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta
queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo
pecado” (v. 6). Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o
Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.
O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é
qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar.
Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado
porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem. Ele é a parte oposta; Ele se colocou ao
lado do homem para sofrer punição. Deus se tornou um homem. Ele habitou entre os homens,
uniu-se ao homem, tomou o fardo do homem e levou todos os pecados do homem. Se a redenção
tem de ser justa, Jesus de Nazaré deve ser Deus. Se Jesus de Nazaré não for Deus, a redenção
não é justa. Todas as vezes que olho para a cruz, digo a mim mesmo: “Este é Deus”. Se Ele não
for Deus, Sua morte se torna injusta e não pode salvar-nos, pois Ele não é senão uma terceira
parte. Mas agradecemos e louvamos ao Senhor, pois Ele é a outra parte. Por isso declarei que
apenas duas partes são capazes de lidar com os pecados. Uma parte somos nós mesmos, e
nesse caso temos de morrer. A outra parte é Deus, contra quem pecamos, e nesse caso Ele morre
por nós. Além dessas duas partes, não há uma terceira que tenha direito ou autoridade para lidar
com nossos pecados.
O Homem Jesus tem a Justiça Segundo a Lei e está Qualificado Para Redimir o Homem
Jesus de Nazaré veio ao mundo. Enquanto esteve na terra, Suas obras demonstraram que
Deus nos ama. Mas ao mesmo tempo, Ele cumpriu a lei. Ele foi verdadeiramente submisso a Deus.
Ele foi um homem santo e submisso. Nele vemos um homem perfeito. Jesus de Nazaré é pleno de
justiça. Ele foi um homem justo. Em toda a história, houve apenas um homem que poderia ser
salvo pela lei. Esse foi Jesus de Nazaré. Ele não precisava guardar a lei; no entanto, Ele a
guardou. A Bíblia diz que somente os que guardam a lei podem herdar a justiça que provém da lei.
Com justiça, há vida. A lei diz que quem a guardar, viverá. Guardá-la é manter-se fiel à lei. Todo
aquele que tem a justiça da lei tem vida. O único propósito de Deus em dizer isso a todo o mundo
é condenar o homem e provar-lhe que é pecador. Deus nos deu a lei para provar a nós que somos
pecadores. Graças ao Senhor. Há somente Um aqui que tem vida pela lei: é Jesus de Nazaré.
Por um momento coloquemos de lado o fato de que Ele é Deus e O consideremos como
um homem, um homem muito comum. Ele guardou a lei e viveu. Ele viveu na terra por mais de
trinta e três anos. Ele não somente não pecou, como nem mesmo conheceu o pecado. Ele foi
tentado em todas as coisas, mas não foi tentado pelo pecado. Anote isso: O Senhor Jesus não foi
tentado pelo pecado. Muitos quando lêem o livro de Hebreus adquirem um entendimento errado
baseado numa tradução errada. O texto grego mostra-nos claramente que, embora o Senhor
Jesus tenha sido tentado em todas as coisas, Ele nunca foi tentado pelo pecado. Ele estava em
carne e, portanto, tinha fraqueza. Mas Ele não conheceu pecado. Ele nunca foi tentado pelo
pecado. Se você consultar uma tradução precisa verá isso claramente.
Os atos de justiça do Senhor Jesus têm alguma vantagem para nós? Claro que sim. Os
atos de justiça do Senhor Jesus provam que Ele é Deus. Por causa desses atos de justiça, o
Senhor Jesus não teve de morrer por Si mesmo. Os atos de justiça do Senhor Jesus O qualificam
a morrer na cruz pelos nossos pecados. Se o Senhor Jesus tivesse algum pecado, Sua morte teria
sido para Si mesmo; Ele não seria capaz de morrer por nós. Uma vez que o Senhor não teve
qualquer pecado, Ele foi qualificado para ser oferecido como um sacrifício por nossos pecados. A
teologia cristã diz que Deus fez nossa a justiça do Senhor Jesus. Deus transferiu a justiça do
Senhor para nós da mesma maneira que um banco transfere o dinheiro de uma conta para outra.
O Senhor guardou a lei por nós. Nós desobedecemos a lei. Mas a obediência do Senhor Jesus nos
fez merecedores da satisfação de Deus. Mas permitam-me perguntar-lhes enfaticamente: a Bíbliaalguma vez mencionou a “justiça do Senhor Jesus”? Quem pode achar uma passagem no Novo
Testamento que fale da “justiça do Senhor Jesus”? Se ler todo o Novo Testamento, inclusive o
texto grego, você descobrirá que o Novo Testamento  nunca menciona as palavras a justiça de
Cristo. Uma passagem parece dizer isso, mas ela não se refere à justiça própria da pessoa de
Cristo hoje. Os homens não gostam de ler a Palavra de Deus. Eles gostam de estudar teologia. A
teologia, contudo, é criada pelo homem. Ela não vem da Palavra de Deus. A teologia diz-nos que
Deus imputou a justiça de Cristo a nós. A Bíblia nunca transmite esse conceito. Pelo contrário, a
Bíblia se opõe a esse conceito. A justiça de Jesus de Nazaré é Sua própria justiça. Ela é realmente
justiça, mas é a justiça de Jesus de Nazaré. Esta justiça O qualifica a morrer por nós e ser nosso
Salvador. Mas Deus não tem a intenção de transferir a justiça de Jesus para nós.
João 12:24 é um versículo precioso na Bíblia. Lá diz que se um grão de trigo não cair na
terra e morrer, fica ele só. Um homem como o Senhor Jesus foi exatamente um grão diante de
Deus. Somente após Ele ter morrido, houve os muitos grãos. A salvação começa com a cruz.
Embora devamos ter Belém antes de podermos ter o Gólgota, somos salvos por meio do Gólgota,
não por meio de Belém. O Filho de Deus é totalmente justo. Ele foi o grão justo. Mas Sua justiça
não nos pode salvar. Ela não pode ser imputada a nós. Deus faz menção da justiça de Cristo na
Bíblia. Mas Ele nunca diz que a justiça de Cristo deve ser nossa. A Bíblia diz que Cristo é nossa
justiça. Ela nunca diz que a justiça de Cristo é nossa justiça. Gostaria de salientar isso, pois isso
exaltará a cruz do Senhor Jesus Cristo. A Bíblia diz que Cristo é a nossa justiça. O próprio Cristo é
a nossa justiça. Nós nos achegamos a Deus em Cristo. Cristo é nossa justiça.
Certa vez, perguntei a uma irmã ocidental o que ela veste quando chega diante de Deus.
Ela disse que veste a justiça de Cristo para ir até Deus. Ela tomou a justiça de Cristo como sua
veste para ir até Deus. Eu lhe perguntei onde ela encontrou isso na Bíblia. Não é a justiça de Cristo
que se tornou nossa justiça. Cristo nunca transferiu Sua justiça a nós. Antes, é o próprio Cristo
quem se tornou nossa justiça. Fomos salvos pela justiça de Deus e não pela justiça de Cristo.
Vimos o que é a justiça de Deus. É a justiça de Deus que nos traz o perdão e nos livra do
julgamento. Não é a justiça de Cristo que faz isso. A justiça de Cristo é somente a qualificação para
que Ele seja nosso Salvador. Cristo nunca transferiu-nos Sua justiça. Se a justiça do Senhor Jesus
fosse transferível a nós, Ele poderia tê-lo feito enquanto vivia na terra. Ele não teria de ir à cruz e
nós, assim, poderíamos ter sido salvos. Se o caso fosse esse, Sua vida se tornaria nossa vida
resgatadora. Mas não há tal doutrina como vida resgatadora. Há somente a doutrina da morte
resgatadora. Somente a morte do Senhor Jesus nos salvará. Sua vida é nosso exemplo. Não
podemos ser salvos por Sua vida. Sua justiça nos condena. Quanto mais justo Ele é, mais
embaraçados ficamos. Não há maneira alguma de Sua justiça ser imputada a nós. Se Deus nos
colocasse lado a lado com a justiça do Senhor, somente poderíamos ir para o inferno. Mas graças
a Deus porque Ele morreu e se tornou nossa justiça. Eis por que somos salvos. A salvação vem da
cruz. Ela não veio da manjedoura. A salvação vem do Gólgota; ela não vem de Belém. Se a justiça
do Senhor Jesus pudesse salvar-nos, Ele não precisaria ter morrido. Por isso, quando lemos a
Bíblia, não devemos ser afetados pela teologia. Ficaremos muito mais esclarecidos se formos
ensinados pela Bíblia do que pela teologia. A palavra do homem pode ajudar, mas ela também
pode danificar. Devemos colocar de lado a palavra do homem.
Vamos prosseguir passo a passo. Primeiro vimos que deve ser Deus quem toma nossos
pecados. Então, vimos que Jesus de Nazaré veio para levar nossos pecados. Mas Sua justiça na
terra foi mais que uma condenação para nós. Quando fomos salvos por meio do Senhor Jesus?
Consideremos um tipo na Bíblia. No tabernáculo, entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos, havia
um véu. Deus estava além do véu no Santo dos Santos. Fora do véu estava o mundo. A Bíblia nos
diz que esse véu significa a carne do Senhor Jesus (Hb 10:20). Em outras palavras, o Santo dos
Santos somente pode ser visto pelo Senhor Jesus como um homem na terra e pelos que têm uma
vida igual à do Senhor Jesus. Nem todos podem ver Deus. Somente o Senhor Jesus podia ver
Deus. Ninguém, em todo o mundo, pode ver o Santo dos Santos. Ele estava velado. Quando pôde
o homem ver o Santo dos Santos? Quando Deus removeu o véu do céu e uniu o Santo dos
Santos, o Lugar Santo e o átrio exterior a fim de que o homem fosse capaz de vê-Lo. Isso
aconteceu quando o Filho de Deus foi crucificado na cruz. Naquela hora, o caminho para o Santo
dos Santos foi aberto. Por isso Hebreus 10:19-20 diz que temos intrepidez para entrar no Santo
dos Santos pelo sangue de Jesus pelo véu. Este véu rasgado é a carne do Senhor Jesus. Agora,
temos intrepidez e a plena certeza de fé para nos achegar a Deus. A justiça do Senhor Jesus naterra não tem relação direta conosco. Graças ao Senhor, pois Ele não ficou na terra para sempre.
Se tivesse permanecido na terra para sempre, Ele ainda seria um grão. Graças a Deus porque Ele
morreu e nos produziu, os muitos grãos. Graças ao Senhor pela cruz.
Os Dois Aspectos da Cruz do Senhor
Aqui há uma questão: O Senhor morreu na cruz, mas qual o significado de Sua morte?
Quem O enviou à cruz? Todos os que lêem os Evangelhos sabem que foram os judeus que O
entregaram aos gentios e foram os gentios que O crucificaram na cruz. Se me lembro
corretamente, Pilatos era um espanhol. Como podemos dizer que o Senhor Jesus morreu para
levar nossos pecados? Ele foi claramente crucificado pelo homem. Em Atos 2:23, Pedro disse aos
judeus que eles pregaram Jesus na cruz por mãos de iníquos. Aqui é dito que foram os judeus que
pregaram o Senhor Jesus na cruz. Mas que fez o Senhor Jesus na cruz? Antes de ir à cruz, Ele
esteve orando no jardim do Getsêmani. Sua oração, junto com suor com gotas como de sangue,
foi causada pela perseguição e oposição do homem? Foi porque Judas trouxe homens para
prendê-Lo? Ou foi porque Ele tinha de ir à cruz para nos redimir do pecado? Não foi porque Deus
fez com que Aquele que não tinha pecado se tornasse pecado por nós e carregasse os pecados
de todo o mundo sobre Si, para que Ele pudesse levar nossos pecados sobre o madeiro? Ali, Ele
orou: “Pai, se queres, afasta de Mim este cálice” (Lc 22:42).
Se a cruz fosse algo da mão do homem, se ela fosse apenas o instrumento para alguns
homens maus matarem-No, e se houvesse apenas o aspecto humano do Senhor Jesus, então eu
não gostaria de ouvir essa oração do Senhor. Não gostaria de ouvir Jesus de Nazaré ajoelhado ali
orando ao Pai para, se possível, afastar Dele o cálice. No decorrer de dois mil anos, muitos
mártires e discípulos do Senhor tiveram um grito mais forte que Ele ao se defrontarem com a
morte. Muitos mártires, quando trancados em celas e masmorras, oraram para que o Pai os
glorificasse, que queriam morrer pelo Filho e testificar a Palavra do Senhor com o sangue deles. Se
não tivesse sido Deus quem começou a pôr o encargo  pelos pecados sobre o Senhor no
Getsêmani, e se não tivesse sido Deus quem tivesse colocado sobre o Senhor Jesus o encargo de
tomar os nossos pecados, teríamos de dizer que o Senhor Jesus nem mesmo teve tanta coragem
como aqueles que creram Nele. Assim, o problema é que a cruz tem o aspecto humano e o
aspecto de Deus. O homem crucificou o Senhor Jesus na cruz. Mas o Senhor disse que nenhum
homem tira Sua vida; Ele espontaneamente a entregou (Jo 10:17-18). O homem podia crucificar o
Senhor mil vezes ou dez mil vezes, mas a não ser que Ele desse Sua vida, nada poderia ter sido
feito a Ele. O homem crê que Ele foi crucificado pelo homem. Nós cremos que Ele foi crucificado
por Deus para redimir os pecados em nosso favor.
Temos de descobrir na Bíblia o que Deus fez na cruz. Primeiro, leiamos Isaías 53:5-10:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi
levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da
terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça,
nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar;
quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus
dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”. Os apóstolos citam Isaías 53 muitas
vezes no Novo Testamento. A pessoa falada nessa passagem das Escrituras é o Senhor Jesus.
Que disse o profeta quando escreveu essa porção da Escritura? A última frase no versículo 4 diz:
“Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”. No começo, o profeta achava que Ele
fora ferido e afligido por Deus, que fora punido por Seus próprios pecados e ferido por Deus por
Suas transgressões. Mas no versículo 5 há uma volta. Deus lhe deu uma revelação através da
palavra mas. Achávamos que Ele estivesse meramente sofrendo punição e ferimento. Mas Ele não
estava sofrendo punição e ferimento: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviavapelo caminho” (vs. 5-6). A frase seguinte é muito preciosa: “Mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniqüidade de nós todos” (v. 6). Isso é o que o Senhor fez. Vemos que em relação à cruz há o
aspecto do homem e o aspecto de Deus. Embora tenham sido as mãos humanas que pregaram o
Senhor Jesus, manifestando o ódio do homem por Deus, foi também Deus quem colocou todos os
nossos pecados sobre Ele e O crucificou. A cruz foi obra de Deus; foi algo que Jeová cumpriu.
Que aconteceu na cruz? “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como
cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem quem dela cogitou? Porquanto
foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (vs. 7-8).
Ser cortado da terra dos viventes é morrer. Os que estavam ao pé da cruz quando o Senhor foi
crucificado admiravam-se e queriam saber por que esse homem estava sendo crucificado. Eles
não sabiam a razão de aquilo estar acontecendo. O profeta disse que “ele não abriu a boca”, e que
“como cordeiro foi levado ao matadouro; e como ovelha muda perante os seus tosquiadores”.
Quem sabia que Ele estava sendo cortado da terra dos viventes pelo pecado do povo? Quem
sabia que era Deus operando Nele para cumprir a obra de redenção? A cruz foi a maneira pela
qual o Senhor cumpriu a redenção por meio de Sua morte. O versículo 9 diz: “Designaram-lhe a
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça,
nem dolo algum se achou em sua boca”. O versículo 10 é muito precioso: “Todavia, ao Senhor
agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado”. A cruz
é uma obra de Deus. Foi o próprio Deus quem levou nossos pecados na cruz. Foi Ele quem
solucionou nosso problema de pecado. Nunca dê qualquer crédito a Judas por entregar o Senhor
Jesus aos judeus. Nunca pense que sem Judas o Senhor não poderia ser o Salvador. Mesmo se
mil ou dez mil Judas tivessem existido, ainda seriam inúteis. Foi o próprio Senhor Jesus quem
suportou nossos pecados.
Quando o Senhor Jesus estava orando no jardim do Getsêmani, Ele pode ter parecido o
mais fraco de todos os homens, sem qualquer coragem. Ele orou ao Pai para que passasse Dele o
cálice (Lc 22:42). Mas quando saiu do jardim e encontrou muitos homens maus, Ele disse: “Sou
eu”, e eles “recuaram e caíram por terra” (Jo 18:6). Por favor, lembrem-se de que Ele não caiu
quando se confrontou com os homens maus. Pelo contrário, Ele os fez cair. Mas enquanto Ele
estava no Getsêmani, considerando o sofrimento que envolvia tomar os pecados do homem, como
é que Aquele que não tem pecado seria feito pecado e como Ele iria tomar sobre Si o julgamento
do pecado, Ele orou para que, se possível, o cálice fosse passado de Si. Não fosse pela questão
da redenção, o Senhor Jesus nem mesmo seria comparado a um mártir. Quão fortes foram os
muitos mártires cristãos quando marchavam para a arena dos leões. Mas o Senhor Jesus rogou
que o cálice fosse, se possível, removido Dele. Fisicamente falando, o Senhor Jesus foi
imensamente diferente de todos os mártires. Mas para a redenção, para solucionar o problema do
pecado, para Deus vir ao homem e levar o pecado do homem, até mesmo Ele teve de pedir que,
se possível, o cálice fosse removido. A Bíblia diz  que Jeová foi quem fez Dele uma oferta pelo
pecado. Foi Jeová quem pôs sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Isso foi algo que Jeová fez. A
cruz foi obra de Deus; não foi obra do homem. A cruz é o próprio Deus vindo à terra para levar os
pecados do homem. A cruz não é o homem crucificando o Filho de Deus.
Você se lembra do que a Bíblia diz que aconteceu entre a hora sexta e a nona? O sol
escureceu (Lc 23:44-45). Os judeus escarneceram Dele, e os gentios conseguiram açoitá-Lo e
humilhá-Lo. Mas o sol estava além do controle dos judeus, e os gentios não tinham autoridade
para manipular o sol. O homem protestou e tocou trombeta; mas o terremoto não foi algo que
Pilatos conseguisse ordenar. Por que o céu escureceu? Esse fenômeno aconteceu porque o
próprio Deus veio tomar nossos pecados. Isso não foi algo feito pelo homem. Se tivesse sido algo
feito pelo homem, teria Deus aumentado a dor de Seu Filho quando Ele estava pregado na cruz?
Deus não teria enviado doze legiões de anjos para vir e salvá-Lo? Tal fato sem dúvida aconteceria
se não fosse pela redenção dos pecados. Agradecemos e louvamos a Deus porque foi Seu Filho
quem veio para nos redimir dos pecados. Eis por que Ele disse: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me
desamparaste?” (Mt 27:46). Nenhum cristão por todos estes dois mil anos disse essas terríveis
palavras quando estava para morrer. Por dois mil anos, quer os cristãos tenham morrido em paz
quer em aflição, eles foram mais ousados que Ele. Por que o Filho de Deus foi ali rejeitado por
Deus? Se tivesse sido meramente a mão do homem e a crucificação pelo homem, essa teria sido a
ocasião em que Ele mais precisaria da presença de Deus. Quando o homem conspirou parapersegui-Lo e matá-Lo, Deus deveria ter manifestado mais Sua presença. Esse foi o momento
mais crucial e Deus tinha de estar com Ele. Por que Deus O abandonou, então? Foi unicamente
porque o Filho de Deus tinha se tornado pecado e tinha suportado o julgamento. Essa é a razão de
Ele ter clamado: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Deus O desamparara. Nós,
que cremos na obra da redenção, sabemos que o trabalhar da cruz foi para que Ele fosse julgado
pelo pecado. A cruz do Senhor mostra-nos como o pecado é maligno e quão grande preço Deus
pagou pela obra de redenção.
Além de Isaías 53, podemos encontrar outro testemunho claro da Escritura. Romanos 3:25
diz que Deus propôs Cristo como propiciação. Isso também mostra claramente que a obra foi feita
por Deus. Deuteronômio 21:23 diz-nos que o que é levantado no madeiro é maldito de Deus.
Quando o Senhor foi pregado na cruz, Ele não foi maldito do homem. Antes, Ele foi maldito de
Deus. Eis por que Ele pode livrar-nos da maldição. Em 1 João 4:10 é dito que Deus nos amou e
enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Foi Deus quem enviou Seu Filho como
propiciação. Não foi o homem quem O crucificou. Em 2 Coríntios 5:21 também é dito: “Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós”. Isso foi algo que Deus fez. A cruz é o trabalhar
de Deus. Foi Deus quem enviou o Senhor Jesus para passar pela cruz. Atos 2:23 menciona tanto o
aspecto de Deus como o aspecto do homem. “Este [homem] entregue pelo determinado desígnio e
presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”. O Senhor Jesus foi
morto pelos judeus por mãos de iníquos. No entanto, tal morte foi de acordo com o desígnio de
Deus. Isso mostra-nos que tudo foi feito por Deus. Nós temos pecado e o pecado somente pode
ser tratado por Deus. Por essa razão, Deus veio ao mundo para ser um homem. Enquanto homem,
Ele foi verdadeiramente justo. Mas essa justiça não foi imputada a nós. Foi a morte do Senhor
Jesus que nos livrou da maldição da lei (Gl 3:13). Ele não nos livrou do pecado enquanto estava
vivo, mas quando morreu. Na cruz, foi Deus quem O crucificou, não o homem. A mão do homem é
inútil. Foi Deus quem aproveitou a oportunidade ali para manifestar o pecado do homem.
Redenção e Substituição
Agora temos de fazer uma pergunta. Uma vez que o Senhor Jesus morreu na cruz e uma
vez que Deus O fez propiciação, como, então, podemos ser salvos? Qual a diferença entre
redenção e substituição? São fatores semelhantes? Temos de reconhecer que a obra do Senhor
Jesus é uma obra de redenção. Mas o resultado dessa obra redentora é a substituição. A redenção
é a causa e a substituição é o resultado. A extensão da redenção é muito grande. Mas a extensão
da substituição não é tão grande assim. É muito interessante que a Bíblia nunca diz que o Senhor
Jesus morreu pelos pecados de todos. Ela somente diz que o Senhor Jesus morreu por todos (2
Co 5:14). Sua obra redentora foi para satisfazer as justas exigências de Deus. Quando o Senhor
cumpriu a redenção na cruz, essa obra de redenção não tinha absolutamente nada a ver com o
homem. Quero impressioná-los fortemente com esta palavra: a redenção não está absolutamente
relacionada conosoco. A obra de redenção é entre Deus e o pecado. Que é a obra de redenção? É
o próprio Deus vindo ao mundo para resolver o problema do pecado. Uma vez que o problema do
pecado foi resolvido, a obra da redenção foi cumprida.
O sangue do cordeiro pascal era aspergido nas ombreiras e nas vergas das portas (Êx
12:7). Deus disse que quando visse o sangue, Ele passaria pela casa (v. 13). O sangue foi para
Deus ver. Não foi para os primogênitos verem. Os primogênitos não necessitavam ver o sangue;
eles ficavam dentro das casas. O sangue foi para cumprir as justas exigências de Deus; não foi
para cumprir as exigências dos primogênitos. Para os primogênitos não houve algo como a
redenção. Se lermos o Antigo Testamento, descobriremos que o sangue para a expiação (isto é,
redenção) do pecado deveria ser levado para dentro do Santo dos Santos. Era para ser aspergido
sobre o véu sete vezes (Lv 16:14-15). No dia da Expiação, o sumo sacerdote tinha de trazer o
sangue e aspergi-lo sobre o propiciatório da arca.  O sangue era para ser oferecido a Deus. É
verdade que o sangue tinha de ser colocado sobre o  polegar, a orelha e o dedo do pé de um
leproso. Mas isso era feito com respeito à consagração. Era uma questão de consagração a Deus.
O homem não tinha tal exigência. A redenção tem a ver com Deus. É Deus vindo para solucionar o
que o homem não pode solucionar por si mesmo. Eis por que a Bíblia diz: “E ele é a propiciação
pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1Jo 2:2). A redenção inclui todo o mundo. Em tal redenção, todos, até os que não foram salvos,
estão incluídos.
Deus veio e lidou com nossos pecados. O Senhor Jesus satisfez as justas exigências de
Deus para que nós pudéssemos receber a substituição do Senhor Jesus. Sua redenção é uma
preparação abstrata. Pelo crer Nele, essa redenção se torna uma substituição para nós. Diante de
Deus, não foi uma substituição, mas uma redenção. É importante saber isso. Se não tivermos
clareza desse assunto, ficaremos confusos a respeito de muitas outras doutrinas. A redenção é
para Deus e a substituição é para nós. A redenção é para satisfazer as exigências de Deus e a
substituição é para recebermos o benefício. O que Ele cumpriu foi redenção; o que nós recebemos
é substituição. Eu não quero dizer que não haja tal ensinamento como substituição na Bíblia. Sem
dúvida, há tal ensinamento. Mas todos os ensinamentos na Bíblia concernentes à substituição são
escritos para os cristãos. Eles não são escritos para incrédulos. Para os gentios, dizemos que
Jesus morreu por eles e cumpriu a redenção. Para os cristãos, dizemos que o Senhor Jesus os
substituiu tomando seus pecados.
Na passagem em que lemos de Isaías 53, notamos que ela diz: “Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (v. 5). Por favor, observem que lemos nossas em
vez de vossas. Ele levou o sofrimento pelos nossos  pecados. Assim, nossos pecados são
perdoados. É por nós, e não por todo o mundo. Quando Pedro citou Isaías 53, ele disse:
“Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2:24). É
sempre nossos e não vossos. Por isso, temos de ser cuidadosos quando pregamos o evangelho. É
melhor que sejamos mais fiéis à Bíblia. A Bíblia nunca diz aos pecadores que Jesus morreu pelos
pecados deles. A Bíblia diz que Jesus morreu por eles (Rm 5:8). Existe tal fato: Jesus morreu por
eles. Mas não há nada sobre Jesus ter morrido pelos pecados deles. Jesus morrer por eles é um
fato. Mas o problema do pecado ainda não ficou resolvido. É verdade que todos os problemas do
pecado já estão resolvidos diante de Deus. Mas se alguém não tiver participação nessa obra, seus
pecados ainda não estão solucionados e esse não tem parte na substituição de Jesus. Quando
alguém recebe o Senhor Jesus, seu problema de pecado é resolvido. Isso é substituição. Sem
isso, não há substituição. Em outras palavras, a redenção foi realizada, mas a salvação ainda não.
Se eu lhes perguntasse quando vocês foram redimidos, vocês responderiam que isso aconteceu
há dois mil anos; mas se eu lhes perguntasse quando vocês foram salvos, vocês diriam que foi em
determinado dia, mês e ano. A redenção foi algo que aconteceu há muito tempo. A salvação é algo
presente. A redenção foi cumprida por Cristo. A salvação é realizada em nós. Fomos redimidos há
dois mil anos, mas podemos ter sido salvos há poucos anos. Não sei como dizer isso mais
claramente, contudo para mim está muito claro. A obra de redenção de Deus é uma questão
referente a Ele mesmo; é para satisfazê-Lo e nada tem a ver conosco. É algo absolutamente
relacionado com Deus. O próprio Deus foi O que fez a obra. Quando vemos o que Deus cumpriu, e
cremos e aceitamos, recebemos essa substituição.
Usemos outra ilustração. Há uma passagem que une as margens leste e oeste do rio
Whampoa. É uma passagem gratuita. O lugar é conhecido como Passagem Gratuita. Suponha que
eu fosse um ladrão que tivesse roubado e assaltado  muitas vezes ali. Contudo, agora eu sou
diferente. Que deveria eu fazer se quisesse fazer um tratamento completo em relação ao meu
passado de roubos e assaltos? Mesmo se eu quisesse reembolsar, aonde eu deveria ir? É difícil
encontrar aqueles a quem assaltei. Que devo fazer? Por causa da justiça e para reembolsar, posso
começar um serviço gratuito para transportar as pessoas pelo rio. Qualquer pessoa pode fazer a
travessia e nada lhe será cobrado. Posso fazer isso para devolver o dinheiro que roubei das
pessoas nesse lugar. Ofereço esse tipo de serviço grátis como uma solução para o problema de
minha injustiça. Esse serviço gratuito é para mim uma solução para a injustiça. Mas para os outros
é uma substituição; estou pagando a passagem no lugar dos outros. Esse é o modo de o Senhor
Jesus lidar com o problema da punição. Deus enviou o Senhor Jesus para cumprir a redenção a
fim de que Sua própria santidade e justiça bem como o problema do pecado fossem cuidados.
Quando alguém crê, ele entra nessa obra, e o Senhor Jesus leva embora seus pecados.
Então, o Novo Testamento diz: “Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos” (1 Pe 3:18). Ele mesmo carregou em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados (1
Pe 2:24). Tudo isso foi feito por nós. Na noite em que o Senhor Jesus foi traído, Ele tomou o cálice
e deu graças, e o deu aos discípulos, dizendo: “Porque isto é o Meu sangue da aliança, que éderramado por muitos, para perdão de pecados” (Mt 26:28). Foi por muitos, não por todos. No
futuro, veremos incontáveis pessoas, com palmas nas mãos, lavados pelo sangue (Ap 7:9, 14).
Graças ao Senhor. Ele cumpriu a redenção por Sua própria causa, para que nós pudéssemos ser
substituídos. Nada podemos dizer a não ser agradecer-Lhe e louvá-Lo.
FONTE: http://www.estudobiblico.com.br
A Obra de Cristo — Redenção
Pela graça de Deus, vimos nos capítulos anteriores  deste livro, o que é a salvação de
Deus. Este é o sexto capítulo. Espero fazer uma breve revisão do que tratamos nos cinco capítulos
anteriores e, então, continuaremos. Vimos o pecado, a lei, o amor de Deus, Sua graça e Sua
justiça. Vimos como o homem se tornou pecador e como a lei veio expor os pecados do homem.
Vimos também que embora esteja provado que o homem é pecador, Deus ainda o ama. Deus não
somente nos amou, mas Ele também nos mostrou misericórdia e graça. Vimos também que a
graça de Deus se manifestou, qual é a natureza dessa graça, como ela ocorreu e que ela nunca
pode ser misturada com esforço humano. No capítulo A Justiça de Deus, vimos que, apesar do
amor de Deus e de Seu desejo de nos dar graça, havia um obstáculo para a vinda da graça até
nós. Se uma única coisa ficasse sem ser tratada, a graça de Deus não poderia ter vindo até nós.
Embora a graça esteja, agora aqui, para prevalecer, ela predomina apenas pela justiça (Rm 5:21).
A graça não pode prevalecer por si só. Assim, o Senhor nos mostrou como a justiça foi
manifestada. Sua justiça lidou com nossos pecados. Ao mesmo tempo, ela nos capacita a receber
graça de Deus. Vimos isso nos capítulos anteriores. Agora, prosseguiremos com o evangelho de
Deus e Sua salvação.
Mencionamos como a salvação realizada por Deus por  intermédio do Senhor Jesus
manifestou a graça de Deus. Ao mesmo tempo, ela satisfez as justas exigências de Deus. Agora,
enfocaremos a obra do Senhor Jesus. Esse assunto é excelente e doce. Ele trata da maneira pela
qual o Senhor Jesus cumpriu a salvação de Deus. Vimos como o Senhor Jesus satisfez a
exigência de Deus e como Ele manifestou a graça de Deus. Ao mesmo tempo, precisamos ver
como o Senhor Jesus satisfaz o coração do cristão a fim de que também possamos ser satisfeitos
com Sua obra. Como diz um hino que cantamos: “O coração de Deus está satisfeito com a obra do
Senhor Jesus, e nosso coração também descansa com Sua obra”. Deus está satisfeito e nós
estamos satisfeitos. Se o tempo permitir, espero poder tratar desses dois aspectos.
O Senhor Jesus é Deus e Homem para o Cumprimento da Redenção
A primeira coisa que temos de ver é que o Senhor Jesus é Deus. Podemos dizer que
somente Deus pode levar o pecado do homem. Nunca considere o Senhor Jesus como uma
terceira pessoa vindo para sofrer uma morte substituta. Não pense que Deus seja uma parte, nós
outra parte e o Senhor Jesus a terceira parte. A Bíblia nunca considera o Senhor Jesus como uma
terceira parte. Pelo contrário, ela O considera como a primeira parte. Podem ter-lhe dito que o
evangelho é comparado a um devedor, um credor e o filho do credor. O devedor não tem dinheiro
para quitar seu débito; o credor, sendo muito severo, insiste no pagamento. Mas o filho do credor
se prontifica a pagar o débito em lugar do devedor e o devedor fica livre.
Esse é o evangelho que o homem prega hoje. Mas não é o verdadeiro evangelho. Se esse
fosse o caso, pelo menos dois pontos não seriam corretos e seriam contrários à Bíblia. Primeiro,
esse tipo de entendimento mostra Deus como o malvado, e o Senhor Jesus o bondoso. Em tal
ilustração, não vemos Deus amando o mundo. Antes, vemos apenas Sua justa exigência e a
exigência da lei. Vemos um Deus severo, Alguém sem a graça e cujas palavras para o homem são
sempre ásperas; e vemos que é o Senhor Jesus quem nos ama e nos dá graça. Esse evangelho
está errado. Contudo, embora seja um evangelho errado, Deus ainda o usa. Na verdade, eu
mesmo fui salvo por esse tipo de ilustração. Mas embora fosse salvo, nos três primeiros anos,
nunca consegui louvar a Deus. Eu sempre sentia que  o Senhor Jesus era bom, que deveria
agradecer-Lhe e louvá-Lo, que sem Ele tudo era sem esperança e que foi uma felicidade Ele ter
vindo. Mas eu sentia que Deus era muito severo, bravo e mau. Ele não era tão amável. Parecia
que todas as coisas boas estavam com o Senhor Jesus e todas as ruins estavam com Deus,
parecia que Deus era terrível e o Senhor Jesus, amável.
Mas isso não é a Bíblia. A Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu
Seu Filho (Jo 3:16). Deus enviou Seu Filho porque nos amou. Eis por que fomos levados de volta a
Deus após o Senhor Jesus ter cumprido Sua obra na cruz. Se Deus não nos tivesse amado e não
nos tivesse enviado o Senhor Jesus, o máximo que o Senhor Jesus poderia ter feito era levar as
pessoas de volta a Si mesmo; Ele não poderia levar  as pessoas de volta a Deus. Graças aoSenhor porque quem nos amou foi Deus. Agradecemos-Lhe porque foi o próprio Deus quem
enviou Seu Filho a nós. O Pai é quem foi movido por compaixão. O Pai é quem nos amou. Foi o
Pai quem planejou a salvação. Foi o Pai quem teve uma vontade na eternidade passada.
Primeiramente, o Pai propôs todas as coisas e, então, o Filho veio. Assim, é errado o homem
pensar que há três partes. Há somente duas partes: Deus e o homem. O Senhor Jesus é a dádiva
de Deus ao homem. Contudo, essa dádiva é algo vivo e com uma vontade, não sem vida e sem
vontade. Graças a Deus porque a salvação é algo entre Deus e o homem. O Senhor Jesus é uma
dádiva. Hoje, é a Deus que devemos voltar-nos. Nós nos achegamos a Deus por meio do Senhor
Jesus. Essa é a primeira coisa que temos de perceber.
Segundo, se houvesse três partes, o Senhor Jesus não teria sido qualificado a morrer por
nós. É verdade que quando o Senhor Jesus morreu por nós, a justiça de Deus foi cumprida e os
pecados humanos foram perdoados. Mas foi justo para o Senhor Jesus? Suponha que tenhamos
dois irmãos aqui. Suponha que um dos irmãos tenha cometido um crime capital e tenha sido
condenado à morte. O outro irmão quis muito morrer  por ele e, por isso, foi executado em seu
lugar. Ele é inocente, e também uma terceira parte. Agora, ele morre em lugar do outro. A Bíblia
nunca nos mostra que o Senhor Jesus morreu por nós  deste modo. Ela nunca nos mostra que
Deus tinha uma exigência, que Sua lei tinha de ser satisfeita e que para que o homem cumprisse a
exigência da lei, o Senhor Jesus veio para cumprir a lei de Deus. Não há tal coisa. Que posição o
Senhor Jesus tomou quando Ele veio cumprir a redenção? Temos de considerar essa questão
cuidadosa e precisamente conforme a Bíblia.
Gostaria que vocês estivessem cientes de uma coisa. O mundo pensa que há apenas um
modo de lidar com o problema do pecado. Os pregadores que pregam ensinamentos errados
dizem que há três maneiras de lidar com o pecado. Mas para Deus há somente dois modos de
lidar com o pecado. Alguma explicação se faz necessária aqui. Antes de ler a Palavra de Deus,
alguém pode pensar que um desses três modos pode resolver o problema: o homem pode resolvê-
lo, Deus pode resolvê-lo ou uma terceira parte também pode resolvê-lo por substituição. Os que
não são salvos, que não conhecem a Deus, consideram que há apenas uma solução: que é o
homem quem deve resolver o problema por si mesmo. Mas a justiça de Deus mostra-nos que há
somente dois modos de resolver o problema: Um é pelo próprio Deus e o outro é pelo próprio
homem. Que quero dizer com isso? Vamos primeiro considerar o que o homem pensa. Ele pensa
que é pecador e deve, portanto, sofrer o julgamento do pecado e da ira de Deus. Ele pensa que
deveria perecer e ir para a perdição. A única maneira é ele resolver o problema por si mesmo, indo
para o inferno. Ele se responsabilizará pelo que fez. Se alguém peca, vai para o inferno e sofre
julgamento do pecado. Essa é uma maneira de resolver o problema. Quando alguém deve
dinheiro, ele vende tudo o que tem. Ele pode até mesmo ter de vender sua esposa, filhos, casa e
terra, se isso for necessário para resolver o problema. Isso é justo. Então, há outro conceito errado.
Para os que ouviram o evangelho, há a consideração de que o Senhor Jesus é a terceira parte
vindo tomar nosso lugar e resolver o problema do nosso pecado. O homem pecou e incorreu no
julgamento do pecado. Agora, todo o julgamento está sobre o Senhor Jesus; Ele sofre todo o
julgamento. Tal ensinamento parece correto. Mas vocês verão resumidamente que ele não é
exato.
Primeiramente direi uma palavra para os que têm conceitos obscuros. Na Bíblia, há duas
importantes doutrinas, que são: levar os pecados e  o resgate pelos pecados. Por favor, não
pensem que não creio na substituição. Mas a substituição sobre a qual alguns falam não é a
substituição na Bíblia, porque é um tipo de substituição que envolve injustiça. Se o Jesus
imaculado deve ser um substituto para nós, homens pecadores, é claro que isso nos é um bom
negócio. Mas é justo tratar o Senhor Jesus dessa maneira? Ele não pecou. Por que Ele deveria ser
morto? Esse não é o tipo de substituição que a Bíblia fala. Se o Senhor Jesus veio morrer em lugar
de todos os pecadores do mundo, então os que crêem em Jesus, assim como os que não crêem
Nele, serão igualmente salvos. O Senhor morreu por  ambos, quer creiam ou não. Não se pode
voltar atrás e revogar a morte do Senhor apenas porque alguns não crêem. Pode-se voltar atrás
em outras coisas. Mas isso não é algo reversível. Por que a Bíblia diz que os que não crêem foram
julgados e perecerão? (Jo 3:16,18). A razão é que o Filho de Deus teve apenas uma morte
substitutiva por nós os que cremos. Ele não é um substituto para os que não crêem.
Qual, então, é a maneira de resolver o problema do pecado de acordo com a Bíblia? Há
somente duas maneiras justas para resolver o problema. Uma é tratar com quem pecou e a outra étratar com aquele contra quem se pecou. Há apenas duas partes que são qualificadas para lidar
com esse problema. Há apenas duas pessoas no mundo  que têm o direito de tratar com o
problema do pecado. Uma é aquela que pecou contra outra. A outra é aquela contra quem se
pecou. Quando uma pessoa processa outra num tribunal, nenhuma outra parte tem o direito de
dizer coisa alguma. No proceder do tribunal, somente os dois envolvidos têm o direito de falar. A
respeito da salvação do pecador, se ele mesmo não cuida disso, então Deus o faz por ele. O
pecador é a parte pecaminosa e Deus é a parte contra quem se pecou. Ambos podem lidar com o
problema do pecado da maneira mais justa. Do lado do pecador, é justo que ele sofra o julgamento
e a punição, pereça e vá para a perdição. Mas há uma outra maneira que é igualmente justa: a
parte contra quem se pecou pode assumir a punição. Isso pode ser totalmente inconcebível para
nós, mas é um fato. É a parte contra quem se pecou que suporta os pecados. Não é uma terceira
parte que leva nossos pecados. Uma terceira pessoa não tem autoridade ou direito de intervir. Se
uma terceira pessoa intervier, é injustiça. Somente quando a parte contra quem se pecou está
disposta a sofrer a perda, é que o problema pode ser solucionado. Visto que Deus tem amor e
também tem justiça, Ele não permitiria que um pecador carregasse os próprios pecados, pois isso
significaria que Deus é justo, mas sem amor. A única alternativa é a parte contra quem se pecou
carregá-los. Somente por Deus suportar nossos pecados é que a justiça será mantida.
Você sabe o que significa o perdão? No mundo, nós temos perdão. Entre pessoas, há
perdão. Entre um governo e seu povo também há perdão. Até entre nações há perdão. Entre Deus
e o homem também há perdão. O perdão é algo universalmente reconhecido como um fato.
Ninguém pode dizer que o perdão seja algo injusto. É algo que alguém concede alegremente ao
outro. Mas a questão é: quem tem o direito de perdoar? Se um irmão me roubou dez dólares, e eu
o perdôo, isso significa que eu tenho de suportar a conseqüência do seu pecado. Eu assumi a
perda desses dez dólares. Também como outro exemplo, digamos que você me bateu no rosto. A
força foi tanta que sangrou. Se eu disser que o perdôo, significa que você comete o pecado de
bater e eu sofro a conseqüência do golpe. O pecado  foi cometido por você, mas eu sofro a
conseqüência dele. Isso é perdão. Perdoar significa que alguém peca e outro sofre a conseqüência
desse pecado. Perdão é assumir a responsabilidade da parte pecadora pela parte contra quem se
pecou. Uma terceira parte não tem o direito de intervir para perdoar. Ela não pode interferir na
retribuição. Se uma terceira parte intervém para perdoar e para retribuir, isso é injustiça. Se o
Senhor Jesus interferisse como uma terceira parte para substituir o pecador, poderia ser bom para
o pecador e Deus também poderia não ter problemas com isso, mas haveria um problema com o
Senhor Jesus. Ele não tem pecado. Por que Ele teve de sofrer o julgamento? Somente o pecador
pode suportar a conseqüência do pecado; ele tem o direito de assumir a responsabilidade e sofrer
o julgamento pelo seu pecado. E há somente um que pode levar os pecados do pecador — aquele
contra quem se pecou. Somente aquele contra quem se pecou pode assumir o pecado do pecador.
Isso é justiça. Esse é o princípio do perdão. Tanto a lei de Deus como a lei do homem reconhecem
que isso é justo. O homem tem a obrigação de sofrer a perda. Visto que o homem tem livre arbítrio,
Deus também tem livre arbítrio. Uma pessoa com livre arbítrio tem o direito de escolher sofrer a
perda.
Então, que é a redenção de Cristo? A obra redentora de Cristo é o próprio Deus vindo para
levar o pecado do homem cometido contra Si. Esta palavra é mais amável de se ouvir do que
todas as músicas do mundo. Que é a obra redentora de Cristo? É Deus suportando o que o
homem pecou contra Si. Em outras palavras, se Jesus de Nazaré não fosse Deus, Ele não estaria
qualificado a levar nossos pecados de maneira justa. Jesus de Nazaré era Deus. Ele é o próprio
Deus contra quem pecamos. Nosso Deus desceu à terra pessoalmente e tomou nossos pecados.
Hoje, é Deus quem leva os nossos pecados em lugar do homem. Eis por que foi uma ação justa.
Não podemos suportá-los por nós mesmos. Se fôssemos tomá-los, estaríamos acabados. Graças
a Deus que Ele mesmo veio ao mundo para suportar os nossos pecados. Essa é a obra do Senhor
Jesus na cruz.
Por que, então, Deus teve de tornar-se um homem? Já é suficiente que Deus ame ao
mundo. Por que Ele teve de dar Seu Filho unigênito? É preciso perceber que o homem pecou
contra Deus. Se Deus exigisse que o homem suportasse seu pecado, como o homem faria isso? O
salário do pecado é a morte. Quando o pecado induz  e age, ele acaba em morte. A morte é a
cobrança justa do pecado (Rm 5:12). Quando o homem peca contra Deus, ele tem de suportar a
conseqüência do pecado, que é a morte. Por isso, Deus é a outra parte. Se Ele viesse e assumissenossa responsabilidade e sofresse a conseqüência do nosso pecado, Ele teria de morrer. Mas em
1 Timóteo 6:16 é-nos dito que Deus é imortal; Ele não pode morrer. Mesmo que Deus quisesse vir
ao mundo tomar nossos pecados, morrer e ir para a perdição, para Ele seria impossível fazê-lo. A
morte simplesmente não tem efeito em Deus. Não há a possibilidade de Deus morrer. Portanto,
para Deus sofrer o julgamento do pecado do homem contra Si, Ele teve de tomar o corpo de um
homem. Por isso Hebreus 10:5 diz-nos que quando Cristo veio ao mundo, Ele disse: “Corpo me
formaste”. Deus preparou um corpo para Cristo, com o propósito de Cristo se oferecer como oferta
queimada e oferta pelo pecado. O Senhor diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo
pecado” (v. 6). Agora Ele oferece Seu próprio corpo para tratar com o pecado do homem. Então, o
Senhor Jesus se tornou um homem e veio ao mundo para ser crucificado.
O Senhor Jesus não é uma terceira parte; Ele é a parte primeira. Por ser Deus, Ele é
qualificado para ser crucificado. Por ser homem, Ele pode morrer na cruz em nosso lugar.
Devemos fazer clara distinção entre essas duas declarações. Ele é qualificado para ser crucificado
porque é Deus, e pode ser crucificado porque é homem. Ele é a parte oposta; Ele se colocou ao
lado do homem para sofrer punição. Deus se tornou um homem. Ele habitou entre os homens,
uniu-se ao homem, tomou o fardo do homem e levou todos os pecados do homem. Se a redenção
tem de ser justa, Jesus de Nazaré deve ser Deus. Se Jesus de Nazaré não for Deus, a redenção
não é justa. Todas as vezes que olho para a cruz, digo a mim mesmo: “Este é Deus”. Se Ele não
for Deus, Sua morte se torna injusta e não pode salvar-nos, pois Ele não é senão uma terceira
parte. Mas agradecemos e louvamos ao Senhor, pois Ele é a outra parte. Por isso declarei que
apenas duas partes são capazes de lidar com os pecados. Uma parte somos nós mesmos, e
nesse caso temos de morrer. A outra parte é Deus, contra quem pecamos, e nesse caso Ele morre
por nós. Além dessas duas partes, não há uma terceira que tenha direito ou autoridade para lidar
com nossos pecados.
O Homem Jesus tem a Justiça Segundo a Lei e está Qualificado Para Redimir o Homem
Jesus de Nazaré veio ao mundo. Enquanto esteve na terra, Suas obras demonstraram que
Deus nos ama. Mas ao mesmo tempo, Ele cumpriu a lei. Ele foi verdadeiramente submisso a Deus.
Ele foi um homem santo e submisso. Nele vemos um homem perfeito. Jesus de Nazaré é pleno de
justiça. Ele foi um homem justo. Em toda a história, houve apenas um homem que poderia ser
salvo pela lei. Esse foi Jesus de Nazaré. Ele não precisava guardar a lei; no entanto, Ele a
guardou. A Bíblia diz que somente os que guardam a lei podem herdar a justiça que provém da lei.
Com justiça, há vida. A lei diz que quem a guardar, viverá. Guardá-la é manter-se fiel à lei. Todo
aquele que tem a justiça da lei tem vida. O único propósito de Deus em dizer isso a todo o mundo
é condenar o homem e provar-lhe que é pecador. Deus nos deu a lei para provar a nós que somos
pecadores. Graças ao Senhor. Há somente Um aqui que tem vida pela lei: é Jesus de Nazaré.
Por um momento coloquemos de lado o fato de que Ele é Deus e O consideremos como
um homem, um homem muito comum. Ele guardou a lei e viveu. Ele viveu na terra por mais de
trinta e três anos. Ele não somente não pecou, como nem mesmo conheceu o pecado. Ele foi
tentado em todas as coisas, mas não foi tentado pelo pecado. Anote isso: O Senhor Jesus não foi
tentado pelo pecado. Muitos quando lêem o livro de Hebreus adquirem um entendimento errado
baseado numa tradução errada. O texto grego mostra-nos claramente que, embora o Senhor
Jesus tenha sido tentado em todas as coisas, Ele nunca foi tentado pelo pecado. Ele estava em
carne e, portanto, tinha fraqueza. Mas Ele não conheceu pecado. Ele nunca foi tentado pelo
pecado. Se você consultar uma tradução precisa verá isso claramente.
Os atos de justiça do Senhor Jesus têm alguma vantagem para nós? Claro que sim. Os
atos de justiça do Senhor Jesus provam que Ele é Deus. Por causa desses atos de justiça, o
Senhor Jesus não teve de morrer por Si mesmo. Os atos de justiça do Senhor Jesus O qualificam
a morrer na cruz pelos nossos pecados. Se o Senhor Jesus tivesse algum pecado, Sua morte teria
sido para Si mesmo; Ele não seria capaz de morrer por nós. Uma vez que o Senhor não teve
qualquer pecado, Ele foi qualificado para ser oferecido como um sacrifício por nossos pecados. A
teologia cristã diz que Deus fez nossa a justiça do Senhor Jesus. Deus transferiu a justiça do
Senhor para nós da mesma maneira que um banco transfere o dinheiro de uma conta para outra.
O Senhor guardou a lei por nós. Nós desobedecemos a lei. Mas a obediência do Senhor Jesus nos
fez merecedores da satisfação de Deus. Mas permitam-me perguntar-lhes enfaticamente: a Bíbliaalguma vez mencionou a “justiça do Senhor Jesus”? Quem pode achar uma passagem no Novo
Testamento que fale da “justiça do Senhor Jesus”? Se ler todo o Novo Testamento, inclusive o
texto grego, você descobrirá que o Novo Testamento  nunca menciona as palavras a justiça de
Cristo. Uma passagem parece dizer isso, mas ela não se refere à justiça própria da pessoa de
Cristo hoje. Os homens não gostam de ler a Palavra de Deus. Eles gostam de estudar teologia. A
teologia, contudo, é criada pelo homem. Ela não vem da Palavra de Deus. A teologia diz-nos que
Deus imputou a justiça de Cristo a nós. A Bíblia nunca transmite esse conceito. Pelo contrário, a
Bíblia se opõe a esse conceito. A justiça de Jesus de Nazaré é Sua própria justiça. Ela é realmente
justiça, mas é a justiça de Jesus de Nazaré. Esta justiça O qualifica a morrer por nós e ser nosso
Salvador. Mas Deus não tem a intenção de transferir a justiça de Jesus para nós.
João 12:24 é um versículo precioso na Bíblia. Lá diz que se um grão de trigo não cair na
terra e morrer, fica ele só. Um homem como o Senhor Jesus foi exatamente um grão diante de
Deus. Somente após Ele ter morrido, houve os muitos grãos. A salvação começa com a cruz.
Embora devamos ter Belém antes de podermos ter o Gólgota, somos salvos por meio do Gólgota,
não por meio de Belém. O Filho de Deus é totalmente justo. Ele foi o grão justo. Mas Sua justiça
não nos pode salvar. Ela não pode ser imputada a nós. Deus faz menção da justiça de Cristo na
Bíblia. Mas Ele nunca diz que a justiça de Cristo deve ser nossa. A Bíblia diz que Cristo é nossa
justiça. Ela nunca diz que a justiça de Cristo é nossa justiça. Gostaria de salientar isso, pois isso
exaltará a cruz do Senhor Jesus Cristo. A Bíblia diz que Cristo é a nossa justiça. O próprio Cristo é
a nossa justiça. Nós nos achegamos a Deus em Cristo. Cristo é nossa justiça.
Certa vez, perguntei a uma irmã ocidental o que ela veste quando chega diante de Deus.
Ela disse que veste a justiça de Cristo para ir até Deus. Ela tomou a justiça de Cristo como sua
veste para ir até Deus. Eu lhe perguntei onde ela encontrou isso na Bíblia. Não é a justiça de Cristo
que se tornou nossa justiça. Cristo nunca transferiu Sua justiça a nós. Antes, é o próprio Cristo
quem se tornou nossa justiça. Fomos salvos pela justiça de Deus e não pela justiça de Cristo.
Vimos o que é a justiça de Deus. É a justiça de Deus que nos traz o perdão e nos livra do
julgamento. Não é a justiça de Cristo que faz isso. A justiça de Cristo é somente a qualificação para
que Ele seja nosso Salvador. Cristo nunca transferiu-nos Sua justiça. Se a justiça do Senhor Jesus
fosse transferível a nós, Ele poderia tê-lo feito enquanto vivia na terra. Ele não teria de ir à cruz e
nós, assim, poderíamos ter sido salvos. Se o caso fosse esse, Sua vida se tornaria nossa vida
resgatadora. Mas não há tal doutrina como vida resgatadora. Há somente a doutrina da morte
resgatadora. Somente a morte do Senhor Jesus nos salvará. Sua vida é nosso exemplo. Não
podemos ser salvos por Sua vida. Sua justiça nos condena. Quanto mais justo Ele é, mais
embaraçados ficamos. Não há maneira alguma de Sua justiça ser imputada a nós. Se Deus nos
colocasse lado a lado com a justiça do Senhor, somente poderíamos ir para o inferno. Mas graças
a Deus porque Ele morreu e se tornou nossa justiça. Eis por que somos salvos. A salvação vem da
cruz. Ela não veio da manjedoura. A salvação vem do Gólgota; ela não vem de Belém. Se a justiça
do Senhor Jesus pudesse salvar-nos, Ele não precisaria ter morrido. Por isso, quando lemos a
Bíblia, não devemos ser afetados pela teologia. Ficaremos muito mais esclarecidos se formos
ensinados pela Bíblia do que pela teologia. A palavra do homem pode ajudar, mas ela também
pode danificar. Devemos colocar de lado a palavra do homem.
Vamos prosseguir passo a passo. Primeiro vimos que deve ser Deus quem toma nossos
pecados. Então, vimos que Jesus de Nazaré veio para levar nossos pecados. Mas Sua justiça na
terra foi mais que uma condenação para nós. Quando fomos salvos por meio do Senhor Jesus?
Consideremos um tipo na Bíblia. No tabernáculo, entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos, havia
um véu. Deus estava além do véu no Santo dos Santos. Fora do véu estava o mundo. A Bíblia nos
diz que esse véu significa a carne do Senhor Jesus (Hb 10:20). Em outras palavras, o Santo dos
Santos somente pode ser visto pelo Senhor Jesus como um homem na terra e pelos que têm uma
vida igual à do Senhor Jesus. Nem todos podem ver Deus. Somente o Senhor Jesus podia ver
Deus. Ninguém, em todo o mundo, pode ver o Santo dos Santos. Ele estava velado. Quando pôde
o homem ver o Santo dos Santos? Quando Deus removeu o véu do céu e uniu o Santo dos
Santos, o Lugar Santo e o átrio exterior a fim de que o homem fosse capaz de vê-Lo. Isso
aconteceu quando o Filho de Deus foi crucificado na cruz. Naquela hora, o caminho para o Santo
dos Santos foi aberto. Por isso Hebreus 10:19-20 diz que temos intrepidez para entrar no Santo
dos Santos pelo sangue de Jesus pelo véu. Este véu rasgado é a carne do Senhor Jesus. Agora,
temos intrepidez e a plena certeza de fé para nos achegar a Deus. A justiça do Senhor Jesus naterra não tem relação direta conosco. Graças ao Senhor, pois Ele não ficou na terra para sempre.
Se tivesse permanecido na terra para sempre, Ele ainda seria um grão. Graças a Deus porque Ele
morreu e nos produziu, os muitos grãos. Graças ao Senhor pela cruz.
Os Dois Aspectos da Cruz do Senhor
Aqui há uma questão: O Senhor morreu na cruz, mas qual o significado de Sua morte?
Quem O enviou à cruz? Todos os que lêem os Evangelhos sabem que foram os judeus que O
entregaram aos gentios e foram os gentios que O crucificaram na cruz. Se me lembro
corretamente, Pilatos era um espanhol. Como podemos dizer que o Senhor Jesus morreu para
levar nossos pecados? Ele foi claramente crucificado pelo homem. Em Atos 2:23, Pedro disse aos
judeus que eles pregaram Jesus na cruz por mãos de iníquos. Aqui é dito que foram os judeus que
pregaram o Senhor Jesus na cruz. Mas que fez o Senhor Jesus na cruz? Antes de ir à cruz, Ele
esteve orando no jardim do Getsêmani. Sua oração, junto com suor com gotas como de sangue,
foi causada pela perseguição e oposição do homem? Foi porque Judas trouxe homens para
prendê-Lo? Ou foi porque Ele tinha de ir à cruz para nos redimir do pecado? Não foi porque Deus
fez com que Aquele que não tinha pecado se tornasse pecado por nós e carregasse os pecados
de todo o mundo sobre Si, para que Ele pudesse levar nossos pecados sobre o madeiro? Ali, Ele
orou: “Pai, se queres, afasta de Mim este cálice” (Lc 22:42).
Se a cruz fosse algo da mão do homem, se ela fosse apenas o instrumento para alguns
homens maus matarem-No, e se houvesse apenas o aspecto humano do Senhor Jesus, então eu
não gostaria de ouvir essa oração do Senhor. Não gostaria de ouvir Jesus de Nazaré ajoelhado ali
orando ao Pai para, se possível, afastar Dele o cálice. No decorrer de dois mil anos, muitos
mártires e discípulos do Senhor tiveram um grito mais forte que Ele ao se defrontarem com a
morte. Muitos mártires, quando trancados em celas e masmorras, oraram para que o Pai os
glorificasse, que queriam morrer pelo Filho e testificar a Palavra do Senhor com o sangue deles. Se
não tivesse sido Deus quem começou a pôr o encargo  pelos pecados sobre o Senhor no
Getsêmani, e se não tivesse sido Deus quem tivesse colocado sobre o Senhor Jesus o encargo de
tomar os nossos pecados, teríamos de dizer que o Senhor Jesus nem mesmo teve tanta coragem
como aqueles que creram Nele. Assim, o problema é que a cruz tem o aspecto humano e o
aspecto de Deus. O homem crucificou o Senhor Jesus na cruz. Mas o Senhor disse que nenhum
homem tira Sua vida; Ele espontaneamente a entregou (Jo 10:17-18). O homem podia crucificar o
Senhor mil vezes ou dez mil vezes, mas a não ser que Ele desse Sua vida, nada poderia ter sido
feito a Ele. O homem crê que Ele foi crucificado pelo homem. Nós cremos que Ele foi crucificado
por Deus para redimir os pecados em nosso favor.
Temos de descobrir na Bíblia o que Deus fez na cruz. Primeiro, leiamos Isaías 53:5-10:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi
levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da
terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça,
nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar;
quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus
dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”. Os apóstolos citam Isaías 53 muitas
vezes no Novo Testamento. A pessoa falada nessa passagem das Escrituras é o Senhor Jesus.
Que disse o profeta quando escreveu essa porção da Escritura? A última frase no versículo 4 diz:
“Nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”. No começo, o profeta achava que Ele
fora ferido e afligido por Deus, que fora punido por Seus próprios pecados e ferido por Deus por
Suas transgressões. Mas no versículo 5 há uma volta. Deus lhe deu uma revelação através da
palavra mas. Achávamos que Ele estivesse meramente sofrendo punição e ferimento. Mas Ele não
estava sofrendo punição e ferimento: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviavapelo caminho” (vs. 5-6). A frase seguinte é muito preciosa: “Mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniqüidade de nós todos” (v. 6). Isso é o que o Senhor fez. Vemos que em relação à cruz há o
aspecto do homem e o aspecto de Deus. Embora tenham sido as mãos humanas que pregaram o
Senhor Jesus, manifestando o ódio do homem por Deus, foi também Deus quem colocou todos os
nossos pecados sobre Ele e O crucificou. A cruz foi obra de Deus; foi algo que Jeová cumpriu.
Que aconteceu na cruz? “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como
cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem quem dela cogitou? Porquanto
foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (vs. 7-8).
Ser cortado da terra dos viventes é morrer. Os que estavam ao pé da cruz quando o Senhor foi
crucificado admiravam-se e queriam saber por que esse homem estava sendo crucificado. Eles
não sabiam a razão de aquilo estar acontecendo. O profeta disse que “ele não abriu a boca”, e que
“como cordeiro foi levado ao matadouro; e como ovelha muda perante os seus tosquiadores”.
Quem sabia que Ele estava sendo cortado da terra dos viventes pelo pecado do povo? Quem
sabia que era Deus operando Nele para cumprir a obra de redenção? A cruz foi a maneira pela
qual o Senhor cumpriu a redenção por meio de Sua morte. O versículo 9 diz: “Designaram-lhe a
sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça,
nem dolo algum se achou em sua boca”. O versículo 10 é muito precioso: “Todavia, ao Senhor
agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado”. A cruz
é uma obra de Deus. Foi o próprio Deus quem levou nossos pecados na cruz. Foi Ele quem
solucionou nosso problema de pecado. Nunca dê qualquer crédito a Judas por entregar o Senhor
Jesus aos judeus. Nunca pense que sem Judas o Senhor não poderia ser o Salvador. Mesmo se
mil ou dez mil Judas tivessem existido, ainda seriam inúteis. Foi o próprio Senhor Jesus quem
suportou nossos pecados.
Quando o Senhor Jesus estava orando no jardim do Getsêmani, Ele pode ter parecido o
mais fraco de todos os homens, sem qualquer coragem. Ele orou ao Pai para que passasse Dele o
cálice (Lc 22:42). Mas quando saiu do jardim e encontrou muitos homens maus, Ele disse: “Sou
eu”, e eles “recuaram e caíram por terra” (Jo 18:6). Por favor, lembrem-se de que Ele não caiu
quando se confrontou com os homens maus. Pelo contrário, Ele os fez cair. Mas enquanto Ele
estava no Getsêmani, considerando o sofrimento que envolvia tomar os pecados do homem, como
é que Aquele que não tem pecado seria feito pecado e como Ele iria tomar sobre Si o julgamento
do pecado, Ele orou para que, se possível, o cálice fosse passado de Si. Não fosse pela questão
da redenção, o Senhor Jesus nem mesmo seria comparado a um mártir. Quão fortes foram os
muitos mártires cristãos quando marchavam para a arena dos leões. Mas o Senhor Jesus rogou
que o cálice fosse, se possível, removido Dele. Fisicamente falando, o Senhor Jesus foi
imensamente diferente de todos os mártires. Mas para a redenção, para solucionar o problema do
pecado, para Deus vir ao homem e levar o pecado do homem, até mesmo Ele teve de pedir que,
se possível, o cálice fosse removido. A Bíblia diz  que Jeová foi quem fez Dele uma oferta pelo
pecado. Foi Jeová quem pôs sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Isso foi algo que Jeová fez. A
cruz foi obra de Deus; não foi obra do homem. A cruz é o próprio Deus vindo à terra para levar os
pecados do homem. A cruz não é o homem crucificando o Filho de Deus.
Você se lembra do que a Bíblia diz que aconteceu entre a hora sexta e a nona? O sol
escureceu (Lc 23:44-45). Os judeus escarneceram Dele, e os gentios conseguiram açoitá-Lo e
humilhá-Lo. Mas o sol estava além do controle dos judeus, e os gentios não tinham autoridade
para manipular o sol. O homem protestou e tocou trombeta; mas o terremoto não foi algo que
Pilatos conseguisse ordenar. Por que o céu escureceu? Esse fenômeno aconteceu porque o
próprio Deus veio tomar nossos pecados. Isso não foi algo feito pelo homem. Se tivesse sido algo
feito pelo homem, teria Deus aumentado a dor de Seu Filho quando Ele estava pregado na cruz?
Deus não teria enviado doze legiões de anjos para vir e salvá-Lo? Tal fato sem dúvida aconteceria
se não fosse pela redenção dos pecados. Agradecemos e louvamos a Deus porque foi Seu Filho
quem veio para nos redimir dos pecados. Eis por que Ele disse: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me
desamparaste?” (Mt 27:46). Nenhum cristão por todos estes dois mil anos disse essas terríveis
palavras quando estava para morrer. Por dois mil anos, quer os cristãos tenham morrido em paz
quer em aflição, eles foram mais ousados que Ele. Por que o Filho de Deus foi ali rejeitado por
Deus? Se tivesse sido meramente a mão do homem e a crucificação pelo homem, essa teria sido a
ocasião em que Ele mais precisaria da presença de Deus. Quando o homem conspirou parapersegui-Lo e matá-Lo, Deus deveria ter manifestado mais Sua presença. Esse foi o momento
mais crucial e Deus tinha de estar com Ele. Por que Deus O abandonou, então? Foi unicamente
porque o Filho de Deus tinha se tornado pecado e tinha suportado o julgamento. Essa é a razão de
Ele ter clamado: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Deus O desamparara. Nós,
que cremos na obra da redenção, sabemos que o trabalhar da cruz foi para que Ele fosse julgado
pelo pecado. A cruz do Senhor mostra-nos como o pecado é maligno e quão grande preço Deus
pagou pela obra de redenção.
Além de Isaías 53, podemos encontrar outro testemunho claro da Escritura. Romanos 3:25
diz que Deus propôs Cristo como propiciação. Isso também mostra claramente que a obra foi feita
por Deus. Deuteronômio 21:23 diz-nos que o que é levantado no madeiro é maldito de Deus.
Quando o Senhor foi pregado na cruz, Ele não foi maldito do homem. Antes, Ele foi maldito de
Deus. Eis por que Ele pode livrar-nos da maldição. Em 1 João 4:10 é dito que Deus nos amou e
enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Foi Deus quem enviou Seu Filho como
propiciação. Não foi o homem quem O crucificou. Em 2 Coríntios 5:21 também é dito: “Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós”. Isso foi algo que Deus fez. A cruz é o trabalhar
de Deus. Foi Deus quem enviou o Senhor Jesus para passar pela cruz. Atos 2:23 menciona tanto o
aspecto de Deus como o aspecto do homem. “Este [homem] entregue pelo determinado desígnio e
presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”. O Senhor Jesus foi
morto pelos judeus por mãos de iníquos. No entanto, tal morte foi de acordo com o desígnio de
Deus. Isso mostra-nos que tudo foi feito por Deus. Nós temos pecado e o pecado somente pode
ser tratado por Deus. Por essa razão, Deus veio ao mundo para ser um homem. Enquanto homem,
Ele foi verdadeiramente justo. Mas essa justiça não foi imputada a nós. Foi a morte do Senhor
Jesus que nos livrou da maldição da lei (Gl 3:13). Ele não nos livrou do pecado enquanto estava
vivo, mas quando morreu. Na cruz, foi Deus quem O crucificou, não o homem. A mão do homem é
inútil. Foi Deus quem aproveitou a oportunidade ali para manifestar o pecado do homem.
Redenção e Substituição
Agora temos de fazer uma pergunta. Uma vez que o Senhor Jesus morreu na cruz e uma
vez que Deus O fez propiciação, como, então, podemos ser salvos? Qual a diferença entre
redenção e substituição? São fatores semelhantes? Temos de reconhecer que a obra do Senhor
Jesus é uma obra de redenção. Mas o resultado dessa obra redentora é a substituição. A redenção
é a causa e a substituição é o resultado. A extensão da redenção é muito grande. Mas a extensão
da substituição não é tão grande assim. É muito interessante que a Bíblia nunca diz que o Senhor
Jesus morreu pelos pecados de todos. Ela somente diz que o Senhor Jesus morreu por todos (2
Co 5:14). Sua obra redentora foi para satisfazer as justas exigências de Deus. Quando o Senhor
cumpriu a redenção na cruz, essa obra de redenção não tinha absolutamente nada a ver com o
homem. Quero impressioná-los fortemente com esta palavra: a redenção não está absolutamente
relacionada conosoco. A obra de redenção é entre Deus e o pecado. Que é a obra de redenção? É
o próprio Deus vindo ao mundo para resolver o problema do pecado. Uma vez que o problema do
pecado foi resolvido, a obra da redenção foi cumprida.
O sangue do cordeiro pascal era aspergido nas ombreiras e nas vergas das portas (Êx
12:7). Deus disse que quando visse o sangue, Ele passaria pela casa (v. 13). O sangue foi para
Deus ver. Não foi para os primogênitos verem. Os primogênitos não necessitavam ver o sangue;
eles ficavam dentro das casas. O sangue foi para cumprir as justas exigências de Deus; não foi
para cumprir as exigências dos primogênitos. Para os primogênitos não houve algo como a
redenção. Se lermos o Antigo Testamento, descobriremos que o sangue para a expiação (isto é,
redenção) do pecado deveria ser levado para dentro do Santo dos Santos. Era para ser aspergido
sobre o véu sete vezes (Lv 16:14-15). No dia da Expiação, o sumo sacerdote tinha de trazer o
sangue e aspergi-lo sobre o propiciatório da arca.  O sangue era para ser oferecido a Deus. É
verdade que o sangue tinha de ser colocado sobre o  polegar, a orelha e o dedo do pé de um
leproso. Mas isso era feito com respeito à consagração. Era uma questão de consagração a Deus.
O homem não tinha tal exigência. A redenção tem a ver com Deus. É Deus vindo para solucionar o
que o homem não pode solucionar por si mesmo. Eis por que a Bíblia diz: “E ele é a propiciação
pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1Jo 2:2). A redenção inclui todo o mundo. Em tal redenção, todos, até os que não foram salvos,
estão incluídos.
Deus veio e lidou com nossos pecados. O Senhor Jesus satisfez as justas exigências de
Deus para que nós pudéssemos receber a substituição do Senhor Jesus. Sua redenção é uma
preparação abstrata. Pelo crer Nele, essa redenção se torna uma substituição para nós. Diante de
Deus, não foi uma substituição, mas uma redenção. É importante saber isso. Se não tivermos
clareza desse assunto, ficaremos confusos a respeito de muitas outras doutrinas. A redenção é
para Deus e a substituição é para nós. A redenção é para satisfazer as exigências de Deus e a
substituição é para recebermos o benefício. O que Ele cumpriu foi redenção; o que nós recebemos
é substituição. Eu não quero dizer que não haja tal ensinamento como substituição na Bíblia. Sem
dúvida, há tal ensinamento. Mas todos os ensinamentos na Bíblia concernentes à substituição são
escritos para os cristãos. Eles não são escritos para incrédulos. Para os gentios, dizemos que
Jesus morreu por eles e cumpriu a redenção. Para os cristãos, dizemos que o Senhor Jesus os
substituiu tomando seus pecados.
Na passagem em que lemos de Isaías 53, notamos que ela diz: “Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (v. 5). Por favor, observem que lemos nossas em
vez de vossas. Ele levou o sofrimento pelos nossos  pecados. Assim, nossos pecados são
perdoados. É por nós, e não por todo o mundo. Quando Pedro citou Isaías 53, ele disse:
“Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2:24). É
sempre nossos e não vossos. Por isso, temos de ser cuidadosos quando pregamos o evangelho. É
melhor que sejamos mais fiéis à Bíblia. A Bíblia nunca diz aos pecadores que Jesus morreu pelos
pecados deles. A Bíblia diz que Jesus morreu por eles (Rm 5:8). Existe tal fato: Jesus morreu por
eles. Mas não há nada sobre Jesus ter morrido pelos pecados deles. Jesus morrer por eles é um
fato. Mas o problema do pecado ainda não ficou resolvido. É verdade que todos os problemas do
pecado já estão resolvidos diante de Deus. Mas se alguém não tiver participação nessa obra, seus
pecados ainda não estão solucionados e esse não tem parte na substituição de Jesus. Quando
alguém recebe o Senhor Jesus, seu problema de pecado é resolvido. Isso é substituição. Sem
isso, não há substituição. Em outras palavras, a redenção foi realizada, mas a salvação ainda não.
Se eu lhes perguntasse quando vocês foram redimidos, vocês responderiam que isso aconteceu
há dois mil anos; mas se eu lhes perguntasse quando vocês foram salvos, vocês diriam que foi em
determinado dia, mês e ano. A redenção foi algo que aconteceu há muito tempo. A salvação é algo
presente. A redenção foi cumprida por Cristo. A salvação é realizada em nós. Fomos redimidos há
dois mil anos, mas podemos ter sido salvos há poucos anos. Não sei como dizer isso mais
claramente, contudo para mim está muito claro. A obra de redenção de Deus é uma questão
referente a Ele mesmo; é para satisfazê-Lo e nada tem a ver conosco. É algo absolutamente
relacionado com Deus. O próprio Deus foi O que fez a obra. Quando vemos o que Deus cumpriu, e
cremos e aceitamos, recebemos essa substituição.
Usemos outra ilustração. Há uma passagem que une as margens leste e oeste do rio
Whampoa. É uma passagem gratuita. O lugar é conhecido como Passagem Gratuita. Suponha que
eu fosse um ladrão que tivesse roubado e assaltado  muitas vezes ali. Contudo, agora eu sou
diferente. Que deveria eu fazer se quisesse fazer um tratamento completo em relação ao meu
passado de roubos e assaltos? Mesmo se eu quisesse reembolsar, aonde eu deveria ir? É difícil
encontrar aqueles a quem assaltei. Que devo fazer? Por causa da justiça e para reembolsar, posso
começar um serviço gratuito para transportar as pessoas pelo rio. Qualquer pessoa pode fazer a
travessia e nada lhe será cobrado. Posso fazer isso para devolver o dinheiro que roubei das
pessoas nesse lugar. Ofereço esse tipo de serviço grátis como uma solução para o problema de
minha injustiça. Esse serviço gratuito é para mim uma solução para a injustiça. Mas para os outros
é uma substituição; estou pagando a passagem no lugar dos outros. Esse é o modo de o Senhor
Jesus lidar com o problema da punição. Deus enviou o Senhor Jesus para cumprir a redenção a
fim de que Sua própria santidade e justiça bem como o problema do pecado fossem cuidados.
Quando alguém crê, ele entra nessa obra, e o Senhor Jesus leva embora seus pecados.
Então, o Novo Testamento diz: “Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos” (1 Pe 3:18). Ele mesmo carregou em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados (1
Pe 2:24). Tudo isso foi feito por nós. Na noite em que o Senhor Jesus foi traído, Ele tomou o cálice
e deu graças, e o deu aos discípulos, dizendo: “Porque isto é o Meu sangue da aliança, que éderramado por muitos, para perdão de pecados” (Mt 26:28). Foi por muitos, não por todos. No
futuro, veremos incontáveis pessoas, com palmas nas mãos, lavados pelo sangue (Ap 7:9, 14).
Graças ao Senhor. Ele cumpriu a redenção por Sua própria causa, para que nós pudéssemos ser
substituídos. Nada podemos dizer a não ser agradecer-Lhe e louvá-Lo.
FONTE: http://www.estudobiblico.com.br

Lição 01 – CENTRAL GOSPEL - Princípios de Autoridade

O princípio da autoridade



Romanos 13: 1 - 2
1  TODA a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2     Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

Mateus 12: 25
Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.

O meio pelo qual Deus exerce seu governo.
 A cadeia de autoridade foi ordenada por Deus para:
 -Organizar
 -Proteger
 -Viabilizar uma administração efetiva.

O princípio de autoridade:
 - Ele estabelece uma ordem de Deus
 - É importante para manter pessoas, valores e por coisas em ordem.
 - Não existe crescimento sadio sem organização e não existe organização sem autoridade.
 - Ele é a essência e habilidade de estabelecer objetivo claros conduzindo um grupo de pessoas na direção correta.
– Debaixo do princípio de autoridade uma liderança produz ordem e desenvolvimento.
– Antes de se estabelecer alguém em posição de autoridade, esta pessoa precisa ser:

   Treinada – Testada – Aprovada.

A cobertura espiritual sobre Moisés.
• Sua autoridade era seu sogro Jetro.
• Êxodo 4: 18
• Então foi Moisés, e voltou para Jetro, seu sogro, e disse-lhe: Eu irei agora, e tornarei a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse, pois,
Jetro a Moisés: Vai em paz.

• Jetro abençoa a ida de Moisés ao Egito.

• Moisés presta relatório à Jetro.
 Êx. 18: 1 – 12
1   ORA Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel seu povo, como o SENHOR tinha tirado a Israel do Egito.
2   E Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que ele lha enviara,
3   Com seus dois filhos, dos quais um se chamava Gérson; porque disse: Eu fui peregrino em terra estranha;
4   E o outro se chamava Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi por minha ajuda, e me livrou da espada de Faraó.
5   Vindo, pois, Jetro, o sogro de Moisés, com seus filhos e com sua mulher, a Moisés no deserto, ao monte de Deus, onde se tinha acampado,
6   Disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela.
7   Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda.
8   E Moisés contou a seu sogro todas as coisas que o SENHOR tinha feito a Faraó e aos egípcios por amor de Israel, e todo o trabalho que passaram no caminho, e como o SENHOR os livrara.
9   E alegrou-se Jetro de todo o bem que o SENHOR tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos egípcios.
10   E Jetro disse: Bendito seja o SENHOR, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios.
• Algumas funções da autoridade espiritual:
A)Faz sacrifício e intercessão.
Êxodo 18: 11 - 12
11   Agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou.
12   Então Jetro, o sogro de Moisés, tomou holocausto e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o sogro de Moisés diante de Deus.
B) Ajuda no trabalho e na administração.
Êxodo 18: 13 - 16
13   E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde.
14   Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?
15   Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus;
16   Quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
C) Corrige o que está sendo feito de maneira errada.
Êxodo 18: 17 – 18
17   O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
18   Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.
D) Trás conselho seguro para proteger do orgulho espiritual.
Êxodo 18: 19 – 24
19   Ouve agora minha voz, eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus;
20   E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.
21   E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;
22   Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
23   Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar.
24   E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito;
3. O Princípio de autoridade e o estilo de liderança.

 -O estilo de liderança é da pessoa, o princípio de autoridade é de Deus.

-Cuidado para não entrar em condenação:
 Magoas e decepções com estilo de liderança de alguns líderes não deve nos levar a rebelião contra o princípio de autoridade, pois estaremos resistindo a Deus e sua ordenação.
4. A rebelião contra o princípio de autoridade gera morte.
• Números 16: 41 – 50
41   Mas no dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do SENHOR.
42   E aconteceu que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do SENHOR apareceu.
43   Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. 
44   Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
45   Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então se prostraram sobre os seus rostos,
46   E disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do SENHOR; já começou a praga.
47   E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo.
48   E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.
49   E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram pela causa de Coré.
50   E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.

    Exemplo:
    a) O filho pródigo- Luc. 15: 11 - 14
   
11   E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
12   E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
13     E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14     E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
Saiu do princípio de autoridade da família.
Resultado da sua insatisfação gerou:
• Rebelião
• Estado de miséria
• Necessidades físicas, emocionais e espirituais
• Prisão no pecado podendo chegar a morte prematura fora do plano de Deus.

b) Uma desarmonia com o princípio de autoridade impõe os piores quadros.
• Confusão
• Perversão
• Insegurança 
5. Autoridade e responsabilidade.
• Componentes da posição de autoridade
• A unção te conduz a posição
• Mas nem sempre a posição te conduz a unção.
   Salmos 90: 17
• E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.
• Equacionando a posição de autoridade.
• Posição =caráter + dom+ chamado+tempo

Um caráter de fidelidade somado ao exercício legítimo do Dom em sintonia com o Chamado de Deus, conquistam no tempo de Deus a posição de autoridade que devemos ocupar.
    
Tudo alinhado funciona.
• Posição sem caráter= irresponsabilidade.
 Vai produzir pessoas moralmente debilitadas.
 Compromete o crescimento qualitativo.
c) Posição sem Dom = ineficiência.
Vai gerar fracasso, muito esforço com pouco resultado.  Compromete a identidade vocacional multiplicando a frustração.

d) Posição sem Chamado = violência
Vai gerar divisão. Posição errada gera problemas para a equipe.

e) Posição sem Tempo = imaturidade e soberba.
Vai gerar atitudes infantis e arrogantes que podem custar caro. Lembre-se não Neófito.
6. Satanás e o princípio de autoridade.
 Seu objetivo:
 Destruir o princípio de autoridade divino.
 Estabelecer o princípio de rebeldia.

- Com isto ele:
- Evita o governo de Deus,
- Divide a autoridade do Reino,
- Estabelece o governo satânico através da rebeldia.
7. Deus está chamando sua igreja para andar debaixo do princípio de autoridade que Ele estabeleceu.
É preciso arrependimento.

 II Crônicas 7: 14
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
      
 Vamos voltar ao plano de Deus!! 
FONTE: http://www.shekinah.org.br
O princípio da autoridade



Romanos 13: 1 - 2
1  TODA a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2     Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

Mateus 12: 25
Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.

O meio pelo qual Deus exerce seu governo.
 A cadeia de autoridade foi ordenada por Deus para:
 -Organizar
 -Proteger
 -Viabilizar uma administração efetiva.

O princípio de autoridade:
 - Ele estabelece uma ordem de Deus
 - É importante para manter pessoas, valores e por coisas em ordem.
 - Não existe crescimento sadio sem organização e não existe organização sem autoridade.
 - Ele é a essência e habilidade de estabelecer objetivo claros conduzindo um grupo de pessoas na direção correta.
– Debaixo do princípio de autoridade uma liderança produz ordem e desenvolvimento.
– Antes de se estabelecer alguém em posição de autoridade, esta pessoa precisa ser:

   Treinada – Testada – Aprovada.

A cobertura espiritual sobre Moisés.
• Sua autoridade era seu sogro Jetro.
• Êxodo 4: 18
• Então foi Moisés, e voltou para Jetro, seu sogro, e disse-lhe: Eu irei agora, e tornarei a meus irmãos, que estão no Egito, para ver se ainda vivem. Disse, pois,
Jetro a Moisés: Vai em paz.

• Jetro abençoa a ida de Moisés ao Egito.

• Moisés presta relatório à Jetro.
 Êx. 18: 1 – 12
1   ORA Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu todas as coisas que Deus tinha feito a Moisés e a Israel seu povo, como o SENHOR tinha tirado a Israel do Egito.
2   E Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, a mulher de Moisés, depois que ele lha enviara,
3   Com seus dois filhos, dos quais um se chamava Gérson; porque disse: Eu fui peregrino em terra estranha;
4   E o outro se chamava Eliézer; porque disse: O Deus de meu pai foi por minha ajuda, e me livrou da espada de Faraó.
5   Vindo, pois, Jetro, o sogro de Moisés, com seus filhos e com sua mulher, a Moisés no deserto, ao monte de Deus, onde se tinha acampado,
6   Disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela.
7   Então saiu Moisés ao encontro de seu sogro, e inclinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda.
8   E Moisés contou a seu sogro todas as coisas que o SENHOR tinha feito a Faraó e aos egípcios por amor de Israel, e todo o trabalho que passaram no caminho, e como o SENHOR os livrara.
9   E alegrou-se Jetro de todo o bem que o SENHOR tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos egípcios.
10   E Jetro disse: Bendito seja o SENHOR, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios.
• Algumas funções da autoridade espiritual:
A)Faz sacrifício e intercessão.
Êxodo 18: 11 - 12
11   Agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou.
12   Então Jetro, o sogro de Moisés, tomou holocausto e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o sogro de Moisés diante de Deus.
B) Ajuda no trabalho e na administração.
Êxodo 18: 13 - 16
13   E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde.
14   Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?
15   Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus;
16   Quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
C) Corrige o que está sendo feito de maneira errada.
Êxodo 18: 17 – 18
17   O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
18   Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.
D) Trás conselho seguro para proteger do orgulho espiritual.
Êxodo 18: 19 – 24
19   Ouve agora minha voz, eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus;
20   E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.
21   E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;
22   Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
23   Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar.
24   E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito;
3. O Princípio de autoridade e o estilo de liderança.

 -O estilo de liderança é da pessoa, o princípio de autoridade é de Deus.

-Cuidado para não entrar em condenação:
 Magoas e decepções com estilo de liderança de alguns líderes não deve nos levar a rebelião contra o princípio de autoridade, pois estaremos resistindo a Deus e sua ordenação.
4. A rebelião contra o princípio de autoridade gera morte.
• Números 16: 41 – 50
41   Mas no dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do SENHOR.
42   E aconteceu que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Arão, e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a cobriu, e a glória do SENHOR apareceu.
43   Vieram, pois, Moisés e Arão perante a tenda da congregação. 
44   Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
45   Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então se prostraram sobre os seus rostos,
46   E disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do SENHOR; já começou a praga.
47   E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele, e fez expiação pelo povo.
48   E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga.
49   E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram pela causa de Coré.
50   E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.

    Exemplo:
    a) O filho pródigo- Luc. 15: 11 - 14
   
11   E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
12   E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
13     E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
14     E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
Saiu do princípio de autoridade da família.
Resultado da sua insatisfação gerou:
• Rebelião
• Estado de miséria
• Necessidades físicas, emocionais e espirituais
• Prisão no pecado podendo chegar a morte prematura fora do plano de Deus.

b) Uma desarmonia com o princípio de autoridade impõe os piores quadros.
• Confusão
• Perversão
• Insegurança 
5. Autoridade e responsabilidade.
• Componentes da posição de autoridade
• A unção te conduz a posição
• Mas nem sempre a posição te conduz a unção.
   Salmos 90: 17
• E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.
• Equacionando a posição de autoridade.
• Posição =caráter + dom+ chamado+tempo

Um caráter de fidelidade somado ao exercício legítimo do Dom em sintonia com o Chamado de Deus, conquistam no tempo de Deus a posição de autoridade que devemos ocupar.
    
Tudo alinhado funciona.
• Posição sem caráter= irresponsabilidade.
 Vai produzir pessoas moralmente debilitadas.
 Compromete o crescimento qualitativo.
c) Posição sem Dom = ineficiência.
Vai gerar fracasso, muito esforço com pouco resultado.  Compromete a identidade vocacional multiplicando a frustração.

d) Posição sem Chamado = violência
Vai gerar divisão. Posição errada gera problemas para a equipe.

e) Posição sem Tempo = imaturidade e soberba.
Vai gerar atitudes infantis e arrogantes que podem custar caro. Lembre-se não Neófito.
6. Satanás e o princípio de autoridade.
 Seu objetivo:
 Destruir o princípio de autoridade divino.
 Estabelecer o princípio de rebeldia.

- Com isto ele:
- Evita o governo de Deus,
- Divide a autoridade do Reino,
- Estabelece o governo satânico através da rebeldia.
7. Deus está chamando sua igreja para andar debaixo do princípio de autoridade que Ele estabeleceu.
É preciso arrependimento.

 II Crônicas 7: 14
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
      
 Vamos voltar ao plano de Deus!! 
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