Revista Adultos 4° trimestre 2023

Pesquisar este blog

Como eu sei os planos de Deus para minha vida?


“Como eu sei os planos de Deus para minha vida? Como sei se estou cumprindo a vontade dEle para mim?”. No período seguinte à minha conversão, essas perguntas me assombraram. Eu era néscio, novo convertido, mal tinha pego um ou dois bons livros teológicos para ler (já tinha lido muita besteira teológica, como livros de pastores da TV e de editoras evangélicas ruins: bons livros, quase nada) e essa questão me intrigava. Todos diziam que eu tinha de seguir a vontade de Deus. Mas como fazer isso se o Altíssimo não aparecia para mim em meio a um raio de luz ou uma sarça ardente e dizia o que esperava para a minha vida? Era um mistério para um neocristão como eu. E eu vivia perguntando a Ele. Eu, um pentecostal sem instrução, aguardava uma revelação, uma profecia ou algo do gênero que viesse a me mostrar se deveria virar para a esquerda ou a direita. Até um anjo aparecer à noite em meu quarto servia. Mas nada. Nem uma resposta. Nenhum dom sobrenatural. Nenhuma aparição divina entre gelo seco. Só o silêncio.
A resposta veio. Mas não como eu esperava. Não por meio de um fenômeno sobrenatural. Não trazida pelo varão de branco numa bandeja de prata andando no meio da congregação enquanto a igreja cantava um corinho de fogo. E quando ela veio eu aprendi o que todo pentecostal – como eu sou até hoje – deve aprender: as respostas de Deus aos nossos questionamentos só numa minoria ínfima das vezes chegam por meio de “vasos” ou “varoas de fogo”. Elas vêm pela ministração da Palavra. Ou seja: pela pregação e a exposição da Bíblia.
Não é muito empolgante, eu sei, nos emocionamos, choramos e nos arrepiamos muito mais quando alguém dá um berro, põe a mão em nosso ombro e nos fulmina com aquela voz empostada que só um profeta dos mantos de fogo sabe fazer:”Eeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiissss que te diiiiiiiiiigo, servo meu!!!”. Ah! Quem não gosta? O Altíssimo em linha direta conosco! Coisa boa demais. Só que em 99,99% das vezes não será assim que você terá as respostas de Deus: será pelas Escrituras. Creio nos dons? Claro, são bíblicos. Creio que Deus fala por profecia ou pela palavra de conhecimento (a popular “revelação”)? Claro, é bíblico. Mas também creio que as maiores respostas Deus já deixou preparadas e embrulhadas para nós na Bíblia Sagrada. E o tempo que muitos perdem indo atrás de profetas e similares seria muito mais bem aplicado se dedicado à leitura estudada da Palavra revelada de Deus. Quando o Senhor quer falar por meio dos dons Ele fala. Nós não temos que correr atrás. Ele tomará a iniciativa. Ficar correndo atrás disso deixando a Bíblia na prateleira pegando poeira denuncia um cristão mal discipulado.
Mas voltemos ao meu questionamento de novo convertido. Entenda que saber para onde Deus queria que eu fosse, qual era sua vontade para minha vida, que rumo eu devia tomar, qual seu plano para mim era algo muito importante na minha concepção, algo que eu vivia me perguntando e perguntando a Deus. Eu queria saber o futuro! Queria saber os desígnios do Todo-Poderoso para os anos a seguir! Queria ser o dono do conhecimento. Afinal, conhecimento é poder e eu me sentia aflito por não deter o poder de saber o meu futuro. Que bobo eu era.
Como disse, a resposta veio. Mas quando, onde e da forma que eu menos esperava. E junto com uma bela lição. Jesus me converteu em 1996. Em 1999 viajei a Nova York num passeio de férias. Repare: foram três anos perguntando ao Senhor como saber a Sua vontade e os Seus planos para a minha vida, sem obter uma resposta. Ao chegar à cidade, fiquei hospedado na casa de um amigo. Meu sonho e objetivo de longa data era visitar as igrejas de negros do Harlem, onde queria ver o canto gospel de raízes, sentir o cheiro do povão, me mesclar com a celebração em templos onde as mulheres se vestem como Whoopi Goldberg no filme “Ghost” e os homens gritam “Hallellujahhhhhhhh!” e “Amennnnn!!!” (pronuncia-se “êi-mén”) com aquelas vozes poderosas de Ray Charles. Esse era meu sonho. Poder gritar “Oh, yes, Lord!!!” no meio deles. Sim, eu tinha sonhado muito com aquilo.
Estava de férias, desligado da questão de “Deus, para onde eu vou?”. Minha dúvida naquele momento era saber em que estação de metrô descer para chegar ao World Trade Center (sim, eu subi ao terraço-mirante de uma das Torres Gêmeas dois anos antes de elas desaparecerem). Estava prestando atenção apenas no meu passeio. Domingo se aproximou e perguntei ao meu amigo como fazia para encontrar uma boa igreja no Harlem onde pudesse experimentar o gospel de raízes. Ele me respondeu que não fazia ideia. Mas que havia uma igreja muito visitada no centro de Manhattan, a Times Square Church, e me deu as dicas de como chegar lá. Eu queria ir para o Harlem, mas, pela falta de informações, me conformei e acabei mesmo indo para aquele antigo teatro da Broadway, onde anos antes havia estreado o musical “Jesus Cristo Superstar” e que agora havia sido comprado, mal sabia eu, por ninguém menos que David Wilkerson, o celebrado pastor e autor do clássico “A Cruz e o Punhal”. Era a sua igreja.
Só descobri isso quando, chegando domingo de manhã ao santuário, vi aquele senhor de cabelos brancos atravessando a rua ao meu lado. “Caramba, é o David Wilkerson!”, me assustei. E fui em frente. Pensei com meus botões:”Se é essa celebridade quem vai pregar, de um famosão desses só pode vir uma palavra fogo puro! Ô Glória!”. Entrei naquele lindíssimo santuário, com membresia da alta sociedade novaiorquina, só gente muito bem vestida, as cortinas vermelhas fechadas. De repente elas se abriram e um belo coral trajando becas amarelas e roxas começou a cantar, as letras projetadas num vidro preso no alto do santuário. Eu só me impressionava pela grandiosidade do lugar, pela tecnologia, e derramava lágrimas ouvindo aqueles gringos cantando “Jesus, lover of my soul”. Não estava nem aí naquele momento para “saber quais são os planos de Deus para minha vida”. Estava deslumbrado com tudo ao redor e excitadíssimo por poder ouvir David Wilkerson pregar. Chegou enfim a hora da pregação e eis que sobe ao púlpito… quem?! Quem?! Quem?!
O pastor auxiliar.
Hm. Tá. Ok. É, né, fazer o quê. Afundei na cadeira.
Wilkerson sentado, eu decepcionado e o Pastor Carter Conlon (foto) ao microfone. E foi quando aconteceu. Aquele homem sem fama ou best-sellers escritos, no meio de minhas férias, a milhares de quilômetros dos profetas mais usados da minha igreja local, sem que eu estivesse nem aí no momento para os planos de Deus para minha vida… pregou a resposta à pergunta que eu vinha fazendo há 3 anos. Foi uma mensagem simples. Sem grandes argumentos. Sem muito brilhantismo. Puro feijão com arroz espiritual. Mas que saciou uma fome que durava cerca de mil dias. Não houve um grande coral de anjos cantando enquanto o Céu se abria, fogos espocavam e a grande revelação vinha direto do sétimo, oitavo ou nono Céu numa carruagem puxada por cavalos de fogo e escoltada por arcanjos e querubins. Nada disso. Em voz calma e baixa, Pastor Conlon simplesmente disse, como quem comenta um fato corriqueiro com um amigo:
- Você quer que os planos de Deus para tua vida se cumpram? Quer que a vontade dEle para você torne-se realidade? Saber é difícil, nós mesmos nunca saberemos. Mas Deus sabe. Não é uma questão de saber, mas de deixá-la se cumprir. Então, se você quer sair daqui e ir para o Brooklyn sem saber o caminho, o que você faz? Pega um ônibus que tenha ao volante um motorista com as informações sobre como chegar lá. Depois basta ficar ali, perto dele, até que chegue ao seu destino. Do mesmo modo, se você quer cumprir o plano de Deus para sua vida, tudo o que tem a fazer é ficar perto de quem sabe como te conduzir até seu destino. Fique sempre perto de Jesus e todos os planos dEle se cumprirão na sua vida. Você não precisa saber. Basta estar junto a Deus e esperar, pois, um dia após o outro, todas as coisas cooperarão para que a vontade dEle se cumpra em você.
Simples. Bíblico. Silencioso. Pura explanação eficiente e inteligente das verdades bíblicas. Naquele momento, eu congelei. Primeiro, porque percebi que Deus tinha respondido à minha pergunta. Segundo, porque foi de modo totalmente diferente de como eu esperava. Terceiro, porque mostrou-me que eu estava fazendo a pergunta errada: o importante não era “saber”, mas “o que fazer”. Fiquei estarrecido.
Fui embora da Times Square Church com um livro com pregações de David Wilkerson e uma fita k-7 com mensagens dele debaixo do braço, cortesia para os visitantes de primeira vez. Mas, mais importante do que isso, saí dali com uma autêntica experiência com Deus. Sim, Deus tinha falado. E me dado uma bronca ao mesmo tempo. Fiquei feliz por finalmente conhecer a resposta à minha pergunta: para cumprir o plano, a vontade de Deus em minha vida, tudo o que eu tinha de fazer era estar junto a Ele a cada dia. Mas saí humilhado por ver o tamanho da minha prepotência. Por achar que seria da minha forma que a resposta viria. E foi quando entendi algo que é indissociável da pessoa do Senhor: sua absoluta soberania sobre tudo o que ocorre no mundo, as coisas boas e as coisas más.
Saí dali sem ter realizado o sonho de ouvir o gospel dos negros do Harlem, pois a Times Square Church é uma igreja de brancos, com louvores para brancos ao estilo dos brancos. Mas dei de cara com uma estação do metrô. Parei. Pensei. E disse a Deus: “É com o Senhor”. Embarquei e fui para o Harlem, sem ter noção de onde ia e totalmente às cegas. Era hora do almoço, chance mínima de realizar meu sonho, de ouvir o autêntico canto gospel de raízes. Saí sozinho, no meio do bairro, e comecei a andar por suas ruas. Em pensamento, orei: “Senhor, não conheço nada ao meu redor. Não tenho ideia de onde ir. Mas estou contigo, conduze-me”. Foi quando dobrei uma esquina e dei de cara não com uma igreja, mas com um palco montado numa rua interditada, onde 20 igrejas haviam se reunido para um dia de louvor a Deus, com corais, grupos, duetos, quintetos, solistas e os mais variados tipos de autênticos músicos gospel negro de raízes se sucedendo na plataforma. Sentei quietinho e isolado numa cadeira, o único latino em meio a centenas de negros, e vivi ali em êxtase um dos dias mais inesquecíveis da minha vida, com todo tipo de louvor do Harlem sendo entoado ao longo de toda uma tarde. Gozo para minha alma e a realização de um sonho, multiplicado por 20.
Não precisei saber para onde ir. Mas Deus conhecia meu desejo e tinha seus planos para minha tarde: dar-me de presente muito mais do que eu tinha pedido. Deleitei-me no Senhor e ele concedeu o desejo do meu coração. Tudo o que precisei fazer foi estar junto a Ele, dar um passo após o outro e dizer: “Pai, eis-me aqui. Leva-me aonde Tu quiseres e cumpre em mim a Tua vontade”.
Desde então não busco saber o meu futuro, vivo um dia após o outro. E se hoje olho para trás e vejo como Deus conduziu minha vida nos últimos 13 anos, desde aquele dia de maio de 1999, sorrio e percebo claramente como os planos dEle para mim têm todos se cumprido. O que Ele reserva para meus próximos 13 anos? Sinceramente não sei. E sinceramente não faço questão de saber. Apenas entrego meu caminho ao Senhor, confio nEle e sei que o mais… Ele fará. Confie nisso também.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

fonte: Blog do Mauricio Zagari
 http://apenas1.wordpress.com/

“Como eu sei os planos de Deus para minha vida? Como sei se estou cumprindo a vontade dEle para mim?”. No período seguinte à minha conversão, essas perguntas me assombraram. Eu era néscio, novo convertido, mal tinha pego um ou dois bons livros teológicos para ler (já tinha lido muita besteira teológica, como livros de pastores da TV e de editoras evangélicas ruins: bons livros, quase nada) e essa questão me intrigava. Todos diziam que eu tinha de seguir a vontade de Deus. Mas como fazer isso se o Altíssimo não aparecia para mim em meio a um raio de luz ou uma sarça ardente e dizia o que esperava para a minha vida? Era um mistério para um neocristão como eu. E eu vivia perguntando a Ele. Eu, um pentecostal sem instrução, aguardava uma revelação, uma profecia ou algo do gênero que viesse a me mostrar se deveria virar para a esquerda ou a direita. Até um anjo aparecer à noite em meu quarto servia. Mas nada. Nem uma resposta. Nenhum dom sobrenatural. Nenhuma aparição divina entre gelo seco. Só o silêncio.
A resposta veio. Mas não como eu esperava. Não por meio de um fenômeno sobrenatural. Não trazida pelo varão de branco numa bandeja de prata andando no meio da congregação enquanto a igreja cantava um corinho de fogo. E quando ela veio eu aprendi o que todo pentecostal – como eu sou até hoje – deve aprender: as respostas de Deus aos nossos questionamentos só numa minoria ínfima das vezes chegam por meio de “vasos” ou “varoas de fogo”. Elas vêm pela ministração da Palavra. Ou seja: pela pregação e a exposição da Bíblia.
Não é muito empolgante, eu sei, nos emocionamos, choramos e nos arrepiamos muito mais quando alguém dá um berro, põe a mão em nosso ombro e nos fulmina com aquela voz empostada que só um profeta dos mantos de fogo sabe fazer:”Eeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiissss que te diiiiiiiiiigo, servo meu!!!”. Ah! Quem não gosta? O Altíssimo em linha direta conosco! Coisa boa demais. Só que em 99,99% das vezes não será assim que você terá as respostas de Deus: será pelas Escrituras. Creio nos dons? Claro, são bíblicos. Creio que Deus fala por profecia ou pela palavra de conhecimento (a popular “revelação”)? Claro, é bíblico. Mas também creio que as maiores respostas Deus já deixou preparadas e embrulhadas para nós na Bíblia Sagrada. E o tempo que muitos perdem indo atrás de profetas e similares seria muito mais bem aplicado se dedicado à leitura estudada da Palavra revelada de Deus. Quando o Senhor quer falar por meio dos dons Ele fala. Nós não temos que correr atrás. Ele tomará a iniciativa. Ficar correndo atrás disso deixando a Bíblia na prateleira pegando poeira denuncia um cristão mal discipulado.
Mas voltemos ao meu questionamento de novo convertido. Entenda que saber para onde Deus queria que eu fosse, qual era sua vontade para minha vida, que rumo eu devia tomar, qual seu plano para mim era algo muito importante na minha concepção, algo que eu vivia me perguntando e perguntando a Deus. Eu queria saber o futuro! Queria saber os desígnios do Todo-Poderoso para os anos a seguir! Queria ser o dono do conhecimento. Afinal, conhecimento é poder e eu me sentia aflito por não deter o poder de saber o meu futuro. Que bobo eu era.
Como disse, a resposta veio. Mas quando, onde e da forma que eu menos esperava. E junto com uma bela lição. Jesus me converteu em 1996. Em 1999 viajei a Nova York num passeio de férias. Repare: foram três anos perguntando ao Senhor como saber a Sua vontade e os Seus planos para a minha vida, sem obter uma resposta. Ao chegar à cidade, fiquei hospedado na casa de um amigo. Meu sonho e objetivo de longa data era visitar as igrejas de negros do Harlem, onde queria ver o canto gospel de raízes, sentir o cheiro do povão, me mesclar com a celebração em templos onde as mulheres se vestem como Whoopi Goldberg no filme “Ghost” e os homens gritam “Hallellujahhhhhhhh!” e “Amennnnn!!!” (pronuncia-se “êi-mén”) com aquelas vozes poderosas de Ray Charles. Esse era meu sonho. Poder gritar “Oh, yes, Lord!!!” no meio deles. Sim, eu tinha sonhado muito com aquilo.
Estava de férias, desligado da questão de “Deus, para onde eu vou?”. Minha dúvida naquele momento era saber em que estação de metrô descer para chegar ao World Trade Center (sim, eu subi ao terraço-mirante de uma das Torres Gêmeas dois anos antes de elas desaparecerem). Estava prestando atenção apenas no meu passeio. Domingo se aproximou e perguntei ao meu amigo como fazia para encontrar uma boa igreja no Harlem onde pudesse experimentar o gospel de raízes. Ele me respondeu que não fazia ideia. Mas que havia uma igreja muito visitada no centro de Manhattan, a Times Square Church, e me deu as dicas de como chegar lá. Eu queria ir para o Harlem, mas, pela falta de informações, me conformei e acabei mesmo indo para aquele antigo teatro da Broadway, onde anos antes havia estreado o musical “Jesus Cristo Superstar” e que agora havia sido comprado, mal sabia eu, por ninguém menos que David Wilkerson, o celebrado pastor e autor do clássico “A Cruz e o Punhal”. Era a sua igreja.
Só descobri isso quando, chegando domingo de manhã ao santuário, vi aquele senhor de cabelos brancos atravessando a rua ao meu lado. “Caramba, é o David Wilkerson!”, me assustei. E fui em frente. Pensei com meus botões:”Se é essa celebridade quem vai pregar, de um famosão desses só pode vir uma palavra fogo puro! Ô Glória!”. Entrei naquele lindíssimo santuário, com membresia da alta sociedade novaiorquina, só gente muito bem vestida, as cortinas vermelhas fechadas. De repente elas se abriram e um belo coral trajando becas amarelas e roxas começou a cantar, as letras projetadas num vidro preso no alto do santuário. Eu só me impressionava pela grandiosidade do lugar, pela tecnologia, e derramava lágrimas ouvindo aqueles gringos cantando “Jesus, lover of my soul”. Não estava nem aí naquele momento para “saber quais são os planos de Deus para minha vida”. Estava deslumbrado com tudo ao redor e excitadíssimo por poder ouvir David Wilkerson pregar. Chegou enfim a hora da pregação e eis que sobe ao púlpito… quem?! Quem?! Quem?!
O pastor auxiliar.
Hm. Tá. Ok. É, né, fazer o quê. Afundei na cadeira.
Wilkerson sentado, eu decepcionado e o Pastor Carter Conlon (foto) ao microfone. E foi quando aconteceu. Aquele homem sem fama ou best-sellers escritos, no meio de minhas férias, a milhares de quilômetros dos profetas mais usados da minha igreja local, sem que eu estivesse nem aí no momento para os planos de Deus para minha vida… pregou a resposta à pergunta que eu vinha fazendo há 3 anos. Foi uma mensagem simples. Sem grandes argumentos. Sem muito brilhantismo. Puro feijão com arroz espiritual. Mas que saciou uma fome que durava cerca de mil dias. Não houve um grande coral de anjos cantando enquanto o Céu se abria, fogos espocavam e a grande revelação vinha direto do sétimo, oitavo ou nono Céu numa carruagem puxada por cavalos de fogo e escoltada por arcanjos e querubins. Nada disso. Em voz calma e baixa, Pastor Conlon simplesmente disse, como quem comenta um fato corriqueiro com um amigo:
- Você quer que os planos de Deus para tua vida se cumpram? Quer que a vontade dEle para você torne-se realidade? Saber é difícil, nós mesmos nunca saberemos. Mas Deus sabe. Não é uma questão de saber, mas de deixá-la se cumprir. Então, se você quer sair daqui e ir para o Brooklyn sem saber o caminho, o que você faz? Pega um ônibus que tenha ao volante um motorista com as informações sobre como chegar lá. Depois basta ficar ali, perto dele, até que chegue ao seu destino. Do mesmo modo, se você quer cumprir o plano de Deus para sua vida, tudo o que tem a fazer é ficar perto de quem sabe como te conduzir até seu destino. Fique sempre perto de Jesus e todos os planos dEle se cumprirão na sua vida. Você não precisa saber. Basta estar junto a Deus e esperar, pois, um dia após o outro, todas as coisas cooperarão para que a vontade dEle se cumpra em você.
Simples. Bíblico. Silencioso. Pura explanação eficiente e inteligente das verdades bíblicas. Naquele momento, eu congelei. Primeiro, porque percebi que Deus tinha respondido à minha pergunta. Segundo, porque foi de modo totalmente diferente de como eu esperava. Terceiro, porque mostrou-me que eu estava fazendo a pergunta errada: o importante não era “saber”, mas “o que fazer”. Fiquei estarrecido.
Fui embora da Times Square Church com um livro com pregações de David Wilkerson e uma fita k-7 com mensagens dele debaixo do braço, cortesia para os visitantes de primeira vez. Mas, mais importante do que isso, saí dali com uma autêntica experiência com Deus. Sim, Deus tinha falado. E me dado uma bronca ao mesmo tempo. Fiquei feliz por finalmente conhecer a resposta à minha pergunta: para cumprir o plano, a vontade de Deus em minha vida, tudo o que eu tinha de fazer era estar junto a Ele a cada dia. Mas saí humilhado por ver o tamanho da minha prepotência. Por achar que seria da minha forma que a resposta viria. E foi quando entendi algo que é indissociável da pessoa do Senhor: sua absoluta soberania sobre tudo o que ocorre no mundo, as coisas boas e as coisas más.
Saí dali sem ter realizado o sonho de ouvir o gospel dos negros do Harlem, pois a Times Square Church é uma igreja de brancos, com louvores para brancos ao estilo dos brancos. Mas dei de cara com uma estação do metrô. Parei. Pensei. E disse a Deus: “É com o Senhor”. Embarquei e fui para o Harlem, sem ter noção de onde ia e totalmente às cegas. Era hora do almoço, chance mínima de realizar meu sonho, de ouvir o autêntico canto gospel de raízes. Saí sozinho, no meio do bairro, e comecei a andar por suas ruas. Em pensamento, orei: “Senhor, não conheço nada ao meu redor. Não tenho ideia de onde ir. Mas estou contigo, conduze-me”. Foi quando dobrei uma esquina e dei de cara não com uma igreja, mas com um palco montado numa rua interditada, onde 20 igrejas haviam se reunido para um dia de louvor a Deus, com corais, grupos, duetos, quintetos, solistas e os mais variados tipos de autênticos músicos gospel negro de raízes se sucedendo na plataforma. Sentei quietinho e isolado numa cadeira, o único latino em meio a centenas de negros, e vivi ali em êxtase um dos dias mais inesquecíveis da minha vida, com todo tipo de louvor do Harlem sendo entoado ao longo de toda uma tarde. Gozo para minha alma e a realização de um sonho, multiplicado por 20.
Não precisei saber para onde ir. Mas Deus conhecia meu desejo e tinha seus planos para minha tarde: dar-me de presente muito mais do que eu tinha pedido. Deleitei-me no Senhor e ele concedeu o desejo do meu coração. Tudo o que precisei fazer foi estar junto a Ele, dar um passo após o outro e dizer: “Pai, eis-me aqui. Leva-me aonde Tu quiseres e cumpre em mim a Tua vontade”.
Desde então não busco saber o meu futuro, vivo um dia após o outro. E se hoje olho para trás e vejo como Deus conduziu minha vida nos últimos 13 anos, desde aquele dia de maio de 1999, sorrio e percebo claramente como os planos dEle para mim têm todos se cumprido. O que Ele reserva para meus próximos 13 anos? Sinceramente não sei. E sinceramente não faço questão de saber. Apenas entrego meu caminho ao Senhor, confio nEle e sei que o mais… Ele fará. Confie nisso também.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

fonte: Blog do Mauricio Zagari
 http://apenas1.wordpress.com/

Cristãos como o diabo gosta


Estou triste. Sei que já falei sobre isso, mas tenho visto e vivido coisas que me levaram a refletir profundamente sobre a agressividade que tem imperado entre grupos cristãos, que não muda nem dá sinais de que vai mudar. Isso me faz voltar ao assunto, só que sob outro prisma: o do conceito bíblico de “exortação”. Do latim exorthor, significa, segundo a definição do dicionário, “convencer por meio da persuasão, do conselho, incitar à prática do que é bom ou conveniente, encorajar, advertir”. Vê-se claramente que exortação é algo que deve ter cunho positivo. Tem a ver com aconselhar, levar a fazer o que é bom, injetar coragem e trazer advertências – ou seja, alertas preventivos. Exortar é algo a ser feito com pureza e bondade no coração. Logo, “exortação” não é sinônimo de “baixar o cajado”, “ofender”, “atacar”, “dar bronca”, “humilhar”, “rebaixar”. É algo feito com base no amor e não no ódio. Logo, a exortação feita por cristãos se for agressiva de cara já a desqualifica como uma atitude cristã.
Mas, tristemente, influenciados pelos péssimos exemplos de líderes religiosos que vemos na televisão, em programas que você vem e vê na web e gente agressiva que distribui a granel suas ofensas pela internet, achamos que aquilo ali é o certo, que falar daquele jeito é exortação. Só que tratar pessoas como se fossem cães sarnentos não é exortação: é falta de educação, estupidez, malcriação e de cristão não tem absolutamente nada. Pastores que falam de amor mas praticam grosserias “em nome de Jesus” estão agindo como o diabo gosta. E ensinando as ovelhas a serem mundanas, pagãs e, lógico, agressivas. E a epidemia de cristãos que em vez de darem a outra face preferem dar na cara dos outros se alastra.
Tenho vivido isso aqui no APENAS. Peço desculpas por este post parecer um pouco personalista, mas para falar sobre esse assunto terei de me botar um pouco no foco. Perdão por isso. Acredite, o espaço de comentários de um blog é uma boa amostragem de como se comportam aqueles que se chamam pelo nome do Senhor. A esmagadora maioria dos comentários é educada. Falemos apenas dos discordantes. Já ouvi muitos escreverem  “não concordei com tudo mas gostei do todo…”. Outros discordam de toda a linha de raciocínio que exponho – mas com educação, respeito e entendimento de como dois irmãos na fé devem se falar na hora da divergência. Gosto quando isso acontece. Pois não sou nem pretendo me pôr como dono da verdade, embora seja aguerrido no que creia até que me convençam do contrário. E quem discorda de mim como um cristão terá seu comentário discordante aprovado, publicado e comentado.
Muitos diálogos edificantes surgem daí. Não sou como certos pastores poetas que não publicam comentários divergentes de suas visões em seus blogs e que com isso se põem acima do erro (ver o post Soli Electus Gloria). Eu erro. Exortações e críticas são bem-vindas (sim, não sou como outro pastor que disse o absurdo que “críticos são recalcados que não fazem nada”, como expus no post Cristãos críticos que criticam cristãos críticos). Eu aceito críticas, muitas me ajudaram a crescer como homem e como cristão. Mas há um porém, desde que feitas com educação e segundo Jesus ensinou: mansamente.  Quem recusa ser criticado pratica idolatria, pois se posiciona como inerrante – algo que só Deus é.
Aqui no APENAS não cito nomes de pessoas por orientação ética, mas critico ideias, conceitos, atitudes. E critico sem um pingo de dor na consciência, pois procuro praticar a  exortação bíblica. E para que faço isso? Para tentar despertar alguns que vêm sendo enganados, para tentar, como diz o líder de minha denominação, “fazer a igreja voltar a ser Igreja”, para somar. E muitos têm exposto nos comentários que mudaram seus pontos de vista e se aproximaram de Deus ao ler algo que escrevi – o que me alegra, naturalmente. Sensação de missão cumprida.
Todavia, quando se faz isso sempre surgirão aqueles que virão te atacar. Querem exortar? Perfeito, é bíblico. Mas não fazem com amor, fazem com ira na voz, com rancor e raiva. E ao passo que a exortação deveria ser feita com espirito cristão , visando ao bem do exortado, vozes minoritárias se levantam (“em nome de Jesus”) com agressividade, ofensas, argumentos sem base e ad hominem (= quando não se consegue derrubar o que é dito, ataca-se a pessoa que diz). E, o que é mais covarde: há quem o faça no anonimato.
Peguemos como exemplo novamente meu blog. Naturalmente, quando se tem uma média de 3.600 leituras por post ao longo de dois dias, que é a atual do APENAS (fora os que leem de forma viral, por e-mail ou Facebook – e que não há como saber quantos são), haverá no meio de toda essa gente aqueles que discordarão de você. Isso é normal, natural, previsível e saudável. Eis por que há espaço de comentários após cada texto: para haver diálogo. Por isso sempre digo que um post não acaba no final, mas prossegue pelo que os leitores dizem.
Por exemplo: quando postei “Solitários, carentes e infelizes” ou “Casei errado. E agora?“, que falam daqueles que se casam por razões equivocadas ou sem amor e que depois vivem infelizes, uma multidão dos que estão nessa situação deixaram seus testemunhos, alguns dos quais considero mais esclarecedores para os solteiros que pensam em se casar do que o que eu mesmo escrevi. Pois são alertas reais. Então aqueles que dialogam por esse canal só trazem riqueza e edificação para quem lê. Mas há o oposto também: aqueles que entram de pé na porta, agredindo, discordando, ofendendo, batendo, mandando eu “me converter” e coisas piores.
Não estou preocupado em não ser ofendido. Pois é previsível que serei. Mateus 5.10-12 é um alento nesse sentido. O que me preocupa e me abate é que as ofensas vêm de cristãos. O Carlos, por exemplo, era um leitor ativo e participativo do APENAS. Um detalhe: Carlos é ateu. Tentou me convencer por muito tempo que o ateísmo é o que há. Não conseguiu, parou de comentar. Mas embora tenha sido sempre incisivo e algumas vezes resvalou na ofensa, em geral Carlos procurava o diálogo de modo civilizado. E, sendo ateu, Carlos conseguia ser mais educado que muitos cristãos que destilam veneno nos comentários. Muitos deles, covardemente, atrás de pseudônimos e do anonimato. Isso mostra que, se fazem isso no APENAS, também o fazem na vida real. Seja no mundo virtual ou real, são péssimos exemplos.
A Igreja de Cristo já está assolada por escândalos o suficiente. Muitos crentes têm agido de modo tão carnal como o mundo. E, quando mais precisamos dialogar com civilidade cristã e seguindo os ditames de Jesus de Nazaré  para buscar soluções e caminhos, vejo cristãos surgindo do nada para desrespeitar irmãos com uma agressividade assíria – do jeitinho que viram o pastor fazer na TV ou que vieram e viram na internet. Um dos mais recentes partiu de um cidadão intitulado “justice” (não ria,  por favor, vamos respeitar o “justice”) que me tratou como a última das criaturas e partiu para cima num esbofeteamento verbal… num texto em que falo sobre a glória de Deus! Incompreensível sob todos os aspectos. Incompreensível e covarde, pois se esconde atrás de pseudônimo. Não quer dialogar, só quer fazer pirraça: entrar em campo, chutar a canela de alguém e sair correndo para a arquibancada. Isso não é cristão. Não é educado. Não gera frutos. É pura molecagem.
Os cristãos têm se tornado verdugos. Querem chibatar os irmãos, arrebentar quem deles discorda. Quando escrevi o post “Sou evangélico sim e com muito orgulho” um (acredite você) pastor rebateu meus argumentos em seu blog de um modo que me deixou perplexo. Não devido ao fato de ele ter feito uma crítica ao meu post totalmente desconexa do que eu quis dizer – seu comentário deixou claro que sua interpretação de minhas palavras passou a anos-luz do que o post dizia e que ele enxergou em meu coração intenções que não havia. Sua crítica do meu texto simplesmente não coadunava com o que eu tinha escrito. Interpretou mal e não compreendeu meus argumentos. Mas até aí tudo bem, discordâncias de visão entre irmãos são normais e até a incompreensão do que alguém diz – causada por má hermenêutica – se entende. Mas não foi isso o que me entristeceu.
O que me fez lamentar foi a agressividade usada nas palavras e no tom. Ele e um amigo dele, que deixou um comentário no post, foram extremamente desrespeitosos ao indivíduo de quem discordavam. Ou seja: ao próximo. Em vez de buscar dialogar, usaram o ad hominem o tempo inteiro. Esse cavalheiro criticou em seu texto Lutero, Zwinglio e Calvino por, em sua opinião, não terem feito o que chamou de a “reforma do coração” para, logo em seguida, afirmar que eu, Maurício Zágari, apenas “me digo cristão” e inferiu que sou “incoerente” e “mentiroso”. Fiquei pensando se foi a reforma de seu coração que o levou a dizer coisas tão cristãs a meu respeito e a afirmar que eu apenas “me digo cristão” (suponho que, para afirmar isso, ele, assim como o Espírito Santo, conhece-me profundamente, a minha história de vida e a minha alma). Um fator engraçado é que na sessão de “Artigos” do site da igreja que esse pastor lidera há (ou pelo menos havia) um texto escrito por mim e publicado orignalmente aqui no APENAS. Texto que, se não foi deletado, provavelmente será, visto que ontem eu era digno de ser publicado em seu site mas agora apenas “me digo cristão” – e não pegaria bem publicar um artigo de um ímpio como eu (ou de um, perdoem-me o termo, e…van…gé…li…co como eu) num site de uma igreja cristã, não é? Eu riria da ironia, se não fosse muito triste.
Na foto do site da igreja desse pastor que questionou a minha fé e me ofendeu ele aparece abraçado aos membros de sua igreja e, numa triste ironia, acima da foto vem escrito: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei“. É aquela coisa: falar é fácil, fácil. Mas a verdade é que esse pastor não me amou nem um pouco. Ao pôr lado a lado as palavras escritas no banner do site e as palavras escritas sobre minha pessoa em tom tão lamentável, a frase de Cristo tornou-se um  mero slogan vazio. Amor? Não, não vi amor ali. Pois da boca sai o que está cheio o coração. E o que saiu da boca desse pastor por meio de seu blog foi pura ofensa. Em nome de Jesus, é claro.
Em um comentário debochado de seu post, o amigo cristão do pastor conseguiu em um único parágrafo me chamar de “animal irracional”, “asno” e “filho do Pai da mentira”. Uau. E, para meu espanto, em vez de se posicionar como pastor pacificador e usar seu coração cristão para mostrar ao seu irmão e amigo que o Evangelho de Cristo nos ensinou a não tratar os outros assim, o sacerdote autor do blog ainda endossou o que ele disse e me acusou de não querer “um retorno ao evangelho de Cristo, mas um retorno a Calvino e a sua igreja medieval”. Incrível como não entendeu nada do que escrevi e, ainda mais incrível, foi o modo como um discípulo de Jesus e líder de um rebanho tratou um irmão na fé (desculpe, esqueci que para ele apenas “me digo cristão”, logo, não sou irmão aos seus olhos). Fiquei me perguntando: será isso que Jesus pregou? Esse é o Evangelho de Jesus Cristo que eles tanto defendem?
Defende-se o Evangelho praticando o que o Evangelho condena? Deus do Céu… o que está havendo com os cristãos?
O amigo do pastor ainda termina seu comentário no post com essa afirmação simpática a respeito do que escrevi e da minha pessoa: “Esse tipo de mentira é tão absurda que me dá ânsia de vômito. Mais um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus. Só posso dizer: MISERICÓRDIA! (ou talvez: tá amarrado kkkkk)”.
Ele riu.
Você achou graça?
Eu não.
Fiquei triste, muito triste, ao ver um cristão se expressar dessa forma. São palavras dignas, em sua opinião? Alguém que não tem a mínima ideia de quem eu sou, que provavelmente não leu meu texto (possivelmente só o do amigo pastor) e que defende a “reforma do coração” e “o retorno ao Evangelho de Cristo” diz que sou “um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus”. Ah, claro, se estou amarrado… sou além disso também um demônio?
Pois é, irmãos, é assim que temos nos amado uns aos outros…
Que dizer? Que dizer, meu Deus? Se de pastores e seus amigos vem tanta agressividade, o que esperar de suas ovelhas? Esse exemplo para mim é clássico. Pois revela como muitas lideranças estão ensinando o rebanho que lideram a ofender, desmerecer e atacar. Pois pregar amor no púlpito e pôr uma frase sobre amor no site é moleza. Pega bem. Atrai membros. Fora do púlpito, a agressividade gospel se revela e põe as presas de fora. A Igreja esbofeteia a si mesma em nome da… “reforma do coração”??? E, com isso, 1 Coríntios 12 escorre pelo ralo. Vivemos dias difíceis, duros e onde grupos cristãos não têm demonstrado na prática nenhum amor ao próximo.
O comentário de “justice” simplesmente excluí ao chegar à terceira linha. No caso do pastor que julgou-me e ofendeu-me em seu blog, meu primeiro impulso foi responder com um comentário. Mas parei. Pensei. E não respondi. Preferi – eu, que apenas “me digo cristão” – fazer o que a Bíblia manda. Orei por quem me maltratou e me perseguiu. Pois não quero entrar em “guerras santas” que em nada edificam e estão longe do amor cristão. Que só têm como objetivo afirmar a “minha verdade”. Hoje encontramos milhões de sabe-tudos e poucos os que amam o próximo como a si mesmos. E fazem isso em nome da… “defesa do Evangelho de Cristo”? Meu Deus… quanta contradição pra tão pouco amor…
A Igreja está raivosa. E isso não tem nada a ver com Jesus de Nazaré. Tem a ver com cristãos que afirmam que querem a volta do Evangelho de Cristo (que nos manda fazer o bem a quem nos faz mal, a dar a outra face, a andar a segunda milha), mas agem como esses exemplos que citei. E, acredite, esses são apenas alguns exemplos. Haveria muitos outros.
Já disse isso e repito: temos que repensar nosso tom de voz. Precisamos voltar à Bíblia, ao Sermão do Monte de Mateus 5-7. Precisamos compreender o que de fato representa a fé em Cristo. Entender que os ensinamentos de Jesus estão a léguas e léguas de distância das agressões que medalhões do mundo gospel falam em seus programas de TV, em seus videos via web e nas redes sociais – e que os anônimos repetem, repetem, repetem… E assim agridem, agridem, agridem… Até mesmo pastores, que, mais do que ninguém, deveriam ser exemplo.
Olho para a Bíblia, vejo o perfil que ela apresenta que devem ter os sacerdotes cristãos e comparo o que ela diz com o que vejo na prática. Avalie por si mesmo: “É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro” (1 Tm 3.2,3).
E mais: “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio” (Tt 1.7,8).
Logo, pastores briguentos, violentos, sem domínio próprio, beligerantes, injustos e desrespeitosos são exatamente o oposto de como a Bíblia diz que deveriam ser. E os que não conseguem ser de outro modo ou se controlar deveriam dar outro rumo a suas vidas, pois não cumprem os pré-requisitos para serem sacerdotes do Deus Altíssimo.
Quero esquecer essas vozes briguentas e buscar um pouco mais a paz. O afeto. O carinho pelo próximo. Ajudar que ser ajudado, mesmo que isso custe pedradas. Elas são inevitáveis. E, se for para exortar, que seja com amor pela alma exortada. Ser incisivo e firme muitas vezes é necessário, mas isso é bem diferente de ser estúpido com o próximo. Vivemos dias difíceis, onde os modelos para muitos são pastores que vibram via twitter assistindo a lutas de UFC e escrevendo “que joelhada linda”. Não existe joelhada linda, só um péssimo exemplo. Uma flor não se dá com um soco. A exortação não deve vir com rancor. A Igreja tem se espelhado em péssimos modelos e os reproduzido como clones malformados. Não quero ser uma versão gospel do Ratinho. Chega, irmãos. Paz. Tenhamos em nós a mansidão do Cordeiro. Paz. Temos que respirar fundo, contar até dez e ser cristãos de fato. Paz. Se tua mão se levantar alguma vez para agredir, impeça-a cravando-a na Cruz de Cristo. Paz. Só assim poderemos cumprir o mandamento mais importante, de amar a Deus sobre tudo e, nunca se esqueça: ao próximo como a nós mesmos. E isso nas palavras, nas ações e nas exortações.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

fonte: Blog do Mauricio Zagari
 http://apenas1.wordpress.com/

Estou triste. Sei que já falei sobre isso, mas tenho visto e vivido coisas que me levaram a refletir profundamente sobre a agressividade que tem imperado entre grupos cristãos, que não muda nem dá sinais de que vai mudar. Isso me faz voltar ao assunto, só que sob outro prisma: o do conceito bíblico de “exortação”. Do latim exorthor, significa, segundo a definição do dicionário, “convencer por meio da persuasão, do conselho, incitar à prática do que é bom ou conveniente, encorajar, advertir”. Vê-se claramente que exortação é algo que deve ter cunho positivo. Tem a ver com aconselhar, levar a fazer o que é bom, injetar coragem e trazer advertências – ou seja, alertas preventivos. Exortar é algo a ser feito com pureza e bondade no coração. Logo, “exortação” não é sinônimo de “baixar o cajado”, “ofender”, “atacar”, “dar bronca”, “humilhar”, “rebaixar”. É algo feito com base no amor e não no ódio. Logo, a exortação feita por cristãos se for agressiva de cara já a desqualifica como uma atitude cristã.
Mas, tristemente, influenciados pelos péssimos exemplos de líderes religiosos que vemos na televisão, em programas que você vem e vê na web e gente agressiva que distribui a granel suas ofensas pela internet, achamos que aquilo ali é o certo, que falar daquele jeito é exortação. Só que tratar pessoas como se fossem cães sarnentos não é exortação: é falta de educação, estupidez, malcriação e de cristão não tem absolutamente nada. Pastores que falam de amor mas praticam grosserias “em nome de Jesus” estão agindo como o diabo gosta. E ensinando as ovelhas a serem mundanas, pagãs e, lógico, agressivas. E a epidemia de cristãos que em vez de darem a outra face preferem dar na cara dos outros se alastra.
Tenho vivido isso aqui no APENAS. Peço desculpas por este post parecer um pouco personalista, mas para falar sobre esse assunto terei de me botar um pouco no foco. Perdão por isso. Acredite, o espaço de comentários de um blog é uma boa amostragem de como se comportam aqueles que se chamam pelo nome do Senhor. A esmagadora maioria dos comentários é educada. Falemos apenas dos discordantes. Já ouvi muitos escreverem  “não concordei com tudo mas gostei do todo…”. Outros discordam de toda a linha de raciocínio que exponho – mas com educação, respeito e entendimento de como dois irmãos na fé devem se falar na hora da divergência. Gosto quando isso acontece. Pois não sou nem pretendo me pôr como dono da verdade, embora seja aguerrido no que creia até que me convençam do contrário. E quem discorda de mim como um cristão terá seu comentário discordante aprovado, publicado e comentado.
Muitos diálogos edificantes surgem daí. Não sou como certos pastores poetas que não publicam comentários divergentes de suas visões em seus blogs e que com isso se põem acima do erro (ver o post Soli Electus Gloria). Eu erro. Exortações e críticas são bem-vindas (sim, não sou como outro pastor que disse o absurdo que “críticos são recalcados que não fazem nada”, como expus no post Cristãos críticos que criticam cristãos críticos). Eu aceito críticas, muitas me ajudaram a crescer como homem e como cristão. Mas há um porém, desde que feitas com educação e segundo Jesus ensinou: mansamente.  Quem recusa ser criticado pratica idolatria, pois se posiciona como inerrante – algo que só Deus é.
Aqui no APENAS não cito nomes de pessoas por orientação ética, mas critico ideias, conceitos, atitudes. E critico sem um pingo de dor na consciência, pois procuro praticar a  exortação bíblica. E para que faço isso? Para tentar despertar alguns que vêm sendo enganados, para tentar, como diz o líder de minha denominação, “fazer a igreja voltar a ser Igreja”, para somar. E muitos têm exposto nos comentários que mudaram seus pontos de vista e se aproximaram de Deus ao ler algo que escrevi – o que me alegra, naturalmente. Sensação de missão cumprida.
Todavia, quando se faz isso sempre surgirão aqueles que virão te atacar. Querem exortar? Perfeito, é bíblico. Mas não fazem com amor, fazem com ira na voz, com rancor e raiva. E ao passo que a exortação deveria ser feita com espirito cristão , visando ao bem do exortado, vozes minoritárias se levantam (“em nome de Jesus”) com agressividade, ofensas, argumentos sem base e ad hominem (= quando não se consegue derrubar o que é dito, ataca-se a pessoa que diz). E, o que é mais covarde: há quem o faça no anonimato.
Peguemos como exemplo novamente meu blog. Naturalmente, quando se tem uma média de 3.600 leituras por post ao longo de dois dias, que é a atual do APENAS (fora os que leem de forma viral, por e-mail ou Facebook – e que não há como saber quantos são), haverá no meio de toda essa gente aqueles que discordarão de você. Isso é normal, natural, previsível e saudável. Eis por que há espaço de comentários após cada texto: para haver diálogo. Por isso sempre digo que um post não acaba no final, mas prossegue pelo que os leitores dizem.
Por exemplo: quando postei “Solitários, carentes e infelizes” ou “Casei errado. E agora?“, que falam daqueles que se casam por razões equivocadas ou sem amor e que depois vivem infelizes, uma multidão dos que estão nessa situação deixaram seus testemunhos, alguns dos quais considero mais esclarecedores para os solteiros que pensam em se casar do que o que eu mesmo escrevi. Pois são alertas reais. Então aqueles que dialogam por esse canal só trazem riqueza e edificação para quem lê. Mas há o oposto também: aqueles que entram de pé na porta, agredindo, discordando, ofendendo, batendo, mandando eu “me converter” e coisas piores.
Não estou preocupado em não ser ofendido. Pois é previsível que serei. Mateus 5.10-12 é um alento nesse sentido. O que me preocupa e me abate é que as ofensas vêm de cristãos. O Carlos, por exemplo, era um leitor ativo e participativo do APENAS. Um detalhe: Carlos é ateu. Tentou me convencer por muito tempo que o ateísmo é o que há. Não conseguiu, parou de comentar. Mas embora tenha sido sempre incisivo e algumas vezes resvalou na ofensa, em geral Carlos procurava o diálogo de modo civilizado. E, sendo ateu, Carlos conseguia ser mais educado que muitos cristãos que destilam veneno nos comentários. Muitos deles, covardemente, atrás de pseudônimos e do anonimato. Isso mostra que, se fazem isso no APENAS, também o fazem na vida real. Seja no mundo virtual ou real, são péssimos exemplos.
A Igreja de Cristo já está assolada por escândalos o suficiente. Muitos crentes têm agido de modo tão carnal como o mundo. E, quando mais precisamos dialogar com civilidade cristã e seguindo os ditames de Jesus de Nazaré  para buscar soluções e caminhos, vejo cristãos surgindo do nada para desrespeitar irmãos com uma agressividade assíria – do jeitinho que viram o pastor fazer na TV ou que vieram e viram na internet. Um dos mais recentes partiu de um cidadão intitulado “justice” (não ria,  por favor, vamos respeitar o “justice”) que me tratou como a última das criaturas e partiu para cima num esbofeteamento verbal… num texto em que falo sobre a glória de Deus! Incompreensível sob todos os aspectos. Incompreensível e covarde, pois se esconde atrás de pseudônimo. Não quer dialogar, só quer fazer pirraça: entrar em campo, chutar a canela de alguém e sair correndo para a arquibancada. Isso não é cristão. Não é educado. Não gera frutos. É pura molecagem.
Os cristãos têm se tornado verdugos. Querem chibatar os irmãos, arrebentar quem deles discorda. Quando escrevi o post “Sou evangélico sim e com muito orgulho” um (acredite você) pastor rebateu meus argumentos em seu blog de um modo que me deixou perplexo. Não devido ao fato de ele ter feito uma crítica ao meu post totalmente desconexa do que eu quis dizer – seu comentário deixou claro que sua interpretação de minhas palavras passou a anos-luz do que o post dizia e que ele enxergou em meu coração intenções que não havia. Sua crítica do meu texto simplesmente não coadunava com o que eu tinha escrito. Interpretou mal e não compreendeu meus argumentos. Mas até aí tudo bem, discordâncias de visão entre irmãos são normais e até a incompreensão do que alguém diz – causada por má hermenêutica – se entende. Mas não foi isso o que me entristeceu.
O que me fez lamentar foi a agressividade usada nas palavras e no tom. Ele e um amigo dele, que deixou um comentário no post, foram extremamente desrespeitosos ao indivíduo de quem discordavam. Ou seja: ao próximo. Em vez de buscar dialogar, usaram o ad hominem o tempo inteiro. Esse cavalheiro criticou em seu texto Lutero, Zwinglio e Calvino por, em sua opinião, não terem feito o que chamou de a “reforma do coração” para, logo em seguida, afirmar que eu, Maurício Zágari, apenas “me digo cristão” e inferiu que sou “incoerente” e “mentiroso”. Fiquei pensando se foi a reforma de seu coração que o levou a dizer coisas tão cristãs a meu respeito e a afirmar que eu apenas “me digo cristão” (suponho que, para afirmar isso, ele, assim como o Espírito Santo, conhece-me profundamente, a minha história de vida e a minha alma). Um fator engraçado é que na sessão de “Artigos” do site da igreja que esse pastor lidera há (ou pelo menos havia) um texto escrito por mim e publicado orignalmente aqui no APENAS. Texto que, se não foi deletado, provavelmente será, visto que ontem eu era digno de ser publicado em seu site mas agora apenas “me digo cristão” – e não pegaria bem publicar um artigo de um ímpio como eu (ou de um, perdoem-me o termo, e…van…gé…li…co como eu) num site de uma igreja cristã, não é? Eu riria da ironia, se não fosse muito triste.
Na foto do site da igreja desse pastor que questionou a minha fé e me ofendeu ele aparece abraçado aos membros de sua igreja e, numa triste ironia, acima da foto vem escrito: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei“. É aquela coisa: falar é fácil, fácil. Mas a verdade é que esse pastor não me amou nem um pouco. Ao pôr lado a lado as palavras escritas no banner do site e as palavras escritas sobre minha pessoa em tom tão lamentável, a frase de Cristo tornou-se um  mero slogan vazio. Amor? Não, não vi amor ali. Pois da boca sai o que está cheio o coração. E o que saiu da boca desse pastor por meio de seu blog foi pura ofensa. Em nome de Jesus, é claro.
Em um comentário debochado de seu post, o amigo cristão do pastor conseguiu em um único parágrafo me chamar de “animal irracional”, “asno” e “filho do Pai da mentira”. Uau. E, para meu espanto, em vez de se posicionar como pastor pacificador e usar seu coração cristão para mostrar ao seu irmão e amigo que o Evangelho de Cristo nos ensinou a não tratar os outros assim, o sacerdote autor do blog ainda endossou o que ele disse e me acusou de não querer “um retorno ao evangelho de Cristo, mas um retorno a Calvino e a sua igreja medieval”. Incrível como não entendeu nada do que escrevi e, ainda mais incrível, foi o modo como um discípulo de Jesus e líder de um rebanho tratou um irmão na fé (desculpe, esqueci que para ele apenas “me digo cristão”, logo, não sou irmão aos seus olhos). Fiquei me perguntando: será isso que Jesus pregou? Esse é o Evangelho de Jesus Cristo que eles tanto defendem?
Defende-se o Evangelho praticando o que o Evangelho condena? Deus do Céu… o que está havendo com os cristãos?
O amigo do pastor ainda termina seu comentário no post com essa afirmação simpática a respeito do que escrevi e da minha pessoa: “Esse tipo de mentira é tão absurda que me dá ânsia de vômito. Mais um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus. Só posso dizer: MISERICÓRDIA! (ou talvez: tá amarrado kkkkk)”.
Ele riu.
Você achou graça?
Eu não.
Fiquei triste, muito triste, ao ver um cristão se expressar dessa forma. São palavras dignas, em sua opinião? Alguém que não tem a mínima ideia de quem eu sou, que provavelmente não leu meu texto (possivelmente só o do amigo pastor) e que defende a “reforma do coração” e “o retorno ao Evangelho de Cristo” diz que sou “um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus”. Ah, claro, se estou amarrado… sou além disso também um demônio?
Pois é, irmãos, é assim que temos nos amado uns aos outros…
Que dizer? Que dizer, meu Deus? Se de pastores e seus amigos vem tanta agressividade, o que esperar de suas ovelhas? Esse exemplo para mim é clássico. Pois revela como muitas lideranças estão ensinando o rebanho que lideram a ofender, desmerecer e atacar. Pois pregar amor no púlpito e pôr uma frase sobre amor no site é moleza. Pega bem. Atrai membros. Fora do púlpito, a agressividade gospel se revela e põe as presas de fora. A Igreja esbofeteia a si mesma em nome da… “reforma do coração”??? E, com isso, 1 Coríntios 12 escorre pelo ralo. Vivemos dias difíceis, duros e onde grupos cristãos não têm demonstrado na prática nenhum amor ao próximo.
O comentário de “justice” simplesmente excluí ao chegar à terceira linha. No caso do pastor que julgou-me e ofendeu-me em seu blog, meu primeiro impulso foi responder com um comentário. Mas parei. Pensei. E não respondi. Preferi – eu, que apenas “me digo cristão” – fazer o que a Bíblia manda. Orei por quem me maltratou e me perseguiu. Pois não quero entrar em “guerras santas” que em nada edificam e estão longe do amor cristão. Que só têm como objetivo afirmar a “minha verdade”. Hoje encontramos milhões de sabe-tudos e poucos os que amam o próximo como a si mesmos. E fazem isso em nome da… “defesa do Evangelho de Cristo”? Meu Deus… quanta contradição pra tão pouco amor…
A Igreja está raivosa. E isso não tem nada a ver com Jesus de Nazaré. Tem a ver com cristãos que afirmam que querem a volta do Evangelho de Cristo (que nos manda fazer o bem a quem nos faz mal, a dar a outra face, a andar a segunda milha), mas agem como esses exemplos que citei. E, acredite, esses são apenas alguns exemplos. Haveria muitos outros.
Já disse isso e repito: temos que repensar nosso tom de voz. Precisamos voltar à Bíblia, ao Sermão do Monte de Mateus 5-7. Precisamos compreender o que de fato representa a fé em Cristo. Entender que os ensinamentos de Jesus estão a léguas e léguas de distância das agressões que medalhões do mundo gospel falam em seus programas de TV, em seus videos via web e nas redes sociais – e que os anônimos repetem, repetem, repetem… E assim agridem, agridem, agridem… Até mesmo pastores, que, mais do que ninguém, deveriam ser exemplo.
Olho para a Bíblia, vejo o perfil que ela apresenta que devem ter os sacerdotes cristãos e comparo o que ela diz com o que vejo na prática. Avalie por si mesmo: “É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro” (1 Tm 3.2,3).
E mais: “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio” (Tt 1.7,8).
Logo, pastores briguentos, violentos, sem domínio próprio, beligerantes, injustos e desrespeitosos são exatamente o oposto de como a Bíblia diz que deveriam ser. E os que não conseguem ser de outro modo ou se controlar deveriam dar outro rumo a suas vidas, pois não cumprem os pré-requisitos para serem sacerdotes do Deus Altíssimo.
Quero esquecer essas vozes briguentas e buscar um pouco mais a paz. O afeto. O carinho pelo próximo. Ajudar que ser ajudado, mesmo que isso custe pedradas. Elas são inevitáveis. E, se for para exortar, que seja com amor pela alma exortada. Ser incisivo e firme muitas vezes é necessário, mas isso é bem diferente de ser estúpido com o próximo. Vivemos dias difíceis, onde os modelos para muitos são pastores que vibram via twitter assistindo a lutas de UFC e escrevendo “que joelhada linda”. Não existe joelhada linda, só um péssimo exemplo. Uma flor não se dá com um soco. A exortação não deve vir com rancor. A Igreja tem se espelhado em péssimos modelos e os reproduzido como clones malformados. Não quero ser uma versão gospel do Ratinho. Chega, irmãos. Paz. Tenhamos em nós a mansidão do Cordeiro. Paz. Temos que respirar fundo, contar até dez e ser cristãos de fato. Paz. Se tua mão se levantar alguma vez para agredir, impeça-a cravando-a na Cruz de Cristo. Paz. Só assim poderemos cumprir o mandamento mais importante, de amar a Deus sobre tudo e, nunca se esqueça: ao próximo como a nós mesmos. E isso nas palavras, nas ações e nas exortações.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

fonte: Blog do Mauricio Zagari
 http://apenas1.wordpress.com/

NETINHOS DO ORESTO - PRODUÇÕES E EVENTOS



Atenção você de Miguel Alves e Região,
se você quer realizar um,
a festa de aniversário ou casamento,
procure-nos:
Netinhos do Oresto
Produção e Eventos

Convites /lembrancinhas/doces/salgados/vídeos
produção em geral
Contatos:
(86)9931 7447/(86) 9915 6935
netinhosdooresto@hotmail.com
www.netinhosdooresto.blogspot.com.br



Atenção você de Miguel Alves e Região,
se você quer realizar um,
a festa de aniversário ou casamento,
procure-nos:
Netinhos do Oresto
Produção e Eventos

Convites /lembrancinhas/doces/salgados/vídeos
produção em geral
Contatos:
(86)9931 7447/(86) 9915 6935
netinhosdooresto@hotmail.com
www.netinhosdooresto.blogspot.com.br

Apresentação da esquadrilha da fumaça em Miguel Alves


O espetáculo aéreo que durou cerca de 40 minutos encantou crianças e adultos, que foram levados ao delírio com as manobras radicais apresentada pelo grupo que representa a Força Aérea Brasileira.
16:49 - 24/04/2012

Apresentação em Miguel Alves
Há muitos anos atrás a Esquadrilha da Fumaça já havia realizado uma apresentação em Miguel Alves, a emoção daquela época pode ser revivida pelas centenas de pessoas que compareceram ao Adro da Igreja de São Miguel Arcanjo, no Centro do município no final a tarde de ontem (23). O espetáculo aéreo que durou cerca de 40 minutos encantou crianças e adultos, que foram levados ao delírio com as manobras radicais apresentada pelo grupo que representa a Força Aérea Brasileira.

Ao todo foram 50 acrobacias, e as que chamaram mais a atenção do público foi à tradicional criação de um coração com a fumaça que saia das aeronaves, e também uma pirueta realizada quando os motores do pequeno avião são desligados.

Durante a apresentação, uma equipe da Esquadrilha da Fumaça narrava do chão ao lado da multidão, passo a passo das manobras realizadas no céu, o antenado público não conseguia tirá a vista do céu. A apresentação no município foi uma cortesia do Grupo Claudino, através de uma solicitação da Prefeitura de Miguel Alves, por conta do Centenário de emancipação política da cidade que acontece no próximo dia 24/05. “Nossa intenção era buscar o apoio para esta apresentação no mês de maio, só que o Grupo Claudino, já havia marcado outras apresentações pelo Piauí e Maranhão nesta semana, por isso aceitamos este presente que nos deixou muito felizes”, disse, Oliveira Júnior, Prefeito de Miguel Alves.



A apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea, mais conhecida como Esquadrilha da Fumaça, contou com sete aeronaves do modelo tucano, e ainda oito anjos que dão apoio aos pilotos. No final da apresentação, a equipe de chão distribuiu para os presentes um informativo sobre os 60 anos de criação da Esquadrilha da Fumaça.






















fonte: Portal CMN


O espetáculo aéreo que durou cerca de 40 minutos encantou crianças e adultos, que foram levados ao delírio com as manobras radicais apresentada pelo grupo que representa a Força Aérea Brasileira.
16:49 - 24/04/2012

Apresentação em Miguel Alves
Há muitos anos atrás a Esquadrilha da Fumaça já havia realizado uma apresentação em Miguel Alves, a emoção daquela época pode ser revivida pelas centenas de pessoas que compareceram ao Adro da Igreja de São Miguel Arcanjo, no Centro do município no final a tarde de ontem (23). O espetáculo aéreo que durou cerca de 40 minutos encantou crianças e adultos, que foram levados ao delírio com as manobras radicais apresentada pelo grupo que representa a Força Aérea Brasileira.

Ao todo foram 50 acrobacias, e as que chamaram mais a atenção do público foi à tradicional criação de um coração com a fumaça que saia das aeronaves, e também uma pirueta realizada quando os motores do pequeno avião são desligados.

Durante a apresentação, uma equipe da Esquadrilha da Fumaça narrava do chão ao lado da multidão, passo a passo das manobras realizadas no céu, o antenado público não conseguia tirá a vista do céu. A apresentação no município foi uma cortesia do Grupo Claudino, através de uma solicitação da Prefeitura de Miguel Alves, por conta do Centenário de emancipação política da cidade que acontece no próximo dia 24/05. “Nossa intenção era buscar o apoio para esta apresentação no mês de maio, só que o Grupo Claudino, já havia marcado outras apresentações pelo Piauí e Maranhão nesta semana, por isso aceitamos este presente que nos deixou muito felizes”, disse, Oliveira Júnior, Prefeito de Miguel Alves.



A apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea, mais conhecida como Esquadrilha da Fumaça, contou com sete aeronaves do modelo tucano, e ainda oito anjos que dão apoio aos pilotos. No final da apresentação, a equipe de chão distribuiu para os presentes um informativo sobre os 60 anos de criação da Esquadrilha da Fumaça.






















fonte: Portal CMN

Mulher doa um rim para salvar a chefe, mas acaba demitida


Quando Jackie voltou a assumir o cargo de chefia, a vida de Debbie virou um inferno.

diminuir aumentar
Mulher doa um rim para salvar a chefe, mas acaba demitida Mulher doa um rim para salvar a chefe, mas acaba demitida (Foto Divulgação) 
 
Debbie Stevens, de 47 anos, decidiu doar um rim para a chefe na Automotive Group, na Flórida (EUA), Jackie Brucia (foto acima). Só que, pouco depois da recuperação de Jackie, a doadora acabou demitida!

"Eu decidi me tornar uma doadora para a minha chefe, e ela destruiu o meu coração(...) Eu não queria que ela morresse. Senti como se estivesse dando a ela vida de volta", contou Debbie, segundo reportagem do "NY Post".

Na verdade, o rim de Debbie não era compatível. Então ela doou para outro doente, a fim de que Debbie recebesse um rim de uma outra doadora. O rim de Debbie foi para um paciente em Saint Louis (Missouri) e, em troca, a chefe recebeu um rim de doador de São Francisco (Califórnia).

A funcionária decidiu retornar ao trabalho antes do previsto, mesmo sentindo dores decorrentes da cirurgia. Jackie ainda estava em casa se recuperando do transplante.
Quando Jackie voltou a assumir o cargo de chefia, a vida de Debbie virou um inferno.

Adoentada, Debbie faltou três dias ao trabalho. Jackie não a perdoou. A chefe chamou a subordinada de volta ao escritório só para dizer que ela estava demitida. Debbie contou que Jackie costumava humilhar publicamente a sua benfeitora quando notava supostos erros no trabalho dela.

Debbie está processando a empresa.

Quando Jackie voltou a assumir o cargo de chefia, a vida de Debbie virou um inferno.

diminuir aumentar
Mulher doa um rim para salvar a chefe, mas acaba demitida Mulher doa um rim para salvar a chefe, mas acaba demitida (Foto Divulgação) 
 
Debbie Stevens, de 47 anos, decidiu doar um rim para a chefe na Automotive Group, na Flórida (EUA), Jackie Brucia (foto acima). Só que, pouco depois da recuperação de Jackie, a doadora acabou demitida!

"Eu decidi me tornar uma doadora para a minha chefe, e ela destruiu o meu coração(...) Eu não queria que ela morresse. Senti como se estivesse dando a ela vida de volta", contou Debbie, segundo reportagem do "NY Post".

Na verdade, o rim de Debbie não era compatível. Então ela doou para outro doente, a fim de que Debbie recebesse um rim de uma outra doadora. O rim de Debbie foi para um paciente em Saint Louis (Missouri) e, em troca, a chefe recebeu um rim de doador de São Francisco (Califórnia).

A funcionária decidiu retornar ao trabalho antes do previsto, mesmo sentindo dores decorrentes da cirurgia. Jackie ainda estava em casa se recuperando do transplante.
Quando Jackie voltou a assumir o cargo de chefia, a vida de Debbie virou um inferno.

Adoentada, Debbie faltou três dias ao trabalho. Jackie não a perdoou. A chefe chamou a subordinada de volta ao escritório só para dizer que ela estava demitida. Debbie contou que Jackie costumava humilhar publicamente a sua benfeitora quando notava supostos erros no trabalho dela.

Debbie está processando a empresa.

Os males irreversíveis que as heresias pode nos trazer (Parte l)



   Durante a minha caminhada crista, pude ouvir centenas de pregações s  em varias cidades diferentes. A maioria serviu-me de alimento e base espiritual, mas também não foram poucas as que não trouxeram proveito nenhum. Não pela parte que diz respeito ao versículo bíblico citado, mas sim, a interpretação daquele, a qual a palavra foi ministrada.
Não sou  m pregador renomado e nem tenho a metade dos cursos bíblicos que a maioria dos pregadores tem , mas mesmo assim, isso não impede-me de questionar ou não aceitar certas “pregações” .
E bem verdade que em muitas igrejas , os membros estão acostumado a aceitar tudo que vem do púlpito , que até mesmo um grito , ou uma palavra sem nexo , é o suficiente pra “igreja pegar fogo”. E aqueles que não intendem ou não entram no clima, são taxados de frios e carnais.
Certa vez lhe um testemunho do Pastor Sylas Neves, que dizia que em meio a um culto onde ele ministrava a luz de velas, um besouro entrou em sua garganta, e sem conseguir falar ele tentava gritar pedindo agua, mas os irmãos pensavam que ele estavam era falado em mistérios , então a Igreja pegou fogo, e por pouco o pobre pregador não morreu engasgado.
Ate que ponto chegou a igreja atual , aonde muitos não estão nem ai para o que o pregador esta dizendo. O importante é glorificar, gritar  e pular.
O interessante é que a olhamos para a as pregações de CRISTO , em momento algum o vemos gritando , pulando ou repetindo jargões populares. A sua palavra sempre foi clara e objetiva .

O problema , é que de tando ouvir certas heresias, muitos cristãos já não sabem mais distinguir  o que é verdadeiro e falsao, o que é bíblico e o que não é, parecem que esquiecem de busacar a Deus e de meditar na Biblia Sagrada, Errais por não conhecer as Escrituras nem o poder de Deus(Mateus 22.29) 

Pb. Figueror Melo

Breve a continuação












   Durante a minha caminhada crista, pude ouvir centenas de pregações s  em varias cidades diferentes. A maioria serviu-me de alimento e base espiritual, mas também não foram poucas as que não trouxeram proveito nenhum. Não pela parte que diz respeito ao versículo bíblico citado, mas sim, a interpretação daquele, a qual a palavra foi ministrada.
Não sou  m pregador renomado e nem tenho a metade dos cursos bíblicos que a maioria dos pregadores tem , mas mesmo assim, isso não impede-me de questionar ou não aceitar certas “pregações” .
E bem verdade que em muitas igrejas , os membros estão acostumado a aceitar tudo que vem do púlpito , que até mesmo um grito , ou uma palavra sem nexo , é o suficiente pra “igreja pegar fogo”. E aqueles que não intendem ou não entram no clima, são taxados de frios e carnais.
Certa vez lhe um testemunho do Pastor Sylas Neves, que dizia que em meio a um culto onde ele ministrava a luz de velas, um besouro entrou em sua garganta, e sem conseguir falar ele tentava gritar pedindo agua, mas os irmãos pensavam que ele estavam era falado em mistérios , então a Igreja pegou fogo, e por pouco o pobre pregador não morreu engasgado.
Ate que ponto chegou a igreja atual , aonde muitos não estão nem ai para o que o pregador esta dizendo. O importante é glorificar, gritar  e pular.
O interessante é que a olhamos para a as pregações de CRISTO , em momento algum o vemos gritando , pulando ou repetindo jargões populares. A sua palavra sempre foi clara e objetiva .

O problema , é que de tando ouvir certas heresias, muitos cristãos já não sabem mais distinguir  o que é verdadeiro e falsao, o que é bíblico e o que não é, parecem que esquiecem de busacar a Deus e de meditar na Biblia Sagrada, Errais por não conhecer as Escrituras nem o poder de Deus(Mateus 22.29) 

Pb. Figueror Melo

Breve a continuação










 
2012 Blog do Figueror | Blogger Templates for HostGator Coupon Code Sponsors: WooThemes Coupon Code, Rockable Press Discount Code | Distributed By: BloggerBulk